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CHARLES CHAPLIN
    o vagabundo




     Automático & Sonoro
Do génio de Charles Chaplin nasceu a figura que encantou
e surpreendeu o mundo:
o Charlot, o pequeno vagabundo constantemente à procura
de abrigo material e afectivo.
O Charlot inteiro e humano, irónico e sedutor,nasceu
naquela tarde de um dia do ano de 1914, nos estúdios
Keistone de Mack Sennett, quando o jovem C. Chaplin pôs
“umas calças muito largas, uns sapatos muito grandes,
bengala e chapéu de coco. Queria que tudo estivesse em
contradição: as calças largas e o casaco apertado, o
chapéu muito pequeno e as botas enormes. Não sabia se
havia de parecer velho ou novo, mas lembrando-me de
que Sennett supusera que eu era mais velho, pus um
bigodinho que, discorria eu, me daria mais alguns anos,
sem esconder a expressão.”
Charles Chaplin - Autobiografia
O próprio C. Chaplin retratou, deste modo, a personagem:
“É um vagabundo e ao mesmo tempo um cavalheiro, um
poeta, um sonhador, um solitário, sempre ansioso por
idílios e aventuras. Gostaria que o tomassem por um
sábio, um músico, um duque ou um jogador de pólo. Mas
não desdenha de apanhar uma beata do chão, nem de
furtar o chupa-chupa a um bebé. E, é claro, não perde a
ocasião de dar um pontapé no traseiro de uma senhora...
mas só quando está fulo!”
Charles Chaplin - Autobiografia
“Ele é sem dúvida um grande artista; representou sempre
uma e a mesma personagem; apenas o jovem fraco,
pobre, desamparado e desastrado para quem, contudo, as
coisas acabavam sempre bem. Mas se pensam que para
este papel ele se esqueceu do seu próprio ego? Muito pelo
contrário, ele representa-se sempre a si próprio na sua
própria juventude deplorável. Ele não consegue fugir a
essas recordações e até aos dias de hoje ele obtém para
ele próprio a compensação pelas frustrações e
humilhações dessa época passada da sua vida.”
Sigmund Freud
“Cada pessoa que passa pela nossa vida, passa sozinha,
porque cada pessoa é única e ninguém substitui ninguém.
Cada pessoa que passa pela nossa vida, passa sozinha e
não nos deixa sós, porque deixa um pouco de si e leva um
pouquinho de nós.
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as pessoas não se encontram por acaso.”
Charles Chaplin
Na estreia de City Ligsts, Chaplin com Einstein e a esposa do Físico da Relatividade
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Charles chaplin o vagabundo

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  • 6. Do génio de Charles Chaplin nasceu a figura que encantou e surpreendeu o mundo: o Charlot, o pequeno vagabundo constantemente à procura de abrigo material e afectivo.
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  • 10. O Charlot inteiro e humano, irónico e sedutor,nasceu naquela tarde de um dia do ano de 1914, nos estúdios Keistone de Mack Sennett, quando o jovem C. Chaplin pôs “umas calças muito largas, uns sapatos muito grandes, bengala e chapéu de coco. Queria que tudo estivesse em contradição: as calças largas e o casaco apertado, o chapéu muito pequeno e as botas enormes. Não sabia se havia de parecer velho ou novo, mas lembrando-me de que Sennett supusera que eu era mais velho, pus um bigodinho que, discorria eu, me daria mais alguns anos, sem esconder a expressão.” Charles Chaplin - Autobiografia
  • 11.
  • 12. O próprio C. Chaplin retratou, deste modo, a personagem: “É um vagabundo e ao mesmo tempo um cavalheiro, um poeta, um sonhador, um solitário, sempre ansioso por idílios e aventuras. Gostaria que o tomassem por um sábio, um músico, um duque ou um jogador de pólo. Mas não desdenha de apanhar uma beata do chão, nem de furtar o chupa-chupa a um bebé. E, é claro, não perde a ocasião de dar um pontapé no traseiro de uma senhora... mas só quando está fulo!” Charles Chaplin - Autobiografia
  • 13.
  • 14.
  • 15. “Ele é sem dúvida um grande artista; representou sempre uma e a mesma personagem; apenas o jovem fraco, pobre, desamparado e desastrado para quem, contudo, as coisas acabavam sempre bem. Mas se pensam que para este papel ele se esqueceu do seu próprio ego? Muito pelo contrário, ele representa-se sempre a si próprio na sua própria juventude deplorável. Ele não consegue fugir a essas recordações e até aos dias de hoje ele obtém para ele próprio a compensação pelas frustrações e humilhações dessa época passada da sua vida.” Sigmund Freud
  • 16.
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  • 18. “Cada pessoa que passa pela nossa vida, passa sozinha, porque cada pessoa é única e ninguém substitui ninguém. Cada pessoa que passa pela nossa vida, passa sozinha e não nos deixa sós, porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a maior responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.” Charles Chaplin
  • 19.
  • 20. Na estreia de City Ligsts, Chaplin com Einstein e a esposa do Físico da Relatividade
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  • 22. Imagem: www Música:Terrys Theme (Charles Chaplin) Contextura : J. Alberto de Oliveira Edição:www.josealbertodeoliveira.blogspot.com