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Fernando Pessoa



   Francisco Salvado Dias
           4º Ano
   (Professor: Fernando Vasques)
Índice
•   Vida e Obra
•   Alguns poemas do livro «Mensagem»
•   Ulisses
•   D. Afonso Henriques
•   Viriato
•   Nuno Álvares Pereira
Vida e Obra
•   Nasceu em Lisboa em 13 de junho de 1888 e morreu em 30 de
    novembro de 1935, também em Lisboa.
•   Entre 1896 e 1905 viveu em Durban, África do Sul.
•   É considerado o maior poeta português do século XX.
•   Escreveu sob vários heterónimos: Alberto Caeiro, Álvaro de
    Campos e Ricardo Reis são os mais conhecidos.
•   Em 1934 publica “Mensagem”, uma das suas obras mais
    conhecidas.
•   Escreveu também prosa, com destaque para “Livro do
    Desassossego”.
Se depois de eu morrer
• Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha
  biografia,
  Não há nada mais simples
  Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha
  morte.
  Entre uma e outra todos os dias são meus.
Alguns poemas do
livro «Mensagem»
Ulisses
• O mito é o nada que é tudo.
  O mesmo sol que abre os céus
  É um mito brilhante e mudo —
  O corpo morto de Deus,
  Vivo e desnudo…
D. Afonso Henriques
• Pai, foste cavaleiro.
  Hoje a vigília é nossa.
  Dá-nos o exemplo inteiro
  E a tua inteira força!

 Dá, contra a hora em que, errada,
 Novos infiéis vençam,
 A bênção como espada,
 A espada como bênção!..
Viriato
• Se a alma que sente e faz conhece
  Só porque lembra o que esqueceu,
  Vivemos, raça, porque houvesse
  Memória em nós do instinto teu.

 Nação porque reincarnaste,
 Povo porque ressuscitou
 Ou tu, ou o de que eras a haste —
 Assim se Portugal formou…
Nun’Álvares Pereira
• Que auréola te cerca?
  É a espada que, volteando,
  Faz que o ar alto perca
  Seu azul negro e brando.

  Mas que espada é que, erguida,
  Faz esse halo no céu?
  É Excalibur, a ungida,
  Que o Rei Artur te deu.
O Mostrengo
• O mostrengo que está no fim do mar
  Na noite de breu ergueu-se a voar;
  À roda da nau voou três vezes,
  Voou três vezes a chiar,
  E disse, “Quem é que ousou entrar
  Nas minhas cavernas que não desvendo,
  Meus tetos negros do fim do mundo?”
  E o homem do leme disse, tremendo:
  “El-Rei D. João Segundo!”
Fontes
•   Wikipédia
•   Maria de Lourdes Varandas e Maria Manuela Santos, “Poetas de Hoje e de
    Ontem – Para os Mais Novos”, Edições Chimpanzé Intelectual, 2007.
•   José António Gomes e António Modesto, “Poesia de Fernando Pessoa
    para todos”, Porto Editora, 2008.
Fim

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Fernando Pessoa - FD

  • 1. Fernando Pessoa Francisco Salvado Dias 4º Ano (Professor: Fernando Vasques)
  • 2. Índice • Vida e Obra • Alguns poemas do livro «Mensagem» • Ulisses • D. Afonso Henriques • Viriato • Nuno Álvares Pereira
  • 3. Vida e Obra • Nasceu em Lisboa em 13 de junho de 1888 e morreu em 30 de novembro de 1935, também em Lisboa. • Entre 1896 e 1905 viveu em Durban, África do Sul. • É considerado o maior poeta português do século XX. • Escreveu sob vários heterónimos: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis são os mais conhecidos. • Em 1934 publica “Mensagem”, uma das suas obras mais conhecidas. • Escreveu também prosa, com destaque para “Livro do Desassossego”.
  • 4. Se depois de eu morrer • Se depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia, Não há nada mais simples Tem só duas datas — a da minha nascença e a da minha morte. Entre uma e outra todos os dias são meus.
  • 5. Alguns poemas do livro «Mensagem»
  • 6. Ulisses • O mito é o nada que é tudo. O mesmo sol que abre os céus É um mito brilhante e mudo — O corpo morto de Deus, Vivo e desnudo…
  • 7. D. Afonso Henriques • Pai, foste cavaleiro. Hoje a vigília é nossa. Dá-nos o exemplo inteiro E a tua inteira força! Dá, contra a hora em que, errada, Novos infiéis vençam, A bênção como espada, A espada como bênção!..
  • 8. Viriato • Se a alma que sente e faz conhece Só porque lembra o que esqueceu, Vivemos, raça, porque houvesse Memória em nós do instinto teu. Nação porque reincarnaste, Povo porque ressuscitou Ou tu, ou o de que eras a haste — Assim se Portugal formou…
  • 9. Nun’Álvares Pereira • Que auréola te cerca? É a espada que, volteando, Faz que o ar alto perca Seu azul negro e brando. Mas que espada é que, erguida, Faz esse halo no céu? É Excalibur, a ungida, Que o Rei Artur te deu.
  • 10. O Mostrengo • O mostrengo que está no fim do mar Na noite de breu ergueu-se a voar; À roda da nau voou três vezes, Voou três vezes a chiar, E disse, “Quem é que ousou entrar Nas minhas cavernas que não desvendo, Meus tetos negros do fim do mundo?” E o homem do leme disse, tremendo: “El-Rei D. João Segundo!”
  • 11. Fontes • Wikipédia • Maria de Lourdes Varandas e Maria Manuela Santos, “Poetas de Hoje e de Ontem – Para os Mais Novos”, Edições Chimpanzé Intelectual, 2007. • José António Gomes e António Modesto, “Poesia de Fernando Pessoa para todos”, Porto Editora, 2008.
  • 12. Fim