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APRESENTAÇÃO
Na medida em que o nosso trabalho avança, aproximando-nos da meta de avaliar as condições
estruturais e pedagógicas das 300 escolas integradas à rede pública municipal do Recife,
deparamos com situações bastante preocupantes.
As nossas pesquisas prosseguem conforme planejamos e a cada etapa comprovam o quanto a
agenda da Educação pública básica vem sendo subestimada pelas sucessivas gestões
municipais de nossa capital.
Desta feita realizamos visitas técnicas em todas as 15 escolas municipais localizadas na RPA-1
em cujo conjunto de unidades escolares os cálculos realizados revelam uma média IDEB de 3.9
para o ensino Fundamental I e de 2.9 para o ensino Fundamental II. Vale advertir que a média
do IDEB obtida pelo ensino Fundamental 1 na RPA-1 é inferior à média geral do Recife. Já a sua
média IDEB no Fundamental 2 é igual à da capital pernambucana, uma das mais baixas do
país.
Se compararmos a média IDEB da RPA-1 com a média das capitais brasileiras, a área aqui
focalizada ficaria posicionada no 25º lugar em relação ao ensino Fundamental 1. No
Fundamental 2 esse conjunto de escolas estaria classificado na 24ª posição.
Além dessa dramática adversidade de natureza pedagógica cuja análise aponta no sentido de
um péssimo aproveitamento escolar, com consequências desastrosas para os alunos que por
não receberem a devida base de conhecimentos primários ficam impossibilitados de vencer as
fases seguintes de acesso ao Segundo Grau há, nas escolas da RP-1, um elenco de deficiências
estruturais que também comprometem o desempenho de mestres e alunos.
Há unidades, como é o caso da Escola Municipal dos Coelhos, que apresentam sérios
problemas de infiltração, rachaduras em paredes, vazamentos no sistema hidráulico e
rachaduras no meio do piso de um segundo andar que podem oferecer riscos aos alunos. Aliás,
os problemas de infiltração são muito frequentes, o que permite concluir que os prédios
escolares não recebem a devida manutenção e estão condenados à deterioração.
Há absurdos ou descasos inaceitáveis como na Escola Municipal do Coque cujos
computadores, adquiridos pelo poder público para ampliar o acesso das crianças às novas
tecnologias do ensino, não funcionam e permanecem desligados porque até hoje não
compraram meros adaptadores para as suas tomadas elétricas.
Também na RPA-1 poucas são as escolas que possuem banheiros com instalações apropriadas
aos portadores de necessidades especiais, apesar das intensas campanhas em favor dos
direitos humanos e pela conquista da cidadania firmadas inclusive pelo próprio poder público
que deveria, portanto, dar exemplos no atendimento às reivindicações da sociedade.
O cenário técnico-pedagógico e as condições estruturais das escolas integradas à área
administrativa municipal da RP-1 ensejam, infelizmente, uma adversa tendência para
retrocessos inaceitáveis e até mesmo constrangedores porque agravam a escalada de perda
de status do Recife no ranking da educação pública entre as demais capitais brasileiras,
resultando numa das piores avaliações quanto à qualidade do ensino oferecido às nossas
crianças.
Nosso trabalho continua evoluindo num ritmo acelerado e temos a convicção de que os
diagnósticos, fartamente documentados com fotografias e ferramentas para visitas online às
unidades escolares disponibilizadas em nosso site, estaremos cumprindo o nosso papel
institucional de alertar os gestores públicos sobre a necessidade de corrigir rumos e oferecer à
sociedade uma educação pública fundamental qualitativamente nivelada aos sistemas
educacionais de referência mantidos por governos e pela iniciativa privada.
EDUCAÇÃO BÁSICA NA 1º REGIÃO POLÍTICO ADMINSTRATIVA (RPA 1) DA
CIDADE DO RECIFE
A primeira região político-administrativa (RPA1) da cidade do Recife abrange onze
bairros da capital pernambucana: Bairro do Recife, Santo Antônio, São José, Santo Amaro, Boa
Vista, Soledade, Cabanga, Ilha do Leite, Paissandu, Ilha Joana Bezerra e Coelhos. De acordo
com dados do censo 2010, a população residente nessa RPA corresponde a 78.114 habitantes
(maior que a população das cidades de Arcoverde, Araripina e Goiana) , o que representa
5,08% da população recifense. Sua área é de 1.537 hectares.
No que diz respeito ao Ensino Fundamental, a primeira região político-administrativa
do recife, possui 15 escolas. Sendo que apenas quatro delas, possuem os anos finais do Ensino
Fundamental (Fundamental II).
Tabela 1: Nome, notas e metas do Ideb para o Fundamental I e II das escolas municipais
situadas na RPA 1.
ESCOLA MUNICIPAL IDEB FUND. I META FUND.
I
IDEB FUND.
II
META FUND. II
ALMIRANTE SOARES
DUTRA
4,3 4,3 Não Possui Não Possui
GENERAL EMIDIO
DANTAS BARRETO
3,8 4,7 Não Possui Não Possui
LUTADORES DO BEM 3,7 4,3 Não Possui Não Possui
CIDADAO HERBERT DE
SOUZA
4,5 4,4 Não Possui Não Possui
DO COQUE Não Possui Não Possui Não Possui Não Possui
DOS COELHOS Não Possui 3,6 Não Possui Não Possui
NOSSA SENHORA DO
PILAR
Não Possui Não Possui Não Possui Não Possui
PADRE ANTONIO
HENRIQUE
Não Possui Não Possui 2,7 3,7
PEDRO AUGUSTO Não Possui Não Possui 3,2 2,9
PROFESSOR JOSE DA
COSTA PORTO
3,6 4,1 3,1 3,7
REITOR JOAO
ALFREDO
3,7 4,3 2,7 3,1
SEDE DA SABEDORIA 3,8 3,8 Não Possui Não Possui
SITIO DO CEU 4,1 3,6 Não Possui Não Possui
SANTO AMARO 4.6 3.6 Não Possui Não Possui
NOVO MANGUE 3.3 2.8 Não Possui Não Possui
A média das notas do Ideb referentes à RPA 1, foi de 3.9 para o Ensino Fundamental I e
2.95 para o Fundamental II. A média das metas projetadas para a RPA 1, foi de 4.0 para o
Fundamental I e 3.35 para o Fundamental II. Para fins estatísticos, as outras medidas de
tendência central (mediana e moda), apresentaram os seguintes valores: O Ensino
Fundamental I apresentou uma mediana de 3.8 e moda d 3.7. A mediana das metas para o
fundamental I foi de 4.1 e a moda de 4.3. No Fundamental II a mediana foi de 2.9 com uma
moda de 2.7. A mediana das metas para o Fundamental II foi de 3.4 e a moda de 3.7. Quanto a
relação entre metas e a nota real é possível observar que tanto o Fundamental I, quanto o
Fundamental II, a RPA 1 foi incapaz de igualar ou mesmo superar as metas propostas pelo
ministério da Educação.
Figura 1: Comparação entre metas e resultados reais para a RPA 1, o município do Recife e o
Brasil.
Independente da medida de tendência central adotada, o resultado obtido na RPA 1 é
inferior as médias das escolas municipais da cidade do Recife. No fundamental I, a média foi de
4.1, enquanto que no Fundamental II a média foi de 2.9.
Quando comparado aos valores encontrados nas capitais brasileiras o valores são
ainda mais contrastantes. Enquanto que no Fundamental I (2011), a média da RPA 1 é de 3.9
(mediana de 3.8 e moda de 3.7) a média das capitais brasileiras é 4.6 (mediana de 4.7 e moda
de 4.0). No Fundamental II, a média da RPA 1 é 2.9 (mediana 2.9 e moda 2.7), nas capitais
brasileiras a média foi de 3.8 (mediana 3.9 e moda 3.7).
Tabela 2: Medidas de tendência central para o Fundamental I e II da RPA 1 versus as medidas
de tendência central para o Fundamental I e II das capitais brasileiras.
REGIÃO MÉDIA IDEB
FUND. I
MEDIANA
IDEB FUND. I
MODA IDEB
FUND. I
MÉDIA IDEB
FUND. II
MEDIANA
IDEB FUND. II
MODA IDEB
FUND. II
RPA 1 3.9 3.8 3.7 2.9 2.9 2.7
CAPITAIS
BRASILEIRAS
4.6 4.7 4.0 3.8 3.9 3.7
Figura 2: Medidas de tendência central para o Fundamenta I e II da RPA 1 versus as medidas de
tendência central para o Fundamental I e II das capitais brasileiras.
Ao procurar elaborar um ranking das capitais brasileiras, acrescido das médias
observadas para a RPA 1 no Fundamental I e II, foi possível constatar que a primeira região
político-administrativa (RPA 1) da cidade do Recife, ficaria na 25º posição no Fundamental I
(Recife ocuparia a 20º posição) e a 24º posição (Recife ocuparia a 23º posição) no Fundamental
II. O desenvolvimento educacional das escolas municipais da RPA 1, apesar de possuir uma
trajetória ascendente, é inferior ao observado na cidade do Recife e no Brasil. No fundamental
1, a RPA 1 apresentou as médias de: 2.9 (2005), 3.5 (2007) 4 (2009) e 3.9 (2011). O Recife por
sua vez, para o fundamental I obteve as médias de: 3.2 (2005), 3.8 (2007), 4.1 (2009), 4.1
(2011). No fundamental II, a RPA 1 apresentou as médias de: 3.0 (2005), 2.4 (2007) 2.5 (2009)
e 28 (2011), enquanto que o Recife obteve as médias de: 2.8 (2005), 2.5 (2007), 2.7 (2009), 2.9
(2011).
Tabela 3: Ranking das “capitais” com as notas mais baixas, no Fundamental I.
POSIÇÃO* CIDADE NOTA NO
IDEB
20º Recife – PE 4.1
21º Manaus –
AM
4.1
22º Natal – RN 4.0
23º Salvador –
BA
4.0
24º Macapá – AP 4.0
25º RPA 1 3.9
26º Maceió – AL 3.7
27º Aracajú – SE 3.6
* O ranking apresenta no fundamental I apenas 27 posições. O fato se deve a exclusão da cidade de Brasília-DF (não possui escolas
municipais).
Tabela 4: Ranking das “capitais” com as notas mais baixas, no Fundamental II.
POSIÇÃO * CIDADE NOTA NO IDEB
20º Porto Velho – RO 3.2
21º Aracajú – SE 3.1
22º Manaus – AM 3.1
23º Recife – PE 2.9
24º RPA 1 2.9
24º Salvador – BA 2.8
26º Maceió – AL 2.3
* O ranking apresenta no fundamental II apenas 26 posições. O fato se deve a exclusão das cidades de Boa Vista-RR (falta de
dados) e Brasília-DF (não possui escolas municipais).
Figura 3: Evolução da média das notas do Ideb (Fundamental I) no período de 2005-2011.
Figura 4: Análise comparativa da média das notas do Ideb (2005-2011) para a RPA 1, o Recife e
o Brasil.
Figura 5: Evolução da média das notas do Ideb (Fundamental II) no período de 2005-2011.
Figura 6: Análise comparativa da média das notas do Ideb (2005-2011) para a RPA 1, o Recife e
o Brasil.
ESCOLAS MUNICIPAIS DA RPA 1
Escola Municipal Pedro Augusto
Figura 7: Vista Frontal da Escola Municipal Pedro Augusto. Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Pedro Augusto apresenta apenas estudantes do segundo ciclo do
Ensino Fundamental (6º ano até o 9º). Com uma nota de 3.2, a escola conseguiu ultrapassar a
meta estipulada (2.9) para o ano de 2011. A escola apresenta notas do Ideb apenas a partir do
ano de 2007, sendo 2.5 a nota obtida no respectivo ano.
Figura 8: Cartaz postado na escola ilustrando as notas e metas do Ideb projetadas pelo
Ministério da Educação. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de
Carvalho.
Em 2009, foi possível observar uma queda drástica de 24%, alcançando, assim, uma
nota de 1.9, enquanto que a meta projetada era de 2.6. Em 2011, a escola consegue reverter a
sua trajetória de queda e obtém uma nota de 3.2, superior aos 2.9 projetados pelo MEC e 68%
superior ao valor obtido na avaliação anterior (2009).
Tabela 5: Valores observados do Ideb (Fundamental II) da Escola Municipal Pedro Augusto versus as
metas estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/89555-em-pedro-
augusto/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
- 2.5 1.9 3.2
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
- - 2.6 2.9
Figura 9: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino
fundamental II) para a Escola Municipal Pedro Augusto versus as metas estimadas pelo MEC
para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/89555-em-pedro-
augusto/ideb
O fluxo de aprovação foi de 0.80, correspondendo a um crescimento de 57%, quando
comparado ao valor encontrado em 2009 (0.51). O índice de aprendizado apresentou
crescimento, de 7%, saindo de 3.79 (2009) para 4.04, em 2011. O valor encontrado para o
fluxo de aprovação em 2011 (0.80) foi o mais alto apresentado pela escola desde 2007. Em
contrapartida, o índice de aprendizado ficou aquém dos 4.10 observados no ano de 2007.
Apesar de o crescimento da Escola Municipal Pedro Augusto ter obtido um valor
superior a 60%, quando comparado à avaliação de 2009, e ter conseguido superar a meta
proposta pelo Ministério da Educação, os dados apresentados pelo Portal QEdu ilustram quão
conservadora é a meta do governo, além de mostrar que a evolução da nota do Ideb não
significa necessariamente uma evolução do aprendizado.
De acordo com o QEdu, na avaliação de 2011, apenas 15 % dos alunos do nono ano
apresentaram um aprendizado adequado em Português. Em matemática, por sua vez, os
números são ainda piores: nenhum aluno (0%) do nono ano da Escola Municipal Pedro
Augusto possui aprendizado adequado.
No tocante à disciplina de Português, é possível observar que a escola apresenta um
ritmo de crescimento contínuo. Em 2007, o número de alunos do nono ano com aprendizado
condizente com a sua série foi de 6%, em 2009. Obteve-se um crescimento de dois pontos
percentuais, atingindo assim 8% dos alunos. O ano de 2011 corresponde, então, ao maior
número de alunos com aprendizado satisfatório: 15%, no total. Se for possível observar um
gradativo crescimento no aprendizado de Português, não se pode dizer o mesmo do
aprendizado em Matemática. Em 2007, a quantidade de alunos com aprendizado satisfatório
correspondia a 9%, valor esse que era superior aos 2% observados como sendo a média da
cidade do Recife para essa disciplina.
Nas avaliações posteriores, de 2009 e 2011, a redução foi drástica, pois nenhum aluno
do nono ano da escola apresentou conhecimento adequado na resolução de problemas
envolvendo raciocínio lógico. Sendo assim, é possível observar que o aprendizado em
matemática não condiz com o crescimento na nota do Ideb. O crescimento que a Escola
Municipal Pedro Augusto apresentou na nota do Ideb corresponderia, então, basicamente à
nota de Português e ao fluxo de aprovação. Tal fato é preocupante porque, como fora
supracitado, mesmo com um índice zero de aprendizado em Matemática o fluxo de aprovação
(0.80 em 2011) nunca foi tão alto na escola. Dessa forma, mesmo com as graves deficiências
de aprendizado – sobretudo em Matemática – os alunos da Escola Municipal Pedro Augusto
estão sendo aprovados.
Figura 10: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de
Português e Matemática referente às turmas do 9º ano da Escola Municipal Pedro Augusto.
Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/89555-em-pedro-augusto/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
A Escola Municipal Pedro Augusto, localizada no bairro da Boa Vista, funciona em
tempo integral, atendendo 242 alunos do Fundamental II. Atualmente, a escola conta com oito
salas de aula com espaço regular para a circulação de estudantes, apresentando problemas de
manutenção. Em muitas salas, foram observadas lâmpadas queimadas e em uma delas o
quadro encontra-se suspenso por duas mesas.
Figura 11: Salas de aula necessitando de manutenção regular. Em muitas salas as lâmpadas
estão queimadas, os ventiladores quebrados e em uma sala foi observado o quadro suspenso
por duas mesas. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A partir da visita in loco, foi possível constatar uma série de problemas estruturais, que
comprometem a segurança de alunos e professores. A escola encontra-se dividida em dois
prédios. Aquele onde as salas de aulas estão dispostas apresenta-se em melhores condições de
uso. A sala onde as atividades físicas são realizadas encontra-se, contudo, em situação crítica,
com suas paredes apresentando infiltrações e mofo. O local destinado aos funcionários
terceirizados de serviços gerais encontra-se infestado por cupins, além de não apresentar
ventilação natural, obrigando os funcionários a trabalharem sob intenso calor. Esse primeiro
prédio apresenta ainda uma quadra poliesportiva e um auditório que está passando por
reforma.
Figura 12: A primeira imagem corresponde à sala onde ficam os materiais de educação física,
na fotografia é possível perceber a parede com mofo e infiltrações. A segunda imagem retrata
a sala destinada ao pessoal de serviços gerais, infestada por cupins. Fotos tiradas pela Equipe
de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Figura 13: Quadra poliesportiva necessitando de manutenção regular. A segunda imagem é
referente ao auditório da escola que está em reforma. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete
do Vereador André Régis de Carvalho.
No segundo prédio, funcionam a direção, a secretaria, a coordenação e a sala dos
professores, além de um arquivo onde estão depositados os históricos escolares dos alunos. A
estrutura do prédio é precária. Segundo informações da direção, ele será desativado em breve.
O prédio possui ainda fiações elétricas expostas e muitas rachaduras. Na sala onde são
armazenados os históricos escolares dos alunos, não existe ventilação adequada e as paredes
apresentam mofo. Também foram encontradas nessa mesma sala buracos na estrutura. A sala
dos professores é climatizada, mobiliada e possui computador com acesso à internet. Foi
possível observar, porém, muitas lâmpadas queimadas e paredes com infiltrações.
Figura 14: A Escola Municipal Pedro Augusto apresenta graves problemas estruturais que
comprometem a segurança de todos que trabalham e estudam na escola. Na visita in loco foi
possível observar rachaduras, infiltrações, fiações elétricas expostas, paredes com mofo e
infestadas por cupins. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de
Carvalho.
As salas da secretaria, direção e coordenação são climatizadas e computadorizadas,
entretanto a coordenação não possui acesso à internet. O quadro administrativo e pedagógico
dispõe de impressora, copiadora e telefone fixo. No telefone fixo, é possível realizar chamadas
apenas para outros telefones fixos. Nesse caso, em caso de necessidade de ligar para os
celulares dos responsáveis das crianças, os diretores é que acabam por custear as ligações.
O refeitório da escola é amplo e com mobília em boas condições de uso, garantindo
assim um espaço adequado para as refeições dos alunos. Apesar das boas condições de uso,
nossa equipe pôde constatar que alguns alimentos ofertados aos alunos não se encontram nas
melhores condições de consumo, como é o caso de algumas frutas disponibilizadas para os
alunos. Na cozinha, foi observado que a geladeira, onde a merenda é acondicionada, encontra-
se em precárias condições, sendo observadas muitas áreas enferrujadas.
Figura 15: Frutas impróprias para consumo que seriam servidas na merenda. A geladeira onde
o material fica armazenado apresenta muitos pontos de ferrugem. Fotos tiradas pela Equipe
de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Nesta escola, há áreas de convivência, lazer e atividades físicas, como pátio e quadra
poliesportiva. Também existem dois laboratórios de informática, cada um com dez
computadores e acesso à internet, sendo que um deles está com atividades suspensas para a
manutenção das máquinas; um laboratório para trabalhar ciências exatas, ciências da saúde e
da natureza está sendo montado. Uma biblioteca é aberta aos alunos durante todo o dia,
contando com espaço para estudo individual e coletivo; o auditório encontra-se interditado
devido a infiltrações e à necessidade de revisão da parte elétrica. Há banheiros em quantidade
suficiente e boas condições de uso para alunos e professores.
Figura 16: Biblioteca e Sala de Ciências e Educação Ambiental. Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Sobre os serviços básicos, a escola dispõe de distribuição de água e coleta de esgoto
pela Compesa. A rede elétrica não apresenta sinais aparentes de risco. Há kit para primeiros
socorros, mas os poucos extintores de incêndio expiraram o prazo, e uma nova manutenção
ainda não foi realizada. Outro problema que precisa de solução com urgência é a coleta de
lixo. Em decorrência das árvores podadas no terreno e do despejo de lixo pelos vizinhos, há um
acúmulo de dejetos a ser recolhido. A EMLURB já foi acionada para realizar o recolhimento do
lixo e a instalação de uma placa educativa pela direção da escola, mas nenhuma providência
foi tomada.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Além da biblioteca, dois laboratórios de informática – um temporariamente fechado
para manutenção – e um laboratório de ciências em construção, os alunos e professores da
Municipal Pedro Augusto contam com salas de aula temáticas, que funcionam em sistemas de
rodízio. De acordo com seus horários, cada turma se dirige a um espaço onde são trabalhadas
competências e habilidades específicas, de acordo com os materiais didáticos à disposição.
Nesta instituição de ensino, há quadra poliesportiva para as aulas de Educação Física e
atividades do “Mais Educação” que funcionam em conjunto com o ensino regular. Também
existe um auditório que está interditado, e está sendo feita uma reforma. Aos alunos são
entregues cadernos, livros, lápis, canetas e similares. Da mesma forma, estão à disposição dos
professores aparelhos de TV, DVD, som, jogos, datashow, acesso à internet e a possibilidade
de realizar aulas de campo. Como não atende alunos com necessidades especiais, não há sala
de recursos multifuncionais.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Na Municipal Pedro Augusto, nove funcionários trabalham servindo as merendas e
limpando a escola. Outros seis controlam a entrada e a saída de pessoas do prédio. O corpo
docente é formado por dezoito professores, dos quais quinze atuam em sala de aula e outros
três estão readaptados para a biblioteca e elaboração de projetos pedagógicos. Quatro
estagiários de licenciatura ficam no apoio didático e orientação dos alunos. Há três
funcionários do administrativo e um estagiário de ensino médio pela manhã, necessitando-se
de um no horário da tarde. Os laboratórios de informática estão sem monitor.
Pelo programa “Mais Educação”, são oferecidas aos alunos oficinas de música,
esportes e reforço em português e matemática. De acordo com a direção da escola, o trabalho
com leitura e cálculos precisa ser intensificado.
Além do que foi narrado pelos funcionários, no momento da visita deparamos com a
tentativa de resolver problemas ligados à violência que adentra os muros da escola. Há
histórico de alunos que fogem da escola, ameaçam professores de morte e provocam
confrontos frequentemente. Ainda assim, não há circuito interno de câmeras.
O conselho tutelar e os pais são acionados, sempre que necessário. As informações prestadas
no momento da visita indicaram que os responsáveis só comparecem às reuniões quando o
recebimento de bolsas está em pauta.
Para mediar os conflitos dentro da instituição de ensino, a Pedro Augusto participa do
projeto “Escola Legal”, no qual estagiários principalmente dos cursos de Direito e Psicologia
identificam as causas dos entraves entre alunos ou entre alunos e professores e, a partir disto,
em conjunto, traçam soluções para os problemas. Atualmente, este projeto está diminuindo os
casos de violência no ambiente escolar.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
Desde a sua primeira avaliação no IDEB, a Escola Municipal Pedro Augusto sofreu
grandes mudanças em sua estrutura física, que comprometeram o desempenho de alunos e
professores. Atualmente, em novas instalações e contando com um projeto pedagógico
diferenciado, a escola acredita em que possa melhorar seus índices nas avaliações futuras.
Organizadas a partir de eixos temáticos, as salas do Pedro Augusto funcionam como
laboratórios onde os estudantes podem encontrar materiais didáticos com os quais
trabalharem competências e habilidades referentes a áreas específicas do conhecimento. Além
disso, dois laboratórios de informática, uma biblioteca e uma quadra poliesportiva estão à
disposição.
A princípio, o crescimento da nota do Ideb acima do projetado pelo Ministério da
Educação leva a acreditar em que os alunos da Escola Municipal Pedro Augusto têm
melhorado seu aprendizado de maneira significativa. Não obstante, a constatação de que
nenhum dos alunos do nono ano apresenta aprendizado adequado em Matemática, aliado ao
elevado índice de aprovação, nos leva a concluir que o crescimento da nota do Ideb não
corresponde de fato a um melhor aprendizado, mas sim a uma maior taxa de aprovação dos
alunos, mesmo que esses não se encontrem em condições de passar para séries mais
avançadas.
Além das boas salas de aula e dos espaços de convivência e lazer, a alimentação é um
fator que merece atenção. De acordo com a direção da escola, por vezes a merenda oferecida
não está em condições adequadas para ser servida aos alunos, como, por exemplo, frutas não-
amadurecidas. Também informaram que o cardápio é pouco variado, e o sabor costuma ser
rejeitado pelos alunos.
Ademais, na estrutura física, um dos laboratórios de informática precisa passar por
manutenção, para ser reaberto. São necessárias urgentemente a instalação de extintores de
incêndio e a retirada do lixo acumulado no terreno da escola. Na estrutura didática, a
coordenação pedagógica da escola informou carecer de pessoal para reforçar as oficinas de
letramento e Matemática para os alunos com dificuldades de aprendizagem.
Escola Municipal Professor José da Costa Porto
Figura 17: Vista Frontal da Escola Municipal Professor José da Costa Porto. Foto tirada pela
Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Professor José da Costa Porto apresenta os dois ciclos do ensino
Fundamental. No Fundamental I, a escola possui a nota do Ideb de 3.6; o Fundamental II, por
sua vez, de 3.1. Os dados são preocupantes, haja vista que nem a tímida meta proposta pelo
Ministério da Educação a escola conseguiu alcançar, estando 12% abaixo da meta no
Fundamental I e 16% abaixo da média no Fundamental II. A escola apresentava, no
Fundamental I, uma trajetória ascendente até o ano de 2007, quando obteve a nota de 3.7
(em 2005, a nota foi 3.3), estando acima da média estipulada pelo governo, de 3.4. Não
obstante, em 2009, a escola sofreu uma queda de 3%, atingindo a nota de 3.6. Em 2011, o
valor se repetiu. As metas projetadas para os anos de 2009 e 2011, porém, eram de 3.7 e 4.1,
respectivamente.
No Fundamental II, a escola, em momento nenhum, conseguiu alcançar a metas
projetadas pelo Ministério da Educação. Além de notas abaixo do esperado, a escola
encontrava-se, até 2009, em trajetória decrescente. Em 2005, a nota foi de 3.2; em 2007, foi
observada uma redução de 13%, alcançando-se a nota de 2.8; em 2009, a escola manteve a
trajetória de queda, reduzindo sua nota para 2.7: queda de 4%, quando comparado com 2007.
O ano de 2011 marca uma quebra no padrão decrescente que a escola apresentava, pois a
nota do Ideb subiu de 2.7 (em 2009) para 3.1 (em 2011): um crescimento de 15%, apesar de
ainda estarem 0.6 pontos abaixo da média.
Tabela 6: Valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Professor José da Costa
Porto versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/96129-
em-professor-jose-da-costa-porto/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.3 3.7 3.6 3.6
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
- 3.4 3.7 4.1
Tabela 7: Valores observados do Ideb (Fundamental II) da Escola Municipal Professor José da Costa
Porto versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/96129-
em-professor-jose-da-costa-porto/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.2 2.8 2.7 3.1
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
- 3.3 3.4 3.7
Figura 18: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino
fundamental I) para a Escola Municipal Professor José da Costa Porto versus as metas
estimadas pelo MEC para os respectivos anos.
Fonte:http://www.portalideb.com.br/escola/96129-em-professor-jose-da-costa-
porto/ideb?etapa=9&rede=municipal
Figura 19: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino
fundamental II) para a Escola Municipal de Professor José da Costa Porto versus as metas
estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte:
http://www.portalideb.com.br/escola/96129-em-professor-jose-da-costa-
porto/ideb?etapa=9&rede=municipal
O fluxo de aprovação foi de 0.88, correspondendo a uma queda de 4%, quando
comparado ao valor encontrado em 2009. O índice de aprendizado apresentou crescimento de
5%, saindo de 3.88 (2009) para 4.09 (2011). O valor encontrado para o fluxo de aprovação em
2011 (0.88) foi o mais baixo apresentado pela escola, desde 2005. Em contrapartida, o índice
de aprendizado foi o mais elevado entre todas as avaliações realizadas pelo INEP.
De acordo com o QEdu, apenas 16 % dos alunos do quinto ano possuem um
aprendizado adequado de Português; em Matemática, o valor é ainda menor: apenas 6%
obtiveram um correto aprendizado da disciplina. No Fundamental II, os dados são ainda mais
preocupantes, haja vista que, dos alunos do nono ano, somente 11 % possuem aprendizado
adequado para leitura, interpretação de textos e 3% com aprendizado adequado de
Matemática.
No que diz respeito ao aprendizado em Português, 2009 foi o ano em que a escola
apresentou as menores taxas de aprendizado, sendo 8% dos alunos no 5º ano e 2% no 9º ano
com aprendizado adequado. Em 2007, os valores eram de 12% e 5%, respectivamente para os
referidos anos. Como ilustrado pela nota do Ideb, 2011 se apresentou como um ano de
recuperação para a escola, elevando o número de alunos com aprendizado coerente à série de
estudo para 16% (quinto ano) e 11% (nono ano).
Em Matemática, os índices de aprendizado são piores. Até 2009, nenhum aluno do
nono ano da Escola Municipal Professor José da Costa Porto possuía aprendizado capaz de
resolver problemas envolvendo raciocínio lógico. No 5º ano, a escola possuía 9% dos seus
alunos com aprendizado adequado, em 2007. Em 2009, esse número subiu para 10%. Não
obstante, em 2011 foi observado o pior índice de aprendizado em Matemática para o 5º ano,
com o valor de 6% de aprendizado. Como fora supracitado, no que diz respeito ao 9º ano, até
2009 o índice de aprendizado da disciplina era de 0%; em 2011, foi observado um crescimento
relativo de 3%, o que em números absolutos corresponde a apenas dois alunos com
aprendizado adequado na turma do 5º ano da Escola Municipal Professor José da Costa Porto.
Figura 20: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de
Português e Matemática referente às turmas do 5º ano e 9º ano da Escola Municipal Professor
José da Costa Porto. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/96129-em-professor-jose-da-
costa-porto/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
Escola Municipal José da Costa Porto, localizada no bairro de Joana Bezerra, conta
com 17 salas de aula que, em geral, são espaçosas e bem iluminadas. Destas, apesar do
intenso calor do prédio, apenas quatro são climatizadas; as outras 13 são abafadas, ainda que
tenham ventiladores instalados. Apesar de atender alunos com necessidades especiais, não há
sala de recursos multifuncionais.
Figura 21: As salas de aula necessitam de manutenção regular. Nas imagens é possível
observar cadeiras danificadas, ventilador quebrado e lousa em péssimas condições de uso.
Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Como espaços de vivência, recreação e práticas esportivas, esta escola possui pátio
interno e pátio externo. Em dias de chuva, por falta de canos para escoamento de água, o
pátio interno costuma alagar. Há também uma quadra poliesportiva, que, todos os dias, no
horário da noite, fica aberta à comunidade e necessita de reformas no telhado, danificado em
decorrência de pedras atiradas, além de um exaustor para diminuir o intenso calor no espaço;
os vestiários precisam ser requalificados, haja vista que não são iluminados, e alguns
chuveiros, vasos e pias sanitárias estão quebrados. Os bebedouros da quadra não funcionam.
Figura 22: Espaços de recreação da Escola Municipal Professor José da Costa Porto. As imagens
dizem respeito ao pátio e à quadra poliesportiva. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do
Vereador André Régis de Carvalho.
Nessa escola, há uma biblioteca ampla e climatizada, mobiliada com boas mesas,
cadeiras e armários, mas que, por causa de lâmpadas queimadas, não é bem iluminada. O
espaço onde deveria funcionar o laboratório de informática está fechado porque os novos
computadores, que são 17, dependem de reparos na rede elétrica; esta sala é ampla e bem
iluminada, porém não é climatizada.
Figura 23: Apesar de novos, os computadores não são utilizados em virtudes de problemas
com a rede elétrica da escola. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis
de Carvalho.
Os professores contam com uma sala ampla e climatizada, mobiliada com boas mesas,
armários e cadeiras. Nela, também há forno de micro-ondas, aparelho de televisão e
bebedouro; sua iluminação é boa, embora algumas lâmpadas estejam queimadas e precisem
ser substituídas. A direção fica em uma sala com espaço para circulação, climatização,
computador com acesso à internet e conectado a uma impressora e copiadora, aparelho de TV
e som, assim como boas mesas, armários e cadeiras. Há outra sala com as mesmas condições
da diretoria, porém sem aparelho de TV, fica a secretaria. A coordenação, por sua vez, utiliza
uma sala da mesma forma ampla, climatizada, bem iluminada e mobiliada com boas mesas,
cadeiras e armários; aqui, algumas caixas de tomadas estão com afiação exposta e não há
computador, nem acesso à internet.
A Escola Municipal José da Costa Porto não sofre com falta de água e é ligada à rede de
saneamento de esgoto da Compesa. Em 27 anos de funcionamento, esta escola nunca teve
revisão na rede elétrica. Todas as tomadas e interruptores estão ligados a um único disjuntor,
aumentando o consumo de energia, porque, com isso, todos os eletrônicos são ligados,
obrigatoriamente, ao mesmo tempo. Nesta instituição, não há extintores de incêndio, e as
quatro saídas de emergência não são sinalizadas.
Como funciona ao lado de um canal de esgoto a céu aberto, a Escola Municipal José da
Costa Porto convive com pragas de pernilongos e ratos. No canal conjugado a algumas das
salas, moradores da comunidade criam cavalos que, além de não receber bom tratamento,
causam um cheiro desagradável.
As merendas são recebidas regularmente em uma cozinha ampla, limpa, arejada, bem
iluminada e que conta com refrigeradores e fogão em boas condições de uso. O cardápio é
variado, ainda assim o sabor dos alimentos, em sua maioria, não agradam os alunos. O
refeitório tem boas mesas e cadeiras; é amplo, porém mal iluminado e mal ventilado,
precisando de mais lâmpadas e ventiladores. Nesta escola, há bebedouro com água filtrada,
pratos, copos e talheres em boas condições de uso, sendo que não têm colheres suficientes
para o número de estudantes.
Figura 24: Cozinha e refeitório da Escola Municipal José da Costa Porto. O refeitório apesar de
possuir um bom espaço para os alunos é abafado e não conta com ventiladores suficientes.
Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Sobre os banheiros, são dez para os alunos, sendo dois adaptados para cadeirantes e
pessoas com outras limitações motoras. Existem outros dois para os professores. Há banheiros
sujos, mal iluminados, que possuem vasos sanitários inutilizáveis, portas velhas e acabadas,
fiação para instalação de calhas exposta no teto por causa da falta de lâmpadas, vários outros
itens quebrados e que, no entanto, ainda têm mau cheiro devido ao retorno dos gases
provenientes do esgoto. Esses banheiros necessitam de reformas, para que adquiram as
condições adequadas de higiene e de uso.
Figura 25: Banheiros em completo estado de insalubridade. Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Na Escola Municipal José da Costa Porto, os alunos receberam, em 2013, o kit escolar
da Prefeitura, contendo cadernos, lápis, canetas, borrachas e similares; o MEC também enviou
os livros didáticos. Até então, não foram entregues aos alunos bolsa e fardamento. Para o
trabalho pedagógico, professores e alunos têm à disposição livros didáticos e paradidáticos,
aparelho de TV, DVD, som, datashow e até aulas de campo. Contam com uma biblioteca, mas
o laboratório de informática ainda não está funcionando.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Na Escola Municipal José da Costa Porto, o corpo docente é formado por 42
professores, sendo que 41 atuam em sala de aula, contando com três estagiários de nível
superior no suporte pedagógico. Outro professor é readaptado para assumir as atividades de
secretaria, dando apoio aos dois funcionários do administrativo, juntamente com dois
estagiários de ensino médio. Na biblioteca, há mediador de leitura vinculado ao programa
“Manuel Bandeira de Formação de Leitores”, apenas no turno da manhã.
Para servir as merendas e limpar a escola, a Municipal José da Costa Porto tem sete
colaboradores de serviços gerais, enquanto, para controlar a entrada e saída de pessoas do
prédio, há seis porteiros.
Na direção e coordenação pedagógica, há uma diretora, uma vice-diretora, e apenas
uma coordenadora para os turnos da tarde e da noite; pela manhã, os professores não têm
orientação pedagógica da coordenação da escola. Além destas três funcionárias, não há
nenhum apoio para o acompanhamento dos alunos, mesmo durante a manhã e a tarde, tendo,
em cada horário, 17 turmas com media de 436 estudantes.
Apesar de atender alunos com limitações motoras e sensoriais, com dificuldades de
aprendizagem e distúrbios mentais, este público não recebe tipo algum de atendimento
especial. Além de não contarem com acompanhamento em sala de aula, nem professores e
materiais didáticos especializados, nesta escola não há sala de recursos multifuncionais. A José
da Costa Porto também não tem profissionais com formação em Psicologia ou Psico-
Pedagogia, para orientar professores e alunos.
Como incentivo à aprendizagem, aqui funcionam o “Mais Educação” e o “Escola
Aberta”. Nestes programas, são oferecidos oficinas de letramento em português, reforço em
matemática, dança e diferentes modalidades esportivas.
A comunicação com os familiares dos estudantes se dá através de seis conselhos
anuais e em casos de necessidade pontual. Ainda é uma minoria dos pais e responsáveis que
participa ativamente da vida escolar dos filhos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
Das 17 salas de aula da Escola Municipal José da Costa Porto, apenas quatro são
climatizadas; as outras 13, mesmo com ventiladores, são muito quentes, provocando
desconforto para os alunos. Neste caso, seria interessante a instalação de condicionadores de
ar para climatizar os ambientes.
Em dias de chuva, por falta de canos para escoamento de água, o pátio interno da
escola alaga. Assim, para evitar danos à mobília e a equipamentos eletrônicos, é importante a
criação de saídas das águas pluviais.
A coberta da quadra poliesportiva precisa de reforma, devido às frestas nela
presentes; aqui, também, é preciso a instalação de um exaustor para amenizar o intenso calor
no local. Os vestiários da quadra estão com alguns chuveiros, vasos e pias quebradas, assim
como apresentam pichações nas paredes e lâmpadas queimadas, necessitando de
requalificação. Os bebedouros da quadra também não funcionam.
A área do refeitório é escura e quente e, por isso, precisa de mais lâmpadas e
ventiladores. A rede elétrica precisa de revisão, haja vista que todas as tomadas e
interruptores estão ligados a um único disjuntor. Além disso, por não suportar maior carga de
energia, a rede de energia não permite que sejam ligados os 17 computadores novos. O
laboratório de informática não funciona, portanto.
Nesta escola, não há extintores de incêndio, e as saídas de emergência não são
sinalizadas. Medidas precisam ser tomadas no sentido de solucionar este problema.
Ao Lado da Municipal José da Costa Porto, há um canal de esgoto a céu aberto,
ocupado por cavalos. Estes animais precisam ser retirados do local por sofrerem maus tratos e
por causarem mau cheiro. Além disso, o canal precisa ser limpo.
Para garantir um melhor desempenho dos professores e alunos, é importante a
contratação de novos funcionários para assumir o trabalho de coordenação pedagógica. Os
alunos com deficiências motoras, sensoriais e mentais que aqui estudam também precisam de
materiais didáticos específicos e acompanhamento no processo escolar de aprendizagem por
profissionais habilitados para o trabalho de educação especial.
ESCOLA MUNICIPAL GENERAL EMÍDIO DANTAS BARRETO
Figura 26: Vista Frontal da Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto. Fotos tiradas pela
Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto apresenta apenas o primeiro ciclo
do Ensino Fundamental. Em 2011, último ano de avaliação do Ideb, obteve nota 3.8 e ficou
19% abaixo da meta estabelecida, de 4.7. Durante os últimos oito anos (2005 – 2012), a
trajetória da escola exibiu períodos de queda e subsequente ascensão, embora com resultados
sofríveis e sempre abaixo do ponto inicial (2005), cuja pontuação foi de 3.9. Em 2007, a Emídio
Barreto alcançou a nota 4.1 e ficou 20,5% abaixo da meta estabelecida, de 3.9; em 2009, 3.6,
pontuação 16,2% inferior à estabelecida para a meta anual, de 4.3.
Tabela 8: valores observados (Fundamental I) da Escola Municipal General Emídio Dantas
Barreto versus as médias estimadas pelo MEC. Fonte:
http://www.portalideb.com.br/escola/91355-em-general-emidio-dantas-barreto/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.9 3.1 3.6 3.8
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
- 3.9 4.3 4.7
Figura 27: representação gráfica dos valores observados do Ideb (Fundamental I) para a Escola
Municipal General Emídio Dantas Barreto versus as metas estabelecidas para os respectivos
anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/91355-em-general-emidio-dantas-
barreto/ideb
O fluxo de aprovação foi de 0.93, que representa sete alunos reprovados em cada
grupo de 100. Em relação à avaliação anterior, referente ao ano de 2009, apresentou
crescimento de 2%. O indicador de aprendizado também ascendeu, partindo de 3.94 (2009)
para 4.11 (2011), representando um acréscimo de 4%. Observaram-se, portanto, os maiores
valores desde 2005, tanto de aprovação quanto de aprendizado.
De acordo com o Qedu, apenas 12% dos alunos da escola apresentaram um
aprendizado considerado adequado em Português. Para Matemática, esse valor é ainda
menor: 5% aprenderam a disciplina corretamente. Nos anos anteriores, a avaliação do Ideb
demonstra que houve evolução e subsequente estagnação no aprendizado da primeira
matéria e crescimento tímido no da segunda. Respectivamente, em 2007, apenas 3% e
nenhum dos alunos aprenderam adequadamente Português e Matemática. Para 2009, esses
valores são de 13% e 3%. Sendo assim, observa-se que houve crescimento, decerto, porém
insuficiente.
Figura 28: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de
Português e Matemática referente às turmas do 5º ano e 9º ano da Escola Municipal General
Emídio Dantas Barreto. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/91355-em-general-emidio-
dantas-barreto/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
São oito as salas da Municipal Emídio Dantas Barreto, todas bem iluminadas, com
espaço para movimentação, armários, lousas e bancas em boas condições de uso. Fora deste
ambiente, os alunos contam com áreas de interação e recreação, como pátio e parque. Apesar
dos altos índices de violência do bairro de Santo Amaro , não há circuito interno de câmeras.
Esta instituição de ensino conta com uma quadra poliesportiva cedida pela Polícia Civil para a
prática de esportes, porém sem cobertura, limitando sua utilização conforme a ação do sol e
das chuvas.
Figura 29: Algumas das áreas de convívio dos estudantes. A primeira imagem corresponde ao
pátio, a segunda a uma das suas salas de aula, a terceira a quadra poliesportiva e a última
imagem corresponde ao parquinho. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André
Régis de Carvalho.
Há também um laboratório que oferece aulas de informática, cujo espaço é aberto aos
alunos fora do horário de aula; seus dez computadores com acesso à internet sem fio estão
igualmente à disposição dos alunos e professores. A biblioteca da escola também é aberta aos
alunos no contra turno letivo e conta com um profissional que exerce a função de
bibliotecário.
Figura 30: Laboratório de informática e Biblioteca. Ambas as salas em bom estado de
conservação. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
Os professores têm à disposição uma sala ventilada, bem iluminada, com bom espaço
para circulação, armários, mesas, cadeiras e computador acessíveis à internet. Existe uma sala
funcional para a secretaria, direção e coordenação que é ampla, bem iluminada, porém com
climatização precária e com a fiação elétrica exposta. Nessa sala também há computadores
com acesso à internet, copiadora, impressora, armários, mesas e cadeiras. Para a copiadora,
informou a direção que os tonners enviados pela prefeitura não suprem a necessidade da
escola.
Figura 31: Sala destinada ao uso dos professores (primeira imagem) e a sala da
secretaria/direção. Na segunda imagem é possível observar que a sala da direção apresenta
problemas de exposição de fiação elétrica. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador
André Régis de Carvalho.
O refeitório da Municipal General Emídio Dantas Barreto é limpo, espaçoso, iluminado,
bem ventilado e equipado com boas mesas e cadeiras. Na cozinha onde são distribuídos os
alimentos, há um refrigerador que satisfaz as necessidades do público. A merenda é recebida
regularmente, não costuma apresentar irregularidades e tem um cardápio variado, bem aceito
pelos estudantes.
Sobre os serviços básicos, a escola é atendida pelos serviços de distribuição de água e
coleta de esgoto da Compesa. Quando há problemas com o serviço de água, o caminhão pipa
solicitado à Prefeitura costuma demorar a chegar. A rede elétrica precisa de uma revisão
devido a indicativos de curtos-circuitos. Na visita, encontramos extintores de incêndio dentro
do prazo de validade e kit para primeiros socorros.
Três banheiros estão à disposição dos funcionários; seis, dos alunos. Destes, apenas
um é adaptado para pessoas com limitações motoras. Os lavabos estão em más condições de
uso, indicando necessidade de reforma.
Figura 32: Banheiros apresentando problemas de manutenção. Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Aos alunos são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares. No kit escolar de
2013, não foram recebidos fardamento e mochila. Os professores têm à disposição TV, DVD,
datashow, jogos e instrumentos para trabalhos manuais, como massas para modelar, cola,
tesouras e fitas. Os livros literários são muitos, mas os didáticos são insuficientes para o
quantitativo de alunos que frequentam as aulas. Também há computadores e acesso à
internet sem fio.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Na Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto, trabalham dezoito professores em
sala de aula, além de cinco readaptados em funções de apoio administrativo e pedagógico,
junto a quatro funcionários de coordenação, direção e secretaria. Para servir merenda e limpar
a escola, são sete funcionários; outros quatro trabalham na portaria.
Crianças com limitações motoras, perdas sensoriais, distúrbios mentais e dificuldades
de aprendizagem frequentam a instituição de ensino em questão. Para atendê-las, a escola
dispõe rampas de acesso e material didático específico. Tanto para este público quanto para os
demais alunos, não há psicólogos e/ou psicopedagogos.
Para incentivar as crianças ao estudo, são oferecidos projetos didáticos. Entre eles, o
“Mais Educação” realiza oficinas de letramento, reforço em matemática, música e desportos.
Além disso, também funciona o Projeto UCA (Um Computador por Aluno), do Governo
Federal, assim como o “Escola Aberta”¸ que dá a oportunidade da comunidade ter acesso ao
ambiente escolar nos finais de semana. Existe, também, uma parceria com o SESC, onde as
crianças frequentam um cinema.
A direção promove ao menos quatro encontros entre os pais e professores. A maioria
dos familiares costuma comparecer.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
Garantir às crianças o acesso à rede mundial de computadores permite-lhes o alcance
não somente da realidade da sua família, escola ou comunidade, mas de todo o mundo. Com a
internet, professores e alunos têm seus horizontes ampliados no processo de ensino e
aprendizagem. Os computadores com rede wireless já chegaram à Escola Municipal General
Emídio Dantas Barreto, mas será que ela está capacitada a trabalhar com esta ferramenta? De
acordo com a direção da escola, os professores precisam de profissionais que viessem a
contribuir para uma formação continuada neste sentido.
Sobre a estrutura física, em decorrência dos altos índices de violência na comunidade
de Santo Amaro, seria interessante a instalação de um circuito interno de câmeras. Da mesma
forma, é preciso providenciar a reforma dos banheiros de alunos e funcionários, tendo em
vista as péssimas condições de uso que oferecem.
Adicionalmente, recomenda-se como urgente a revisão da rede de energia elétrica do
prédio.
ESCOLA MUNICIPAL SÍTIO DO CÉU
Figura 33: Vista panorâmica da Escola Municipal Sítio do Céu. Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Sítio do Céu apresenta apenas o primeiro ciclo do Ensino
Fundamental. De acordo com a última avaliação do Ideb, ocorrida em 2011, o estabelecimento
obteve nota 4.1 e superou em 14% a meta estipulada pelo Ministério da Educação para o
mesmo ano, fixada em 3.6. Quanto à trajetória da escola nos últimos seis anos (2005 – 2012),
destaca-se um perfil ascendente, porém tímido. Em 2005, obteve nota 2.8, sem haver ainda
meta estabelecida; em 2007, nota 3.0, superando em apenas 3,4% a baixíssima meta anual, de
2.9; para 2009, não há dados disponíveis.
Tabela 9: valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Sítio do Céu versus as
metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/92602-em-sitio-do-
ceu/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
2.8 3.0 - 4.1
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
- 2.9 3.2 3.6
Figura 34: representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (Ensino
Fundamental I) para a Escola Municipal Sítio do Céu versus as metas estimadas pelo MEC para
os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/92602-em-sitio-do-ceu/ideb
O fluxo de aprovação foi de 0.93, que representa sete alunos reprovados a cada grupo
de 100. Como inexistem dados referentes ao ano de 2009, não é possível estabelecer uma
comparação entre os fluxos.
No tocante aos níveis de aprendizado considerados adequados para os alunos, a
situação é alarmante, para ambos os anos analisados. Em 2007, virtualmente nenhum
estudante aprendeu o que o Ideb considera além da expectativa (nível “avançado”) ou
esperado (nível “proficiente”). Do total de alunos, quatro (21%) obtiveram a classificação de
aprendizado “básico”. A maioria, 15 (79%), se enquadrou no nível “insuficiente”. Esses dados
concernem tanto à disciplina de Português quanto à de Matemática. Em 2011, a situação
melhora suavemente. Para o aprendizado em Português, nos níveis avançado e proficiente
observam-se um aluno (5%) e cinco alunos (19%), respectivamente. Novamente, a maioria
permaneceu abaixo da média: 10 alunos, tanto para o nível básico quanto para o insuficiente.
No que tange ao aprendizado em Matemática, apenas dois alunos conseguiram entrar nas
classificações avançada e proficiente, oito obtiveram aprendizagem básica, e o restante – 14 –
se enquadrou no nível insuficiente.
Figura 35: representação esquemática das porcentagens referentes à soma dos níveis
“avançado” e “proficiente” de aprendizado da Escola Municipal Sítio do Céu, nas disciplinas de
Português e Matemática. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/92602-em-sitio-do-
ceu/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
Já que a comunidade da Municipal Sítio do Céu não contribui positivamente para a
educação de suas crianças, a escola deveria ser um local atrativo no qual os alunos pudessem
buscar, por meio do acesso ao conhecimento, expandir seus horizontes e olhar criticamente,
enquanto cidadãos, para a sua realidade. No entanto, não é isto com o que deparamos neste
caso.
Foram muitos os problemas identificados no estudo in loco a esta escola, estando o
primeiro deles na entrada do prédio, cuja escada dificulta o acesso de pessoas com limitações
motoras. O telhado em madeira e telhas de cerâmica não é forrado, provocando goteiras em
dias de chuva. Além disso, não há um pátio, nem nenhum outro espaço para circulação e
recreação fora de sala de aula, como pátio, parque e refeitório. Em decorrência disto, os
alunos esperam o início das atividades letivas na rua, expostos a sol e chuva, assim como
passam todo o horário de aula, confinados em sala de aula, onde, inclusive, consomem as
merendas. A cozinha é limpa, porém abafada, escura e não conta com janelas. A merenda
chega regularmente, não apresenta irregularidades, o cardápio é variado e raramente é
rejeitado pelos alunos. O único problema é que a quantidade enviada não é suficiente para
todas as crianças.
Figura 36: Entrada da escola com escadas prejudicando a acessibilidade de pessoas com
alguma deficiência motora. A segunda imagem ilustra buracos no telhado de uma das salas de
aula. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
São cinco as salas de aula da Escola Municipal Sítio do céu, todas com um padrão
preocupante: são mal iluminadas, mal ventiladas e oferecem pouco espaço para circulação.
Todas dispõem de mesa para os professores, assim como armários. Algumas lousas precisam
ser substituídas.
Figura 37: Salas de aulas com problemas de iluminação, ventilação e com muitos buracos no
telhado. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
A secretaria, coordenação e direção da escola funcionam em um mesmo local, numa
sala pequena onde não há espaço para circulação, indicando péssimas condições de trabalho
oferecidas aos funcionários. Aqui, ao menos, há climatização, computador com acesso à
internet e mobiliário em bom estado de conservação. Não há sala para os professores. Como
não tem biblioteca na Municipal Sítio do Céu, os livros de literatura e pesquisa são guardados
em armários, no espaço de interseção das salas; as mediações de leitura são realizadas em sala
de aula.
Figura 38: A Escola Municipal Sítio do Céu não dispõe de biblioteca, armazenando seus
livros em armários localizado nos corredores da escola. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete
do vereador André Régis de Carvalho.
Existe um laboratório de informática com dez computadores, todos funcionando com
acesso à internet. O ponto negativo do laboratório é ser situado no fundo do imóvel, abaixo do
nível de todo o resto do prédio, onde se chega enfrentando uma porta estreita, seguida de
degraus altos. Novamente, observam-se problemas referentes à acessibilidade. Em caso de
incêndio, a fuga do prédio é comprometida devido à inexistência de saídas de emergência.
Além disso, o único extintor disponível na escola já teve o prazo de validade de manutenção
expirado. A Prefeitura está ciente da situação, mas não tomou providência alguma para sanar
o problema.
Figura 39: O laboratório de informática não possui espaço adequado para a circulação de
alunos, além de apresentar uma escada estreita como única entrada, dificultando a
acessibilidade de alunos com alguma deficiência. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do
vereador André Régis de Carvalho.
Sobre os serviços essenciais, a instalação elétrica não apresenta anormalidades
aparentes. O imóvel é ligado à rede de esgoto, mas sofre com a frequente falta de água na
comunidade. Quando é solicitado à Prefeitura caminhão pipa para abastecimento, a resposta
costuma ser tardia, segundo a direção. Há linha telefônica, porém não são liberadas ligações
para celulares. Como é necessária a comunicação com os pais dos alunos, as gestoras bancam
as ligações realizadas nos seus telefones pessoais.
Sobre os banheiros, quatro cabines sanitárias estão à disposição dos alunos. Há apenas
um lavabo para funcionários. Nenhum deles é adaptado para pessoas com deficiência motora,
todos são mal iluminados e não têm circulação de ar.
Figura 40: Banheiros da Escola Municipal Sítio do Céu em péssimas condições,
necessitando de manutenções regulares. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador
André Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Apesar de encontrar problemas com alguns recursos didáticos, como a inexistência de
um espaço físico adequado para o funcionamento de uma biblioteca, a Escola Municipal
recebe livros didáticos e literários da PCR. Aos alunos também são entregues cadernos, lápis,
borrachas e similares. No kit escolar de 2013 não foram recebidos fardamento e mochila.
Além disso, os professores têm à disposição aparelhos de TV, de DVD, de som, projetor
de imagens, lousas, jogos e um laboratório de informática. Da mesma forma, instrumentos
para trabalhos manuais como massas para modelar, cola, tesouras e fitas, são oferecidos. A
direção dispõe de um amplo leque de materiais didáticos em vídeo e realiza aulas de campo
com frequência.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Oito professores trabalham em sala de aula na Municipal Sítio do Céu. Além disso, uma
professora readaptada organiza os livros da escola. Com mediação de leitura, há uma
estagiária de licenciatura no turno da tarde, ninguém nos outros horários. O laboratório de
informática só tem monitor no horário da noite.
No trabalho administrativo atua apenas um funcionário com apoio de três estagiários
de ensino médio nos turnos da tarde e da noite, nenhum pela manhã. Para a coordenação e
direção pedagógica, são três professoras. Essa instituição de ensino atende alunos com
limitação motora, problemas sensores e distúrbios cognitivos e mentais, sendo que nem todos
possuem laudo médico. De todas as crianças especiais, apenas uma recebe acompanhamento
de intérpretes. Não há sala de recursos multifuncionais, rampas de acesso, utilização
apropriada de banheiros adaptados (utilizados atualmente como depósito) e materiais
didáticos específicos, assim como não há o atendimento por profissionais com habilitação em
educação especial, psicologia ou psicopedagogia. Um caso em especial chama atenção: um dos
estudantes com deficiência auditiva domina libras e não se comunica por este idioma na
escola.
Apesar de receber verba para realizar oficinas de letramento, reforço em matemática,
música, dança e práticas esportivas através do Mais Educação, as atividades do programa não
puderam ser iniciadas em decorrência da falta de espaço físico. Para manter diálogo com os
familiares de seus alunos, a direção da escola convoca uma média de quatro reuniões gerais
por ano. Apesar da participação ativa de uma parcela significativa de pais, informou a direção,
ainda não é a maioria que acompanha a vida escolar das crianças.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
O principal problema da Escola Municipal Sítio do Céu está no fato de sua estrutura
física não ser adequada para o funcionamento de uma escola. As salas não garantem espaço
para a circulação dos estudantes, além de serem mal iluminadas e quentes. Além disso, não há
nenhuma área de lazer, convivência e práticas esportivas, como um pátio, refeitório,
biblioteca, parque ou quadra poliesportiva, fazendo com que as crianças fiquem confinadas
onde assistem às aulas.
A solução ideal para o problema é que esta instituição de ensino seja transferida para
um prédio com instalações planejadas para receber crianças no processo de ensino-
aprendizagem. A direção da escola narrou que em decorrência das rixas entre as comunidades
do bairro, não podem migrar para outra localidade. Sendo assim, seria ideal a compra dos
terrenos vizinhos para a construção de um novo prédio. Tendo em vista que este processo é
lento, como medida paliativa, a Prefeitura do Recife poderia, ao menos, climatizar e fazer
revisão da iluminação das salas de aula, providenciar a troca dos extintores de incêndio,
reformar os banheiros, instalar forro no telhado, bem como toldo de proteção e rampa de
acesso na entrada da escola.
Sobre acessibilidade, nem a estrutura física, nem a pedagógica estão preparadas para
receber os alunos com necessidades especiais que frequentam a instituição. Além disso, não
há profissionais para identificar ou acompanhar este público, assim como não são oferecidos
materiais didáticos específicos. Dessa forma, é urgente a contratação de pessoal capacitado a
trabalhar com educação especial e inclusiva.
ESCOLA MUNICIPAL DOS COELHOS
Figura 41: Vista Frontal da Escola Municipal dos Coelhos. Foto tirada pela Equipe de Gabinete
do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal dos Coelhos, localizada no bairro da Boa Vista, atende alunos de
diferentes comunidades do centro, como os Coelhos e o Coque. Trabalhando com Educação
Infantil, Ensino Fundamental I e Educação de jovens e adultos, a escola funciona em três
turnos com dezesseis turmas pela manhã, quinze pela tarde e duas à noite. O seu Ideb é 2.8,
tendo apenas dados de 2005. O corpo docente da escola atribui a falta de notas do Ideb a
problemas de gestão da própria instituição.
Tabela 10: Valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Dos Coelhos versus as
metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/92918-em-dos-
coelhos/ideb
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
2.8 - - -
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
- 2.9 3.2 3.6
De acordo com a direção da instituição, são recorrentes os atos de violência na
comunidade, tendo a escola histórico de roubo. Mesmo assim, não há circuito interno de
câmeras no prédio. Além da criminalidade no local, especialmente no que concerne ao tráfico
de drogas, a ausência de informações desde 2005 fragiliza ainda mais o aprendizado e
avaliação do tipo de educação que os estudantes recebem.
Figura 42: Não é possível fazer análise da evolução das taxas de aprendizado devido à
falta de dados.Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/92918-em-dos-coelhos/proficiencia
Baseando-se na antiquada nota do Ideb, ainda há informações significativas e
preocupantes: dos 26 alunos que fizeram a Prova Brasil em 2007, no exame de Português,
apenas 4 atingiram o aprendizado adequado e 1 aluno mostrou-se avançado. Em matemática
chega a ser mais preocupante, com apenas 3 alunos atingindo o que se é esperado e com
nenhum apresentando capacidades acima do esperado.
A ESTRUTURA FÍSICA
A Escola Municipal dos Coelhos conta com dezesseis salas de aula distribuídas em um
prédio com três pisos que não contém nenhum tipo de acessibilidade para estudantes com
limitações motoras.
Figura 43: Obstáculos que alunos com alguma deficiência motora tem que superar para ter
acesso às salas de aula. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de
Carvalho.
Das 16 salas de aula, apenas quatro são climatizadas. O restante das salas possui
ventiladores, não obstante em algumas salas a maioria dos ventiladores apresentam
problemas. Há problemas na iluminação, ao passo que muitas das salas estão com lâmpadas
queimadas. As lousas e armários também precisam ser reformados ou substituídos. Há
bebedouro em todas as salas. Os alunos com necessidades especiais contam com uma sala de
recursos multifuncionais onde é realizado atendimento no contra-turno do ensino regular.
Figura 44: Salas de aula apresentando problemas de ventilação e com espaço reduzido para a
circulação de alunos e professores. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André
Régis de Carvalho.
Sobre os espaços de convivência, não há parque, quadra poliesportiva, nem refeitório.
Uma sala chamada de brinquedoteca se resume a um ambiente vazio com uma caixa de
brinquedos velhos e quebrados. Onde deveria funcionar a sala de multimídias, o novo
aparelho de TV 42’’ modelo led está quebrado, enquanto um antigo serve às aulas; o aparelho
de DVD funciona; não há climatização, nem cadeiras confortáveis.
Figura 45: Sala de Aula Multimídia e Brinquedoteca. Na sala multimídia, a televisão de 42
polegadas adquirida recentemente encontra-se quebrada. A brinquedoteca consiste em uma
sala com uma caixa de brinquedos velhos. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador
André Régis de Carvalho.
As refeições são servidas dentro das salas de aula. Para as crianças, confinamento;
para os funcionários, desgaste físico por subir e descer escadas frequentemente. Ao menos a
cozinha da escola é ampla e a merenda é recebida regularmente, não apresenta
anormalidades e conta com um cardápio variado.
O piso do segundo andar apresenta inúmeras rachaduras, indicando que a escola
possui graves problemas estruturais que acabam por expor os alunos e professores a um
ambiente de risco. Rachaduras também são observadas nas paredes dos banheiros, em
decorrência de infiltrações (essas infiltrações não atingem apenas os banheiros, mas também
as paredes dos corredores).
Figura 46: Rachaduras observadas no piso das salas de aula do segundo andar. Nas paredes
dos banheiros e corredores é possível constatar infiltrações e mofo. Fotos tiradas pela Equipe
de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
Só há lavabos no térreo, sendo que estes estão em condições precárias de uso. As
portas das cabines sanitárias estão corroídas pela ação da água e de cupins; alguns dos vasos
estão sem descarga e apresentam rachaduras, além de nenhum ter assento e tampa; as
lâmpadas precisam ser trocadas; apenas um dos lavabos está apto ao acesso de cadeirantes.
Figura 47: Banheiros da escola em condições insalubres. É possível observar que os sanitários
não dispõe de assentos, tampas e nem descarga. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do
vereador André Régis de Carvalho.
Há uma biblioteca mal iluminada por precisar de mais lâmpadas, mas que é climatizada
e equipada com armários, mesas e cadeiras. Existe, também, um laboratório de informática
com doze computadores, porém nenhum deles funciona, tendo em vista que a rede elétrica
não suporta a carga exigida pelos aparelhos. Há histórico de curtos-circuitos.
Figura 48: Biblioteca apresentando problemas de ventilação e iluminação. A segunda imagem
ilustra o laboratório de informática com seus computadores inutilizados, em virtude da
estrutura elétrica do prédio. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de
Carvalho.
Uma sala mal iluminada devido a lâmpadas queimadas, porém climatizada, com sofá e
acesso a internet sem fio está à disposição dos professores. A coordenação fica instalada em
um espaço minúsculo sem climatização e informatização. A secretaria funciona em um espaço
amplo e ventilado. A sala da direção é climatizada, equipada com copiadora, impressora,
computadores com acesso a internet, mesas, cadeiras e armários. Há linha telefônica, porém
não são liberadas ligações celulares. Como é necessária a comunicação com os pais dos alunos,
as gestoras bancam as ligações realizadas nos seus telefones pessoais.
A escola é servida pelo sistema de abastecimento de água e coleta de esgoto da
Compesa. Aqui, não há saídas de emergência nem extintores de incêndio. Para casos de
pequenos acidentes como quedas e cortes tem um kit de primeiros socorros. As portas de
algumas salas precisam de novas fechaduras.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
Aos alunos são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares. No kit escolar de 2013
não foram recebidos fardamento e mochila. Apesar do número limitado de aparelhos, os
professores têm à disposição TV e DVD. Contam também com um projetor de imagens e jogos.
Da mesma forma, instrumentos para trabalhos manuais como massas para modelar, cola,
tesouras e fitas são oferecidas.
O laboratório de informática da escola está inutilizado devido aos problemas da rede
elétrica. De acordo com a direção da escola, por dificuldade em conseguir ônibus para
transportar as crianças, são poucas as atividades extraclasses.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Trinta e um professores trabalham na Municipal dos Coelhos, sendo vinte e nove em
sala de aula e três readaptados para secretaria e suporte didático. No apoio pedagógico há
duas gestoras e apenas uma coordenadora no turno da manhã. Com o acompanhamento de
alunos especiais trabalham três estagiários de ensino superior em formação no curso de
Psicologia, além de três profissionais de magistério.
Na parte administrativa, há apenas um servidor com apoio de três estagiários de
ensino médio. Para a limpeza e distribuição de merendas são oito funcionários. Dois porteiros
e dois seguranças controlam a entrada e saída de pessoas do prédio.
A Escola Municipal dos Coelhos atende alunos com limitações motoras, deficiências
sensoriais, distúrbios mentais e com dificuldades de aprendizagem. Apesar de não contar com
rampas de acesso para cadeirantes, há profissionais com formação em psicopedagogia e
educação especial para realizar atendimento a este público na sala de recursos
multifuncionais. No ensino regular, nem todos os alunos inclusos tem acompanhamento em
sala de aula.
Para envolver os pais na vida escolar dos filhos, são realizadas duas reuniões gerais por
ano, além de trabalhos em parceria com o posto de saúde da comunidade. Apesar do esforço
da direção, coordenação e professores, ainda é a minoria que se faz presente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
A Escola Municipal dos Coelhos não foi projetada para ser uma escola, mas seu prédio
pode ser otimizado para garantir melhores condições de trabalho e estudo para professores e
estudantes. Primeiramente, é necessário que seja realizada revisão e manutenção da rede
elétrica e hidráulica. Torna-se emergencial o envio de uma equipe técnica para averiguar as
rachaduras no chão dos pisos superiores.
Devido às péssimas condições de uso, é urgente a reforma dos banheiros da
instituição. Além disso, a brinquedoteca, o laboratório de informática e sala de multimídia da
instituição que precisam de requalificação. Como o calor é intenso, a necessidade de
climatização nas salas é vital. Outro fator emergente é a instalação de extintores de incêndio
no local.
Por fim, o ideal é que a Prefeitura do Recife discutisse estratégias para ampliar o
prédio (ou construir um novo, caso a revisão técnica, assim determine), garantindo a
construção de um refeitório, áreas de lazer e práticas esportivas, assim como uma sala que
permitisse à Coordenação planejar atividades com os professores e mediar a comunicação
entre a escola e as famílias dos alunos.
ESCOLA MUNICIPAL NOSSA SENHORA DO PILAR
Figura 49: Vista Frontal da Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar. Foto tirada pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho
A Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar funciona no bairro do Recife, nas
proximidades da sede administrativa da Prefeitura da Cidade. Atualmente, a instituição de
ensino trabalha com turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Educação de Jovens
e Adultos (EJA). No horário da manhã, estão matriculadas 87 crianças, enquanto pela tarde
frequentam 50 alunos. Até o ano de 2012, funcionava o “Pró-Jovem”, cujo objetivo principal é
o aumento da escolaridade e capacitação profissional daqueles que abandonaram os estudos
prematuramente. Este programa do Governo Federal oferece uma bolsa aos participantes, a
fim de que estes não venham a desistir dos estudos por falta de condições financeiras.
No entanto, a ajuda de custo por vezes é utilizada para outros fins – compra de drogas,
por exemplo, no caso da Municipal Nossa Senhora do Pilar. De acordo com a direção, com o
que recebiam do programa, os alunos desta modalidade levavam o tráfico de entorpecentes
para dentro do ambiente escolar. O consumo e tráfico de drogas nesta comunidade refletem
nos casos de violência com os quais os alunos deparam na rua ou mesmo no ambiente
doméstico, fazendo com que venham a reproduzir comportamentos agressivos dentro da
escola.
Em decorrência dos problemas que enfrenta no cotidiano, o rendimento de alunos e
professores nas avaliações nacionais é comprometido. Apesar de não participar do Ideb em
2009 e 2011, as participações da Nossa Senhora do Pilar nas avaliações de 2005 e 2007
indicam uma situação alarmante, apesar do grande salto conquistado. Em 2005, a nota da
escola no Ideb foi de 2.6. Em 2007, a meta esperada pelo governo foi de 2.7, enquanto que a
escola conseguiu atingir a nota de 3.5.
Tabela 11: Valores observados do Ideb da Escola Municipal de Nossa Senhora do Pilar (fundamental I)
versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/87630-em-
nossa-senhora-do-pilar/ideb.
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
2.6 3.5 - *
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
- 2.7 3.0 3.4
Uma análise do fluxo de aprovação e de aprendizado referentes aos anos de 2005 e
2007 permite inferir que o crescimento da nota do Ideb não se deu em decorrência do número
de alunos aprovados, haja vista que entre 2005 e 2007 é possível observar uma queda de 1%
no fluxo de aprovação (0.76, em 2005, e 0.75, em 2007), mas sim de uma melhor taxa de
alunos com aprendizado adequado. Em 2007, o indicador de aprendizado foi 6% superior ao
observado na primeira avaliação em 2005: 4.66, em 2007, e 3.42.
De acordo com os dados do Qedu, o número de alunos com aprendizado adequado
para o 5º ano do ensino fundamental foi de 20%, tanto para Português quanto para
Matemática.
A ESTRUTURA FÍSICA
A Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar não foi planejada para ser uma escola,
apesar do espaço no qual funciona ser direcionado para tal. Antes de ser erguido em sua atual
configuração, o terreno desta instituição de ensino era uma área de galpões. Desde sua
fundação, a escola recebe pouca atenção da Prefeitura, passando a ser socorrida por órgãos
públicos federais e estaduais vizinhos, assim como por particulares. Atualmente, a estrutura do
prédio da Municipal Nossa Senhora do Pilar não é de alvenaria, mas sim de uma madeira de
baixa durabilidade, facilmente corroída por cupins, fuligens e ação da chuva. Apesar de suas
paredes apresentarem material facilmente inflamável, a escola só conta com um extintor de
incêndio.
Figura 50: As placas de madeira trocadas recentemente já sofrem com a ação do cupim e ação
das chuvas. Luminárias com lâmpadas penduradas por um fio com risco de queda. Ao fundo da
imagem é possível observar a presença de câmera de segurança Fotos tiradas pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
O piso de toda a escola precisa de manutenção urgente, tendo em vista que, além de
não ser uniforme, facilmente acumula poeira, provocando reações alérgicas em alunos,
professores e demais funcionários. A verba para pintura não foi recebida, fazendo das salas e
do pátio ambientes visualmente desagradáveis.
Figura 51: As salas de aula da Escola Nossa Senhora do Pilar apresentam paredes de alvenaria
com fiação elétrica exposta. A sala de música (segunda imagem) apresenta problemas de
ventilação e má iluminação. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de
Carvalho.
Das dez salas de aula, apenas uma não possui ar-condicionado. Todas as outras, graças
à doação de funcionários da escola e da sede da Prefeitura, são climatizadas. Ainda assim, não
é realizada manutenção dos aparelhos refrigeradores, diminuindo seu tempo de vida útil e
provocando reações alérgicas em alunos e professores. Também há uma sala onde são
realizadas as atividades do “Mais Educação” e do “Escola Aberta”, sendo que esta, apesar de
climatizada, é mal iluminada porque as poucas lâmpadas que tem estão queimadas.
Existe um espaço para circulação fora de sala de aula, porém o piso é coberto com
vegetação, fomentando, assim, as condições ideais para o desenvolvimento de animais
peçonhentos, colocando estudantes e professores em situação de risco. Há, ainda, um local
onde deveria funcionar uma quadra, mas que se encontra subutilizado por não ser coberto,
fazendo com que a incidência de calor torne inviável a realização da prática de atividades
físicas. Outro problema é que a área encontra-se tomada pelo capim, e a tela superior de
proteção corre risco de romper por sofrer pressão do peso de placas de madeira que foram
jogadas.
Figura 52: Espaço que deveria ser o pátio da escola, coberto por vegetação. Na segunda
imagem é possível ver placas de madeiras depositadas em cima da cobertura da quadra
poliesportiva, oferecendo risco aos estudantes. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do
Vereador André Régis de Carvalho.
Os alunos têm acesso a uma biblioteca que, apesar de extremamente mal ventilada, é
espaçosa, limpa, organizada e abriga um razoável e interessante leque de títulos. O laboratório
de informática da escola possui 16 computadores com acesso à internet, necessitando apenas
de monitores para começar a funcionar.
A merenda é recebida regularmente, não costumam apresentar irregularidades e
contam com um cardápio variado e bem aceito pelos alunos. Recebidos em uma cozinha limpa
e arejada, os alimentos são consumidos em um refeitório bem iluminado, ventilado, com
espaço para movimentação, boas mesas e cadeiras.
No que concerne à acessibilidade, as salas de aula não oferecem amplo espaço para
movimentação e o esboço de pátio, tal qual o rol de entrada, não oferece condições para o
passeio de cadeirantes. Com isto, este público tem sua locomoção limitada aos corredores.
Como os professores não contam com tempo para descanso e planejamento de
atividades entre aulas foi de comum acordo que onde seria uma sala para os docentes
funcionasse uma sala de recursos multifuncionais para as crianças com dificuldades de
aprendizagem, que é climatizada e dispõe de um leque interessante de materiais didáticos.
A coordenação, direção e secretaria funcionam em ambientes distintos, climatizados,
iluminados, mas com pouco espaço para circulação. Todos são equipados com computadores
acessíveis à internet, mesas, cadeiras e armários.
Figura 53: Secretaria da Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar com problema de fiação
elétrica exposta, assim como observado nas salas de aula. Foto tirada pela Equipe de Gabinete
do Vereador André Régis de Carvalho.
Sobre os serviços básicos, problemas graves foram identificados. O primeiro deles
concerne à falta de distribuição de água. Além de não ser atendida de forma satisfatória pela
Compesa, a escola não conta com depósitos suficientes para a demanda no prédio, tendo que
armazenar água em um terreno vizinho, onde a bomba que envia água para os reservatórios é
roubada frequentemente por usuários de drogas da localidade. As caixas de água do prédio da
escola estão sustentadas por uma estrutura que apresenta rachaduras e ferragens expostas.
Os fios da rede elétrica não são isolados por mangueiras antipropagação de chamas que,
acompanhados das paredes de madeira, da falta de extintores – apenas um para todo o prédio
– e de saídas de emergência, dificultam o socorro em caso de incêndio.
Figura 54: Reservatório de água apresentando graves problemas estruturais, principalmente a
ferrugem observada na base da estrutura. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador
André Régis de Carvalho.
Um banheiro tem uso destinado a professores e funcionários. Outros cinco – estreitos,
mal iluminados, sem portas e em péssimo estado de conservação - estão à disposição dos
alunos, sendo que somente um destes é adaptado para deficientes físicos.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
A escola recebe livros didáticos e literários, assim como cadernos, lápis, borracha e
similares. Também conta com computadores, acesso à internet, aparelho de TV, DVD, som,
datashow, jogos e aulas de campo. As lousas da sala de aula precisam passar por manutenção
ou serem substituídas.
Os materiais para trabalhos manuais, como lápis, papel, massa de modelar, tintas e
similares – tais quais os materiais de limpeza – não estão sendo enviados pela Prefeitura. Com
isso, têm de ser adquiridos com a verba enviada à escola a cada três meses.
A sala multifuncional recebe materiais didáticos, porém poucos em quantidade e
diversidade. Há necessidade de recursos lúdicos próprio a especiais, visto que estes motivam
as crianças no processo de ensino-aprendizagem.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Para a manutenção da limpeza da escola e distribuição de merendas, estão à
disposição quatro funcionários. Quatro porteiros controlam a entrada e saída de pessoas do
prédio. Onze professores trabalham na Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar, sendo que
dez estão em sala e aula, e uma foi readaptada para a vice-direção. No corpo de apoio
pedagógico, são cinco funcionários, enquanto outros dois atuam nas funções administrativas
com o apoio de um estagiário de Ensino Médio, apenas no turno da manhã. Na sala de leitura,
trabalha uma estagiária de nível superior apenas em um horário e não há monitor no
laboratório de informática.
Esta instituição de ensino atende alunos com limitações motoras, mas não possui
rampas de acesso, atende ainda crianças com problemas sensoriais, cognitivos e mentais, que
são acompanhadas por estagiários de Nível Superior e/ou magistério. Tendo em vista o grande
número de estudantes que precisa deste atendimento especializado, o quadro de estagiários
não é suficiente; este problema faz com que muitos alunos cheguem a abandonar a escola.
Projetos de incentivo à aprendizagem são oferecidos, como o programa “Escola
Aberta” e “Mais Educação”, nos quais são realizadas oficinas de alfabetização, reforço em
matemática, desportos, música e outras artes. Para aproximar os pais do cotidiano escolar dos
seus filhos, são realizadas três reuniões anuais. De acordo com a direção, a maioria dos pais
usualmente comparece.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
Ainda que funcionando nas proximidades da sede administrativa da Prefeitura do
Recife, a Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar encontra-se em estado de abandono e
passando por problemas graves. Na estrutura física, um ponto que merece atenção é o fato de
as paredes do prédio não ser em alvenaria, mas sim em uma madeira pouco resistente, que,
além de carecer pintura, está danificada pela ação de cupins e chuvas.
Além de contribuir o aumento da sensação de calor, esse material é facilmente
inflamável. Sobre incêndio, destacamos indicativos de alto risco: a afiação elétrica não passa
por mangueiras antipropagação de chamas, não há saídas de emergência nem extintores.
Onde deveria funcionar uma quadra, o capim toma conta. Seria interessante a construção de
uma coberta para a área, bem como piso para o pátio. Os banheiros estão calamitosos, com
cabines sanitárias sem porta e nenhuma ventilação.
Na estrutura pedagógica, faz-se urgente a contratação de pessoal capacitado para
acompanhar os alunos com necessidades especiais que estão inclusos em sala de aula. Além
disso, é preciso contratar funcionários para que a biblioteca e sala de informática funcionem
nos turnos da manhã e da tarde.
ESCOLA MUNICIPAL SEDE DA SABEDORIA
Figura 55: Vista Frontal da Escola Municipal da Sede da Sabedoria. Foto tirada pela Equipe de
Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
Situada no bairro de Santo Amaro, a Escola Municipal Sede da Sabedoria trabalha com
turmas de Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e Adultos. São 260 alunos pela manhã,
240 pela tarde e uma turma em formação no horário da noite. Mesmo convivendo com uma
realidade de violência e tráfico de drogas, além da ausência da participação familiar, a
instituição conseguiu atingir/superar todas as metas estabelecidas pelo Ministério da
Educação, apesar de ter sofrido uma redução de 12% na ultima avaliação do Ideb.
Figura 56: Cartaz postado na escola ilustrando as notas e metas do Ideb projetadas pelo
Ministério da Educação. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de
Carvalho.
A Escola Municipal Sede de Sabedoria apresenta um Ideb de 3.8 (2011). O
estabelecimento de ensino apresentava, até 2009, uma trajetória ascendente. Em 2005, a nota
da escola no Ideb era de 3.0; na avaliação de 2007, foi observado um crescimento de 13%,
atingindo assim uma nota de 3.4, superior à pontuação de 3.1 projetada pelo Ministério da
Educação no período. Em 2009, a escola apresenta um crescimento de 26%, subindo sua nota
para 4.3 (a meta do Ideb para o período foi de 3.4). O ano de 2011 marca a ruptura na
trajetória ascendente, tendo a escola apresentado uma queda de 12% e atingindo a nota de
3.8 (apesar da queda, a meta foi atingida).
Tabela 12: Valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Sede da Sabedoria versus
as metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/91356-em-sede-da-
sabedoria/ideb.
IDEB OBSERVADO
2005 2007 2009 2011
3.0 3.4 4.3 3.8
METAS PROJETADAS
2005 2007 2009 2011
- 3.1 3.4 3.8
Figura 57: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino
fundamental I) para a Escola Municipal Sede de Sabedoria versus as metas estimadas pelo MEC
para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/91356-em-sede-da-
sabedoria/ideb
O fluxo de aprovação foi de 0.91, correspondendo a um decréscimo de 3%, quando
comparado ao valor encontrado em 2009 (0.94). O índice de aprendizado sofreu uma queda
de 10%, caindo de 4.61 (2009) para 4.17 (2011). O fluxo de aprendizado obtido em 2011
igualou o valor mais baixo apresentado pela escola até o momento (2005). O índice de
aprendizado, que, em 2005, foi de 3.31, cresceu 10 % em 2007 e 27% em 2009, atingindo um
valor de 4.61. Em 2011, como já fora explicado ocorreu uma redução de 10%.
De acordo com o Qedu, o ano de 2009 corresponde ao melhor desempenho, no quinto
ano do ensino fundamental. Em 2009, o número de alunos com aprendizado adequado em
Português foi de 20%, enquanto que, em Matemática, 22% apresentavam aprendizado
compatível com a série. Os valores obtidos em 2009 foram superiores aos resultados
anteriores encontrados em 2007, ano no qual o número de alunos com aprendizado adequado
em Português foi de 5% e, em Matemática, de 4%. Em 2011, houve uma redução drástica: o
número de alunos com aprendizado adequado caiu para 13%, em Português, e 7%, em
Matemática.
Figura 58: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de
Português e Matemática referente às turmas do 5º ano da Escola Municipal Sede de
Sabedoria. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/91356-em-sede-da-sabedoria/proficiencia
A ESTRUTURA FÍSICA
Apesar de, no passado, ter funcionado em casas adaptadas, hoje a Escola Municipal
Sede da Sabedoria conta com um prédio planejado para fins educativos de crianças. Ainda
assim, é possível identificar pontos que precisam de atenção. Inclusive, quando a escola foi
visitada, havia apenas um papel A4 mostrando as notas do Ideb, quando na verdade deveria
haver uma sinalização maior do que esse papel, com pelo menos 1m², para expor a nota.
São dez as salas de aula, todas bem iluminadas, com lousas em boas condições de uso.
Contam com ar-condicionado, porém estes aparelhos não climatizam com eficiência, e alguns
estão inutilizados em decorrência de janelas quebradas ou falta de manutenção. Novos
aparelhos já foram comprados, mas ainda necessitam ser instalados.
Apesar de amplas, as salas são superlotadas, dificultando um melhor desempenho
docente. Todas elas têm armários e bancas novas, porém nem sempre adequadas ao público.
Além da sala do ensino regular, a escola conta com uma sala de recursos multifuncionais para
atendimento das crianças com necessidades especiais.
Figura 59: Apesar de as salas de aulas serem amplas, elas são lotadas e mal iluminadas. Fotos
tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A escola conta com uma biblioteca, que apresenta problemas de ventilação e
iluminação. Atualmente, ela conta com dois aparelhos de ar-condicionado, ambos quebrados.
As portas e armários precisam de reparos. Existe um laboratório de informática equipado com
15 computadores, dos quais 14 funcionam; todos têm acesso à internet. Há também um
pequeno auditório que, infelizmente, está sendo utilizado como depósito. No edifício, foram
observadas algumas falhas na estrutura, como um pedaço do teto de gesso quebrado,
expondo o sistema hidráulico. Um ponto que chamou a atenção foi a presença de uma câmera
de segurança voltada para o interior de uma das salas de aula, o que é proibido por lei.
Figura 60: Sala de informática (primeira imagem). Problema estrutural encontrado no edifício
(segunda imagem).Câmera de segurança voltada para o interior das sala de aula, o que por lei
é proibido. Biblioteca da escola, com seus dois aparelhos de ar-condicionado, quebrados
(quarta imagem). Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Sede de Sabedoria carece de áreas de lazer e esportes, como
parque e quadra poliesportiva. Ainda assim, tem um pátio onde os alunos descansam no
intervalo entre as aulas. O piso do prédio é regular, o acesso ao segundo e terceiro piso se dá
por rampas largas com inclinação e barras de ferro de apoio para cadeirantes.
A merenda é recebida regularmente em uma cozinha limpa e espaçosa, que só possui
um refrigerador, não comportando as merendas regulares junto às do “Mais Educação”. Há
uma parte do pátio que foi isolada, é usada como refeitório e apresenta boa ventilação, mas
mal iluminada. Na escola, não há bebedouros para os alunos.
Na Escola Municipal Sede da Sabedoria, há uma sala para os professores bem
iluminada, espaçosa e climatizada, mas que não conta com computadores, nem com acesso à
internet. A direção e a secretaria dividem um ambiente com espaço para movimentação,
computadores, acesso à internet, impressora, copiadora – que quebra frequentemente –,
armários, mesas e cadeiras. A coordenação, por sua vez, não dispõe de espaço físico algum,
comprometendo o sucesso no planejamento de atividades com os docentes e os atendimentos
individuais dos alunos e de seus familiares.
Todos os pavimentos desta escola possuem banheiros. No térreo, são dois deles em
boas condições de uso para professores e seis cabines sanitárias para alunos. No segundo piso,
existem seis cabines. Contudo, muitos dos vasos sanitários encontravam-se entupidos. No
terceiro andar, também existem seis cabines sanitárias. Nenhum dos banheiros é acessível
para cadeirantes.
Figura 61: Cabines sanitárias destinadas aos alunos do segundo andar, alguns vasos sanitários
encontravam-se entupidos (primeira imagem). Banheiro destinado aos professores, em boas
condições de uso (segunda imagem). Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André
Régis de Carvalho.
OS MATERIAIS DIDÁTICOS
A Escola Municipal Sede da Sabedoria recebe livros didáticos e literários da Prefeitura
da Cidade do Recife, além de contar com laboratório de informática com acesso à internet.
Não há rede wireless. Há também uma biblioteca que precisa de novo mobiliário e
climatização, bem como um pequeno auditório, que está funcionando como depósito. Aos
discentes são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares.
Instrumentos para trabalhos manuais como massas para modelar, cola, tesouras e fitas
são oferecidos. Aulas de campo também são realizadas. Além disso, os professores têm à
disposição aparelhos de TV, de DVD, de som, projetor de imagens, lousas e jogos. Os alunos
com necessidades especiais contam com uma sala de recursos multifuncionais.
CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
Em sala de aula, dezoito professores atuam na Escola Municipal Sede da Sabedoria.
Apesar de formar quatro turmas de 5º ano que serão avaliadas pelo Ideb no final do ano,
apenas duas contam com professores em sala de aula; as outras duas, até o momento da
visita, estavam sem aula devido ao afastamento das docentes em decorrência de licença por
motivos de saúde.
São três as professoras readaptadas: uma trabalhando na secretaria, outras duas na
biblioteca. No espaço dos livros, são realizadas as atividades de dois projetos de iniciativa das
bibliotecárias em parceria com a coordenação pedagógica, sendo eles o “Biblioteca Viva” e o
“Biblioteca Mágica”, ambos visando a estimular a leitura. Pela manhã, trabalha uma
mediadora de leitura, que cursa Letras, neste espaço; à tarde, não há mediador de leitura.
Tanto para os alunos quanto para os pais, é possível fazer empréstimo de livros.
Além dos projetos de biblioteca, outros programas de incentivo à aprendizagem
funcionam na escola, como é o caso do “Mais Educação” e do “Escola Aberta”. Para utilizar o
cinema como recurso didático multidisciplinar, a coordenação inscreveu o programa “Luz,
Câmera... Educação” que está com suas atividades interrompidas devido à ocupação da sala de
multimídia como depósito para os condicionadores de ar.
A Escola atende alunos com limitações motoras, distúrbios mentais, déficit de
aprendizagem e problemas sensoriais. Estas crianças contam com uma sala de recursos
multifuncionais com três profissionais especializados em educação, equipada com materiais
didáticos específicos. No entanto, o público com surdez e baixa visão não recebe
acompanhamento de intérpretes que dominem libras ou braile.
De acordo com professoras, a maioria das famílias é ausente da vida escolar dos
estudantes, assim como são corriqueiros os casos de violência doméstica, tanto física quanto
psicológica. Além disso, informaram que a escola deixou de promover reuniões com os pais,
mas que neste ano espera-se fazer quatro delas, ao menos. Nos trabalhos administrativos,
existe apenas um funcionário, com apoio de um estagiário de Ensino Médio. No apoio
pedagógico, trabalham quatro pessoas. O laboratório de informática conta com monitor
apenas em um horário. Nove pessoas trabalham com distribuição de merendas e limpeza da
escola, enquanto duas ficam na portaria.
CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
Na estrutura física da Municipal Sede da Sabedoria são necessárias algumas medidas
reparadoras, sendo a primeira delas a instalação dos condicionadores de ar já comprados; com
isso, as salas de aula tendem a se tornar mais agradáveis. Outro questão necessária é a
reativação do auditório. Além disso, seria interessante a construção de um espaço para a
coordenação, oferecendo melhores condições de acompanhamento e planejamento de
atividades com os professores.
Apesar de o prédio dispor de rampas de acesso, nenhum dos banheiros é adaptado para
cadeirantes ou alunos com limitações motoras. É preciso traçar estratégias para solucionar
este problema, bem como os entupimentos frequentes dos vasos sanitários. Não há extintores
de incêndio, e é emergente a sua providência.
Para melhorar as atividades e os serviços prestados pela biblioteca, seu ambiente
precisa de novos armários para suportar o peso dos livros, assim como de um computador
com acesso à internet para a catalogação dos títulos. Adicionalmente, é necessária a troca da
porta e algumas lâmpadas, juntamente com a aquisição de mesas e cadeiras.
No quadro de funcionários, faltam professores para duas das quatro turmas de quinto
ano. Também não há mediação de leitura, nem monitor para o laboratório de informática, no
turno da manhã.
ESCOLA MUNICIPAL PADRE ANTÔNIO HENRIQUE
Figura 62: Vista Frontal da Escola Municipal Padre Antônio Henrique. Fotos tiradas pela Equipe
de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
A Escola Municipal Padre Antônio Henrique funciona em dois prédios no bairro do
Paissandu, sendo um com instalações próprias da Prefeitura, a sede, e um cedido pelo
Instituto Nossa Senhora de Fátima, o anexo. No ensino regular, na sede, estudam 143 alunos
pela manhã, 69 à tarde em turmas de Ensino Fundamental I e II e 66 à noite, na Educação de
Jovens e Adultos; o anexo trabalha em horário integral, junto à organização religiosa em
questão, com 120 alunos, em classes de Educação Infantil e Ensino Fundamental I.
Além de ter suas atividades comprometidas em decorrência da saída do prédio original
para novas instalações, a escola convive com a dificuldade administrativa de uma sede com
anexo. Esta instituição de ensino abriga alunos de comunidades com altos índices de violência,
como o Coque e os Coelhos, representando mais um desafio para os alunos e funcionários da
escola. Também como fator negativo vale frisar a baixa participação dos pais e responsáveis na
vida escolar dos alunos, fato comprovado pela baixa presença às reuniões com coordenadores
e professores. Além disso, alguns problemas pontuais na estrutura física, administrativa e
pedagógica merecem atenção.
Apesar de trabalhar com dois níveis de ensino avaliados pelo Ideb, apenas o
Fundamental II participou da Prova Brasil. Os resultados obtidos são alarmantes. Em 2005, a
Educação básica na RPA 1 do Recife tem desempenho abaixo da média do município e do Brasil
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Educação básica na RPA 1 do Recife tem desempenho abaixo da média do município e do Brasil

  • 1.
  • 2. APRESENTAÇÃO Na medida em que o nosso trabalho avança, aproximando-nos da meta de avaliar as condições estruturais e pedagógicas das 300 escolas integradas à rede pública municipal do Recife, deparamos com situações bastante preocupantes. As nossas pesquisas prosseguem conforme planejamos e a cada etapa comprovam o quanto a agenda da Educação pública básica vem sendo subestimada pelas sucessivas gestões municipais de nossa capital. Desta feita realizamos visitas técnicas em todas as 15 escolas municipais localizadas na RPA-1 em cujo conjunto de unidades escolares os cálculos realizados revelam uma média IDEB de 3.9 para o ensino Fundamental I e de 2.9 para o ensino Fundamental II. Vale advertir que a média do IDEB obtida pelo ensino Fundamental 1 na RPA-1 é inferior à média geral do Recife. Já a sua média IDEB no Fundamental 2 é igual à da capital pernambucana, uma das mais baixas do país. Se compararmos a média IDEB da RPA-1 com a média das capitais brasileiras, a área aqui focalizada ficaria posicionada no 25º lugar em relação ao ensino Fundamental 1. No Fundamental 2 esse conjunto de escolas estaria classificado na 24ª posição. Além dessa dramática adversidade de natureza pedagógica cuja análise aponta no sentido de um péssimo aproveitamento escolar, com consequências desastrosas para os alunos que por não receberem a devida base de conhecimentos primários ficam impossibilitados de vencer as fases seguintes de acesso ao Segundo Grau há, nas escolas da RP-1, um elenco de deficiências estruturais que também comprometem o desempenho de mestres e alunos. Há unidades, como é o caso da Escola Municipal dos Coelhos, que apresentam sérios problemas de infiltração, rachaduras em paredes, vazamentos no sistema hidráulico e rachaduras no meio do piso de um segundo andar que podem oferecer riscos aos alunos. Aliás, os problemas de infiltração são muito frequentes, o que permite concluir que os prédios escolares não recebem a devida manutenção e estão condenados à deterioração. Há absurdos ou descasos inaceitáveis como na Escola Municipal do Coque cujos computadores, adquiridos pelo poder público para ampliar o acesso das crianças às novas tecnologias do ensino, não funcionam e permanecem desligados porque até hoje não compraram meros adaptadores para as suas tomadas elétricas. Também na RPA-1 poucas são as escolas que possuem banheiros com instalações apropriadas aos portadores de necessidades especiais, apesar das intensas campanhas em favor dos direitos humanos e pela conquista da cidadania firmadas inclusive pelo próprio poder público que deveria, portanto, dar exemplos no atendimento às reivindicações da sociedade. O cenário técnico-pedagógico e as condições estruturais das escolas integradas à área administrativa municipal da RP-1 ensejam, infelizmente, uma adversa tendência para
  • 3. retrocessos inaceitáveis e até mesmo constrangedores porque agravam a escalada de perda de status do Recife no ranking da educação pública entre as demais capitais brasileiras, resultando numa das piores avaliações quanto à qualidade do ensino oferecido às nossas crianças. Nosso trabalho continua evoluindo num ritmo acelerado e temos a convicção de que os diagnósticos, fartamente documentados com fotografias e ferramentas para visitas online às unidades escolares disponibilizadas em nosso site, estaremos cumprindo o nosso papel institucional de alertar os gestores públicos sobre a necessidade de corrigir rumos e oferecer à sociedade uma educação pública fundamental qualitativamente nivelada aos sistemas educacionais de referência mantidos por governos e pela iniciativa privada.
  • 4. EDUCAÇÃO BÁSICA NA 1º REGIÃO POLÍTICO ADMINSTRATIVA (RPA 1) DA CIDADE DO RECIFE A primeira região político-administrativa (RPA1) da cidade do Recife abrange onze bairros da capital pernambucana: Bairro do Recife, Santo Antônio, São José, Santo Amaro, Boa Vista, Soledade, Cabanga, Ilha do Leite, Paissandu, Ilha Joana Bezerra e Coelhos. De acordo com dados do censo 2010, a população residente nessa RPA corresponde a 78.114 habitantes (maior que a população das cidades de Arcoverde, Araripina e Goiana) , o que representa 5,08% da população recifense. Sua área é de 1.537 hectares. No que diz respeito ao Ensino Fundamental, a primeira região político-administrativa do recife, possui 15 escolas. Sendo que apenas quatro delas, possuem os anos finais do Ensino Fundamental (Fundamental II).
  • 5. Tabela 1: Nome, notas e metas do Ideb para o Fundamental I e II das escolas municipais situadas na RPA 1. ESCOLA MUNICIPAL IDEB FUND. I META FUND. I IDEB FUND. II META FUND. II ALMIRANTE SOARES DUTRA 4,3 4,3 Não Possui Não Possui GENERAL EMIDIO DANTAS BARRETO 3,8 4,7 Não Possui Não Possui LUTADORES DO BEM 3,7 4,3 Não Possui Não Possui CIDADAO HERBERT DE SOUZA 4,5 4,4 Não Possui Não Possui DO COQUE Não Possui Não Possui Não Possui Não Possui DOS COELHOS Não Possui 3,6 Não Possui Não Possui NOSSA SENHORA DO PILAR Não Possui Não Possui Não Possui Não Possui PADRE ANTONIO HENRIQUE Não Possui Não Possui 2,7 3,7 PEDRO AUGUSTO Não Possui Não Possui 3,2 2,9 PROFESSOR JOSE DA COSTA PORTO 3,6 4,1 3,1 3,7 REITOR JOAO ALFREDO 3,7 4,3 2,7 3,1 SEDE DA SABEDORIA 3,8 3,8 Não Possui Não Possui SITIO DO CEU 4,1 3,6 Não Possui Não Possui SANTO AMARO 4.6 3.6 Não Possui Não Possui NOVO MANGUE 3.3 2.8 Não Possui Não Possui A média das notas do Ideb referentes à RPA 1, foi de 3.9 para o Ensino Fundamental I e 2.95 para o Fundamental II. A média das metas projetadas para a RPA 1, foi de 4.0 para o Fundamental I e 3.35 para o Fundamental II. Para fins estatísticos, as outras medidas de tendência central (mediana e moda), apresentaram os seguintes valores: O Ensino Fundamental I apresentou uma mediana de 3.8 e moda d 3.7. A mediana das metas para o fundamental I foi de 4.1 e a moda de 4.3. No Fundamental II a mediana foi de 2.9 com uma moda de 2.7. A mediana das metas para o Fundamental II foi de 3.4 e a moda de 3.7. Quanto a relação entre metas e a nota real é possível observar que tanto o Fundamental I, quanto o
  • 6. Fundamental II, a RPA 1 foi incapaz de igualar ou mesmo superar as metas propostas pelo ministério da Educação. Figura 1: Comparação entre metas e resultados reais para a RPA 1, o município do Recife e o Brasil. Independente da medida de tendência central adotada, o resultado obtido na RPA 1 é inferior as médias das escolas municipais da cidade do Recife. No fundamental I, a média foi de 4.1, enquanto que no Fundamental II a média foi de 2.9. Quando comparado aos valores encontrados nas capitais brasileiras o valores são ainda mais contrastantes. Enquanto que no Fundamental I (2011), a média da RPA 1 é de 3.9 (mediana de 3.8 e moda de 3.7) a média das capitais brasileiras é 4.6 (mediana de 4.7 e moda de 4.0). No Fundamental II, a média da RPA 1 é 2.9 (mediana 2.9 e moda 2.7), nas capitais brasileiras a média foi de 3.8 (mediana 3.9 e moda 3.7).
  • 7. Tabela 2: Medidas de tendência central para o Fundamental I e II da RPA 1 versus as medidas de tendência central para o Fundamental I e II das capitais brasileiras. REGIÃO MÉDIA IDEB FUND. I MEDIANA IDEB FUND. I MODA IDEB FUND. I MÉDIA IDEB FUND. II MEDIANA IDEB FUND. II MODA IDEB FUND. II RPA 1 3.9 3.8 3.7 2.9 2.9 2.7 CAPITAIS BRASILEIRAS 4.6 4.7 4.0 3.8 3.9 3.7 Figura 2: Medidas de tendência central para o Fundamenta I e II da RPA 1 versus as medidas de tendência central para o Fundamental I e II das capitais brasileiras. Ao procurar elaborar um ranking das capitais brasileiras, acrescido das médias observadas para a RPA 1 no Fundamental I e II, foi possível constatar que a primeira região político-administrativa (RPA 1) da cidade do Recife, ficaria na 25º posição no Fundamental I (Recife ocuparia a 20º posição) e a 24º posição (Recife ocuparia a 23º posição) no Fundamental II. O desenvolvimento educacional das escolas municipais da RPA 1, apesar de possuir uma trajetória ascendente, é inferior ao observado na cidade do Recife e no Brasil. No fundamental 1, a RPA 1 apresentou as médias de: 2.9 (2005), 3.5 (2007) 4 (2009) e 3.9 (2011). O Recife por sua vez, para o fundamental I obteve as médias de: 3.2 (2005), 3.8 (2007), 4.1 (2009), 4.1 (2011). No fundamental II, a RPA 1 apresentou as médias de: 3.0 (2005), 2.4 (2007) 2.5 (2009)
  • 8. e 28 (2011), enquanto que o Recife obteve as médias de: 2.8 (2005), 2.5 (2007), 2.7 (2009), 2.9 (2011). Tabela 3: Ranking das “capitais” com as notas mais baixas, no Fundamental I. POSIÇÃO* CIDADE NOTA NO IDEB 20º Recife – PE 4.1 21º Manaus – AM 4.1 22º Natal – RN 4.0 23º Salvador – BA 4.0 24º Macapá – AP 4.0 25º RPA 1 3.9 26º Maceió – AL 3.7 27º Aracajú – SE 3.6 * O ranking apresenta no fundamental I apenas 27 posições. O fato se deve a exclusão da cidade de Brasília-DF (não possui escolas municipais).
  • 9. Tabela 4: Ranking das “capitais” com as notas mais baixas, no Fundamental II. POSIÇÃO * CIDADE NOTA NO IDEB 20º Porto Velho – RO 3.2 21º Aracajú – SE 3.1 22º Manaus – AM 3.1 23º Recife – PE 2.9 24º RPA 1 2.9 24º Salvador – BA 2.8 26º Maceió – AL 2.3 * O ranking apresenta no fundamental II apenas 26 posições. O fato se deve a exclusão das cidades de Boa Vista-RR (falta de dados) e Brasília-DF (não possui escolas municipais). Figura 3: Evolução da média das notas do Ideb (Fundamental I) no período de 2005-2011.
  • 10. Figura 4: Análise comparativa da média das notas do Ideb (2005-2011) para a RPA 1, o Recife e o Brasil. Figura 5: Evolução da média das notas do Ideb (Fundamental II) no período de 2005-2011.
  • 11. Figura 6: Análise comparativa da média das notas do Ideb (2005-2011) para a RPA 1, o Recife e o Brasil.
  • 12. ESCOLAS MUNICIPAIS DA RPA 1 Escola Municipal Pedro Augusto Figura 7: Vista Frontal da Escola Municipal Pedro Augusto. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. A Escola Municipal Pedro Augusto apresenta apenas estudantes do segundo ciclo do Ensino Fundamental (6º ano até o 9º). Com uma nota de 3.2, a escola conseguiu ultrapassar a meta estipulada (2.9) para o ano de 2011. A escola apresenta notas do Ideb apenas a partir do ano de 2007, sendo 2.5 a nota obtida no respectivo ano. Figura 8: Cartaz postado na escola ilustrando as notas e metas do Ideb projetadas pelo Ministério da Educação. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
  • 13. Em 2009, foi possível observar uma queda drástica de 24%, alcançando, assim, uma nota de 1.9, enquanto que a meta projetada era de 2.6. Em 2011, a escola consegue reverter a sua trajetória de queda e obtém uma nota de 3.2, superior aos 2.9 projetados pelo MEC e 68% superior ao valor obtido na avaliação anterior (2009). Tabela 5: Valores observados do Ideb (Fundamental II) da Escola Municipal Pedro Augusto versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/89555-em-pedro- augusto/ideb IDEB OBSERVADO 2005 2007 2009 2011 - 2.5 1.9 3.2 METAS PROJETADAS 2005 2007 2009 2011 - - 2.6 2.9 Figura 9: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino fundamental II) para a Escola Municipal Pedro Augusto versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/89555-em-pedro- augusto/ideb O fluxo de aprovação foi de 0.80, correspondendo a um crescimento de 57%, quando comparado ao valor encontrado em 2009 (0.51). O índice de aprendizado apresentou
  • 14. crescimento, de 7%, saindo de 3.79 (2009) para 4.04, em 2011. O valor encontrado para o fluxo de aprovação em 2011 (0.80) foi o mais alto apresentado pela escola desde 2007. Em contrapartida, o índice de aprendizado ficou aquém dos 4.10 observados no ano de 2007. Apesar de o crescimento da Escola Municipal Pedro Augusto ter obtido um valor superior a 60%, quando comparado à avaliação de 2009, e ter conseguido superar a meta proposta pelo Ministério da Educação, os dados apresentados pelo Portal QEdu ilustram quão conservadora é a meta do governo, além de mostrar que a evolução da nota do Ideb não significa necessariamente uma evolução do aprendizado. De acordo com o QEdu, na avaliação de 2011, apenas 15 % dos alunos do nono ano apresentaram um aprendizado adequado em Português. Em matemática, por sua vez, os números são ainda piores: nenhum aluno (0%) do nono ano da Escola Municipal Pedro Augusto possui aprendizado adequado. No tocante à disciplina de Português, é possível observar que a escola apresenta um ritmo de crescimento contínuo. Em 2007, o número de alunos do nono ano com aprendizado condizente com a sua série foi de 6%, em 2009. Obteve-se um crescimento de dois pontos percentuais, atingindo assim 8% dos alunos. O ano de 2011 corresponde, então, ao maior número de alunos com aprendizado satisfatório: 15%, no total. Se for possível observar um gradativo crescimento no aprendizado de Português, não se pode dizer o mesmo do aprendizado em Matemática. Em 2007, a quantidade de alunos com aprendizado satisfatório correspondia a 9%, valor esse que era superior aos 2% observados como sendo a média da cidade do Recife para essa disciplina. Nas avaliações posteriores, de 2009 e 2011, a redução foi drástica, pois nenhum aluno do nono ano da escola apresentou conhecimento adequado na resolução de problemas envolvendo raciocínio lógico. Sendo assim, é possível observar que o aprendizado em matemática não condiz com o crescimento na nota do Ideb. O crescimento que a Escola Municipal Pedro Augusto apresentou na nota do Ideb corresponderia, então, basicamente à
  • 15. nota de Português e ao fluxo de aprovação. Tal fato é preocupante porque, como fora supracitado, mesmo com um índice zero de aprendizado em Matemática o fluxo de aprovação (0.80 em 2011) nunca foi tão alto na escola. Dessa forma, mesmo com as graves deficiências de aprendizado – sobretudo em Matemática – os alunos da Escola Municipal Pedro Augusto estão sendo aprovados. Figura 10: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de Português e Matemática referente às turmas do 9º ano da Escola Municipal Pedro Augusto. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/89555-em-pedro-augusto/proficiencia A ESTRUTURA FÍSICA A Escola Municipal Pedro Augusto, localizada no bairro da Boa Vista, funciona em tempo integral, atendendo 242 alunos do Fundamental II. Atualmente, a escola conta com oito salas de aula com espaço regular para a circulação de estudantes, apresentando problemas de manutenção. Em muitas salas, foram observadas lâmpadas queimadas e em uma delas o quadro encontra-se suspenso por duas mesas.
  • 16. Figura 11: Salas de aula necessitando de manutenção regular. Em muitas salas as lâmpadas estão queimadas, os ventiladores quebrados e em uma sala foi observado o quadro suspenso por duas mesas. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. A partir da visita in loco, foi possível constatar uma série de problemas estruturais, que comprometem a segurança de alunos e professores. A escola encontra-se dividida em dois prédios. Aquele onde as salas de aulas estão dispostas apresenta-se em melhores condições de uso. A sala onde as atividades físicas são realizadas encontra-se, contudo, em situação crítica, com suas paredes apresentando infiltrações e mofo. O local destinado aos funcionários terceirizados de serviços gerais encontra-se infestado por cupins, além de não apresentar ventilação natural, obrigando os funcionários a trabalharem sob intenso calor. Esse primeiro prédio apresenta ainda uma quadra poliesportiva e um auditório que está passando por reforma.
  • 17. Figura 12: A primeira imagem corresponde à sala onde ficam os materiais de educação física, na fotografia é possível perceber a parede com mofo e infiltrações. A segunda imagem retrata a sala destinada ao pessoal de serviços gerais, infestada por cupins. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Figura 13: Quadra poliesportiva necessitando de manutenção regular. A segunda imagem é referente ao auditório da escola que está em reforma. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. No segundo prédio, funcionam a direção, a secretaria, a coordenação e a sala dos professores, além de um arquivo onde estão depositados os históricos escolares dos alunos. A estrutura do prédio é precária. Segundo informações da direção, ele será desativado em breve. O prédio possui ainda fiações elétricas expostas e muitas rachaduras. Na sala onde são armazenados os históricos escolares dos alunos, não existe ventilação adequada e as paredes
  • 18. apresentam mofo. Também foram encontradas nessa mesma sala buracos na estrutura. A sala dos professores é climatizada, mobiliada e possui computador com acesso à internet. Foi possível observar, porém, muitas lâmpadas queimadas e paredes com infiltrações. Figura 14: A Escola Municipal Pedro Augusto apresenta graves problemas estruturais que comprometem a segurança de todos que trabalham e estudam na escola. Na visita in loco foi possível observar rachaduras, infiltrações, fiações elétricas expostas, paredes com mofo e infestadas por cupins. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. As salas da secretaria, direção e coordenação são climatizadas e computadorizadas, entretanto a coordenação não possui acesso à internet. O quadro administrativo e pedagógico dispõe de impressora, copiadora e telefone fixo. No telefone fixo, é possível realizar chamadas apenas para outros telefones fixos. Nesse caso, em caso de necessidade de ligar para os celulares dos responsáveis das crianças, os diretores é que acabam por custear as ligações.
  • 19. O refeitório da escola é amplo e com mobília em boas condições de uso, garantindo assim um espaço adequado para as refeições dos alunos. Apesar das boas condições de uso, nossa equipe pôde constatar que alguns alimentos ofertados aos alunos não se encontram nas melhores condições de consumo, como é o caso de algumas frutas disponibilizadas para os alunos. Na cozinha, foi observado que a geladeira, onde a merenda é acondicionada, encontra- se em precárias condições, sendo observadas muitas áreas enferrujadas. Figura 15: Frutas impróprias para consumo que seriam servidas na merenda. A geladeira onde o material fica armazenado apresenta muitos pontos de ferrugem. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Nesta escola, há áreas de convivência, lazer e atividades físicas, como pátio e quadra poliesportiva. Também existem dois laboratórios de informática, cada um com dez computadores e acesso à internet, sendo que um deles está com atividades suspensas para a manutenção das máquinas; um laboratório para trabalhar ciências exatas, ciências da saúde e da natureza está sendo montado. Uma biblioteca é aberta aos alunos durante todo o dia, contando com espaço para estudo individual e coletivo; o auditório encontra-se interditado devido a infiltrações e à necessidade de revisão da parte elétrica. Há banheiros em quantidade suficiente e boas condições de uso para alunos e professores.
  • 20. Figura 16: Biblioteca e Sala de Ciências e Educação Ambiental. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Sobre os serviços básicos, a escola dispõe de distribuição de água e coleta de esgoto pela Compesa. A rede elétrica não apresenta sinais aparentes de risco. Há kit para primeiros socorros, mas os poucos extintores de incêndio expiraram o prazo, e uma nova manutenção ainda não foi realizada. Outro problema que precisa de solução com urgência é a coleta de lixo. Em decorrência das árvores podadas no terreno e do despejo de lixo pelos vizinhos, há um acúmulo de dejetos a ser recolhido. A EMLURB já foi acionada para realizar o recolhimento do lixo e a instalação de uma placa educativa pela direção da escola, mas nenhuma providência foi tomada. OS MATERIAIS DIDÁTICOS Além da biblioteca, dois laboratórios de informática – um temporariamente fechado para manutenção – e um laboratório de ciências em construção, os alunos e professores da Municipal Pedro Augusto contam com salas de aula temáticas, que funcionam em sistemas de rodízio. De acordo com seus horários, cada turma se dirige a um espaço onde são trabalhadas competências e habilidades específicas, de acordo com os materiais didáticos à disposição.
  • 21. Nesta instituição de ensino, há quadra poliesportiva para as aulas de Educação Física e atividades do “Mais Educação” que funcionam em conjunto com o ensino regular. Também existe um auditório que está interditado, e está sendo feita uma reforma. Aos alunos são entregues cadernos, livros, lápis, canetas e similares. Da mesma forma, estão à disposição dos professores aparelhos de TV, DVD, som, jogos, datashow, acesso à internet e a possibilidade de realizar aulas de campo. Como não atende alunos com necessidades especiais, não há sala de recursos multifuncionais. CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA Na Municipal Pedro Augusto, nove funcionários trabalham servindo as merendas e limpando a escola. Outros seis controlam a entrada e a saída de pessoas do prédio. O corpo docente é formado por dezoito professores, dos quais quinze atuam em sala de aula e outros três estão readaptados para a biblioteca e elaboração de projetos pedagógicos. Quatro estagiários de licenciatura ficam no apoio didático e orientação dos alunos. Há três funcionários do administrativo e um estagiário de ensino médio pela manhã, necessitando-se de um no horário da tarde. Os laboratórios de informática estão sem monitor. Pelo programa “Mais Educação”, são oferecidas aos alunos oficinas de música, esportes e reforço em português e matemática. De acordo com a direção da escola, o trabalho com leitura e cálculos precisa ser intensificado. Além do que foi narrado pelos funcionários, no momento da visita deparamos com a tentativa de resolver problemas ligados à violência que adentra os muros da escola. Há histórico de alunos que fogem da escola, ameaçam professores de morte e provocam confrontos frequentemente. Ainda assim, não há circuito interno de câmeras.
  • 22. O conselho tutelar e os pais são acionados, sempre que necessário. As informações prestadas no momento da visita indicaram que os responsáveis só comparecem às reuniões quando o recebimento de bolsas está em pauta. Para mediar os conflitos dentro da instituição de ensino, a Pedro Augusto participa do projeto “Escola Legal”, no qual estagiários principalmente dos cursos de Direito e Psicologia identificam as causas dos entraves entre alunos ou entre alunos e professores e, a partir disto, em conjunto, traçam soluções para os problemas. Atualmente, este projeto está diminuindo os casos de violência no ambiente escolar. CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS Desde a sua primeira avaliação no IDEB, a Escola Municipal Pedro Augusto sofreu grandes mudanças em sua estrutura física, que comprometeram o desempenho de alunos e professores. Atualmente, em novas instalações e contando com um projeto pedagógico diferenciado, a escola acredita em que possa melhorar seus índices nas avaliações futuras. Organizadas a partir de eixos temáticos, as salas do Pedro Augusto funcionam como laboratórios onde os estudantes podem encontrar materiais didáticos com os quais trabalharem competências e habilidades referentes a áreas específicas do conhecimento. Além disso, dois laboratórios de informática, uma biblioteca e uma quadra poliesportiva estão à disposição. A princípio, o crescimento da nota do Ideb acima do projetado pelo Ministério da Educação leva a acreditar em que os alunos da Escola Municipal Pedro Augusto têm melhorado seu aprendizado de maneira significativa. Não obstante, a constatação de que nenhum dos alunos do nono ano apresenta aprendizado adequado em Matemática, aliado ao elevado índice de aprovação, nos leva a concluir que o crescimento da nota do Ideb não corresponde de fato a um melhor aprendizado, mas sim a uma maior taxa de aprovação dos
  • 23. alunos, mesmo que esses não se encontrem em condições de passar para séries mais avançadas. Além das boas salas de aula e dos espaços de convivência e lazer, a alimentação é um fator que merece atenção. De acordo com a direção da escola, por vezes a merenda oferecida não está em condições adequadas para ser servida aos alunos, como, por exemplo, frutas não- amadurecidas. Também informaram que o cardápio é pouco variado, e o sabor costuma ser rejeitado pelos alunos. Ademais, na estrutura física, um dos laboratórios de informática precisa passar por manutenção, para ser reaberto. São necessárias urgentemente a instalação de extintores de incêndio e a retirada do lixo acumulado no terreno da escola. Na estrutura didática, a coordenação pedagógica da escola informou carecer de pessoal para reforçar as oficinas de letramento e Matemática para os alunos com dificuldades de aprendizagem. Escola Municipal Professor José da Costa Porto Figura 17: Vista Frontal da Escola Municipal Professor José da Costa Porto. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. A Escola Municipal Professor José da Costa Porto apresenta os dois ciclos do ensino Fundamental. No Fundamental I, a escola possui a nota do Ideb de 3.6; o Fundamental II, por sua vez, de 3.1. Os dados são preocupantes, haja vista que nem a tímida meta proposta pelo
  • 24. Ministério da Educação a escola conseguiu alcançar, estando 12% abaixo da meta no Fundamental I e 16% abaixo da média no Fundamental II. A escola apresentava, no Fundamental I, uma trajetória ascendente até o ano de 2007, quando obteve a nota de 3.7 (em 2005, a nota foi 3.3), estando acima da média estipulada pelo governo, de 3.4. Não obstante, em 2009, a escola sofreu uma queda de 3%, atingindo a nota de 3.6. Em 2011, o valor se repetiu. As metas projetadas para os anos de 2009 e 2011, porém, eram de 3.7 e 4.1, respectivamente. No Fundamental II, a escola, em momento nenhum, conseguiu alcançar a metas projetadas pelo Ministério da Educação. Além de notas abaixo do esperado, a escola encontrava-se, até 2009, em trajetória decrescente. Em 2005, a nota foi de 3.2; em 2007, foi observada uma redução de 13%, alcançando-se a nota de 2.8; em 2009, a escola manteve a trajetória de queda, reduzindo sua nota para 2.7: queda de 4%, quando comparado com 2007. O ano de 2011 marca uma quebra no padrão decrescente que a escola apresentava, pois a nota do Ideb subiu de 2.7 (em 2009) para 3.1 (em 2011): um crescimento de 15%, apesar de ainda estarem 0.6 pontos abaixo da média. Tabela 6: Valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Professor José da Costa Porto versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/96129- em-professor-jose-da-costa-porto/ideb IDEB OBSERVADO 2005 2007 2009 2011 3.3 3.7 3.6 3.6 METAS PROJETADAS 2005 2007 2009 2011 - 3.4 3.7 4.1
  • 25. Tabela 7: Valores observados do Ideb (Fundamental II) da Escola Municipal Professor José da Costa Porto versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte http://www.portalideb.com.br/escola/96129- em-professor-jose-da-costa-porto/ideb IDEB OBSERVADO 2005 2007 2009 2011 3.2 2.8 2.7 3.1 METAS PROJETADAS 2005 2007 2009 2011 - 3.3 3.4 3.7 Figura 18: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino fundamental I) para a Escola Municipal Professor José da Costa Porto versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte:http://www.portalideb.com.br/escola/96129-em-professor-jose-da-costa- porto/ideb?etapa=9&rede=municipal
  • 26. Figura 19: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino fundamental II) para a Escola Municipal de Professor José da Costa Porto versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/96129-em-professor-jose-da-costa- porto/ideb?etapa=9&rede=municipal O fluxo de aprovação foi de 0.88, correspondendo a uma queda de 4%, quando comparado ao valor encontrado em 2009. O índice de aprendizado apresentou crescimento de 5%, saindo de 3.88 (2009) para 4.09 (2011). O valor encontrado para o fluxo de aprovação em 2011 (0.88) foi o mais baixo apresentado pela escola, desde 2005. Em contrapartida, o índice de aprendizado foi o mais elevado entre todas as avaliações realizadas pelo INEP. De acordo com o QEdu, apenas 16 % dos alunos do quinto ano possuem um aprendizado adequado de Português; em Matemática, o valor é ainda menor: apenas 6% obtiveram um correto aprendizado da disciplina. No Fundamental II, os dados são ainda mais preocupantes, haja vista que, dos alunos do nono ano, somente 11 % possuem aprendizado adequado para leitura, interpretação de textos e 3% com aprendizado adequado de Matemática. No que diz respeito ao aprendizado em Português, 2009 foi o ano em que a escola apresentou as menores taxas de aprendizado, sendo 8% dos alunos no 5º ano e 2% no 9º ano com aprendizado adequado. Em 2007, os valores eram de 12% e 5%, respectivamente para os referidos anos. Como ilustrado pela nota do Ideb, 2011 se apresentou como um ano de
  • 27. recuperação para a escola, elevando o número de alunos com aprendizado coerente à série de estudo para 16% (quinto ano) e 11% (nono ano). Em Matemática, os índices de aprendizado são piores. Até 2009, nenhum aluno do nono ano da Escola Municipal Professor José da Costa Porto possuía aprendizado capaz de resolver problemas envolvendo raciocínio lógico. No 5º ano, a escola possuía 9% dos seus alunos com aprendizado adequado, em 2007. Em 2009, esse número subiu para 10%. Não obstante, em 2011 foi observado o pior índice de aprendizado em Matemática para o 5º ano, com o valor de 6% de aprendizado. Como fora supracitado, no que diz respeito ao 9º ano, até 2009 o índice de aprendizado da disciplina era de 0%; em 2011, foi observado um crescimento relativo de 3%, o que em números absolutos corresponde a apenas dois alunos com aprendizado adequado na turma do 5º ano da Escola Municipal Professor José da Costa Porto. Figura 20: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de Português e Matemática referente às turmas do 5º ano e 9º ano da Escola Municipal Professor José da Costa Porto. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/96129-em-professor-jose-da- costa-porto/proficiencia A ESTRUTURA FÍSICA Escola Municipal José da Costa Porto, localizada no bairro de Joana Bezerra, conta com 17 salas de aula que, em geral, são espaçosas e bem iluminadas. Destas, apesar do intenso calor do prédio, apenas quatro são climatizadas; as outras 13 são abafadas, ainda que tenham ventiladores instalados. Apesar de atender alunos com necessidades especiais, não há sala de recursos multifuncionais.
  • 28. Figura 21: As salas de aula necessitam de manutenção regular. Nas imagens é possível observar cadeiras danificadas, ventilador quebrado e lousa em péssimas condições de uso. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Como espaços de vivência, recreação e práticas esportivas, esta escola possui pátio interno e pátio externo. Em dias de chuva, por falta de canos para escoamento de água, o pátio interno costuma alagar. Há também uma quadra poliesportiva, que, todos os dias, no horário da noite, fica aberta à comunidade e necessita de reformas no telhado, danificado em decorrência de pedras atiradas, além de um exaustor para diminuir o intenso calor no espaço; os vestiários precisam ser requalificados, haja vista que não são iluminados, e alguns chuveiros, vasos e pias sanitárias estão quebrados. Os bebedouros da quadra não funcionam.
  • 29. Figura 22: Espaços de recreação da Escola Municipal Professor José da Costa Porto. As imagens dizem respeito ao pátio e à quadra poliesportiva. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Nessa escola, há uma biblioteca ampla e climatizada, mobiliada com boas mesas, cadeiras e armários, mas que, por causa de lâmpadas queimadas, não é bem iluminada. O espaço onde deveria funcionar o laboratório de informática está fechado porque os novos computadores, que são 17, dependem de reparos na rede elétrica; esta sala é ampla e bem iluminada, porém não é climatizada. Figura 23: Apesar de novos, os computadores não são utilizados em virtudes de problemas com a rede elétrica da escola. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
  • 30. Os professores contam com uma sala ampla e climatizada, mobiliada com boas mesas, armários e cadeiras. Nela, também há forno de micro-ondas, aparelho de televisão e bebedouro; sua iluminação é boa, embora algumas lâmpadas estejam queimadas e precisem ser substituídas. A direção fica em uma sala com espaço para circulação, climatização, computador com acesso à internet e conectado a uma impressora e copiadora, aparelho de TV e som, assim como boas mesas, armários e cadeiras. Há outra sala com as mesmas condições da diretoria, porém sem aparelho de TV, fica a secretaria. A coordenação, por sua vez, utiliza uma sala da mesma forma ampla, climatizada, bem iluminada e mobiliada com boas mesas, cadeiras e armários; aqui, algumas caixas de tomadas estão com afiação exposta e não há computador, nem acesso à internet. A Escola Municipal José da Costa Porto não sofre com falta de água e é ligada à rede de saneamento de esgoto da Compesa. Em 27 anos de funcionamento, esta escola nunca teve revisão na rede elétrica. Todas as tomadas e interruptores estão ligados a um único disjuntor, aumentando o consumo de energia, porque, com isso, todos os eletrônicos são ligados, obrigatoriamente, ao mesmo tempo. Nesta instituição, não há extintores de incêndio, e as quatro saídas de emergência não são sinalizadas. Como funciona ao lado de um canal de esgoto a céu aberto, a Escola Municipal José da Costa Porto convive com pragas de pernilongos e ratos. No canal conjugado a algumas das salas, moradores da comunidade criam cavalos que, além de não receber bom tratamento, causam um cheiro desagradável. As merendas são recebidas regularmente em uma cozinha ampla, limpa, arejada, bem iluminada e que conta com refrigeradores e fogão em boas condições de uso. O cardápio é variado, ainda assim o sabor dos alimentos, em sua maioria, não agradam os alunos. O refeitório tem boas mesas e cadeiras; é amplo, porém mal iluminado e mal ventilado, precisando de mais lâmpadas e ventiladores. Nesta escola, há bebedouro com água filtrada,
  • 31. pratos, copos e talheres em boas condições de uso, sendo que não têm colheres suficientes para o número de estudantes. Figura 24: Cozinha e refeitório da Escola Municipal José da Costa Porto. O refeitório apesar de possuir um bom espaço para os alunos é abafado e não conta com ventiladores suficientes. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Sobre os banheiros, são dez para os alunos, sendo dois adaptados para cadeirantes e pessoas com outras limitações motoras. Existem outros dois para os professores. Há banheiros sujos, mal iluminados, que possuem vasos sanitários inutilizáveis, portas velhas e acabadas, fiação para instalação de calhas exposta no teto por causa da falta de lâmpadas, vários outros itens quebrados e que, no entanto, ainda têm mau cheiro devido ao retorno dos gases provenientes do esgoto. Esses banheiros necessitam de reformas, para que adquiram as condições adequadas de higiene e de uso.
  • 32. Figura 25: Banheiros em completo estado de insalubridade. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. OS MATERIAIS DIDÁTICOS Na Escola Municipal José da Costa Porto, os alunos receberam, em 2013, o kit escolar da Prefeitura, contendo cadernos, lápis, canetas, borrachas e similares; o MEC também enviou os livros didáticos. Até então, não foram entregues aos alunos bolsa e fardamento. Para o trabalho pedagógico, professores e alunos têm à disposição livros didáticos e paradidáticos, aparelho de TV, DVD, som, datashow e até aulas de campo. Contam com uma biblioteca, mas o laboratório de informática ainda não está funcionando. CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA Na Escola Municipal José da Costa Porto, o corpo docente é formado por 42 professores, sendo que 41 atuam em sala de aula, contando com três estagiários de nível superior no suporte pedagógico. Outro professor é readaptado para assumir as atividades de secretaria, dando apoio aos dois funcionários do administrativo, juntamente com dois
  • 33. estagiários de ensino médio. Na biblioteca, há mediador de leitura vinculado ao programa “Manuel Bandeira de Formação de Leitores”, apenas no turno da manhã. Para servir as merendas e limpar a escola, a Municipal José da Costa Porto tem sete colaboradores de serviços gerais, enquanto, para controlar a entrada e saída de pessoas do prédio, há seis porteiros. Na direção e coordenação pedagógica, há uma diretora, uma vice-diretora, e apenas uma coordenadora para os turnos da tarde e da noite; pela manhã, os professores não têm orientação pedagógica da coordenação da escola. Além destas três funcionárias, não há nenhum apoio para o acompanhamento dos alunos, mesmo durante a manhã e a tarde, tendo, em cada horário, 17 turmas com media de 436 estudantes. Apesar de atender alunos com limitações motoras e sensoriais, com dificuldades de aprendizagem e distúrbios mentais, este público não recebe tipo algum de atendimento especial. Além de não contarem com acompanhamento em sala de aula, nem professores e materiais didáticos especializados, nesta escola não há sala de recursos multifuncionais. A José da Costa Porto também não tem profissionais com formação em Psicologia ou Psico- Pedagogia, para orientar professores e alunos. Como incentivo à aprendizagem, aqui funcionam o “Mais Educação” e o “Escola Aberta”. Nestes programas, são oferecidos oficinas de letramento em português, reforço em matemática, dança e diferentes modalidades esportivas. A comunicação com os familiares dos estudantes se dá através de seis conselhos anuais e em casos de necessidade pontual. Ainda é uma minoria dos pais e responsáveis que participa ativamente da vida escolar dos filhos. CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
  • 34. Das 17 salas de aula da Escola Municipal José da Costa Porto, apenas quatro são climatizadas; as outras 13, mesmo com ventiladores, são muito quentes, provocando desconforto para os alunos. Neste caso, seria interessante a instalação de condicionadores de ar para climatizar os ambientes. Em dias de chuva, por falta de canos para escoamento de água, o pátio interno da escola alaga. Assim, para evitar danos à mobília e a equipamentos eletrônicos, é importante a criação de saídas das águas pluviais. A coberta da quadra poliesportiva precisa de reforma, devido às frestas nela presentes; aqui, também, é preciso a instalação de um exaustor para amenizar o intenso calor no local. Os vestiários da quadra estão com alguns chuveiros, vasos e pias quebradas, assim como apresentam pichações nas paredes e lâmpadas queimadas, necessitando de requalificação. Os bebedouros da quadra também não funcionam. A área do refeitório é escura e quente e, por isso, precisa de mais lâmpadas e ventiladores. A rede elétrica precisa de revisão, haja vista que todas as tomadas e interruptores estão ligados a um único disjuntor. Além disso, por não suportar maior carga de energia, a rede de energia não permite que sejam ligados os 17 computadores novos. O laboratório de informática não funciona, portanto. Nesta escola, não há extintores de incêndio, e as saídas de emergência não são sinalizadas. Medidas precisam ser tomadas no sentido de solucionar este problema. Ao Lado da Municipal José da Costa Porto, há um canal de esgoto a céu aberto, ocupado por cavalos. Estes animais precisam ser retirados do local por sofrerem maus tratos e por causarem mau cheiro. Além disso, o canal precisa ser limpo. Para garantir um melhor desempenho dos professores e alunos, é importante a contratação de novos funcionários para assumir o trabalho de coordenação pedagógica. Os alunos com deficiências motoras, sensoriais e mentais que aqui estudam também precisam de
  • 35. materiais didáticos específicos e acompanhamento no processo escolar de aprendizagem por profissionais habilitados para o trabalho de educação especial. ESCOLA MUNICIPAL GENERAL EMÍDIO DANTAS BARRETO Figura 26: Vista Frontal da Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. A Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto apresenta apenas o primeiro ciclo do Ensino Fundamental. Em 2011, último ano de avaliação do Ideb, obteve nota 3.8 e ficou 19% abaixo da meta estabelecida, de 4.7. Durante os últimos oito anos (2005 – 2012), a trajetória da escola exibiu períodos de queda e subsequente ascensão, embora com resultados sofríveis e sempre abaixo do ponto inicial (2005), cuja pontuação foi de 3.9. Em 2007, a Emídio Barreto alcançou a nota 4.1 e ficou 20,5% abaixo da meta estabelecida, de 3.9; em 2009, 3.6, pontuação 16,2% inferior à estabelecida para a meta anual, de 4.3. Tabela 8: valores observados (Fundamental I) da Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto versus as médias estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/91355-em-general-emidio-dantas-barreto/ideb IDEB OBSERVADO 2005 2007 2009 2011 3.9 3.1 3.6 3.8
  • 36. METAS PROJETADAS 2005 2007 2009 2011 - 3.9 4.3 4.7 Figura 27: representação gráfica dos valores observados do Ideb (Fundamental I) para a Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto versus as metas estabelecidas para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/91355-em-general-emidio-dantas- barreto/ideb O fluxo de aprovação foi de 0.93, que representa sete alunos reprovados em cada grupo de 100. Em relação à avaliação anterior, referente ao ano de 2009, apresentou crescimento de 2%. O indicador de aprendizado também ascendeu, partindo de 3.94 (2009) para 4.11 (2011), representando um acréscimo de 4%. Observaram-se, portanto, os maiores valores desde 2005, tanto de aprovação quanto de aprendizado. De acordo com o Qedu, apenas 12% dos alunos da escola apresentaram um aprendizado considerado adequado em Português. Para Matemática, esse valor é ainda menor: 5% aprenderam a disciplina corretamente. Nos anos anteriores, a avaliação do Ideb demonstra que houve evolução e subsequente estagnação no aprendizado da primeira matéria e crescimento tímido no da segunda. Respectivamente, em 2007, apenas 3% e nenhum dos alunos aprenderam adequadamente Português e Matemática. Para 2009, esses valores são de 13% e 3%. Sendo assim, observa-se que houve crescimento, decerto, porém insuficiente.
  • 37. Figura 28: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de Português e Matemática referente às turmas do 5º ano e 9º ano da Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/91355-em-general-emidio- dantas-barreto/proficiencia A ESTRUTURA FÍSICA São oito as salas da Municipal Emídio Dantas Barreto, todas bem iluminadas, com espaço para movimentação, armários, lousas e bancas em boas condições de uso. Fora deste ambiente, os alunos contam com áreas de interação e recreação, como pátio e parque. Apesar dos altos índices de violência do bairro de Santo Amaro , não há circuito interno de câmeras. Esta instituição de ensino conta com uma quadra poliesportiva cedida pela Polícia Civil para a prática de esportes, porém sem cobertura, limitando sua utilização conforme a ação do sol e das chuvas.
  • 38. Figura 29: Algumas das áreas de convívio dos estudantes. A primeira imagem corresponde ao pátio, a segunda a uma das suas salas de aula, a terceira a quadra poliesportiva e a última imagem corresponde ao parquinho. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. Há também um laboratório que oferece aulas de informática, cujo espaço é aberto aos alunos fora do horário de aula; seus dez computadores com acesso à internet sem fio estão igualmente à disposição dos alunos e professores. A biblioteca da escola também é aberta aos alunos no contra turno letivo e conta com um profissional que exerce a função de bibliotecário. Figura 30: Laboratório de informática e Biblioteca. Ambas as salas em bom estado de conservação. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. Os professores têm à disposição uma sala ventilada, bem iluminada, com bom espaço para circulação, armários, mesas, cadeiras e computador acessíveis à internet. Existe uma sala
  • 39. funcional para a secretaria, direção e coordenação que é ampla, bem iluminada, porém com climatização precária e com a fiação elétrica exposta. Nessa sala também há computadores com acesso à internet, copiadora, impressora, armários, mesas e cadeiras. Para a copiadora, informou a direção que os tonners enviados pela prefeitura não suprem a necessidade da escola. Figura 31: Sala destinada ao uso dos professores (primeira imagem) e a sala da secretaria/direção. Na segunda imagem é possível observar que a sala da direção apresenta problemas de exposição de fiação elétrica. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. O refeitório da Municipal General Emídio Dantas Barreto é limpo, espaçoso, iluminado, bem ventilado e equipado com boas mesas e cadeiras. Na cozinha onde são distribuídos os alimentos, há um refrigerador que satisfaz as necessidades do público. A merenda é recebida regularmente, não costuma apresentar irregularidades e tem um cardápio variado, bem aceito pelos estudantes. Sobre os serviços básicos, a escola é atendida pelos serviços de distribuição de água e coleta de esgoto da Compesa. Quando há problemas com o serviço de água, o caminhão pipa solicitado à Prefeitura costuma demorar a chegar. A rede elétrica precisa de uma revisão devido a indicativos de curtos-circuitos. Na visita, encontramos extintores de incêndio dentro do prazo de validade e kit para primeiros socorros.
  • 40. Três banheiros estão à disposição dos funcionários; seis, dos alunos. Destes, apenas um é adaptado para pessoas com limitações motoras. Os lavabos estão em más condições de uso, indicando necessidade de reforma. Figura 32: Banheiros apresentando problemas de manutenção. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. OS MATERIAIS DIDÁTICOS Aos alunos são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares. No kit escolar de 2013, não foram recebidos fardamento e mochila. Os professores têm à disposição TV, DVD, datashow, jogos e instrumentos para trabalhos manuais, como massas para modelar, cola, tesouras e fitas. Os livros literários são muitos, mas os didáticos são insuficientes para o quantitativo de alunos que frequentam as aulas. Também há computadores e acesso à internet sem fio. CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA Na Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto, trabalham dezoito professores em sala de aula, além de cinco readaptados em funções de apoio administrativo e pedagógico, junto a quatro funcionários de coordenação, direção e secretaria. Para servir merenda e limpar a escola, são sete funcionários; outros quatro trabalham na portaria.
  • 41. Crianças com limitações motoras, perdas sensoriais, distúrbios mentais e dificuldades de aprendizagem frequentam a instituição de ensino em questão. Para atendê-las, a escola dispõe rampas de acesso e material didático específico. Tanto para este público quanto para os demais alunos, não há psicólogos e/ou psicopedagogos. Para incentivar as crianças ao estudo, são oferecidos projetos didáticos. Entre eles, o “Mais Educação” realiza oficinas de letramento, reforço em matemática, música e desportos. Além disso, também funciona o Projeto UCA (Um Computador por Aluno), do Governo Federal, assim como o “Escola Aberta”¸ que dá a oportunidade da comunidade ter acesso ao ambiente escolar nos finais de semana. Existe, também, uma parceria com o SESC, onde as crianças frequentam um cinema. A direção promove ao menos quatro encontros entre os pais e professores. A maioria dos familiares costuma comparecer. CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS Garantir às crianças o acesso à rede mundial de computadores permite-lhes o alcance não somente da realidade da sua família, escola ou comunidade, mas de todo o mundo. Com a internet, professores e alunos têm seus horizontes ampliados no processo de ensino e aprendizagem. Os computadores com rede wireless já chegaram à Escola Municipal General Emídio Dantas Barreto, mas será que ela está capacitada a trabalhar com esta ferramenta? De acordo com a direção da escola, os professores precisam de profissionais que viessem a contribuir para uma formação continuada neste sentido. Sobre a estrutura física, em decorrência dos altos índices de violência na comunidade de Santo Amaro, seria interessante a instalação de um circuito interno de câmeras. Da mesma forma, é preciso providenciar a reforma dos banheiros de alunos e funcionários, tendo em vista as péssimas condições de uso que oferecem.
  • 42. Adicionalmente, recomenda-se como urgente a revisão da rede de energia elétrica do prédio. ESCOLA MUNICIPAL SÍTIO DO CÉU Figura 33: Vista panorâmica da Escola Municipal Sítio do Céu. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. A Escola Municipal Sítio do Céu apresenta apenas o primeiro ciclo do Ensino Fundamental. De acordo com a última avaliação do Ideb, ocorrida em 2011, o estabelecimento obteve nota 4.1 e superou em 14% a meta estipulada pelo Ministério da Educação para o mesmo ano, fixada em 3.6. Quanto à trajetória da escola nos últimos seis anos (2005 – 2012), destaca-se um perfil ascendente, porém tímido. Em 2005, obteve nota 2.8, sem haver ainda meta estabelecida; em 2007, nota 3.0, superando em apenas 3,4% a baixíssima meta anual, de 2.9; para 2009, não há dados disponíveis. Tabela 9: valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Sítio do Céu versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/92602-em-sitio-do- ceu/ideb IDEB OBSERVADO 2005 2007 2009 2011 2.8 3.0 - 4.1 METAS PROJETADAS 2005 2007 2009 2011 - 2.9 3.2 3.6
  • 43. Figura 34: representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (Ensino Fundamental I) para a Escola Municipal Sítio do Céu versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/92602-em-sitio-do-ceu/ideb O fluxo de aprovação foi de 0.93, que representa sete alunos reprovados a cada grupo de 100. Como inexistem dados referentes ao ano de 2009, não é possível estabelecer uma comparação entre os fluxos. No tocante aos níveis de aprendizado considerados adequados para os alunos, a situação é alarmante, para ambos os anos analisados. Em 2007, virtualmente nenhum estudante aprendeu o que o Ideb considera além da expectativa (nível “avançado”) ou esperado (nível “proficiente”). Do total de alunos, quatro (21%) obtiveram a classificação de aprendizado “básico”. A maioria, 15 (79%), se enquadrou no nível “insuficiente”. Esses dados concernem tanto à disciplina de Português quanto à de Matemática. Em 2011, a situação melhora suavemente. Para o aprendizado em Português, nos níveis avançado e proficiente observam-se um aluno (5%) e cinco alunos (19%), respectivamente. Novamente, a maioria permaneceu abaixo da média: 10 alunos, tanto para o nível básico quanto para o insuficiente. No que tange ao aprendizado em Matemática, apenas dois alunos conseguiram entrar nas classificações avançada e proficiente, oito obtiveram aprendizagem básica, e o restante – 14 – se enquadrou no nível insuficiente.
  • 44. Figura 35: representação esquemática das porcentagens referentes à soma dos níveis “avançado” e “proficiente” de aprendizado da Escola Municipal Sítio do Céu, nas disciplinas de Português e Matemática. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/92602-em-sitio-do- ceu/proficiencia A ESTRUTURA FÍSICA Já que a comunidade da Municipal Sítio do Céu não contribui positivamente para a educação de suas crianças, a escola deveria ser um local atrativo no qual os alunos pudessem buscar, por meio do acesso ao conhecimento, expandir seus horizontes e olhar criticamente, enquanto cidadãos, para a sua realidade. No entanto, não é isto com o que deparamos neste caso. Foram muitos os problemas identificados no estudo in loco a esta escola, estando o primeiro deles na entrada do prédio, cuja escada dificulta o acesso de pessoas com limitações motoras. O telhado em madeira e telhas de cerâmica não é forrado, provocando goteiras em dias de chuva. Além disso, não há um pátio, nem nenhum outro espaço para circulação e recreação fora de sala de aula, como pátio, parque e refeitório. Em decorrência disto, os alunos esperam o início das atividades letivas na rua, expostos a sol e chuva, assim como passam todo o horário de aula, confinados em sala de aula, onde, inclusive, consomem as merendas. A cozinha é limpa, porém abafada, escura e não conta com janelas. A merenda chega regularmente, não apresenta irregularidades, o cardápio é variado e raramente é rejeitado pelos alunos. O único problema é que a quantidade enviada não é suficiente para todas as crianças. Figura 36: Entrada da escola com escadas prejudicando a acessibilidade de pessoas com alguma deficiência motora. A segunda imagem ilustra buracos no telhado de uma das salas de aula. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
  • 45. São cinco as salas de aula da Escola Municipal Sítio do céu, todas com um padrão preocupante: são mal iluminadas, mal ventiladas e oferecem pouco espaço para circulação. Todas dispõem de mesa para os professores, assim como armários. Algumas lousas precisam ser substituídas. Figura 37: Salas de aulas com problemas de iluminação, ventilação e com muitos buracos no telhado. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. A secretaria, coordenação e direção da escola funcionam em um mesmo local, numa sala pequena onde não há espaço para circulação, indicando péssimas condições de trabalho oferecidas aos funcionários. Aqui, ao menos, há climatização, computador com acesso à internet e mobiliário em bom estado de conservação. Não há sala para os professores. Como não tem biblioteca na Municipal Sítio do Céu, os livros de literatura e pesquisa são guardados em armários, no espaço de interseção das salas; as mediações de leitura são realizadas em sala de aula. Figura 38: A Escola Municipal Sítio do Céu não dispõe de biblioteca, armazenando seus livros em armários localizado nos corredores da escola. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
  • 46. Existe um laboratório de informática com dez computadores, todos funcionando com acesso à internet. O ponto negativo do laboratório é ser situado no fundo do imóvel, abaixo do nível de todo o resto do prédio, onde se chega enfrentando uma porta estreita, seguida de degraus altos. Novamente, observam-se problemas referentes à acessibilidade. Em caso de incêndio, a fuga do prédio é comprometida devido à inexistência de saídas de emergência. Além disso, o único extintor disponível na escola já teve o prazo de validade de manutenção expirado. A Prefeitura está ciente da situação, mas não tomou providência alguma para sanar o problema. Figura 39: O laboratório de informática não possui espaço adequado para a circulação de alunos, além de apresentar uma escada estreita como única entrada, dificultando a acessibilidade de alunos com alguma deficiência. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. Sobre os serviços essenciais, a instalação elétrica não apresenta anormalidades aparentes. O imóvel é ligado à rede de esgoto, mas sofre com a frequente falta de água na
  • 47. comunidade. Quando é solicitado à Prefeitura caminhão pipa para abastecimento, a resposta costuma ser tardia, segundo a direção. Há linha telefônica, porém não são liberadas ligações para celulares. Como é necessária a comunicação com os pais dos alunos, as gestoras bancam as ligações realizadas nos seus telefones pessoais. Sobre os banheiros, quatro cabines sanitárias estão à disposição dos alunos. Há apenas um lavabo para funcionários. Nenhum deles é adaptado para pessoas com deficiência motora, todos são mal iluminados e não têm circulação de ar. Figura 40: Banheiros da Escola Municipal Sítio do Céu em péssimas condições, necessitando de manutenções regulares. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. OS MATERIAIS DIDÁTICOS
  • 48. Apesar de encontrar problemas com alguns recursos didáticos, como a inexistência de um espaço físico adequado para o funcionamento de uma biblioteca, a Escola Municipal recebe livros didáticos e literários da PCR. Aos alunos também são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares. No kit escolar de 2013 não foram recebidos fardamento e mochila. Além disso, os professores têm à disposição aparelhos de TV, de DVD, de som, projetor de imagens, lousas, jogos e um laboratório de informática. Da mesma forma, instrumentos para trabalhos manuais como massas para modelar, cola, tesouras e fitas, são oferecidos. A direção dispõe de um amplo leque de materiais didáticos em vídeo e realiza aulas de campo com frequência. CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA Oito professores trabalham em sala de aula na Municipal Sítio do Céu. Além disso, uma professora readaptada organiza os livros da escola. Com mediação de leitura, há uma estagiária de licenciatura no turno da tarde, ninguém nos outros horários. O laboratório de informática só tem monitor no horário da noite. No trabalho administrativo atua apenas um funcionário com apoio de três estagiários de ensino médio nos turnos da tarde e da noite, nenhum pela manhã. Para a coordenação e direção pedagógica, são três professoras. Essa instituição de ensino atende alunos com limitação motora, problemas sensores e distúrbios cognitivos e mentais, sendo que nem todos possuem laudo médico. De todas as crianças especiais, apenas uma recebe acompanhamento de intérpretes. Não há sala de recursos multifuncionais, rampas de acesso, utilização apropriada de banheiros adaptados (utilizados atualmente como depósito) e materiais didáticos específicos, assim como não há o atendimento por profissionais com habilitação em educação especial, psicologia ou psicopedagogia. Um caso em especial chama atenção: um dos estudantes com deficiência auditiva domina libras e não se comunica por este idioma na escola. Apesar de receber verba para realizar oficinas de letramento, reforço em matemática, música, dança e práticas esportivas através do Mais Educação, as atividades do programa não puderam ser iniciadas em decorrência da falta de espaço físico. Para manter diálogo com os familiares de seus alunos, a direção da escola convoca uma média de quatro reuniões gerais por ano. Apesar da participação ativa de uma parcela significativa de pais, informou a direção, ainda não é a maioria que acompanha a vida escolar das crianças. CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS
  • 49. O principal problema da Escola Municipal Sítio do Céu está no fato de sua estrutura física não ser adequada para o funcionamento de uma escola. As salas não garantem espaço para a circulação dos estudantes, além de serem mal iluminadas e quentes. Além disso, não há nenhuma área de lazer, convivência e práticas esportivas, como um pátio, refeitório, biblioteca, parque ou quadra poliesportiva, fazendo com que as crianças fiquem confinadas onde assistem às aulas. A solução ideal para o problema é que esta instituição de ensino seja transferida para um prédio com instalações planejadas para receber crianças no processo de ensino- aprendizagem. A direção da escola narrou que em decorrência das rixas entre as comunidades do bairro, não podem migrar para outra localidade. Sendo assim, seria ideal a compra dos terrenos vizinhos para a construção de um novo prédio. Tendo em vista que este processo é lento, como medida paliativa, a Prefeitura do Recife poderia, ao menos, climatizar e fazer revisão da iluminação das salas de aula, providenciar a troca dos extintores de incêndio, reformar os banheiros, instalar forro no telhado, bem como toldo de proteção e rampa de acesso na entrada da escola. Sobre acessibilidade, nem a estrutura física, nem a pedagógica estão preparadas para receber os alunos com necessidades especiais que frequentam a instituição. Além disso, não há profissionais para identificar ou acompanhar este público, assim como não são oferecidos materiais didáticos específicos. Dessa forma, é urgente a contratação de pessoal capacitado a trabalhar com educação especial e inclusiva. ESCOLA MUNICIPAL DOS COELHOS Figura 41: Vista Frontal da Escola Municipal dos Coelhos. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
  • 50. A Escola Municipal dos Coelhos, localizada no bairro da Boa Vista, atende alunos de diferentes comunidades do centro, como os Coelhos e o Coque. Trabalhando com Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Educação de jovens e adultos, a escola funciona em três turnos com dezesseis turmas pela manhã, quinze pela tarde e duas à noite. O seu Ideb é 2.8, tendo apenas dados de 2005. O corpo docente da escola atribui a falta de notas do Ideb a problemas de gestão da própria instituição. Tabela 10: Valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Dos Coelhos versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/92918-em-dos- coelhos/ideb IDEB OBSERVADO 2005 2007 2009 2011 2.8 - - - METAS PROJETADAS 2005 2007 2009 2011 - 2.9 3.2 3.6 De acordo com a direção da instituição, são recorrentes os atos de violência na comunidade, tendo a escola histórico de roubo. Mesmo assim, não há circuito interno de câmeras no prédio. Além da criminalidade no local, especialmente no que concerne ao tráfico de drogas, a ausência de informações desde 2005 fragiliza ainda mais o aprendizado e avaliação do tipo de educação que os estudantes recebem. Figura 42: Não é possível fazer análise da evolução das taxas de aprendizado devido à falta de dados.Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/92918-em-dos-coelhos/proficiencia
  • 51. Baseando-se na antiquada nota do Ideb, ainda há informações significativas e preocupantes: dos 26 alunos que fizeram a Prova Brasil em 2007, no exame de Português, apenas 4 atingiram o aprendizado adequado e 1 aluno mostrou-se avançado. Em matemática chega a ser mais preocupante, com apenas 3 alunos atingindo o que se é esperado e com nenhum apresentando capacidades acima do esperado. A ESTRUTURA FÍSICA A Escola Municipal dos Coelhos conta com dezesseis salas de aula distribuídas em um prédio com três pisos que não contém nenhum tipo de acessibilidade para estudantes com limitações motoras. Figura 43: Obstáculos que alunos com alguma deficiência motora tem que superar para ter acesso às salas de aula. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. Das 16 salas de aula, apenas quatro são climatizadas. O restante das salas possui ventiladores, não obstante em algumas salas a maioria dos ventiladores apresentam problemas. Há problemas na iluminação, ao passo que muitas das salas estão com lâmpadas
  • 52. queimadas. As lousas e armários também precisam ser reformados ou substituídos. Há bebedouro em todas as salas. Os alunos com necessidades especiais contam com uma sala de recursos multifuncionais onde é realizado atendimento no contra-turno do ensino regular. Figura 44: Salas de aula apresentando problemas de ventilação e com espaço reduzido para a circulação de alunos e professores. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. Sobre os espaços de convivência, não há parque, quadra poliesportiva, nem refeitório. Uma sala chamada de brinquedoteca se resume a um ambiente vazio com uma caixa de brinquedos velhos e quebrados. Onde deveria funcionar a sala de multimídias, o novo aparelho de TV 42’’ modelo led está quebrado, enquanto um antigo serve às aulas; o aparelho de DVD funciona; não há climatização, nem cadeiras confortáveis. Figura 45: Sala de Aula Multimídia e Brinquedoteca. Na sala multimídia, a televisão de 42 polegadas adquirida recentemente encontra-se quebrada. A brinquedoteca consiste em uma sala com uma caixa de brinquedos velhos. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho.
  • 53. As refeições são servidas dentro das salas de aula. Para as crianças, confinamento; para os funcionários, desgaste físico por subir e descer escadas frequentemente. Ao menos a cozinha da escola é ampla e a merenda é recebida regularmente, não apresenta anormalidades e conta com um cardápio variado. O piso do segundo andar apresenta inúmeras rachaduras, indicando que a escola possui graves problemas estruturais que acabam por expor os alunos e professores a um ambiente de risco. Rachaduras também são observadas nas paredes dos banheiros, em decorrência de infiltrações (essas infiltrações não atingem apenas os banheiros, mas também as paredes dos corredores). Figura 46: Rachaduras observadas no piso das salas de aula do segundo andar. Nas paredes dos banheiros e corredores é possível constatar infiltrações e mofo. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. Só há lavabos no térreo, sendo que estes estão em condições precárias de uso. As portas das cabines sanitárias estão corroídas pela ação da água e de cupins; alguns dos vasos estão sem descarga e apresentam rachaduras, além de nenhum ter assento e tampa; as lâmpadas precisam ser trocadas; apenas um dos lavabos está apto ao acesso de cadeirantes.
  • 54. Figura 47: Banheiros da escola em condições insalubres. É possível observar que os sanitários não dispõe de assentos, tampas e nem descarga. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. Há uma biblioteca mal iluminada por precisar de mais lâmpadas, mas que é climatizada e equipada com armários, mesas e cadeiras. Existe, também, um laboratório de informática com doze computadores, porém nenhum deles funciona, tendo em vista que a rede elétrica não suporta a carga exigida pelos aparelhos. Há histórico de curtos-circuitos. Figura 48: Biblioteca apresentando problemas de ventilação e iluminação. A segunda imagem ilustra o laboratório de informática com seus computadores inutilizados, em virtude da estrutura elétrica do prédio. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do vereador André Régis de Carvalho. Uma sala mal iluminada devido a lâmpadas queimadas, porém climatizada, com sofá e acesso a internet sem fio está à disposição dos professores. A coordenação fica instalada em um espaço minúsculo sem climatização e informatização. A secretaria funciona em um espaço amplo e ventilado. A sala da direção é climatizada, equipada com copiadora, impressora,
  • 55. computadores com acesso a internet, mesas, cadeiras e armários. Há linha telefônica, porém não são liberadas ligações celulares. Como é necessária a comunicação com os pais dos alunos, as gestoras bancam as ligações realizadas nos seus telefones pessoais. A escola é servida pelo sistema de abastecimento de água e coleta de esgoto da Compesa. Aqui, não há saídas de emergência nem extintores de incêndio. Para casos de pequenos acidentes como quedas e cortes tem um kit de primeiros socorros. As portas de algumas salas precisam de novas fechaduras. OS MATERIAIS DIDÁTICOS Aos alunos são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares. No kit escolar de 2013 não foram recebidos fardamento e mochila. Apesar do número limitado de aparelhos, os professores têm à disposição TV e DVD. Contam também com um projetor de imagens e jogos. Da mesma forma, instrumentos para trabalhos manuais como massas para modelar, cola, tesouras e fitas são oferecidas. O laboratório de informática da escola está inutilizado devido aos problemas da rede elétrica. De acordo com a direção da escola, por dificuldade em conseguir ônibus para transportar as crianças, são poucas as atividades extraclasses. CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA Trinta e um professores trabalham na Municipal dos Coelhos, sendo vinte e nove em sala de aula e três readaptados para secretaria e suporte didático. No apoio pedagógico há duas gestoras e apenas uma coordenadora no turno da manhã. Com o acompanhamento de alunos especiais trabalham três estagiários de ensino superior em formação no curso de Psicologia, além de três profissionais de magistério. Na parte administrativa, há apenas um servidor com apoio de três estagiários de ensino médio. Para a limpeza e distribuição de merendas são oito funcionários. Dois porteiros e dois seguranças controlam a entrada e saída de pessoas do prédio. A Escola Municipal dos Coelhos atende alunos com limitações motoras, deficiências sensoriais, distúrbios mentais e com dificuldades de aprendizagem. Apesar de não contar com rampas de acesso para cadeirantes, há profissionais com formação em psicopedagogia e educação especial para realizar atendimento a este público na sala de recursos multifuncionais. No ensino regular, nem todos os alunos inclusos tem acompanhamento em sala de aula.
  • 56. Para envolver os pais na vida escolar dos filhos, são realizadas duas reuniões gerais por ano, além de trabalhos em parceria com o posto de saúde da comunidade. Apesar do esforço da direção, coordenação e professores, ainda é a minoria que se faz presente. CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS A Escola Municipal dos Coelhos não foi projetada para ser uma escola, mas seu prédio pode ser otimizado para garantir melhores condições de trabalho e estudo para professores e estudantes. Primeiramente, é necessário que seja realizada revisão e manutenção da rede elétrica e hidráulica. Torna-se emergencial o envio de uma equipe técnica para averiguar as rachaduras no chão dos pisos superiores. Devido às péssimas condições de uso, é urgente a reforma dos banheiros da instituição. Além disso, a brinquedoteca, o laboratório de informática e sala de multimídia da instituição que precisam de requalificação. Como o calor é intenso, a necessidade de climatização nas salas é vital. Outro fator emergente é a instalação de extintores de incêndio no local. Por fim, o ideal é que a Prefeitura do Recife discutisse estratégias para ampliar o prédio (ou construir um novo, caso a revisão técnica, assim determine), garantindo a construção de um refeitório, áreas de lazer e práticas esportivas, assim como uma sala que permitisse à Coordenação planejar atividades com os professores e mediar a comunicação entre a escola e as famílias dos alunos. ESCOLA MUNICIPAL NOSSA SENHORA DO PILAR Figura 49: Vista Frontal da Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho
  • 57. A Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar funciona no bairro do Recife, nas proximidades da sede administrativa da Prefeitura da Cidade. Atualmente, a instituição de ensino trabalha com turmas de Educação Infantil, Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e Adultos (EJA). No horário da manhã, estão matriculadas 87 crianças, enquanto pela tarde frequentam 50 alunos. Até o ano de 2012, funcionava o “Pró-Jovem”, cujo objetivo principal é o aumento da escolaridade e capacitação profissional daqueles que abandonaram os estudos prematuramente. Este programa do Governo Federal oferece uma bolsa aos participantes, a fim de que estes não venham a desistir dos estudos por falta de condições financeiras. No entanto, a ajuda de custo por vezes é utilizada para outros fins – compra de drogas, por exemplo, no caso da Municipal Nossa Senhora do Pilar. De acordo com a direção, com o que recebiam do programa, os alunos desta modalidade levavam o tráfico de entorpecentes para dentro do ambiente escolar. O consumo e tráfico de drogas nesta comunidade refletem nos casos de violência com os quais os alunos deparam na rua ou mesmo no ambiente doméstico, fazendo com que venham a reproduzir comportamentos agressivos dentro da escola. Em decorrência dos problemas que enfrenta no cotidiano, o rendimento de alunos e professores nas avaliações nacionais é comprometido. Apesar de não participar do Ideb em 2009 e 2011, as participações da Nossa Senhora do Pilar nas avaliações de 2005 e 2007 indicam uma situação alarmante, apesar do grande salto conquistado. Em 2005, a nota da escola no Ideb foi de 2.6. Em 2007, a meta esperada pelo governo foi de 2.7, enquanto que a escola conseguiu atingir a nota de 3.5. Tabela 11: Valores observados do Ideb da Escola Municipal de Nossa Senhora do Pilar (fundamental I) versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/87630-em- nossa-senhora-do-pilar/ideb. IDEB OBSERVADO 2005 2007 2009 2011 2.6 3.5 - * METAS PROJETADAS 2005 2007 2009 2011 - 2.7 3.0 3.4 Uma análise do fluxo de aprovação e de aprendizado referentes aos anos de 2005 e 2007 permite inferir que o crescimento da nota do Ideb não se deu em decorrência do número
  • 58. de alunos aprovados, haja vista que entre 2005 e 2007 é possível observar uma queda de 1% no fluxo de aprovação (0.76, em 2005, e 0.75, em 2007), mas sim de uma melhor taxa de alunos com aprendizado adequado. Em 2007, o indicador de aprendizado foi 6% superior ao observado na primeira avaliação em 2005: 4.66, em 2007, e 3.42. De acordo com os dados do Qedu, o número de alunos com aprendizado adequado para o 5º ano do ensino fundamental foi de 20%, tanto para Português quanto para Matemática. A ESTRUTURA FÍSICA A Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar não foi planejada para ser uma escola, apesar do espaço no qual funciona ser direcionado para tal. Antes de ser erguido em sua atual configuração, o terreno desta instituição de ensino era uma área de galpões. Desde sua fundação, a escola recebe pouca atenção da Prefeitura, passando a ser socorrida por órgãos públicos federais e estaduais vizinhos, assim como por particulares. Atualmente, a estrutura do prédio da Municipal Nossa Senhora do Pilar não é de alvenaria, mas sim de uma madeira de baixa durabilidade, facilmente corroída por cupins, fuligens e ação da chuva. Apesar de suas paredes apresentarem material facilmente inflamável, a escola só conta com um extintor de incêndio. Figura 50: As placas de madeira trocadas recentemente já sofrem com a ação do cupim e ação das chuvas. Luminárias com lâmpadas penduradas por um fio com risco de queda. Ao fundo da imagem é possível observar a presença de câmera de segurança Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho.
  • 59. O piso de toda a escola precisa de manutenção urgente, tendo em vista que, além de não ser uniforme, facilmente acumula poeira, provocando reações alérgicas em alunos, professores e demais funcionários. A verba para pintura não foi recebida, fazendo das salas e do pátio ambientes visualmente desagradáveis. Figura 51: As salas de aula da Escola Nossa Senhora do Pilar apresentam paredes de alvenaria com fiação elétrica exposta. A sala de música (segunda imagem) apresenta problemas de ventilação e má iluminação. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Das dez salas de aula, apenas uma não possui ar-condicionado. Todas as outras, graças à doação de funcionários da escola e da sede da Prefeitura, são climatizadas. Ainda assim, não é realizada manutenção dos aparelhos refrigeradores, diminuindo seu tempo de vida útil e provocando reações alérgicas em alunos e professores. Também há uma sala onde são realizadas as atividades do “Mais Educação” e do “Escola Aberta”, sendo que esta, apesar de climatizada, é mal iluminada porque as poucas lâmpadas que tem estão queimadas. Existe um espaço para circulação fora de sala de aula, porém o piso é coberto com vegetação, fomentando, assim, as condições ideais para o desenvolvimento de animais peçonhentos, colocando estudantes e professores em situação de risco. Há, ainda, um local onde deveria funcionar uma quadra, mas que se encontra subutilizado por não ser coberto, fazendo com que a incidência de calor torne inviável a realização da prática de atividades físicas. Outro problema é que a área encontra-se tomada pelo capim, e a tela superior de
  • 60. proteção corre risco de romper por sofrer pressão do peso de placas de madeira que foram jogadas. Figura 52: Espaço que deveria ser o pátio da escola, coberto por vegetação. Na segunda imagem é possível ver placas de madeiras depositadas em cima da cobertura da quadra poliesportiva, oferecendo risco aos estudantes. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Os alunos têm acesso a uma biblioteca que, apesar de extremamente mal ventilada, é espaçosa, limpa, organizada e abriga um razoável e interessante leque de títulos. O laboratório de informática da escola possui 16 computadores com acesso à internet, necessitando apenas de monitores para começar a funcionar. A merenda é recebida regularmente, não costumam apresentar irregularidades e contam com um cardápio variado e bem aceito pelos alunos. Recebidos em uma cozinha limpa e arejada, os alimentos são consumidos em um refeitório bem iluminado, ventilado, com espaço para movimentação, boas mesas e cadeiras. No que concerne à acessibilidade, as salas de aula não oferecem amplo espaço para movimentação e o esboço de pátio, tal qual o rol de entrada, não oferece condições para o passeio de cadeirantes. Com isto, este público tem sua locomoção limitada aos corredores. Como os professores não contam com tempo para descanso e planejamento de atividades entre aulas foi de comum acordo que onde seria uma sala para os docentes
  • 61. funcionasse uma sala de recursos multifuncionais para as crianças com dificuldades de aprendizagem, que é climatizada e dispõe de um leque interessante de materiais didáticos. A coordenação, direção e secretaria funcionam em ambientes distintos, climatizados, iluminados, mas com pouco espaço para circulação. Todos são equipados com computadores acessíveis à internet, mesas, cadeiras e armários. Figura 53: Secretaria da Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar com problema de fiação elétrica exposta, assim como observado nas salas de aula. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Sobre os serviços básicos, problemas graves foram identificados. O primeiro deles concerne à falta de distribuição de água. Além de não ser atendida de forma satisfatória pela Compesa, a escola não conta com depósitos suficientes para a demanda no prédio, tendo que armazenar água em um terreno vizinho, onde a bomba que envia água para os reservatórios é roubada frequentemente por usuários de drogas da localidade. As caixas de água do prédio da escola estão sustentadas por uma estrutura que apresenta rachaduras e ferragens expostas. Os fios da rede elétrica não são isolados por mangueiras antipropagação de chamas que, acompanhados das paredes de madeira, da falta de extintores – apenas um para todo o prédio – e de saídas de emergência, dificultam o socorro em caso de incêndio.
  • 62. Figura 54: Reservatório de água apresentando graves problemas estruturais, principalmente a ferrugem observada na base da estrutura. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Um banheiro tem uso destinado a professores e funcionários. Outros cinco – estreitos, mal iluminados, sem portas e em péssimo estado de conservação - estão à disposição dos alunos, sendo que somente um destes é adaptado para deficientes físicos. OS MATERIAIS DIDÁTICOS A escola recebe livros didáticos e literários, assim como cadernos, lápis, borracha e similares. Também conta com computadores, acesso à internet, aparelho de TV, DVD, som, datashow, jogos e aulas de campo. As lousas da sala de aula precisam passar por manutenção ou serem substituídas. Os materiais para trabalhos manuais, como lápis, papel, massa de modelar, tintas e similares – tais quais os materiais de limpeza – não estão sendo enviados pela Prefeitura. Com isso, têm de ser adquiridos com a verba enviada à escola a cada três meses. A sala multifuncional recebe materiais didáticos, porém poucos em quantidade e diversidade. Há necessidade de recursos lúdicos próprio a especiais, visto que estes motivam as crianças no processo de ensino-aprendizagem.
  • 63. CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA Para a manutenção da limpeza da escola e distribuição de merendas, estão à disposição quatro funcionários. Quatro porteiros controlam a entrada e saída de pessoas do prédio. Onze professores trabalham na Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar, sendo que dez estão em sala e aula, e uma foi readaptada para a vice-direção. No corpo de apoio pedagógico, são cinco funcionários, enquanto outros dois atuam nas funções administrativas com o apoio de um estagiário de Ensino Médio, apenas no turno da manhã. Na sala de leitura, trabalha uma estagiária de nível superior apenas em um horário e não há monitor no laboratório de informática. Esta instituição de ensino atende alunos com limitações motoras, mas não possui rampas de acesso, atende ainda crianças com problemas sensoriais, cognitivos e mentais, que são acompanhadas por estagiários de Nível Superior e/ou magistério. Tendo em vista o grande número de estudantes que precisa deste atendimento especializado, o quadro de estagiários não é suficiente; este problema faz com que muitos alunos cheguem a abandonar a escola. Projetos de incentivo à aprendizagem são oferecidos, como o programa “Escola Aberta” e “Mais Educação”, nos quais são realizadas oficinas de alfabetização, reforço em matemática, desportos, música e outras artes. Para aproximar os pais do cotidiano escolar dos seus filhos, são realizadas três reuniões anuais. De acordo com a direção, a maioria dos pais usualmente comparece. CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS Ainda que funcionando nas proximidades da sede administrativa da Prefeitura do Recife, a Escola Municipal Nossa Senhora do Pilar encontra-se em estado de abandono e passando por problemas graves. Na estrutura física, um ponto que merece atenção é o fato de
  • 64. as paredes do prédio não ser em alvenaria, mas sim em uma madeira pouco resistente, que, além de carecer pintura, está danificada pela ação de cupins e chuvas. Além de contribuir o aumento da sensação de calor, esse material é facilmente inflamável. Sobre incêndio, destacamos indicativos de alto risco: a afiação elétrica não passa por mangueiras antipropagação de chamas, não há saídas de emergência nem extintores. Onde deveria funcionar uma quadra, o capim toma conta. Seria interessante a construção de uma coberta para a área, bem como piso para o pátio. Os banheiros estão calamitosos, com cabines sanitárias sem porta e nenhuma ventilação. Na estrutura pedagógica, faz-se urgente a contratação de pessoal capacitado para acompanhar os alunos com necessidades especiais que estão inclusos em sala de aula. Além disso, é preciso contratar funcionários para que a biblioteca e sala de informática funcionem nos turnos da manhã e da tarde. ESCOLA MUNICIPAL SEDE DA SABEDORIA Figura 55: Vista Frontal da Escola Municipal da Sede da Sabedoria. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. Situada no bairro de Santo Amaro, a Escola Municipal Sede da Sabedoria trabalha com turmas de Ensino Fundamental I e Educação de Jovens e Adultos. São 260 alunos pela manhã, 240 pela tarde e uma turma em formação no horário da noite. Mesmo convivendo com uma realidade de violência e tráfico de drogas, além da ausência da participação familiar, a
  • 65. instituição conseguiu atingir/superar todas as metas estabelecidas pelo Ministério da Educação, apesar de ter sofrido uma redução de 12% na ultima avaliação do Ideb. Figura 56: Cartaz postado na escola ilustrando as notas e metas do Ideb projetadas pelo Ministério da Educação. Foto tirada pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. A Escola Municipal Sede de Sabedoria apresenta um Ideb de 3.8 (2011). O estabelecimento de ensino apresentava, até 2009, uma trajetória ascendente. Em 2005, a nota da escola no Ideb era de 3.0; na avaliação de 2007, foi observado um crescimento de 13%, atingindo assim uma nota de 3.4, superior à pontuação de 3.1 projetada pelo Ministério da Educação no período. Em 2009, a escola apresenta um crescimento de 26%, subindo sua nota para 4.3 (a meta do Ideb para o período foi de 3.4). O ano de 2011 marca a ruptura na trajetória ascendente, tendo a escola apresentado uma queda de 12% e atingindo a nota de 3.8 (apesar da queda, a meta foi atingida). Tabela 12: Valores observados do Ideb (Fundamental I) da Escola Municipal Sede da Sabedoria versus as metas estimadas pelo MEC. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/91356-em-sede-da- sabedoria/ideb. IDEB OBSERVADO 2005 2007 2009 2011 3.0 3.4 4.3 3.8 METAS PROJETADAS 2005 2007 2009 2011 - 3.1 3.4 3.8
  • 66. Figura 57: Representação gráfica da evolução dos valores observados do IDEB (ensino fundamental I) para a Escola Municipal Sede de Sabedoria versus as metas estimadas pelo MEC para os respectivos anos. Fonte: http://www.portalideb.com.br/escola/91356-em-sede-da- sabedoria/ideb O fluxo de aprovação foi de 0.91, correspondendo a um decréscimo de 3%, quando comparado ao valor encontrado em 2009 (0.94). O índice de aprendizado sofreu uma queda de 10%, caindo de 4.61 (2009) para 4.17 (2011). O fluxo de aprendizado obtido em 2011 igualou o valor mais baixo apresentado pela escola até o momento (2005). O índice de aprendizado, que, em 2005, foi de 3.31, cresceu 10 % em 2007 e 27% em 2009, atingindo um valor de 4.61. Em 2011, como já fora explicado ocorreu uma redução de 10%. De acordo com o Qedu, o ano de 2009 corresponde ao melhor desempenho, no quinto ano do ensino fundamental. Em 2009, o número de alunos com aprendizado adequado em Português foi de 20%, enquanto que, em Matemática, 22% apresentavam aprendizado compatível com a série. Os valores obtidos em 2009 foram superiores aos resultados anteriores encontrados em 2007, ano no qual o número de alunos com aprendizado adequado em Português foi de 5% e, em Matemática, de 4%. Em 2011, houve uma redução drástica: o número de alunos com aprendizado adequado caiu para 13%, em Português, e 7%, em Matemática.
  • 67. Figura 58: Representação esquemática da evolução das taxas de aprendizado nas disciplinas de Português e Matemática referente às turmas do 5º ano da Escola Municipal Sede de Sabedoria. Fonte: http://www.qedu.org.br/escola/91356-em-sede-da-sabedoria/proficiencia A ESTRUTURA FÍSICA Apesar de, no passado, ter funcionado em casas adaptadas, hoje a Escola Municipal Sede da Sabedoria conta com um prédio planejado para fins educativos de crianças. Ainda assim, é possível identificar pontos que precisam de atenção. Inclusive, quando a escola foi visitada, havia apenas um papel A4 mostrando as notas do Ideb, quando na verdade deveria haver uma sinalização maior do que esse papel, com pelo menos 1m², para expor a nota. São dez as salas de aula, todas bem iluminadas, com lousas em boas condições de uso. Contam com ar-condicionado, porém estes aparelhos não climatizam com eficiência, e alguns estão inutilizados em decorrência de janelas quebradas ou falta de manutenção. Novos aparelhos já foram comprados, mas ainda necessitam ser instalados. Apesar de amplas, as salas são superlotadas, dificultando um melhor desempenho docente. Todas elas têm armários e bancas novas, porém nem sempre adequadas ao público. Além da sala do ensino regular, a escola conta com uma sala de recursos multifuncionais para atendimento das crianças com necessidades especiais.
  • 68. Figura 59: Apesar de as salas de aulas serem amplas, elas são lotadas e mal iluminadas. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. A escola conta com uma biblioteca, que apresenta problemas de ventilação e iluminação. Atualmente, ela conta com dois aparelhos de ar-condicionado, ambos quebrados. As portas e armários precisam de reparos. Existe um laboratório de informática equipado com 15 computadores, dos quais 14 funcionam; todos têm acesso à internet. Há também um pequeno auditório que, infelizmente, está sendo utilizado como depósito. No edifício, foram observadas algumas falhas na estrutura, como um pedaço do teto de gesso quebrado, expondo o sistema hidráulico. Um ponto que chamou a atenção foi a presença de uma câmera de segurança voltada para o interior de uma das salas de aula, o que é proibido por lei.
  • 69. Figura 60: Sala de informática (primeira imagem). Problema estrutural encontrado no edifício (segunda imagem).Câmera de segurança voltada para o interior das sala de aula, o que por lei é proibido. Biblioteca da escola, com seus dois aparelhos de ar-condicionado, quebrados (quarta imagem). Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. A Escola Municipal Sede de Sabedoria carece de áreas de lazer e esportes, como parque e quadra poliesportiva. Ainda assim, tem um pátio onde os alunos descansam no intervalo entre as aulas. O piso do prédio é regular, o acesso ao segundo e terceiro piso se dá por rampas largas com inclinação e barras de ferro de apoio para cadeirantes. A merenda é recebida regularmente em uma cozinha limpa e espaçosa, que só possui um refrigerador, não comportando as merendas regulares junto às do “Mais Educação”. Há uma parte do pátio que foi isolada, é usada como refeitório e apresenta boa ventilação, mas mal iluminada. Na escola, não há bebedouros para os alunos. Na Escola Municipal Sede da Sabedoria, há uma sala para os professores bem iluminada, espaçosa e climatizada, mas que não conta com computadores, nem com acesso à internet. A direção e a secretaria dividem um ambiente com espaço para movimentação, computadores, acesso à internet, impressora, copiadora – que quebra frequentemente –, armários, mesas e cadeiras. A coordenação, por sua vez, não dispõe de espaço físico algum, comprometendo o sucesso no planejamento de atividades com os docentes e os atendimentos individuais dos alunos e de seus familiares. Todos os pavimentos desta escola possuem banheiros. No térreo, são dois deles em boas condições de uso para professores e seis cabines sanitárias para alunos. No segundo piso,
  • 70. existem seis cabines. Contudo, muitos dos vasos sanitários encontravam-se entupidos. No terceiro andar, também existem seis cabines sanitárias. Nenhum dos banheiros é acessível para cadeirantes. Figura 61: Cabines sanitárias destinadas aos alunos do segundo andar, alguns vasos sanitários encontravam-se entupidos (primeira imagem). Banheiro destinado aos professores, em boas condições de uso (segunda imagem). Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. OS MATERIAIS DIDÁTICOS A Escola Municipal Sede da Sabedoria recebe livros didáticos e literários da Prefeitura da Cidade do Recife, além de contar com laboratório de informática com acesso à internet. Não há rede wireless. Há também uma biblioteca que precisa de novo mobiliário e climatização, bem como um pequeno auditório, que está funcionando como depósito. Aos discentes são entregues cadernos, lápis, borrachas e similares. Instrumentos para trabalhos manuais como massas para modelar, cola, tesouras e fitas são oferecidos. Aulas de campo também são realizadas. Além disso, os professores têm à disposição aparelhos de TV, de DVD, de som, projetor de imagens, lousas e jogos. Os alunos com necessidades especiais contam com uma sala de recursos multifuncionais. CORPO DOCENTE E AS ESTRUTURAS ADMINISTRATIVA E PEDAGÓGICA
  • 71. Em sala de aula, dezoito professores atuam na Escola Municipal Sede da Sabedoria. Apesar de formar quatro turmas de 5º ano que serão avaliadas pelo Ideb no final do ano, apenas duas contam com professores em sala de aula; as outras duas, até o momento da visita, estavam sem aula devido ao afastamento das docentes em decorrência de licença por motivos de saúde. São três as professoras readaptadas: uma trabalhando na secretaria, outras duas na biblioteca. No espaço dos livros, são realizadas as atividades de dois projetos de iniciativa das bibliotecárias em parceria com a coordenação pedagógica, sendo eles o “Biblioteca Viva” e o “Biblioteca Mágica”, ambos visando a estimular a leitura. Pela manhã, trabalha uma mediadora de leitura, que cursa Letras, neste espaço; à tarde, não há mediador de leitura. Tanto para os alunos quanto para os pais, é possível fazer empréstimo de livros. Além dos projetos de biblioteca, outros programas de incentivo à aprendizagem funcionam na escola, como é o caso do “Mais Educação” e do “Escola Aberta”. Para utilizar o cinema como recurso didático multidisciplinar, a coordenação inscreveu o programa “Luz, Câmera... Educação” que está com suas atividades interrompidas devido à ocupação da sala de multimídia como depósito para os condicionadores de ar. A Escola atende alunos com limitações motoras, distúrbios mentais, déficit de aprendizagem e problemas sensoriais. Estas crianças contam com uma sala de recursos multifuncionais com três profissionais especializados em educação, equipada com materiais didáticos específicos. No entanto, o público com surdez e baixa visão não recebe acompanhamento de intérpretes que dominem libras ou braile. De acordo com professoras, a maioria das famílias é ausente da vida escolar dos estudantes, assim como são corriqueiros os casos de violência doméstica, tanto física quanto psicológica. Além disso, informaram que a escola deixou de promover reuniões com os pais, mas que neste ano espera-se fazer quatro delas, ao menos. Nos trabalhos administrativos, existe apenas um funcionário, com apoio de um estagiário de Ensino Médio. No apoio
  • 72. pedagógico, trabalham quatro pessoas. O laboratório de informática conta com monitor apenas em um horário. Nove pessoas trabalham com distribuição de merendas e limpeza da escola, enquanto duas ficam na portaria. CONSIDERAÇÕES FINAIS E ENCAMINHAMENTOS Na estrutura física da Municipal Sede da Sabedoria são necessárias algumas medidas reparadoras, sendo a primeira delas a instalação dos condicionadores de ar já comprados; com isso, as salas de aula tendem a se tornar mais agradáveis. Outro questão necessária é a reativação do auditório. Além disso, seria interessante a construção de um espaço para a coordenação, oferecendo melhores condições de acompanhamento e planejamento de atividades com os professores. Apesar de o prédio dispor de rampas de acesso, nenhum dos banheiros é adaptado para cadeirantes ou alunos com limitações motoras. É preciso traçar estratégias para solucionar este problema, bem como os entupimentos frequentes dos vasos sanitários. Não há extintores de incêndio, e é emergente a sua providência. Para melhorar as atividades e os serviços prestados pela biblioteca, seu ambiente precisa de novos armários para suportar o peso dos livros, assim como de um computador com acesso à internet para a catalogação dos títulos. Adicionalmente, é necessária a troca da porta e algumas lâmpadas, juntamente com a aquisição de mesas e cadeiras. No quadro de funcionários, faltam professores para duas das quatro turmas de quinto ano. Também não há mediação de leitura, nem monitor para o laboratório de informática, no turno da manhã. ESCOLA MUNICIPAL PADRE ANTÔNIO HENRIQUE
  • 73. Figura 62: Vista Frontal da Escola Municipal Padre Antônio Henrique. Fotos tiradas pela Equipe de Gabinete do Vereador André Régis de Carvalho. A Escola Municipal Padre Antônio Henrique funciona em dois prédios no bairro do Paissandu, sendo um com instalações próprias da Prefeitura, a sede, e um cedido pelo Instituto Nossa Senhora de Fátima, o anexo. No ensino regular, na sede, estudam 143 alunos pela manhã, 69 à tarde em turmas de Ensino Fundamental I e II e 66 à noite, na Educação de Jovens e Adultos; o anexo trabalha em horário integral, junto à organização religiosa em questão, com 120 alunos, em classes de Educação Infantil e Ensino Fundamental I. Além de ter suas atividades comprometidas em decorrência da saída do prédio original para novas instalações, a escola convive com a dificuldade administrativa de uma sede com anexo. Esta instituição de ensino abriga alunos de comunidades com altos índices de violência, como o Coque e os Coelhos, representando mais um desafio para os alunos e funcionários da escola. Também como fator negativo vale frisar a baixa participação dos pais e responsáveis na vida escolar dos alunos, fato comprovado pela baixa presença às reuniões com coordenadores e professores. Além disso, alguns problemas pontuais na estrutura física, administrativa e pedagógica merecem atenção. Apesar de trabalhar com dois níveis de ensino avaliados pelo Ideb, apenas o Fundamental II participou da Prova Brasil. Os resultados obtidos são alarmantes. Em 2005, a