SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 3
Descargar para leer sin conexión
REUNIÃO ANATOMO-CLÍNICA DO DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA
HOSPITAL ONOFRE LOPES - HUOL
APRESENTADOR: R2 Marcelo
ORIENTADOR: Professora Áurea Nogueira de Melo
DATA: 29/08/2014
CASO CLÍNICO
Paciente do sexo feminino de 14 meses de idade, nascida em 29/01/2003
de parto normal, via vaginal, a termo, pesando 3.260 g, estatura 51 cm,
perímetro cefálico 33 cm, Apgar 9/9 nos 1º e 5º minutos de vida,
respectivamente. Primeira filha de pais jovens (mãe com 15 anos e pai com 19
anos de idade), sadios e não consanguíneos. A mãe realizou todas as
consultas de pré-natal, tendo como única intercorrência na gravidez uma
infecção urinária tratada (mãe não soube informar qual medicamento utilizado
na ocasião). O trabalho de parto não teve intercorrências e durou
aproximadamente duas horas.
No período pós-parto, a criança apresentou icterícia leve após 24hs de
vida, não necessitando de fototerapia, sendo liberada 48 horas após o
nascimento. O teste do pezinho e o TSH foram normais. Na primeira consulta
em ambulatório de neurologia infantil (HOSPED), a criança tinha 05 meses de
idade e a queixa principal foi atraso no desenvolvimento neuropsicomotor
(DNPM). A mãe relatava ainda que a criança apresentava irritabilidade com
choro frequente e dificuldade para dormir. Não havia relato de crises
epilépticas.
O exame neurológico mostrou hipotonia axial, hipertonia apendicular,
caracterizando uma tetraparesia espástica. Todos os reflexos primitivos
estavam presentes (o único ausente foi a marcha reflexa). Apresentava ainda
estrabismo alternante e nistagmo bilateral, reflexos profundos normais,
clônus de pés bilateral, não acompanhava nem fixava objetos com o olhar, não
possuía vocalização e não sorria. Não respondia aos sons altos. O perímetro
craniano foi de 42,5cm e apresentava fontanela anterior ampla, normotensa e a
metópica aberta.
Aos 8 meses de vida, a criança foi internada na Neurologia Infantil
(HOSPED) por apresentar-se anoréxica, sonolenta, com desidratação
moderada, suturas coronal e metópica abertas e fontanela anterior ampla e
tensa, com sinal de Brudzinski positivo e rigidez de nuca de moderada
intensidade. A hipótese foi de meningite bacteriana aguda.
O exame do LCR foi normal (incolor, aspecto límpido, 01 células/ mm3,
glicose de 64mg/dL, proteínas de 26 mg/dL). Afastadas as causas infecciosas
do SNC, iniciou-se a pesquisa de distúrbio eletrolítico. A dosagem inicial de
sódio de 175mmol/L revelando um quadro de hipernatremia. Feita a correção
com soro fisiológico a 0,9%, o nível de sódio baixou para 150mmol/L. A criança
foi liberada para acompanhamento ambulatorial com a neurologia infantil e
endocrinologia pediátrica.
Doze dias após alta hospitalar, a menor retorna ao ambulatório de
Neurologia Infantil com quadro de vômitos abundantes, diarréia aquosa não-
sanguinolenta, hipertermia, hiporexia, letargia, com fontanela anterior
deprimida, mucosa oral com saliva espessa, sem sede, lágrimas ausentes,
pulsos palpáveis de baixa amplitude, caracterizando uma desidratação grave.
Apresentava ainda sinais meníngeos (rigidez de nuca e sinal de Brudzinski).
Foi novamente internada em nosso serviço e solicitado imediatamente a
dosagem do sódio. Esta revelou sódio de 159 mmol/L, sendo procedida a
correção da desidratação. O quadro de desidratação melhorou, mas a
dosagem de sódio permaneceu elevada (191 mmol/L). Nessa ocasião, a
densidade urinária era de 1,010 e a dosagem de cloro era de 155mmol/L.
O diagnóstico para explicar os sintomas foi hipernatremia neurogênica.
Foram afastadas causas renais e endocrinológicas.
Durante o internamento, observou-se tremores, abalos e movimentos
mastigatórios freqüentes e hipertonia global cujo diagnóstico foi de crises
epilépticas. O EEG em sono nesta ocasião não registrou descargas
eletroclínicas e mostrava um ritmo de baixa voltagem na freqüência teta e
delta, com ausência do padrão do sono.
Aos nove meses de vida foi internada por apresentar crises mastigatórias
frequentes prejudicando sua alimentação. Foi então realizado EEG que não
mostrou descargas epilépticas. O diagnóstico clínico foi de estado de mal não
convulsivo por crises sutis. Foi tratada com dose de ataque de fenobarbital com
boa resposta terapêutica. Foi mantido então tratamento contínuo com
fenobarbital na dose de 3mg/kg/dia, dividido em duas tomadas.
A paciente foi reinternada com idade de um ano e dois meses com o
mesmo quadro neurológico anterior, com hipenatremia e inúmeras crises tipo
desvio tônico da cabeça, postura tônica de membro superior direito,
piscamento dos olhos e movimentos mastigatórios. O sódio estava elevado
172mmol/L.
Após correção da hidratação, houve melhora do quadro. O diagnóstico
final foi de hipernatremia neurogênica.
Do ponto de vista pediátrico a criança apresentava dificuldades para se
alimentar, com engasgos frequentes e pneumonias recorrentes. Era seguida na
pneumologia pediátrica.
Aos 6 anos de idade iniciou puberdade precoce inclusive com
menstruação irregular. Foi então encaminhada a endocrinologia pediátrica.
A paciente foi seguida regularmente na Neurologia Infantil dos 5 meses
de vida até os 12 anos de idade, quando faleceu por um quadro agudo de
pneumonia.
Do ponto de vista neurológico, sempre apresentou tetraparesia espástica
com hipotonia axial. As crises epilépticas foram parcialmente controladas.
Seu perímetro cefálico aos 12 anos de idade era de 53cm.
Quanto ao DNPM não fez aquisições neuropsicomotoras. Ainda estavam
presentes os reflexos primitivos (Moro, preensão palmar e plantar, sucção
reflexa).
Com base na história clínica, dados do exame neurológico e evolução
qual sua hipótese diagnóstica e que exames solicitaria. Os exames
diagnósticos serão apresentados após discussão clínica.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"
Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"
Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"Sandra Campos
 
Crise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plusCrise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plusLeandro Junior
 
Desnutrição protéico calórica como causa de pc relato de caso
Desnutrição protéico calórica como causa de pc   relato de casoDesnutrição protéico calórica como causa de pc   relato de caso
Desnutrição protéico calórica como causa de pc relato de casogisa_legal
 
Apresentação6 criança.ppt_
 Apresentação6 criança.ppt_ Apresentação6 criança.ppt_
Apresentação6 criança.ppt_Suelem Ribeiro
 
Abordagem da crise convulsiva 2011 4ano
Abordagem da crise convulsiva 2011 4anoAbordagem da crise convulsiva 2011 4ano
Abordagem da crise convulsiva 2011 4anoAntonio Souto
 
Consequencias do diagnostico tardio
Consequencias do diagnostico tardioConsequencias do diagnostico tardio
Consequencias do diagnostico tardioadrianomedico
 
Tratamento não cirúrgico da apneia obstrutiva do sono: uma revisão
Tratamento não cirúrgico da apneia obstrutiva do sono: uma revisãoTratamento não cirúrgico da apneia obstrutiva do sono: uma revisão
Tratamento não cirúrgico da apneia obstrutiva do sono: uma revisãolya Botler
 
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia Canina
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia CaninaCaso Clínico Veterinário: Epilepsia Canina
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia CaninaNatália Borges
 
Crises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infanciaCrises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infanciaHenrique Fiorillo
 
Apresentação Epilepsia
Apresentação EpilepsiaApresentação Epilepsia
Apresentação Epilepsiapgraca
 
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - Adriana
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - AdrianaAula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - Adriana
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - AdrianaSMS - Petrópolis
 
Convulsões na infância ufop
Convulsões na infância ufopConvulsões na infância ufop
Convulsões na infância ufopLeonardo Savassi
 

La actualidad más candente (19)

Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"
Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"
Livro "Doenças Raras e Testemunhos Reais"
 
Crise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plusCrise febril e crise febril plus
Crise febril e crise febril plus
 
Caso NEJM
Caso NEJMCaso NEJM
Caso NEJM
 
Desnutrição protéico calórica como causa de pc relato de caso
Desnutrição protéico calórica como causa de pc   relato de casoDesnutrição protéico calórica como causa de pc   relato de caso
Desnutrição protéico calórica como causa de pc relato de caso
 
Apresentação6 criança.ppt_
 Apresentação6 criança.ppt_ Apresentação6 criança.ppt_
Apresentação6 criança.ppt_
 
Uno cc febril
Uno   cc febrilUno   cc febril
Uno cc febril
 
Abordagem da crise convulsiva 2011 4ano
Abordagem da crise convulsiva 2011 4anoAbordagem da crise convulsiva 2011 4ano
Abordagem da crise convulsiva 2011 4ano
 
SAÚDE DO ADULTO I
SAÚDE DO ADULTO ISAÚDE DO ADULTO I
SAÚDE DO ADULTO I
 
8 Convuls%F5es
8 Convuls%F5es8 Convuls%F5es
8 Convuls%F5es
 
Consequencias do diagnostico tardio
Consequencias do diagnostico tardioConsequencias do diagnostico tardio
Consequencias do diagnostico tardio
 
Tratamento não cirúrgico da apneia obstrutiva do sono: uma revisão
Tratamento não cirúrgico da apneia obstrutiva do sono: uma revisãoTratamento não cirúrgico da apneia obstrutiva do sono: uma revisão
Tratamento não cirúrgico da apneia obstrutiva do sono: uma revisão
 
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia Canina
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia CaninaCaso Clínico Veterinário: Epilepsia Canina
Caso Clínico Veterinário: Epilepsia Canina
 
Crises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infanciaCrises convulsivas na infancia
Crises convulsivas na infancia
 
20 (1)
20 (1)20 (1)
20 (1)
 
Epilepsia benigna da infância
Epilepsia benigna da infânciaEpilepsia benigna da infância
Epilepsia benigna da infância
 
10 zenker
10 zenker10 zenker
10 zenker
 
Apresentação Epilepsia
Apresentação EpilepsiaApresentação Epilepsia
Apresentação Epilepsia
 
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - Adriana
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - AdrianaAula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - Adriana
Aula sobre a Síndrome de guillain barré (sgb) - Adriana
 
Convulsões na infância ufop
Convulsões na infância ufopConvulsões na infância ufop
Convulsões na infância ufop
 

Similar a Reunião anatomo-clinica sobre caso de paciente feminina com hipernatremia neurogênica

Sessão Anátomo - Clínica (Maio - 2014)
Sessão Anátomo - Clínica (Maio - 2014)Sessão Anátomo - Clínica (Maio - 2014)
Sessão Anátomo - Clínica (Maio - 2014)blogped1
 
[c7s] Doenças cromossômicas
[c7s] Doenças cromossômicas [c7s] Doenças cromossômicas
[c7s] Doenças cromossômicas 7 de Setembro
 
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNCCâncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNCLaped Ufrn
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facialblogped1
 
Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1mariacristinasn
 
QUADRIX_010_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_MASTOLOGIA.pdf
QUADRIX_010_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_MASTOLOGIA.pdfQUADRIX_010_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_MASTOLOGIA.pdf
QUADRIX_010_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_MASTOLOGIA.pdflohanaVidaurres
 
Problema 3 saude adulto UC-III 2011/01 - FM. UFMT
Problema 3 saude adulto  UC-III 2011/01 - FM. UFMTProblema 3 saude adulto  UC-III 2011/01 - FM. UFMT
Problema 3 saude adulto UC-III 2011/01 - FM. UFMTDr. João Félix Dias
 
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na ComunidadePneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidadeblogped1
 
Mononucleose Infecciosa
Mononucleose InfecciosaMononucleose Infecciosa
Mononucleose Infecciosablogped1
 
Dengue Casos Clínicos - Professor Robson
Dengue Casos Clínicos - Professor RobsonDengue Casos Clínicos - Professor Robson
Dengue Casos Clínicos - Professor RobsonProfessor Robson
 
A sistematizacao da assitencia de enfermagem em um paciente com bronquite
A sistematizacao da assitencia de enfermagem em um paciente com bronquiteA sistematizacao da assitencia de enfermagem em um paciente com bronquite
A sistematizacao da assitencia de enfermagem em um paciente com bronquiteSarinha Sousa
 
Sessão de raciocínio clínico
Sessão de raciocínio clínicoSessão de raciocínio clínico
Sessão de raciocínio clínicojaninemagalhaes
 
Coqueluche
Coqueluche  Coqueluche
Coqueluche blogped1
 
Síndromes da Deleção 13q -Relato
Síndromes da Deleção 13q -RelatoSíndromes da Deleção 13q -Relato
Síndromes da Deleção 13q -RelatoBrunno Rosique
 

Similar a Reunião anatomo-clinica sobre caso de paciente feminina com hipernatremia neurogênica (20)

Radio pronto
Radio prontoRadio pronto
Radio pronto
 
Sessão Anátomo - Clínica (Maio - 2014)
Sessão Anátomo - Clínica (Maio - 2014)Sessão Anátomo - Clínica (Maio - 2014)
Sessão Anátomo - Clínica (Maio - 2014)
 
[c7s] Doenças cromossômicas
[c7s] Doenças cromossômicas [c7s] Doenças cromossômicas
[c7s] Doenças cromossômicas
 
Crupe.pptx
Crupe.pptxCrupe.pptx
Crupe.pptx
 
4hi.pdf
4hi.pdf4hi.pdf
4hi.pdf
 
Hipotermia terapeutica
Hipotermia terapeuticaHipotermia terapeutica
Hipotermia terapeutica
 
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNCCâncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
Câncer na infância e adolescência: Tumores de SNC
 
Paralisia Facial
Paralisia FacialParalisia Facial
Paralisia Facial
 
Hipopituitarismo congênito
Hipopituitarismo congênitoHipopituitarismo congênito
Hipopituitarismo congênito
 
Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1Aula de emergencia pediatrica 1
Aula de emergencia pediatrica 1
 
QUADRIX_010_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_MASTOLOGIA.pdf
QUADRIX_010_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_MASTOLOGIA.pdfQUADRIX_010_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_MASTOLOGIA.pdf
QUADRIX_010_IAMSPE-RM-2022_Prova_Pratica_MASTOLOGIA.pdf
 
Problema 3 saude adulto UC-III 2011/01 - FM. UFMT
Problema 3 saude adulto  UC-III 2011/01 - FM. UFMTProblema 3 saude adulto  UC-III 2011/01 - FM. UFMT
Problema 3 saude adulto UC-III 2011/01 - FM. UFMT
 
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na ComunidadePneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
Pneumonias na infância: Pneumonias Adquiridas na Comunidade
 
Mononucleose Infecciosa
Mononucleose InfecciosaMononucleose Infecciosa
Mononucleose Infecciosa
 
Dengue Casos Clínicos - Professor Robson
Dengue Casos Clínicos - Professor RobsonDengue Casos Clínicos - Professor Robson
Dengue Casos Clínicos - Professor Robson
 
A sistematizacao da assitencia de enfermagem em um paciente com bronquite
A sistematizacao da assitencia de enfermagem em um paciente com bronquiteA sistematizacao da assitencia de enfermagem em um paciente com bronquite
A sistematizacao da assitencia de enfermagem em um paciente com bronquite
 
Sessão de raciocínio clínico
Sessão de raciocínio clínicoSessão de raciocínio clínico
Sessão de raciocínio clínico
 
Coqueluche
Coqueluche  Coqueluche
Coqueluche
 
Síndromes da Deleção 13q -Relato
Síndromes da Deleção 13q -RelatoSíndromes da Deleção 13q -Relato
Síndromes da Deleção 13q -Relato
 
Anamnese
AnamneseAnamnese
Anamnese
 

Más de blogped1

Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tannerblogped1
 
Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericulturablogped1
 
Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativablogped1
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...blogped1
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016blogped1
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vidablogped1
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciablogped1
 
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN blogped1
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infânciablogped1
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesblogped1
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Agudablogped1
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Mediablogped1
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016blogped1
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomablogped1
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.blogped1
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal blogped1
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitualblogped1
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...blogped1
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal blogped1
 
Picnodisostose
PicnodisostosePicnodisostose
Picnodisostoseblogped1
 

Más de blogped1 (20)

Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de TannerEstadiamento Puberal : Critérios de Tanner
Estadiamento Puberal : Critérios de Tanner
 
Roteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de PuericulturaRoteiro de Consulta de Puericultura
Roteiro de Consulta de Puericultura
 
Febre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota InformativaFebre amarela: Nota Informativa
Febre amarela: Nota Informativa
 
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
Dermatoses neonatais de importância clínica: notificação no prontuário do rec...
 
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
Internato em Pediatria I da UFRN - Relatório 2016
 
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de VidaABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
ABCDE do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) no Primeiro Ano de Vida
 
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infânciaDiagnóstico diferencial de bócio na infância
Diagnóstico diferencial de bócio na infância
 
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
PÚRPURA DE HENOCH- SCHONLEIN
 
Psoríase na infância
Psoríase na infânciaPsoríase na infância
Psoríase na infância
 
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilitiesRevised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
Revised WHO classification and treatment of childhoold pneumonia at facilities
 
Sinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana AgudaSinusite Bacteriana Aguda
Sinusite Bacteriana Aguda
 
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites MediaOtite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
Otite Média Aguda (OMA) / Acutes Otites Media
 
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
Nota informativa 149 - Mudanças no Calendário Nacional de Vacinação - 2016
 
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranulomaGiant congenital juvenile xanthogranuloma
Giant congenital juvenile xanthogranuloma
 
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
Tonsillitis in children: unnecessary laboratpry studies and antibiotic use.
 
Hipoglicemia Neonatal
Hipoglicemia  Neonatal Hipoglicemia  Neonatal
Hipoglicemia Neonatal
 
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura ConceitualSíndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
Síndromes Neurocutâneas : Revisão e Leitura Conceitual
 
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
Malformações extra-cardíacas em pacientes com cardiopatias congênitas atendid...
 
Icterícia neonatal
 Icterícia neonatal  Icterícia neonatal
Icterícia neonatal
 
Picnodisostose
PicnodisostosePicnodisostose
Picnodisostose
 

Último

Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...DL assessoria 31
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptAlberto205764
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdfMichele Carvalho
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivProfessorThialesDias
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptDaiana Moreira
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptxLEANDROSPANHOL1
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfMedTechBiz
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannRegiane Spielmann
 

Último (8)

Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
Em um local de crime com óbito muitas perguntas devem ser respondidas. Quem é...
 
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.pptHIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
HIV-Gastrointestinal....infeccao.....I.ppt
 
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
700740332-0601-TREINAMENTO-LAVIEEN-2021-1.pdf
 
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestivFisiologia da Digestão sistema digestiv
Fisiologia da Digestão sistema digestiv
 
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.pptaula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
aula entrevista avaliação exame do paciente.ppt
 
88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx88888888888888888888888888888663342.pptx
88888888888888888888888888888663342.pptx
 
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdfInteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
Inteligência Artificial na Saúde - A Próxima Fronteira.pdf
 
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane SpielmannAvanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
Avanços da Telemedicina em dados | Regiane Spielmann
 

Reunião anatomo-clinica sobre caso de paciente feminina com hipernatremia neurogênica

  • 1. REUNIÃO ANATOMO-CLÍNICA DO DEPARTAMENTO DE PEDIATRIA HOSPITAL ONOFRE LOPES - HUOL APRESENTADOR: R2 Marcelo ORIENTADOR: Professora Áurea Nogueira de Melo DATA: 29/08/2014 CASO CLÍNICO Paciente do sexo feminino de 14 meses de idade, nascida em 29/01/2003 de parto normal, via vaginal, a termo, pesando 3.260 g, estatura 51 cm, perímetro cefálico 33 cm, Apgar 9/9 nos 1º e 5º minutos de vida, respectivamente. Primeira filha de pais jovens (mãe com 15 anos e pai com 19 anos de idade), sadios e não consanguíneos. A mãe realizou todas as consultas de pré-natal, tendo como única intercorrência na gravidez uma infecção urinária tratada (mãe não soube informar qual medicamento utilizado na ocasião). O trabalho de parto não teve intercorrências e durou aproximadamente duas horas. No período pós-parto, a criança apresentou icterícia leve após 24hs de vida, não necessitando de fototerapia, sendo liberada 48 horas após o nascimento. O teste do pezinho e o TSH foram normais. Na primeira consulta em ambulatório de neurologia infantil (HOSPED), a criança tinha 05 meses de idade e a queixa principal foi atraso no desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM). A mãe relatava ainda que a criança apresentava irritabilidade com choro frequente e dificuldade para dormir. Não havia relato de crises epilépticas. O exame neurológico mostrou hipotonia axial, hipertonia apendicular, caracterizando uma tetraparesia espástica. Todos os reflexos primitivos estavam presentes (o único ausente foi a marcha reflexa). Apresentava ainda estrabismo alternante e nistagmo bilateral, reflexos profundos normais, clônus de pés bilateral, não acompanhava nem fixava objetos com o olhar, não possuía vocalização e não sorria. Não respondia aos sons altos. O perímetro craniano foi de 42,5cm e apresentava fontanela anterior ampla, normotensa e a metópica aberta. Aos 8 meses de vida, a criança foi internada na Neurologia Infantil (HOSPED) por apresentar-se anoréxica, sonolenta, com desidratação moderada, suturas coronal e metópica abertas e fontanela anterior ampla e tensa, com sinal de Brudzinski positivo e rigidez de nuca de moderada intensidade. A hipótese foi de meningite bacteriana aguda.
  • 2. O exame do LCR foi normal (incolor, aspecto límpido, 01 células/ mm3, glicose de 64mg/dL, proteínas de 26 mg/dL). Afastadas as causas infecciosas do SNC, iniciou-se a pesquisa de distúrbio eletrolítico. A dosagem inicial de sódio de 175mmol/L revelando um quadro de hipernatremia. Feita a correção com soro fisiológico a 0,9%, o nível de sódio baixou para 150mmol/L. A criança foi liberada para acompanhamento ambulatorial com a neurologia infantil e endocrinologia pediátrica. Doze dias após alta hospitalar, a menor retorna ao ambulatório de Neurologia Infantil com quadro de vômitos abundantes, diarréia aquosa não- sanguinolenta, hipertermia, hiporexia, letargia, com fontanela anterior deprimida, mucosa oral com saliva espessa, sem sede, lágrimas ausentes, pulsos palpáveis de baixa amplitude, caracterizando uma desidratação grave. Apresentava ainda sinais meníngeos (rigidez de nuca e sinal de Brudzinski). Foi novamente internada em nosso serviço e solicitado imediatamente a dosagem do sódio. Esta revelou sódio de 159 mmol/L, sendo procedida a correção da desidratação. O quadro de desidratação melhorou, mas a dosagem de sódio permaneceu elevada (191 mmol/L). Nessa ocasião, a densidade urinária era de 1,010 e a dosagem de cloro era de 155mmol/L. O diagnóstico para explicar os sintomas foi hipernatremia neurogênica. Foram afastadas causas renais e endocrinológicas. Durante o internamento, observou-se tremores, abalos e movimentos mastigatórios freqüentes e hipertonia global cujo diagnóstico foi de crises epilépticas. O EEG em sono nesta ocasião não registrou descargas eletroclínicas e mostrava um ritmo de baixa voltagem na freqüência teta e delta, com ausência do padrão do sono. Aos nove meses de vida foi internada por apresentar crises mastigatórias frequentes prejudicando sua alimentação. Foi então realizado EEG que não mostrou descargas epilépticas. O diagnóstico clínico foi de estado de mal não convulsivo por crises sutis. Foi tratada com dose de ataque de fenobarbital com boa resposta terapêutica. Foi mantido então tratamento contínuo com fenobarbital na dose de 3mg/kg/dia, dividido em duas tomadas. A paciente foi reinternada com idade de um ano e dois meses com o mesmo quadro neurológico anterior, com hipenatremia e inúmeras crises tipo desvio tônico da cabeça, postura tônica de membro superior direito, piscamento dos olhos e movimentos mastigatórios. O sódio estava elevado 172mmol/L. Após correção da hidratação, houve melhora do quadro. O diagnóstico final foi de hipernatremia neurogênica. Do ponto de vista pediátrico a criança apresentava dificuldades para se alimentar, com engasgos frequentes e pneumonias recorrentes. Era seguida na pneumologia pediátrica.
  • 3. Aos 6 anos de idade iniciou puberdade precoce inclusive com menstruação irregular. Foi então encaminhada a endocrinologia pediátrica. A paciente foi seguida regularmente na Neurologia Infantil dos 5 meses de vida até os 12 anos de idade, quando faleceu por um quadro agudo de pneumonia. Do ponto de vista neurológico, sempre apresentou tetraparesia espástica com hipotonia axial. As crises epilépticas foram parcialmente controladas. Seu perímetro cefálico aos 12 anos de idade era de 53cm. Quanto ao DNPM não fez aquisições neuropsicomotoras. Ainda estavam presentes os reflexos primitivos (Moro, preensão palmar e plantar, sucção reflexa). Com base na história clínica, dados do exame neurológico e evolução qual sua hipótese diagnóstica e que exames solicitaria. Os exames diagnósticos serão apresentados após discussão clínica.