1. O documento discute os modismos na adoração e no louvor cristão, identificando suas características e causas.
2. São apontados três causas principais dos modismos no louvor da igreja hoje: a busca pelo ineditismo alimentado pelas redes sociais; a mercantilização da música gospel; e a falta de criatividade e inspiração em muitas canções devido à comercialização da fé.
3. Os modismos na adoração são prejudiciais porque tiram a glória de Deus e direcionam
1. Data:18dedEZEMBROde2016
MODISMOS NA ADORAÇÃO E
NO LOUVOR
Lição 124º trimestrede 2016
Título: Em Espírito e em
verdade — A essência da
adoração cristã
Comentarista:
Thiago Brazil
EM ESPÍRITO E
EM VERDADE
2. TextodoDia
“Retendo firme a fiel palavra,
que é conforme a doutrina,
para que seja poderoso, tanto
para admoestar com a sã
doutrina como para convencer
os contradizentes” (Tt 1.9).
5. Agendadeleitura
SEGUNDA — Jz 2.12
O modismo espiritual ainda no AT
TERÇA — Ap 2.14
O tortuoso caminho de Balaão
QUARTA — Jd 4
Os falsos profetas e seus falsos ensinos
QUINTA — Ef 4.14
Cuidado com as novidades doutrinárias
SEXTA — Tt 1.16
O comportamento daqueles que introduzem modismos
SÁBADO — 2Jo 10
Como lidar com os falsos mestres
6. Objetivos
IDENTIFICAR as
características dos
falsos mestres
conforme o texto de 2
Pedro;
ANALISAR as causas e
efeitos dos modismos
na adoração;
IDENTIFICAR as três
causas dos modismos
no louvor da igreja
hoje.
7. TextoBíblico
2 Pedro 2.1,13-19.
1 — E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores,
que introduzirão encobertamente heresias de perdição e negarão o Senhor que os resgatou,
trazendo sobre si mesmos repentina perdição.
13 — recebendo o galardão da injustiça; pois que tais homens têm prazer nos deleites cotidianos;
nódoas são eles e máculas, deleitando-se em seus enganos, quando se banqueteiam convosco;
14 — tendo os olhos cheios de adultério e não cessando de pecar, engodando as almas
inconstantes, tendo o coração exercitado na avareza, filhos de maldição;
15 — os quais, deixando o caminho direito, erraram seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor,
que amou o prêmio da injustiça.
16 — Mas teve a repreensão da sua transgressão; o mudo jumento, falando com voz humana,
impediu a loucura do profeta.
17 — Estes são fontes sem água, nuvens levadas pela força do vento, para os quais a escuridão das
trevas eternamente se reserva;
18 — porque, falando coisas mui arrogantes de vaidades, engodam com as concupiscências da
carne e com dissoluções aqueles que se estavam afastando dos que andam em erro,
19 — prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos da corrupção. Porque de quem
alguém é vencido, do tal faz-se também servo.
8. Introdução
Vivemos numa sociedade fluida. Prega-se que ao invés de valores e princípios
— fixos e tradicionais — deve-se optar por tendências e modas — efêmeras e
midiáticas. Essa tendência que se instaurou na sociedade contemporânea tem
forte repercussão no campo religioso, especialmente quanto ao
desenvolvimento do louvor e da adoração. A lógica do “faça rápido”, do “quem
não aparece não é lembrando”, do “falem bem ou falem mal, mas falem de
mim” invadiu o território sagrado da espiritualidade, transformando nossos
adoradores em pop-stars e os cultos em “agendas” comerciais. A simplicidade e
discrição, própria do cristianismo, foi substituída pelo glamour e pela
midiaticidade. Todos querem ser notícia, cantar a música do momento, ir ao
show de um ídolo. Parece que a mesma máquina de fazer dinheiro que impera
no meio artístico de um modo geral, invadiu o segmento “gospel”. Em nome de
Mamom, Jesus é preterido.
9. I – A DENUNCIA DE PEDRO COMO ALERTA PARA NOSSOS DIAS
10. Os falsos profetas.
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A preocupação de Pedro, que em grande parte é a preocupação de vários
profetas ainda no Antigo Testamento, era a de que uma falsa liderança se
levantasse sobre o povo de Deus distorcendo os ensinamentos de Cristo (Dt
13.1-18; Jr 23.9-15; Ez 12.21-28). As pessoas que Pedro denunciava, já
naquela época, possuem, ainda hoje, uma série de características perigosas
e identificadoras de suas más intenções: São avarentos e gananciosos (2Pe
2.3). Desejam fazer do povo de Deus mercadoria para negócio; são rebeldes
e incapazes de obedecer às autoridades (v.10); são irracionalmente
pragmáticos (vv.12,13), só pensam nos resultados imediatos, ainda que para
isso acabem com princípios espirituais; são cheios de pecados sexuais, a
mente, o coração e os olhos deles são dominados por adultérios (vv.14,15).
11. O culto defendido pelos falsos doutores em 2 Pedro.
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Segundo os falsos mestres que Pedro denuncia, a vida do cristão não
precisa ter grandes mudanças, libertação de pecados. Basta que ele
permaneça como está, pois isso é ser livre. Mas como Pedro denuncia,
esse discurso de falsa liberdade é a fonte de escravidão e dissolução
daqueles que deveriam afastar-se do mal (vv.18,19). Seguindo a
retórica falaciosa do princípio de que é “Proibido proibir!”, aquilo que
deveria ser adoração torna-se profanação, e o que deveria ser louvor
constitui-se escândalo. A promiscuidade é travestida de liberdade, e
assim permite-se tudo para manter um grupo frequentando a igreja (Gl
5.13). O Evangelho é emudecido e só há espaço para discursos de
autojustificação dos excentrismos, dos pecados e da falta de
transformação.
12.
13.
14. Este “evangelho” mudou tanto que não muda ninguém!
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Pedro, como verdadeiro profeta, já denunciava há quase dois mil anos que
em tempos de crise desenvolver-se-ia um tipo de cristianismo que, de tão
similar às práticas pecaminosas da sociedade sem Deus, não faria diferença
alguma na vida das pessoas. A metáfora que o apóstolo usa no versículo 22 é
extraída de Provérbios 26.11, e tem como finalidade demonstrar a ineficácia
de uma espiritualidade que não liberta as pessoas. Esse tipo de “evangelho”
é uma farsa, não transforma vidas, apenas as “embeleza” exteriormente
para que mais tarde elas voltem a pecar, e mais uma vez retornem para a
farsa religiosa, sem arrependimentos, apenas com culpas. Essa é a lógica
perversa do “cristianismo sem Cristo”, um ciclo de pecado, falso perdão,
novo pecado, novo falso perdão... Seguir a Cristo é um processo de escolha,
renúncia e perseverança (Mt 16.24).
Sem
mudança
15.
16. As igrejas do “Pode-tudo” sempre são
as mais cheias, as que mais aparecem
na mídia, são as igrejas do momento.
Todavia, os consumidores religiosos
destes “armazéns da fé” são sempre
muito inquietos, trocam
constantemente de “fornecedor”. Não
abandone sua congregação. Não siga a
moda, siga a Cristo.
17. Que o Senhor Jesus nos
dê cada vez mais
discernimento para
sermos capazes de
diferençar os
verdadeiros servos de
Deus, dos mercenários
que desejam apenas o
poder.
19. Como se formam os modismos no mundo gospel?
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Definimos como “modismo” todo tipo de comportamento ou atitude que as
pessoas simplesmente reproduzem, sem uma reflexão prévia. É “moda”
porque faz sucesso, porque chama a atenção. Na atualidade, boa parte dos
modismos são reproduzidos por meio dos mecanismos de comunicação em
massa, especialmente pela internet e por seus sites ou aplicativos de
compartilhamento de informações. A força dos modismos está na falsa
sensação de ineditismo que eles causam. Numa sociedade das coisas
supérfluas, as pessoas não gostam de repetir experiências, por isso, até em
sua vida espiritual procuram vivências novas, diferentes. Partindo deste
princípio é que o modismo atinge outro ponto central para sua
reprodutibilidade: o narcisismo. Quem faz algo novo torna-se o centro das
atenções, e infelizmente muitas pessoas não estão em busca de uma
adoração verdadeira, mas de tornarem-se celebridades.
20.
21. As modas na adoração.
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Os modismos na adoração são cíclicos, vão e vêm, sempre
obedecendo ao princípio do ineditismo que alimenta o
narcisismo. Tais modismo, de um modo geral, tiram a glória que
pertence a Deus e direcionam a uma pessoa ou objeto (Êx 32.4;
Ap 13.4). Daí temos as orações pelos copos com água ou pelas
Carteiras de Trabalho; os tapetes ungidos; as vigílias centradas no
número sete, etc. Existe a moda dos acontecimentos
sobrenaturais no culto: todo culto alguém tem que cair; alguém
rodopia; alguém marcha no poder. Acontecimentos que, se
fossem ações de fato espirituais, deveriam ser episódicos e não
programados.
22. Os efeitos dos modismos na adoração.
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Os efeitos destes comportamentos são terríveis para o desenvolvimento de
uma igreja: as pessoas não amadurecem espiritualmente (Hb 5.12), há um
excesso de meninices (1Co 14.20), são facilmente enganadas por falsos
obreiros (2Tm 3.13). É celebrado o culto, mas Cristo não é adorado (Mt 7.20-
23). O que se faz pode-se chamar de adoração extravagante — onde pessoas
gritam, choram jogam-se ao chão —, ou ainda de culto das primícias, do
pentecostes — cheio de símbolos judaicos: shofar, candelabro, palavras em
hebraico e ofertas em dinheiro —, todavia não são momentos de adoração,
pois o simples nome não define uma celebração como verdadeira adoração.
Pessoas que entram pelo caminho da falsa adoração enveredam por uma
trajetória de ilusão, sofrimento e frustração (Cl 2.4,8,16).
23. Os modismos na adoração são
prejudiciais à Igreja, pois tiram a
glória que pertence a Deus e
direcionam a uma pessoa.
24. Ser narcisista é tornar a
si mesmo como objeto
de adoração e
veneração; para um
narcisista ninguém é
melhor que ele,
somente ele é digno dos
holofotes, aplausos e
olhares.
26. Muita repetição e pouca música.
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O louvor é algo intimamente ligado a construção do povo de Deus. Os judeus
possuem uma vasta coletânea de salmos, já a Igreja Primitiva possuía um
conjunto de hinos públicos. Para o desenvolvimento deste repertório musical
foi necessário muita inspiração e dedicação. Infelizmente hoje, uma parte
das canções que cantamos na Igreja são plágios explícitos de músicas
seculares; outras canções, apesar de inéditas, são compostas de tão poucos
versos que é necessário repeti-la várias e várias vezes. Há ainda uma grave
pobreza de conteúdo, canções que falam apenas de vitória, depois de vitória
e no fim de vitória; temas repetitivos, estruturas poético-musicais
paupérrimas. Quando lemos o Salmo 119, ou mesmo um cântico como o de
Romanos 8.31-39, pode-se perceber que a inspiração de Deus é infinita e a
riqueza de temas e assuntos é inesgotável. Cabe àquele que se dedica ao
louvor que o faça com empenho e humildade.
27. A “indústria do louvor”.
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No final da década de 90 e início dos anos 2000, concretizou-se a guinada
descendente da indústria fonográfica. Com a popularização dos aparelhos de
reprodução de CD's e da internet, os grandes selos musicais entraram em
decadência. Contudo, os empresários do entretenimento musical logo
perceberam que o segmento evangélico, por seus princípios éticos,
continuava consumindo os CD's e DVD's de seus cantores. A indústria da
música passou a contratar e gravar música gospel, que antes era preterida.
Nossos irmãos tornaram-se artistas, suas músicas, as capas de seus CD's e
seus shows tornaram-se plágios do mercado secular. Não houve apenas uma
profissionalização do louvor, desenvolveu-se uma mercantilização da fé.
Hoje há artista gospel em comícios de políticos, em programas de TV com
baixa audiência, músicas como trilha sonora de novelas. E não foi para a
glória de Deus, e sim, para o enriquecimento de alguém.
28. Por que falta criatividade e inspiração
em muitas canções evangélicas hoje?
Se Deus não mudou, a resposta só
pode ser uma: o louvor tem deixado de
ser um ministério, serviço, para ser
uma indústria, um negócio, com
prazos, valores e lucros. A
“comercialização da fé” nunca será
abençoada por Deus.
29. Todo obreiro é digno do seu
salário. Aquele que faz a
obra de Deus com
dedicação e esmero deve
ser reconhecido, em todas
as áreas, por seu empenho.
Todavia, é a lógica
perversa do acúmulo de
riqueza que faz com que
muitos de nossos irmãos
trabalhem muito, para
enriquecer a outros.
30. Só existe oferta porque há mercado. Só existe artista
porque há plateia. A adoração e o louvor
obedecerão tanto mais os modismos do
entretenimento secular quanto nós, em nossas
igrejas, aceitarmos, comprarmos e reproduzirmos
esses comportamentos decadentes. Só há um modo
de retornarmos a essência da adoração:
apresentando nossa adoração como puro louvor,
nosso louvor como desinteressada adoração.
CONCLUSÃO
31. Horadarevisão
1. Quais as principais características dos falsos profetas, que ensinam uma falsa adoração?
São avarentos e gananciosos; são rebeldes e incapazes de obedecer às autoridades; são irracionalmente
pragmáticos; são cheios de pecados sexuais.
2. O que acontecerá se nossa espiritualidade tornar-se um “cristianismo sem Cristo”?
Tornar-se-á um ciclo de pecado, falso perdão, novo pecado, novo falso perdão, sem qualquer encontro genuíno com
Cristo.
3. Apresente uma definição para “modismo”.
É todo tipo de comportamento ou atitude que as pessoas simplesmente reproduzem, sem uma reflexão prévia.
4. Quais as principais consequências dos modismos na adoração?
As pessoas não amadurecem espiritualmente, há um excesso de meninices, são facilmente enganadas por falsos
obreiros. É celebrado o culto, mas Cristo não é adorado.
5. Quais as três causas que explicam o surgimento dos modismos no campo do louvor?
Falta de inspiração, pouca criatividade, industrialização do louvor.