1. Jacques-Henri Lartigue
Por Bruna Batista
Fotografia Editorial 2015/1
Curso Superior de Tecnologia em Fotografia / ULBRA
Professor Fernando Pires
2. Nascido em uma família da alta burguesia parisiense, Jacques Henri
Lartigue (1894-1986) foi criado com grande liberdade: ele jamais foi à escola, teve
pouco contato com o exército e com a guerra e não foi submetido a qualquer pressão
profissional. Com oito anos, Lartigue ganhou de seu pai a sua primeira câmera
fotográfica (13 x 18, em madeira) e, até os seus 92 anos, colecionaria com
obstinação os instantes de sua vida, conservados em 135 álbuns diagramados por
ele mesmo.
Reconhecido tardiamente como um dos maiores fotógrafos do século XX,
foi como amador que Lartigue praticou a fotografia, em forma de crônica íntima, um
testemunho deslumbrante do mundo que o cercava.
Em 1910 começou a fotografar as “elegantes”, mulheres belas que
desfilam seus trajes novos regularmente na avenida do Bosque de Boulogne, em
Paris, e no hipódromo de Auteil.
Lartigue desejaria, durante toda a sua vida, ser visto como um amador: ele
reivindica esse status argumentando que, se pratica assiduamente a fotografia,
dedica também seus dias à escrita e à pintura. Obteve certa notoriedade como pintor
nos anos 1920-1930, mas somente após a modesta exposição consagrada a ele no
Museu de Arte Moderna de Nova York, em 1963, o reconhecimento de seu “gênio”
como fotógrafo – para seu espanto – se difundiria pelo mundo inteiro.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
10. Cecil Beaton
Por Bruna Batista
Fotografia Editorial 2015/1
Curso Superior de Tecnologia em Fotografia / ULBRA
Professor Fernando Pires
11. Nascido em 1904, em Londres, Cecil Beaton foi um fotógrafo e artista
multitalentoso que atuou em diversos segmentos, entre eles design, cenografia e
ilustração. Ainda assim, foi seu trabalho no campo da fotografia que o tornou
mundialmente conhecido. Especializou-se em três grandes áreas: fotografia de
moda, fotojornalismo e retrato.
O interesse por fotografia surgiu ainda na infância, quando admirava as
imagens de artistas e socialites publicadas nos suplementos dominicais de jornais.
Quando ganhou sua primeira câmera, aos 11 anos, sua babá o mostrou como utilizá-
la e o ensinou a revelar os filmes. A partir daí, ele passou a vestir e dirigir suas irmãs
para clicá-las de acordo com a estética dos retratos que amava. Antes de
profissionalizar-se como fotógrafo, estudou História, Arte e Arquitetura em
Cambridge.
Na década de 1920, Beaton começou a trabalhar para as revistas Vanity
Fair e Vogue. Em 1937, foi nomeado o fotógrafo oficial da Família Real inglesa,
sendo chamado pelo Ministério Britânico de Informação pouco depois para servir
durante a Segunda Guerra Mundial. Após a guerra, retornou ao seu trabalho anterior,
mas seu estilo se tornou bem menos extravagante. Distanciando-se desse ofício,
começou a desenhar figurinos e cenários para cinema e teatro, ganhando o Oscar
por seu trabalho como figurinista nos filmes Gigi (1958) e My Fair Lady (1964). Este
último lhe rendeu, também, uma estatueta pela direção de arte.O resultado poderia
ser exótico ou bizarro, mas sempre tinha requinte.
Beaton faleceu em 1980, já condecorado como cavaleiro britânico. Um ano
antes, seus diários pessoais foram publicados em um livro.