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Reanimação Neonatal/2010

KELSON R. FERRARINI
O nascimento é o evento mais perigoso com o qual o
ser humano se defronta durante toda a sua existência.
É neste contexto que as considerações serão
colocadas,
trazendo
as
renovações
com
embasamento científico para substituir as velhas
práticas (Guinsburg R, 2006)
RESIDENCIA MÉDICA H.U.RM

 
Reanimação Neonatal
 Cerca de 5 a 10% dos recém-nascidos (RN)

têm dificuldades durante a transição da vida
intra-uterina para a vida neonatal e requerem
algum tipo de reanimação na sala de parto.
Reanimação Neonatal
 Fatores decisivos:
1) Previnir Asfixia –
consequências
futuras
2) Preparo adequado
do material e do
pessoal
Anamnese Materna
•

Problemas pré-natais:

- Ausência de pré-natal
- Idade materna <16 e
>35
- Prematuridade
- Hipertensão Arterial e
DHEG
- Diabetes gestacional
- Doenças maternas
crônicas

-

Uso de drogas
Isoimunização Rh
Amniorrexe prematura
Infecções maternas
Gestação múltipla
Malformações fetais
Pós-maturidade
Oligo ou polidrâmnio
Reanimação Neonatal
• Problemas no Trabalho de
parto e Parto:
-

LA Meconial
Amniorrexe prolongada
Corioamnionite
Apresentações anômalas
TP prolongado

- Prolapso de cordão
- Administração de
opióides
- Descolamento
prematuro de placenta
- Anestesia Geral
Material
•
•
•
•
•
•
•
•
•

Fonte de calor
Fonte de oxigênio
Aspirador a vácuo
Sondas Traqueais
Adaptador para
aspiração de mecônio
Ambú
Máscaras para RNT e
PT
Laringoscópio
Cânulas Traqueais

• Esparadrapo
• Drogas – Adrenalina,
bicarbonato,
expansores de volume
• Seringas e agulhas
• Água destilada
• Luvas e gazes estéreis
• Lâmina de bisturi
• Estetoscópio
• Fios ou cadarço
umbilical
•CFR
Reanimação Neonatal
• O sucesso da reanimação depende da
previsão, do reconhecimento imediato do RN
que necessita ser reanimado e do início
rápido das manobras de reanimação.
• Uma reanimação demorada ou ineficaz pode
tornar demorada a própria reanimação e
aumentar o risco de lesões.
Passos Iniciais
1) Prevenir a perda de
calor
- Após recepcionar o
RN em campos
estéreis e aquecidos,
colocá-lo, na posição
supina, com ligeiro
cefalo-declive, sob
calor radiante.
Passos Iniciais
2) Manter as vias aéreas pérvias:
- Posicionamento adequado do RN
com leve extensão do pescoço;
- O uso de coxim é opcional.
Passos Iniciais
• Aspiração da boca e, depois das narinas – a
sucção vigorosa e prolongada pode produzir
reflexo vagal com bradicardia e/ou apnéia
• Se houver mecônio no LA (líquido amniótico)
pode ser necessária a aspiração traqueal sob
visualização direta
Passos Iniciais
3) Secar e remover os
campos úmidos
4) Avaliar as condições do
paciente
- Respiração
- Frequência cardíaca
- Cor (valorizar
cianose central)
Nesta primeira etapa da reanimação devem
ser gastos, no máximo 30 segundos.
Boletim de Apgar
0

1

2

FC

Ausente

<100

>100

Respiração

Ausente

Irregular

Choro forte

Tônus

Flácido

Alguma flexão

Bom

Reflexos

Ausente

Alguns
movimentos

Espirros

Cianose/
palidez

Acrocianose

Róseo

(estímulo nasal)

Cor
Reanimação neonatal
•
1)
2)
3)

Avaliação do RN:
Respiração
Frequência cardíaca
Cor
Reanimação Neonatal
Oferta de oxigênio:
 O2 inalatório
 Cateter 5l/min

 Ventilação com pressão
positiva com máscara
ou tubo traqueal
Reanimação neonatal
• Indicação de VPP:
Ventilação com Pressão
Positiva
V.P.P
• Fazer na frequência de 40 a 60
movimentos/minuto
• Observação contínua da caixa torácica
• Se movimentos respiratórios
espontâneos e FC>100:

– Interromper VPP e oferecer O2 5L/min por
cateter
Indicações de Intubação
Traqueal
1) Bebê deprimido banhado em LAM
2) Ventilação com balão e máscara prolongada
ou ineficaz
3) Hérnia diafragmática
4) Quando é necessária a realização de
massagem cardíaca ou administração de
drogas
5) PT < 1250g para administração de
surfactante pulmonar
Intubação Traqueal
•
-

Material:
Laringoscópio com lâminas retas 0 e 1
Cânulas traqueais nºs 2,5; 3; 3,5 e 4
Material para aspiração
Esparadrapo – “Bigode”
Estetoscópio
Intubação Traqueal
L.A.M
• Líquido amniótico fluido com RN com
boa respiração e FC > 100 :
– fazemos procedimento de rotina

• Líquido amniótico espesso com apnéia
ou irregularidade respiratória ou
FC<100:
– aspiração traqueal (cânula +aspirador de
mecônio)
Indicação de Massagem
Cardíaca
• A bradicardia neonatal é, em geral,
resultado da expansibilidade pulmonar
insuficiente e hipoxemia acentuada
• A M.C só está indicada se após 30
segundos de VPP o RN apresentar FC
< 60 bpm
Técnica da M.C

•
•
•

VPP + massagem 1:3
1 minuto: 90 M.C + 30 VPP
Interromper M.C: F.C >60

•
•
•

Terço inferior do esterno
Poupa-se apêndice xifóide
Profundidade 1/3 ant-post tórax
Medicações
• O uso de medicações na reanimação
neonatal é excepcional, desde que a
ventilação e M.C sejam realizadas de
forma efetiva.
• Vias:
– traqueal,
– veia umbilical (via preferencial)
– intra-óssea
Medicações
• Indicação:

– FC< 60 apesar de VPP 30” + M.C
(adrenalina)

• Drogas usada intra tubo:

– “ANEL”
– Atropina, naloxone, epinefrina, lidocaina
– Administrar via seringa e ventilar depois
Adrenalina
• Dose: 0,1-0,3 mL/kg/dose da solução a
1/10.000 (0,01 – 0,03 mg/kg)-diluição em soro
fisiológico e NÃO EM ÁGUA DESTILADA
por via endotraqueal (UMA ÚNICA VEZ) e a
seguir, se necessário, endovenosa
(0,1 a 0,3 mL/kgdose)
• Repetir EV cada 3 a 5”
Expansores de volume
•
•
•
•

Solução fisiológica ou Ringer lactato
Volume: 10ml/kg em 5 a 10 minutos
Veia umbilical
Suspeita de hipovolemia
BICARBONATO DE
SÓDIO
• Uso controverso na reanimação
• Utilizado na reanimação prolongada
quando o Rn não responder a outras
medidas terapêuticas
• Solução 4,2% (0,5meq/ml) : usar 1 a
2meq/kg lentamente
Naloxone
• Antagonista opióide
• Depressão respiratória do RN se mãe
usou opióides ou derivados 4h antes do
parto
• Solução 0,4mg/ml: usar 0,1mg/kg
REANIMAÇÃO PROLONGADA
 
Na reanimação prolongada, verificar
sempre a efetividade das técnicas. Se o RN
persistir ruim, considerar malformações de vias
aéreas, pulmonares, pneumotórax, hérnia
diafragmática, cardiopatia congênita.
Não reanimar:
-IG < 23 sem
-Peso < 400g
-Diagnóstico de anencefalia, trissomia 13e 18
-Após 15 minutos de procedimento
-10 minutos de assistolia
Considerações
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Preparar material
Fonte de calor ligada
Aspirar boca/nariz sonda 8(RNT) ou 6(RNPT)
Secar
Trocar campos
Cortar cordão umbilical 2 a 3 cm
Permeabilidade narinas
Aspirar conteúdo gástrico >seringa de 20 ml
Permeabilidade de anal 2 a 3cm
Avaliar mal-formações( cardícaca, neurológica, TGI, síndromes)
Carimbar pé direito e polegar direito da mãe
Colocar pulseiras mão/pé controlateral
Envolver RN e colocar touca
Mostrar a mãe
Colocar ao seio materno
Prescrição
•
•
•
•
•
•
•

1) leite materno livre demanda
2)alojamento conjunto/berço simples
3)kanakion 1mg IM 1x
4)primeira dose da vacina hepatite B
5) credê nos olhos (somente de P.N)
6) alcool 70% no coto umbilical
7) CCGG + SSVV
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Reanimao%20 neonatal[1]

  • 1. Reanimação Neonatal/2010 KELSON R. FERRARINI O nascimento é o evento mais perigoso com o qual o ser humano se defronta durante toda a sua existência. É neste contexto que as considerações serão colocadas, trazendo as renovações com embasamento científico para substituir as velhas práticas (Guinsburg R, 2006) RESIDENCIA MÉDICA H.U.RM  
  • 2. Reanimação Neonatal  Cerca de 5 a 10% dos recém-nascidos (RN) têm dificuldades durante a transição da vida intra-uterina para a vida neonatal e requerem algum tipo de reanimação na sala de parto.
  • 3. Reanimação Neonatal  Fatores decisivos: 1) Previnir Asfixia – consequências futuras 2) Preparo adequado do material e do pessoal
  • 4. Anamnese Materna • Problemas pré-natais: - Ausência de pré-natal - Idade materna <16 e >35 - Prematuridade - Hipertensão Arterial e DHEG - Diabetes gestacional - Doenças maternas crônicas - Uso de drogas Isoimunização Rh Amniorrexe prematura Infecções maternas Gestação múltipla Malformações fetais Pós-maturidade Oligo ou polidrâmnio
  • 5. Reanimação Neonatal • Problemas no Trabalho de parto e Parto: - LA Meconial Amniorrexe prolongada Corioamnionite Apresentações anômalas TP prolongado - Prolapso de cordão - Administração de opióides - Descolamento prematuro de placenta - Anestesia Geral
  • 6. Material • • • • • • • • • Fonte de calor Fonte de oxigênio Aspirador a vácuo Sondas Traqueais Adaptador para aspiração de mecônio Ambú Máscaras para RNT e PT Laringoscópio Cânulas Traqueais • Esparadrapo • Drogas – Adrenalina, bicarbonato, expansores de volume • Seringas e agulhas • Água destilada • Luvas e gazes estéreis • Lâmina de bisturi • Estetoscópio • Fios ou cadarço umbilical
  • 7.
  • 8.
  • 10.
  • 11. Reanimação Neonatal • O sucesso da reanimação depende da previsão, do reconhecimento imediato do RN que necessita ser reanimado e do início rápido das manobras de reanimação. • Uma reanimação demorada ou ineficaz pode tornar demorada a própria reanimação e aumentar o risco de lesões.
  • 12. Passos Iniciais 1) Prevenir a perda de calor - Após recepcionar o RN em campos estéreis e aquecidos, colocá-lo, na posição supina, com ligeiro cefalo-declive, sob calor radiante.
  • 13. Passos Iniciais 2) Manter as vias aéreas pérvias: - Posicionamento adequado do RN com leve extensão do pescoço; - O uso de coxim é opcional.
  • 14.
  • 15. Passos Iniciais • Aspiração da boca e, depois das narinas – a sucção vigorosa e prolongada pode produzir reflexo vagal com bradicardia e/ou apnéia • Se houver mecônio no LA (líquido amniótico) pode ser necessária a aspiração traqueal sob visualização direta
  • 16.
  • 17.
  • 18.
  • 19. Passos Iniciais 3) Secar e remover os campos úmidos 4) Avaliar as condições do paciente - Respiração - Frequência cardíaca - Cor (valorizar cianose central) Nesta primeira etapa da reanimação devem ser gastos, no máximo 30 segundos.
  • 20.
  • 21.
  • 22. Boletim de Apgar 0 1 2 FC Ausente <100 >100 Respiração Ausente Irregular Choro forte Tônus Flácido Alguma flexão Bom Reflexos Ausente Alguns movimentos Espirros Cianose/ palidez Acrocianose Róseo (estímulo nasal) Cor
  • 23. Reanimação neonatal • 1) 2) 3) Avaliação do RN: Respiração Frequência cardíaca Cor
  • 24.
  • 25. Reanimação Neonatal Oferta de oxigênio:  O2 inalatório  Cateter 5l/min  Ventilação com pressão positiva com máscara ou tubo traqueal
  • 28. V.P.P • Fazer na frequência de 40 a 60 movimentos/minuto • Observação contínua da caixa torácica • Se movimentos respiratórios espontâneos e FC>100: – Interromper VPP e oferecer O2 5L/min por cateter
  • 29. Indicações de Intubação Traqueal 1) Bebê deprimido banhado em LAM 2) Ventilação com balão e máscara prolongada ou ineficaz 3) Hérnia diafragmática 4) Quando é necessária a realização de massagem cardíaca ou administração de drogas 5) PT < 1250g para administração de surfactante pulmonar
  • 30. Intubação Traqueal • - Material: Laringoscópio com lâminas retas 0 e 1 Cânulas traqueais nºs 2,5; 3; 3,5 e 4 Material para aspiração Esparadrapo – “Bigode” Estetoscópio
  • 32. L.A.M • Líquido amniótico fluido com RN com boa respiração e FC > 100 : – fazemos procedimento de rotina • Líquido amniótico espesso com apnéia ou irregularidade respiratória ou FC<100: – aspiração traqueal (cânula +aspirador de mecônio)
  • 33. Indicação de Massagem Cardíaca • A bradicardia neonatal é, em geral, resultado da expansibilidade pulmonar insuficiente e hipoxemia acentuada • A M.C só está indicada se após 30 segundos de VPP o RN apresentar FC < 60 bpm
  • 34. Técnica da M.C • • • VPP + massagem 1:3 1 minuto: 90 M.C + 30 VPP Interromper M.C: F.C >60 • • • Terço inferior do esterno Poupa-se apêndice xifóide Profundidade 1/3 ant-post tórax
  • 35. Medicações • O uso de medicações na reanimação neonatal é excepcional, desde que a ventilação e M.C sejam realizadas de forma efetiva. • Vias: – traqueal, – veia umbilical (via preferencial) – intra-óssea
  • 36. Medicações • Indicação: – FC< 60 apesar de VPP 30” + M.C (adrenalina) • Drogas usada intra tubo: – “ANEL” – Atropina, naloxone, epinefrina, lidocaina – Administrar via seringa e ventilar depois
  • 37. Adrenalina • Dose: 0,1-0,3 mL/kg/dose da solução a 1/10.000 (0,01 – 0,03 mg/kg)-diluição em soro fisiológico e NÃO EM ÁGUA DESTILADA por via endotraqueal (UMA ÚNICA VEZ) e a seguir, se necessário, endovenosa (0,1 a 0,3 mL/kgdose) • Repetir EV cada 3 a 5”
  • 38. Expansores de volume • • • • Solução fisiológica ou Ringer lactato Volume: 10ml/kg em 5 a 10 minutos Veia umbilical Suspeita de hipovolemia
  • 39. BICARBONATO DE SÓDIO • Uso controverso na reanimação • Utilizado na reanimação prolongada quando o Rn não responder a outras medidas terapêuticas • Solução 4,2% (0,5meq/ml) : usar 1 a 2meq/kg lentamente
  • 40. Naloxone • Antagonista opióide • Depressão respiratória do RN se mãe usou opióides ou derivados 4h antes do parto • Solução 0,4mg/ml: usar 0,1mg/kg
  • 41. REANIMAÇÃO PROLONGADA   Na reanimação prolongada, verificar sempre a efetividade das técnicas. Se o RN persistir ruim, considerar malformações de vias aéreas, pulmonares, pneumotórax, hérnia diafragmática, cardiopatia congênita. Não reanimar: -IG < 23 sem -Peso < 400g -Diagnóstico de anencefalia, trissomia 13e 18 -Após 15 minutos de procedimento -10 minutos de assistolia
  • 42. Considerações • • • • • • • • • • • • • • • Preparar material Fonte de calor ligada Aspirar boca/nariz sonda 8(RNT) ou 6(RNPT) Secar Trocar campos Cortar cordão umbilical 2 a 3 cm Permeabilidade narinas Aspirar conteúdo gástrico >seringa de 20 ml Permeabilidade de anal 2 a 3cm Avaliar mal-formações( cardícaca, neurológica, TGI, síndromes) Carimbar pé direito e polegar direito da mãe Colocar pulseiras mão/pé controlateral Envolver RN e colocar touca Mostrar a mãe Colocar ao seio materno
  • 43. Prescrição • • • • • • • 1) leite materno livre demanda 2)alojamento conjunto/berço simples 3)kanakion 1mg IM 1x 4)primeira dose da vacina hepatite B 5) credê nos olhos (somente de P.N) 6) alcool 70% no coto umbilical 7) CCGG + SSVV