Este documento descreve a vida e ações heroicas de Aristides de Sousa Mendes, um diplomata português que salvou milhares de vidas judias durante a Segunda Guerra Mundial ao assinar vistos em Bordeaux desobedecendo as ordens de Salazar. Apesar de salvar muitas vidas, Aristides foi demitido do serviço e viveu em pobreza. Só décadas depois foi reconhecido como herói em Portugal.
2. O tema é a vida de Aristides de Sousa Mendes, foi escolhido devido à sua extraordinária história de vida. Neste trabalho pretendo dar a conhecer a sua vida com o objectivo de demonstrar a sua grandiosa bondade. Para quem já conhece a história de vida de Aristides bastaria apenas esta frase para o definir : “ Sacrificou tudo para os salvar a todos.” Introdução
4. Aristides de Sousa Mendes nasceu a 19 de Julho de 1885 na localidade de Cabanas de Viriato e licenciou-se em direito. Apoiou e serviu o regime ditatorial, recebendo várias vezes louvores de Salazar. Morreu em 1954 com imensas dificuldades financeiras. Foi o presidente Mário Soares em 1987 que lhe atribuiu o título póstumo, a «Ordem da Liberdade». Só em 1989 repararam a grave injustiça que lhe tinha sido feita reentregando-o no serviço diplomático.
5. Aristides foi homenageado em Bourdéus Com o seu destino ligado a dezenas de milhares de pessoas desaparecidas. Demasiado emotivo e de carácter impulsivo , o que muitos consideravam como defeito na personalidade de um diplomata. Sacrificou tudo o que amava a família ; a carreira ; o futuro dos filhos ; por estranhos de quem sentiu pena. Aristides de Sousa Mendes era um digno diplomata.
6. Aristides Aristides de Sousa Mendes, o cônsul português em Bordéus contrariou as ordens de Salazar e assinou vistos para fugitivos. Com isso conseguiu salvar milhares de vidas antes de ser afastado do cargo pelo ditador. Mesmo depois de Salazar proibir todo o corpo diplomático Português, de conceder vistos a várias categorias de pessoas, Aristides continuou a faze-lo desrespeitando totalmente a circular enviada por Salazar. Passou vistos a toda a gente que lho solicitou. Já só quando não teve mais hipóteses de transgressão é que regressou a Portugal. Mas já tinha salvo milhares de vidas.
7. … Aristides disse no seu processo de defesa que foi comovido pela aflição de “toda aquela gente” que não “podia deixar de me impressionar vivamente”. Mas quando voltou a Portugal foi considerado culpado num inquérito disciplinar e despromovido. Foi então reformado compulsivamente por Salazar com a pensão mínima.
8. Devido a dificuldades financeiras teve de vender o solar da família em Cabanas de Viriato. Acabou por morrer com uma trombose cerebral e uma pneumonia no hospital da Ordem Terceira em Lisboa. Não houve qualquer comentário na imprensa Portuguesa. Foi completamente ignorado pelo país. Foram precisos 34 anos para que Aristides fosse oficialmente louvado em Portugal. …
9. Tudo fizeram para que a sua casa fosse adquirida pelo Estado, a fim de ser recuperada e reclassificada como Casa-Museu. Que irá ter: um Museu dedicado a Aristides de Sousa Mendes; um centro de memória e arquivos; uma biblioteca; um centro de documentação; um auditório. O que se quer com isto é transmitir ás gerações futuras, principalmente aos mais jovens, a sua herança moral e promover acontecimentos de ordem cultural e outras iniciativas. …
10. "Não sei o que é que o futuro reserva para a vossa mãe, para vocês e para mim mesmo. Materialmente, a vida não será tão boa para nós como tem sido até agora. Contudo, sejamos corajosos e tenhamos em mente que, ao dar a esses refugiados a possibilidade de viverem, teremos uma possibilidade mais de entrar no Reino dos Céus, por que, ao fazê-lo, não faremos mais do que praticar os mandamentos de Deus".
11. Aristides de Sousa Mendes arriscou a carreira de diplomata contrariando as ordens superiores em nome de princípios universais de solidariedade e de humanidade. Com a destituição do cargo diplomático ele teve de desfazer-se da sua casa em Cabanas Viriato para poder sobreviver. Desde então entrou numa fase de ruína crescente. Conclusão