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MosteirodosjeróNimos M Psom

  • 1. ou de Santa Maria de Belémou de Santa Maria de Belém
  • 2. Dentre os monumentos históricos de Portugal,Dentre os monumentos históricos de Portugal, o Mosteiro dos Jerónimos é, sem dúvida, um doso Mosteiro dos Jerónimos é, sem dúvida, um dos mais importantes e significativos.mais importantes e significativos. Símbolo da epopeia marítima portuguesa,Símbolo da epopeia marítima portuguesa, celebra o descobrimento de novas terras e caminhos,celebra o descobrimento de novas terras e caminhos, nomeadamente o Caminho Marítimo para a Índia.nomeadamente o Caminho Marítimo para a Índia.
  • 3. Situa-se no local onde existia a ermidaSitua-se no local onde existia a ermida da Ordem de Cristo de Nossa Senhora de Belém, em que foida Ordem de Cristo de Nossa Senhora de Belém, em que foi rezada a missa, assistida por Vasco da Gama erezada a missa, assistida por Vasco da Gama e seus companheiros, no dia da partida daseus companheiros, no dia da partida da armada para a Índia.armada para a Índia. Em função da sua beleza e importância,Em função da sua beleza e importância, foi considerado Monumento Nacional e inscrito nofoi considerado Monumento Nacional e inscrito no Património Mundial daPatrimónio Mundial da UNESCOUNESCO..
  • 4. Sua construção, iniciada por D.Manuel I (1501 ou 1502),Sua construção, iniciada por D.Manuel I (1501 ou 1502), prolongou-se também pelos reinados de D. João III, D. Sebastião e osprolongou-se também pelos reinados de D. João III, D. Sebastião e os Filipes de Espanha (que reinaram em Portugal, de 1580 aFilipes de Espanha (que reinaram em Portugal, de 1580 a 1640), sendo outras alterações e/ou reconstruções1640), sendo outras alterações e/ou reconstruções realizadas posteriormente.realizadas posteriormente. O financiamento do projecto foi garantido pela concessão aos fradesO financiamento do projecto foi garantido pela concessão aos frades Jerónimos, em 1503, da vintena das mercadorias vindas da Índia.Jerónimos, em 1503, da vintena das mercadorias vindas da Índia.
  • 5. Apesar de todas as vicissitudes ocorridas na construção eApesar de todas as vicissitudes ocorridas na construção e das profundas transformações que sofreu a área evolvente,das profundas transformações que sofreu a área evolvente, Portugal deu ao mundo um património dos mais importantes ePortugal deu ao mundo um património dos mais importantes e bonitos de toda arquitectura europeia, no que respeita à articulaçãobonitos de toda arquitectura europeia, no que respeita à articulação harmoniosa do Gótico, Manuelino, Renascentista e Maneirismo.harmoniosa do Gótico, Manuelino, Renascentista e Maneirismo.
  • 6. Com uma fachada de cerca de 300 metros,Com uma fachada de cerca de 300 metros, o Mosteiro dos Jerónimos situa-se junto ao Rio Tejo, tendoo Mosteiro dos Jerónimos situa-se junto ao Rio Tejo, tendo a separá-los, actualmente, um grande e belo jardim.a separá-los, actualmente, um grande e belo jardim. É constituído por vários corpos de tamanho desigual, obedecendo,É constituído por vários corpos de tamanho desigual, obedecendo, contudo, a um princípio de horizontalidade, com zonas praticamentecontudo, a um princípio de horizontalidade, com zonas praticamente nuas e outras de maior concentração decorativa,nuas e outras de maior concentração decorativa, parecendo autêntica renda de pedra.parecendo autêntica renda de pedra.
  • 7. A FACHADA SUL DO MOSTEIROA FACHADA SUL DO MOSTEIRO Na fachada Sul do Mosteiro, quase paralela ao Rio Tejo, sobressaem,Na fachada Sul do Mosteiro, quase paralela ao Rio Tejo, sobressaem, da esquerda para a direita, quatro zonas ou corpos dominantes.da esquerda para a direita, quatro zonas ou corpos dominantes. O primeiro é constituído pelo Mosteiro dos Frades, antigo dormitórioO primeiro é constituído pelo Mosteiro dos Frades, antigo dormitório dos frades Jerónimos, com as suas 28 arcadas térreas, onde hoje sedos frades Jerónimos, com as suas 28 arcadas térreas, onde hoje se encontram instalados o Museu da Marinha e oencontram instalados o Museu da Marinha e o Museu Nacional de Arqueologia.Museu Nacional de Arqueologia.
  • 8. DETALHES DO MOSTEIRO DOS FRADESDETALHES DO MOSTEIRO DOS FRADES
  • 9. O segundo corpo dominante da Fachada Sul correspondeO segundo corpo dominante da Fachada Sul corresponde à Igreja com as suas naves, janelões e o lindíssimo Portal Sul.à Igreja com as suas naves, janelões e o lindíssimo Portal Sul.
  • 10. O terceiro, qual fortaleza, corresponde ao corpo da Capela-MorO terceiro, qual fortaleza, corresponde ao corpo da Capela-Mor maneirista, contrastando com o restante pela quase ausência demaneirista, contrastando com o restante pela quase ausência de ornamentação e de aberturas para o exterior.ornamentação e de aberturas para o exterior.
  • 11. Finalmente, destaca-se a cúpula da torre da igreja,Finalmente, destaca-se a cúpula da torre da igreja, construída no século XIX.construída no século XIX.
  • 12. A IGREJA DOA IGREJA DO MOSTEIRO DOS JERÓNIMOSMOSTEIRO DOS JERÓNIMOS
  • 13. O PORTAL SUL (porta de entrada lateral da igreja)O PORTAL SUL (porta de entrada lateral da igreja) É uma das peças arquitectónicas mais ricas da arquitectura portuguesa,É uma das peças arquitectónicas mais ricas da arquitectura portuguesa, relativamente ao gótico tardio. A sua autoria deve-se ao mestre João derelativamente ao gótico tardio. A sua autoria deve-se ao mestre João de Castilho (embora o traço inicial, segundo se julga, seja ainda de Boytac)Castilho (embora o traço inicial, segundo se julga, seja ainda de Boytac) os trabalhos de execução devem ter-se iniciado em 1516.os trabalhos de execução devem ter-se iniciado em 1516.
  • 14. Este majestoso pórtico é ladeado por dois janelões; eleva-seEste majestoso pórtico é ladeado por dois janelões; eleva-se a cerca de 32 metros de altura com um cume triangular, encimadoa cerca de 32 metros de altura com um cume triangular, encimado por um nicho com o Arcanjo São Miguel.por um nicho com o Arcanjo São Miguel.
  • 15. Mais abaixo, na vertical, pode observar-se Nossa Senhora dos ReisMais abaixo, na vertical, pode observar-se Nossa Senhora dos Reis com o Menino, ostentando na mão o vaso de oferendas dos Reis Magos.com o Menino, ostentando na mão o vaso de oferendas dos Reis Magos. No mesmo plano e um pouco mais acima, uma multidão de estátuasNo mesmo plano e um pouco mais acima, uma multidão de estátuas povoa a floresta de colunelos, mísulas baldaquinos e agulhas que,povoa a floresta de colunelos, mísulas baldaquinos e agulhas que, ao longe, dão um aspecto de um rendilhado de pedra.ao longe, dão um aspecto de um rendilhado de pedra. No plano inferior, encontra-se um conjunto de Apóstolos, de ambosNo plano inferior, encontra-se um conjunto de Apóstolos, de ambos os lados do Infante D. Henrique, armado cavaleiro, que se encontraos lados do Infante D. Henrique, armado cavaleiro, que se encontra entre as duas portas, ao cimo do mainel que tem leões na base.entre as duas portas, ao cimo do mainel que tem leões na base.
  • 16. O PORTAL OCIDENTAL (porta principal da igreja)O PORTAL OCIDENTAL (porta principal da igreja) Este portal, que é a verdadeira entrada da igreja,Este portal, que é a verdadeira entrada da igreja, é da autoria de Nicolau Chanterêne (1517), que o decoroué da autoria de Nicolau Chanterêne (1517), que o decorou com cenas do nascimento de Jesus.com cenas do nascimento de Jesus.
  • 17. No cimo do arco encontram-se três nichos:No cimo do arco encontram-se três nichos: no centro e cimeiro, a cena do Presépio de Belém; a Anunciaçãono centro e cimeiro, a cena do Presépio de Belém; a Anunciação à esquerda, e A Virgem com os Reis,Magos, à direitaà esquerda, e A Virgem com os Reis,Magos, à direita Mais a baixo, à esquerda, o rei D.Manuel I, com S.Jerónimo e,Mais a baixo, à esquerda, o rei D.Manuel I, com S.Jerónimo e, do lado contrário, a sua segunda mulher D.Maria, com S.João Baptista.do lado contrário, a sua segunda mulher D.Maria, com S.João Baptista. Quatro evangelistas são representados mais abaixo e, já na parte doQuatro evangelistas são representados mais abaixo e, já na parte do espaldar, a meia altura, o Infante Santo D.Fernando,espaldar, a meia altura, o Infante Santo D.Fernando, S.Vicente e outras figurasS.Vicente e outras figuras
  • 18. O INTERIOR DA IGREJAO INTERIOR DA IGREJA Ao entrar-se na igreja pela porta ocidental, caminhando naAo entrar-se na igreja pela porta ocidental, caminhando na direcção da Capela-Mor, é uma experiência, inolvidável e única.direcção da Capela-Mor, é uma experiência, inolvidável e única. De facto, à obscuridade da entrada, à medida que nos vamosDe facto, à obscuridade da entrada, à medida que nos vamos aproximando, a pouco e pouco, de espaços mais amplos, somosaproximando, a pouco e pouco, de espaços mais amplos, somos confrontados com um aumento progressivo da luminosidade, que éconfrontados com um aumento progressivo da luminosidade, que é acentuada pelo contraste axial entre a nave e o transepto e,acentuada pelo contraste axial entre a nave e o transepto e, ainda, pela diferente textura das abóbadas…ainda, pela diferente textura das abóbadas…
  • 19. A Igreja possui seis colunas, três por cada nave, e outras duasA Igreja possui seis colunas, três por cada nave, e outras duas mais recuadas, no suporte do Coro-Alto. Os pilares esguios parecemmais recuadas, no suporte do Coro-Alto. Os pilares esguios parecem pender do tecto, sendo esteticamente de singular concepção.pender do tecto, sendo esteticamente de singular concepção. A cobertura das naves têm um complexo articulado deA cobertura das naves têm um complexo articulado de nervuras, cuja execução deve-se a João Castilho.nervuras, cuja execução deve-se a João Castilho.
  • 20. Quando entramos pela porta Ocidental deparamosQuando entramos pela porta Ocidental deparamos com duas Capelas quadradas.com duas Capelas quadradas. A da esquerda, do Senhor dos Passos (inicialmente dedicada aA da esquerda, do Senhor dos Passos (inicialmente dedicada a Santo António de Lisboa), revestida de talha dourada seiscentista,Santo António de Lisboa), revestida de talha dourada seiscentista, com imagens barrocas colocadas em nichos; e do lado contrário,com imagens barrocas colocadas em nichos; e do lado contrário, o Baptistério, com a sua pia baptismal neomanuelina.o Baptistério, com a sua pia baptismal neomanuelina.
  • 21. Continuando, deparamos com duas magníficas arcas tumulares,Continuando, deparamos com duas magníficas arcas tumulares, à esquerda a de Vasco da Gama (o Herói das descobertas) e àà esquerda a de Vasco da Gama (o Herói das descobertas) e à direita a de Luís de Camões (Cantor desses feitos) - dadireita a de Luís de Camões (Cantor desses feitos) - da autoria do escultor Costa Mota Tio (1894), que foram aliautoria do escultor Costa Mota Tio (1894), que foram ali colocadas em 1940.colocadas em 1940.
  • 22. Se perseguirmos andando lentamente, verificamos umaSe perseguirmos andando lentamente, verificamos uma suave ambiência, uma harmoniosa proporção, uma luz suavesuave ambiência, uma harmoniosa proporção, uma luz suave entrada pelos actuais vitrais que já são do século XX,entrada pelos actuais vitrais que já são do século XX, que nos leva à transcendente reflexão.que nos leva à transcendente reflexão. Então, se nos sentarmos, podemos olhar para a harmonia das abóbadas,Então, se nos sentarmos, podemos olhar para a harmonia das abóbadas, a beleza das colunas, dos diversos nichos e do Altar-Mor, constatamosa beleza das colunas, dos diversos nichos e do Altar-Mor, constatamos que estamos em presença dum monumento dos mais significativosque estamos em presença dum monumento dos mais significativos da arquitectura portuguesa, senão mundial, do século XVI.da arquitectura portuguesa, senão mundial, do século XVI.
  • 23. ALTAR-MORALTAR-MOR A actual Capela-Mor deve-se a D. Catarina de Áustria,A actual Capela-Mor deve-se a D. Catarina de Áustria, regente do reino entre 1557 a 1562 (tia de Filipe II) para onderegente do reino entre 1557 a 1562 (tia de Filipe II) para onde foram transladados os restos mortais de D. Manuel e deforam transladados os restos mortais de D. Manuel e de outros membros da Família Real.outros membros da Família Real.
  • 24. O traçado é de Jerónimo Ruão e, embora contraste comO traçado é de Jerónimo Ruão e, embora contraste com o corpo manuelino, não deixa de ser uma obra-prima doo corpo manuelino, não deixa de ser uma obra-prima do classicismo maneirista peninsular, tendo sido inauguradaclassicismo maneirista peninsular, tendo sido inaugurada em 12 de Outubro de 1572.em 12 de Outubro de 1572. Nos nichos entre três pares de colunas jónicas e coríntias,Nos nichos entre três pares de colunas jónicas e coríntias, repousam os reis D. Manuel I e D. Maria, do lado do Evangelhorepousam os reis D. Manuel I e D. Maria, do lado do Evangelho (esquerdo), e D. João III e D. Catarina no lado da Epístola (direito).(esquerdo), e D. João III e D. Catarina no lado da Epístola (direito). Nas Capelas do Transepto, reservadas aos infantes,Nas Capelas do Transepto, reservadas aos infantes, estão os filhos de D. Manuel na Capela do lado do Evangelhoestão os filhos de D. Manuel na Capela do lado do Evangelho e os de D. João III do lado dos pais (Epístola).e os de D. João III do lado dos pais (Epístola).
  • 25. Também aqui se nota uma disposição ambígua, típica do ManeirismoTambém aqui se nota uma disposição ambígua, típica do Maneirismo própria daquele arquitecto, no final do século XVI, alternando os nichosprópria daquele arquitecto, no final do século XVI, alternando os nichos para as sepulturas com outros destinados a altares.para as sepulturas com outros destinados a altares. É ladeado por um arco demasiado alto que abriga um túmulo régio,É ladeado por um arco demasiado alto que abriga um túmulo régio, na capela norte do cardeal-rei D. Henrique e na capela do sul, ona capela norte do cardeal-rei D. Henrique e na capela do sul, o cenotáfio com os restos recolhidos no campo de Alcácer-Quibir, quecenotáfio com os restos recolhidos no campo de Alcácer-Quibir, que se julga serem do malogrado D. Sebastião.se julga serem do malogrado D. Sebastião.
  • 26. Todo este conjunto teria sido iniciado em 1587Todo este conjunto teria sido iniciado em 1587 e concluído já no século XVII.e concluído já no século XVII. Finalmente, salienta-se a ausência de alusões fúnebres,Finalmente, salienta-se a ausência de alusões fúnebres, porquanto o próprio edifício, que ao fim e ao cabo, constitui o mausoléu,porquanto o próprio edifício, que ao fim e ao cabo, constitui o mausoléu, foi concebido para simbolizar a superação e anulação da mortefoi concebido para simbolizar a superação e anulação da morte perante os valores da vida.perante os valores da vida.
  • 27. CORO ALTOCORO ALTO A parte do mosteiro, mais atingida pelo terramoto de 1755,A parte do mosteiro, mais atingida pelo terramoto de 1755, foi precisamente o coro-alto, caindo a balaustrada e dois altares quefoi precisamente o coro-alto, caindo a balaustrada e dois altares que a ela se apoiavam. Foi reconstruído em 1883, conservandoa ela se apoiavam. Foi reconstruído em 1883, conservando ainda o pavimento primitivo, em ladrilho azul e roxo.ainda o pavimento primitivo, em ladrilho azul e roxo.
  • 28. É no Coro Alto que seÉ no Coro Alto que se guardam duas das peças maisguardam duas das peças mais valiosas do mosteiro:valiosas do mosteiro: O Cristo da Cruz oferecido pelo infanteO Cristo da Cruz oferecido pelo infante D. Luís, da autoria doD. Luís, da autoria do entalhador flamengo Filipe deentalhador flamengo Filipe de Brias ou Phelippe de Vries (1551),Brias ou Phelippe de Vries (1551), de um expressionismode um expressionismo impressionante, quaseimpressionante, quase barroco.barroco.
  • 29. O Cadeiral, um conjunto de 60 cadeiras (originalmente eram 84),O Cadeiral, um conjunto de 60 cadeiras (originalmente eram 84), cujo desenho se deve ao arquitecto Diogo Torralta e execução, porcujo desenho se deve ao arquitecto Diogo Torralta e execução, por volta de 1550, pelo mestre de marcenaria Diogo de Çarça, quevolta de 1550, pelo mestre de marcenaria Diogo de Çarça, que também teria feito a estante de canto para livros.também teria feito a estante de canto para livros. No seu conjunto, é uma grande obra de talha queNo seu conjunto, é uma grande obra de talha que nos ficou do Alto Renascimento Português.nos ficou do Alto Renascimento Português.
  • 30. CLAUSTROCLAUSTRO É considerado uma obra de valor universal, pela sua concepçãoÉ considerado uma obra de valor universal, pela sua concepção arquitectónica, pela profusão de decorações esculpidas, pela evocaçãoarquitectónica, pela profusão de decorações esculpidas, pela evocação histórica, pela sua originalidade, entre outros factores.histórica, pela sua originalidade, entre outros factores. Foi sob a direcção de João Castilho que grande parte do claustroFoi sob a direcção de João Castilho que grande parte do claustro se acabou.Todavia, há uma combinação harmoniosa entre ose acabou.Todavia, há uma combinação harmoniosa entre o naturalismo de Boytac, com as novidades introduzidas por Joãonaturalismo de Boytac, com as novidades introduzidas por João Castilho, não havendo, por conseguinte, um contraste gritante entreCastilho, não havendo, por conseguinte, um contraste gritante entre as duas linguagens artísticas, uma do século XV e outra, já doas duas linguagens artísticas, uma do século XV e outra, já do século XVI.século XVI.
  • 31. No Claustro dispõem-se, ao longo das paredes, um conjuntoNo Claustro dispõem-se, ao longo das paredes, um conjunto de medalhões figurando a Paixão de Cristo, bem como a heráldicade medalhões figurando a Paixão de Cristo, bem como a heráldica portuguesa, relativa a D. Manuel I, distinguindo-se aportuguesa, relativa a D. Manuel I, distinguindo-se a leitura do religioso e do profano.leitura do religioso e do profano. Da mistura às alusões régias, que se repetem constantemente,Da mistura às alusões régias, que se repetem constantemente, encontram-se grandes retábulos da parede fronteira, com três capelas:encontram-se grandes retábulos da parede fronteira, com três capelas: Anunciação, Assunção e São Jerónimo. Esta última é ocupada,Anunciação, Assunção e São Jerónimo. Esta última é ocupada, desde 1985, pelo túmulo do poeta Fernando Pessoa, falecido emdesde 1985, pelo túmulo do poeta Fernando Pessoa, falecido em 1935.1935.
  • 32. SALA DO CAPÍTULOSALA DO CAPÍTULO A Sala do Capítulo permaneceu inacabada por trêsA Sala do Capítulo permaneceu inacabada por três séculos e meio, servindo de capela.séculos e meio, servindo de capela. Foi completada em 1886, para albergar o túmulo de Alexandre Herculano.Foi completada em 1886, para albergar o túmulo de Alexandre Herculano. As estátuas são de Simões de Almeida e a abóbada,As estátuas são de Simões de Almeida e a abóbada, do Engenheiro R.Valadas.do Engenheiro R.Valadas.
  • 33. REFEITÓRIO DOS MONGESREFEITÓRIO DOS MONGES Executado em 1517, por Leonardo Vaz, o Refeitório tem asExecutado em 1517, por Leonardo Vaz, o Refeitório tem as paredes revestidas por um silhar de azulejos que datam do séculoparedes revestidas por um silhar de azulejos que datam do século XVIII (1780-1785), representando o milagre da Multiplicação dos PãesXVIII (1780-1785), representando o milagre da Multiplicação dos Pães e cenas da vida de José do Egipto.e cenas da vida de José do Egipto.
  • 34. SACRISTIASACRISTIA Sobre o espaldar do armário seiscentista para guardar asSobre o espaldar do armário seiscentista para guardar as alfaias da igreja, uma fieira de 14 ilustrações da vida e a obra dealfaias da igreja, uma fieira de 14 ilustrações da vida e a obra de São Jerónimo, do pintor maneirista (1600 -1610), possivelmenteSão Jerónimo, do pintor maneirista (1600 -1610), possivelmente de Simão Rodrigues. E outras telas atribuídas ade Simão Rodrigues. E outras telas atribuídas a António Capelo e a Josefa de Óbidos.António Capelo e a Josefa de Óbidos. Ampla sala, quase quadrada, com uma original abóbada irradiandoAmpla sala, quase quadrada, com uma original abóbada irradiando de uma única coluna central, revestida de temas renascentistas.de uma única coluna central, revestida de temas renascentistas.