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O Luxo
se rende
ao verde
     Por Caio
      Ribeiro
Luxo
• O segmento de luxo é uma das maiores potências
  na economia mundial. Movimentando cerca de
  220 bilhões de dólares por ano no mundo todo.

• O Brasil movimenta
  cerca de 6,7 bilhões de
  dólares e a previsão de
  crescimento 23% para
  o ano de 2010 e
  representa 1 a 2% do
  faturamento mundial.
• Atualmente, o Brasil é considerado um dos maiores
  pólos consumidores de luxo no mundo, ficando
  entre os dez maiores mercados do setor, sendo o
  segundo     maior       país    consumidor     na
  América, perdendo somente para os Estados
  Unidos.
• O conglomerado de luxo LVMH “Louis Vuitton Moët
  Hennessy” é um dos grupos líderes de mercado,
  atuando nos setores de vinhos e espumantes, moda
  e objetos em couro, perfumes e cosméticos e
  relógios e jóias.
                     Com um portfólio de mais de
                     50 marcas de renome como:
                     Moët                         &
                     Chandon, Hennessy, Dom
                     Pérignon,               Veuve
                     Clicquot,                Louis
                     Vuitton, Givenchy, Kenzo, Dior,
                     Fendi, Tag Heuer entre outras.
                     Faturando 12,5 bilhões por
• A loja brasileira da grife Louis Vuitton é a terceira
  em número de vendas entre as 320 lojas ao redor
  do mundo.




• No Brasil, este mercado atinge um seleto grupo de
  4 milhões de pessoas, o que equivale a apenas 2,5%
  da população
O Luxo e a
          Sustentabilidade
• Em tempos onde a sustentabilidade é o assunto mais
  comentado, as grifes de luxo aproveitaram para se
  lançar nesta onda e agregar valor aos seus negócios e
  produtos, mostrando aos seus consumidores uma
  atitude mais limpa e consciente.
  O conceito de luxo vem se fundindo
  à necessidade de preservação do
  meio ambiente e com isso as grifes
  não se preocupam apenas em ser a
  mais cara e exclusiva, é preciso
  também ser “verde”.
• O momento parece propicio para os novos
  pensamentos e atitudes, o componente simbólico é
  determinante na escolha dos produtos, é por esse
  caminho que se desenvolvem as novas
  configurações do luxo, tornando um diferencial
  para aquelas grifes que já perceberam os novos
  valores presentes nos dias de hoje e na crescente
  preocupação ambiental por parte da sociedade.
A primeira a aderir ao “eco luxo” foi a LVMH que
adquiriu participação de 50% da grife Edun, marca
criada por Bono Vox, vocalista do U2, que nasceu com
o propósito de ajudar no desenvolvimento de países
pobres e só utiliza algodão cultivado por pequenos
produtores da África, garantindo retorno social a essas
comunidades.
• A fabricante de automóveis Bentley lançou no Brasil
  o seu primeiro modelo com a versão “flex” do
  Continental Supersport, avaliada em R$ 1,35
  milhão. Segundo a montadora, o carro emite 70%
  menos CO2 na atmosfera. E tudo isso sem perder a
  esportividade e sofisticação.
• A Gucci começou uma série de iniciativas eco-
  friendly que visa reduzir o consumo de papel e as
  omissões de dióxido de carbono. Suas embalagens
  foram redesenhadas, utilizando 100% do papel
  reciclado. As novas sacolas apresentam logotipo e
  as fitas que antes eram de plástico foram alteradas
  para fitas de poliéster.
  Esta ação foi
  introduzida em
  todas as 284
  lojas da grife.
• Temos exemplos brasileiros como a grife
  Osklen, pioneira em desenvolver artigos de luxo
  com forte apelo sustentável. A Osklen aderiu ao
  couro de látex natural, advindo da Amazônia e que
  beneficia centenas de famílias que sobrevivem da
  extração controlada de látex.


   Em 2002, a marca lançou um movimento de
   conscientização ambiental chamado e-brigade,
   com uma coleção confeccionada em materiais
   recicláveis que destacava alguns movimentos
   internacionais como o Protocolo de Kyoto, Carta
   da Terra e Agenda 21.
• Uma das estratégias mais estruturadas é a da
  Cartier, responsável pela compra de 1% de todo o
  diamante usado em jóias no planeta. Lidera um
  programa mundial de certificação na exploração de
  pedras preciosas.




  A Cartier mobilizou o Responsible Jewellery
  Council, que reúne 150 fabricantes de jóias, para
  convencer todos os associados a exigir de seus
  fornecedores uma certificação ambiental e social.
• A idéia é que a exploração de ouro e diamante de
  suas jóias não seja feita em zonas de conflito nem
  utilize mão de obra infantil, sobretudo na África.
• Stella McCartney ficou famosa por não utilizar
  nenhum produto animal em suas concepções.
  Percebendo que existia poucos produtos de beleza
  orgânicos, ela criou a linha de produtos Care,
  composta por oito produtos orgânicos e que pode
  ser utilizado por todos os tipos de pele, em homens
  e mulheres.
 Os produtos possuem um
 maior número de nutrientes
 como: antioxidantes, sais
 minerais, vitamina C e estão
 livres      de      agentes
 petroquímicos.
O consumidor de luxo e a
     sustentabilidade
• O universo da sustentabilidade abrange além da
  evolução no processo de produção, um novo
  estilo de vida: o de consumidor ativo, engajado
  na recuperação do meio ambiente e que procura
  através de seus atos, trazerem um consumo
  consciente para a sua vida.

  Esse consumidor ajuda a aumentar a qualidade
  dos produtos elaborados nas propostas
  sustentáveis, dotados de conteúdo ecológico e de
  qualidade agregada passando a ser consideradas
  como valores de luxo e exclusividade.
• Levantar a bandeira do ecologicamente correto e
  da consciência sócio-ambiental se tornou uma
  estratégia de marketing muito atraente para as
  marcas do segmento de luxo. Inclusive na maneira
  de mostrar o luxo, que vai além da ostentação e da
  riqueza material, mostram
  um valor procurado pelo
  consumidor na hora da
  escolha da marca com o
  conceito que mais o atrai.
  Conscientizando com o luxo
  a sociedade através da
  emoção e democratização.
Obrigad
   o!
Caio Ribeiro

marketingnaweb2009@hotmail.com


marketingnaweb2009.blogspot.com


@marketingnaweb

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O Luxo se rende ao verde: sustentabilidade no segmento

  • 1. O Luxo se rende ao verde Por Caio Ribeiro
  • 2. Luxo • O segmento de luxo é uma das maiores potências na economia mundial. Movimentando cerca de 220 bilhões de dólares por ano no mundo todo. • O Brasil movimenta cerca de 6,7 bilhões de dólares e a previsão de crescimento 23% para o ano de 2010 e representa 1 a 2% do faturamento mundial.
  • 3. • Atualmente, o Brasil é considerado um dos maiores pólos consumidores de luxo no mundo, ficando entre os dez maiores mercados do setor, sendo o segundo maior país consumidor na América, perdendo somente para os Estados Unidos.
  • 4. • O conglomerado de luxo LVMH “Louis Vuitton Moët Hennessy” é um dos grupos líderes de mercado, atuando nos setores de vinhos e espumantes, moda e objetos em couro, perfumes e cosméticos e relógios e jóias. Com um portfólio de mais de 50 marcas de renome como: Moët & Chandon, Hennessy, Dom Pérignon, Veuve Clicquot, Louis Vuitton, Givenchy, Kenzo, Dior, Fendi, Tag Heuer entre outras. Faturando 12,5 bilhões por
  • 5. • A loja brasileira da grife Louis Vuitton é a terceira em número de vendas entre as 320 lojas ao redor do mundo. • No Brasil, este mercado atinge um seleto grupo de 4 milhões de pessoas, o que equivale a apenas 2,5% da população
  • 6. O Luxo e a Sustentabilidade • Em tempos onde a sustentabilidade é o assunto mais comentado, as grifes de luxo aproveitaram para se lançar nesta onda e agregar valor aos seus negócios e produtos, mostrando aos seus consumidores uma atitude mais limpa e consciente. O conceito de luxo vem se fundindo à necessidade de preservação do meio ambiente e com isso as grifes não se preocupam apenas em ser a mais cara e exclusiva, é preciso também ser “verde”.
  • 7. • O momento parece propicio para os novos pensamentos e atitudes, o componente simbólico é determinante na escolha dos produtos, é por esse caminho que se desenvolvem as novas configurações do luxo, tornando um diferencial para aquelas grifes que já perceberam os novos valores presentes nos dias de hoje e na crescente preocupação ambiental por parte da sociedade.
  • 8. A primeira a aderir ao “eco luxo” foi a LVMH que adquiriu participação de 50% da grife Edun, marca criada por Bono Vox, vocalista do U2, que nasceu com o propósito de ajudar no desenvolvimento de países pobres e só utiliza algodão cultivado por pequenos produtores da África, garantindo retorno social a essas comunidades.
  • 9.
  • 10. • A fabricante de automóveis Bentley lançou no Brasil o seu primeiro modelo com a versão “flex” do Continental Supersport, avaliada em R$ 1,35 milhão. Segundo a montadora, o carro emite 70% menos CO2 na atmosfera. E tudo isso sem perder a esportividade e sofisticação.
  • 11. • A Gucci começou uma série de iniciativas eco- friendly que visa reduzir o consumo de papel e as omissões de dióxido de carbono. Suas embalagens foram redesenhadas, utilizando 100% do papel reciclado. As novas sacolas apresentam logotipo e as fitas que antes eram de plástico foram alteradas para fitas de poliéster. Esta ação foi introduzida em todas as 284 lojas da grife.
  • 12. • Temos exemplos brasileiros como a grife Osklen, pioneira em desenvolver artigos de luxo com forte apelo sustentável. A Osklen aderiu ao couro de látex natural, advindo da Amazônia e que beneficia centenas de famílias que sobrevivem da extração controlada de látex. Em 2002, a marca lançou um movimento de conscientização ambiental chamado e-brigade, com uma coleção confeccionada em materiais recicláveis que destacava alguns movimentos internacionais como o Protocolo de Kyoto, Carta da Terra e Agenda 21.
  • 13.
  • 14. • Uma das estratégias mais estruturadas é a da Cartier, responsável pela compra de 1% de todo o diamante usado em jóias no planeta. Lidera um programa mundial de certificação na exploração de pedras preciosas. A Cartier mobilizou o Responsible Jewellery Council, que reúne 150 fabricantes de jóias, para convencer todos os associados a exigir de seus fornecedores uma certificação ambiental e social.
  • 15. • A idéia é que a exploração de ouro e diamante de suas jóias não seja feita em zonas de conflito nem utilize mão de obra infantil, sobretudo na África.
  • 16. • Stella McCartney ficou famosa por não utilizar nenhum produto animal em suas concepções. Percebendo que existia poucos produtos de beleza orgânicos, ela criou a linha de produtos Care, composta por oito produtos orgânicos e que pode ser utilizado por todos os tipos de pele, em homens e mulheres. Os produtos possuem um maior número de nutrientes como: antioxidantes, sais minerais, vitamina C e estão livres de agentes petroquímicos.
  • 17. O consumidor de luxo e a sustentabilidade • O universo da sustentabilidade abrange além da evolução no processo de produção, um novo estilo de vida: o de consumidor ativo, engajado na recuperação do meio ambiente e que procura através de seus atos, trazerem um consumo consciente para a sua vida. Esse consumidor ajuda a aumentar a qualidade dos produtos elaborados nas propostas sustentáveis, dotados de conteúdo ecológico e de qualidade agregada passando a ser consideradas como valores de luxo e exclusividade.
  • 18. • Levantar a bandeira do ecologicamente correto e da consciência sócio-ambiental se tornou uma estratégia de marketing muito atraente para as marcas do segmento de luxo. Inclusive na maneira de mostrar o luxo, que vai além da ostentação e da riqueza material, mostram um valor procurado pelo consumidor na hora da escolha da marca com o conceito que mais o atrai. Conscientizando com o luxo a sociedade através da emoção e democratização.
  • 19. Obrigad o! Caio Ribeiro marketingnaweb2009@hotmail.com marketingnaweb2009.blogspot.com @marketingnaweb