Brad planeja contar a verdade sobre Tom para Mellany, mas Tom o ameaça. Na escola, Mellany questiona Tom sobre suas mentiras. Mais tarde, Brad sai para encontrar Mellany, mas algo ruim pode acontecer.
1. @ — Tom, porque você vai isso com as pessoas? — A cara dela
era de tortura. Os cabelos castanhos escuros ficaram tensos ao
efeito do vento.
— O que eu estou fazendo?
— Você me tortura.
Ela deu um soco leve no peito de Tom, e esticou os braços para
agarrar o pescoço do menino com suavidade.
— Eu estou perdoado?
— Tom, eu nunca achei que você fosse o culpado pelo o que está
acontecendo.
— E agora eu posso mostrar meus sentimentos? — Perguntou
Tom.
— Sim
Tom segurou na cintura da menina e pousou os seus lábios nos
dela, eles iniciaram um beijo romântico, terno. Brad observava
com atenção. Ele cerrava os punhos, como se estivesse com
ciúme. Mas certamente, ele não estava.
Os dois continuaram com o beijo apaixonadamente.
@ Tom e Mellany seguiram para a aula de trigonometria e se
separaram para cada um ir para sua própria carteira, como
sempre. Tom estava novamente feliz. A tensão do que ocorreria
a 52 dias após aquele dia, o preocupava bastante. O relógio
corria com velocidade. Quando a aula acabou e o professor saiu
da sala, Tom se levantou e ficou esperando Brad sair da sua
cadeira, mas ele não parecia estar com disposição, então Tom foi
atrapalhar.
— Oi galerinha do bem! — Gritou Tom se aproximando da mesa.
Mellany riu, Brad não pareceu gostar.
— Mellany, eu quero falar com o Tom sozinho.
— Me espera lá fora amor.
Mellany soprou um beijo para Tom e saiu da sala sorrindo. Tom
se sentou na mesa defronte a de Mellany.
— Fala Brad. — Disse ríspido.
— Eu não aguento mais Tom. — Disse ele com uma angustia
2. terrível, parecia que seu ente querido estava morrendo.
— O que você não aguenta mais Brad? — Tom sabia que estava
irritando o garoto falando desta maneira.
— Ficar em silêncio.
Tom, tirara toda a ironia de seu rosto, ele gelou, segurou na
mesa com mais força.
— Você não vai contar a ela.
— Eu vou sim Tom.
@ — Irei te impedir! — Disse Tom
— Entenda Tom, isso vai ser bom para mim.
— Que se foda! — Gritou Tom, pondo-se de pé — O que você
faria se tivesse somente 52 dias de vida?
— Me matava. — Ironizou Brad, pondo-se também. — Você já
está contando no calendário é?
O desdém na voz dele fez Tom se irritar. Ele fechou os olhos.
— Vou fingir que isso é só um sonho.
— Tchau Tom.
— Você vai ficar aqui.
Tom empurrou o amigo.
@ — Qualé a tua Tom?
— Eu não vou deixar você fazê-la sofrer
— E eu, seu amigo, posso?
— É claro! Você criou tudo isso se lembra?
— Sim, e não quero ser mais culpado.
— Falar para ela não vai melhorar o erro, só vai fazê-lo ficar pior.
— Tom...
— Chega! — Gritou o garoto. — Brad, se você for contar para
ela, só vão encontrar o seu cadáver morto no meio do mato.
— Isso é uma ame...
— ...Aça? Creio que sim!
Brad empurrou Tom e saiu da sala. Tom saiu logo atrás dele
também. A única coisa que ele não sabia era que, uma câmera
escondida naquela sala, da própria escola, filmara tudo.
3. @ Depois de todas as aulas, o garoto encontrou Mellany sentada
no banco de praxe, a mesma tinha feições curiosas. Ele não
seguiu todos os alunos para a saída como deveria, ao invés disso,
sentou-se ao lado dela.
— O que Brad queria?
— Nada de mais.
Ela deixou a mão cair no banco, ligeiramente irritada.
— Tom, porque você faz isso?
— O que eu faço? — Perguntou Tom encabulado.
— Você... mente para mim Tom! Parece que não confia em mim,
não me conta nada, me esconde das pessoas. Tom, você tem
vergonha de mim?
— Mas é claro que não Mellany, o que Brad queria era bobeira
sobre uma competição que ele estava armando.
— Eu posso realmente confiar em você?
Tom deixou a cabeça menear vacilantemente, mas fez o que
pode para suas palavras saírem firmes.
— Sim Mellany.
— Então eu vou fazer isso.
Ela pousou os seus lábios nos dele mais uma vez.
@ 51 dias! Era quarta-feira, e Tom estava mais uma vez de volta
a escola, nesta dieta em que se seguiam os dias, as cenas
pareciam estar no avanço de um DVD, ele sabia que ele piscaria,
e só restariam 50 dias, e seria assim até o fim. Suas conversas
com Mellany pareciam não ter fim, eles sempre ali estavam,
naquele banco velho e escondido, que era perfeito para eles
trocarem as carícias e os beijos amorosos, nada poderia estar
melhor. O que ainda deixava Tom muito encabulado era que,
ninguém havia explicado a morte de seu pai, e nem a de Peter
‘Junior’. Ele se sentia meio estranho quanto a isso, queria logo
parar de ter o título de: “hihi, eu acho que foi ele que matou o
Peter Rowman Junior”. Outra coisa que o estava incomodando
bastante era que, Brad parecia contente, ele não havia
4. conseguido o que queria, pois Mellany não tinha feito um show,
mas... porque ele estava tão feliz então? Tom tentou falar com
Charlie e Daniel para obter informações sobre isso, mas nada lhe
foi revelado. Os dias passaram, chegou a quinta, trazendo os 50
dias, chegou a sexta, trazendo os 49. Chegou também o
desespero. Até que chegou o sábado. Marcando 48 dias
restantes para a morte de Mellany, e marcando também o início
de um novo capítulo na vida de Tom, que iria então, mudar todo
o seu padrão de vida, e todo o seu jeito de ser.
@ Brad saiu de sua casa no sábado pela noite, estava indo se
encontrar com Mellany, iria contar toda a verdade para ela. Ele
pegou o táxi, entrou no carro e esperou.
— Me leva para a rua principal.
O carro avançou, correndo rápido demais. O garoto observava o
taxímetro preocupado com o conteúdo em seu bolso, mas
concluiu que conseguiria fugir do velho caso não tivesse dinheiro
para tudo.
— Menino, está fazendo frio por esses dias, não é? — Perguntou
o taxista velhinho, de cabelos grisalhos, encarando Brad de uma
forma curiosa. O garoto sentiu uma pontada estranha no peito,
mas pensou que era efeito da ansiedade.
— Sim, NYC é bem fria.
—É
Não demorou muito e o táxi parou na rua principal, Mellany não
estava ali ainda. Ele saiu e viu que seu dinheiro estava à conta do
que o valor do taxi dera, entregara tudo ao moço, deixando os
bolsos vazios. “Pelo menos, não serei vítima de assaltos.” Não
Brad, seria vítima de algo muito pior. Muito pior.