O documento discute a importância da liberdade de expressão e pensamento entre os partidos políticos no Brasil. Resume que desde que o PT assumiu o poder, críticas aos petistas se espalharam, mas que as liberdades fundamentais asseguraram ao povo conhecimento verdadeiro sobre o país. A desigualdade social é arquitetada pela concepção de superioridade, mas as liberdades revelaram a hipocrisia brasileira. Problemas reais como corrupção e qualidade de vida persistem, apesar dos discursos dos partidos.
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Viva a liberdade de expressão e de pensamento entre os partidos políticos
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Viva a liberdade de expressão e de pensamento entre os
partidos políticos
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Artigos
Terça, 02 de Junho de 2015 04h15
SÉRGIO HENRIQUE DA SILVA PEREIRA: Jornalista, educador, escritor, produtor de vídeo
aulas. Articulista: JusBrasil, Jusnavigandi, JurisWay, Academia Brasileira de Direito (ABDIR),
E-gov UFRS, Editora JC, Investidura Portal Jurídico.
» Sérgio Henrique da Silva Pereira
Resumo: Desde que o PT assumiu a cadeira da Presidência da República, e em seu auge – primeiro
mandato do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva -, as ofensas aos petistas, e a quaisquer
pessoas simpatizantes ao PT, não pararam de serem promanadas pelos antiPT. Não é de desconsiderar
que parlatórios se disseminaram nas redes sociais, blogs e sites, nas conversas de bares, sobre o perigo do
PT no poder.
Palavras-chave: Partidos Políticos; liberdade de pensamento; liberdade de expressão; democracia;
garantias fundamentais; direitos humanos.
Abstract: Since the PT assumed the Chair of the Presidency of the Republic, and at its peak – first term of
former President of the Republic, Luiz Inácio Lula da Silva-, the offenses to the PT, and any people to
sympathizers PT, did not stop being promanadas by antiPT. It's not to disregard that parlors spread in social
networks, blogs and sites, in conversations of bars, about the danger of the PT in power..
Keywords: Political Parties; freedom of thought; freedom of expression; democracy; fundamental
guarantees; human rights.
Sumário: Introdução; I – Desigualdade social arquitetada; II – Qual a identidade do povo brasileiro?; III –
Quimeras discursivas; IV – Conclusão.
Introdução
As premissas [antiPT], na época, eram mais pelo medo de o Brasil se tornar um país sem liberdades
públicas, estas incrustadas no corpo da CF/1988. Não obstante, o que causou mal-estar mesmo fora a
possibilidade de que a estratificação social “indesejada” [negros, nordestinos, índios] tivesse ascensão
social, fato o qual se tornou histórico, e a ecoar na eternidade, em nosso país, doa a quem doer.[1]
Conquanto, tais avanços, diante das potencialidades produtivas no Brasil,[2] não encontrou fácil caminho
para tornar nosso país em terra humanística. As altas desigualdades sociais se devem ao “passivo
histórico”, [3] porém, o que mais impede a ascensão social dos párias é a mentalidade secular da elite, a
discriminatória. Ora, o que impede a ascensão dos párias, senão políticas pífias. Além disso, o maior
peguilho sistemático em nosso país são os crimes cometidos contra a Administração Pública – corrupção
ativa e passiva, peculato, concussão, Lei 8.429/1992.
2. I – Desigualdade social arquitetada
O esmero na desigualdade social em nosso país se deve ao fato obstativo da concepção teórica “superior e
inferior”.[4] E dizer que não existe discriminações limitadoras ao desenvolvimento porfioso aos direitos
humanos é sofisma. O Supremo Tribunal Federal, como cavaleiro guardião da Constituição Federal de
1988, em diversos Recursos Extraordinários, vem assegurando a liberdade de expressão e a liberdade de
imprensa em nosso país. Sem tais liberdades, inerentes e basilares a democracia, ainda teríamos as
pérfidas “informações” de que o Brasil é um país formado por pessoas - não importando a estratificação
social, as condições sexual, étnica e religiosa – humanistas em suas almas. Não podemos esquecer de que
tais liberdades atuais asseguraram ao povo brasileiro, de norte a sul, de leste a oeste, ao conhecimento
verídico do que seja o Brasil. Um país de complexidades psíquicas a identidade cultural – qual a cultura real
brasileira?
II – Qual a identidade do povo brasileiro?
Somos um povo sem identidade, pois somos miscigenados, a qual se possa, peremptoriamente, “confirmar”
a pureza étnica, cultural. Sem identidade, os brasileiros se digladiam ao calor de acusações desconexas.
Sim, somos um povo com complexo de inferioridade. E cada qual busca um diferencial, um porto seguro, o
qual possa bradar “Sou!”.
“Sou negro!”, “Sou branco!”, “Sou índio”, “Sou mameluco!”; “Sou da classe A!”, “Sou da classe B!”, “Sou da
nova classe média!” etc.
“Sou!”. Tal termo está impregnado de inferioridade – complexo de inferioridade encerra o complexo de
superioridade, ambos estão interligados – na nossa cultura. Cardápios regionais, outrora considerados de
indivíduos “desiguais”, agora fazem parte dos cardápios de qualquer estratificação social, por exemplo, a
feijoada. Construiu-se um mosaico, o qual de longe, reluz e encanta. De perto, a assustadora realidade:
discriminações. Ao olhar mais atento, perseguições partidárias [direita e esquerda], religiosas [espírita,
evangélica, católica etc.], sexuais [homem e mulher], à forma de se comportar mesmo que pertença ao
mesmo grupo [partido, religião, sexual etc.]. A liberdade de expressão e a liberdade de imprensa, na
efervescência das garantias fundamentais e dos direitos humanos, desnudaram a hipocrisia brasileira, a de
um povo amistoso, complacente, humanístico.
III – Quimeras discursivas
Na guerra das concepções teóricas, por exemplo, PSDB e PT usam das liberdades [expressão e imprensa]
para se defenderem e se atacarem. Na esteira da discórdia, seguidores, ávidos por notícias reveladoras e
comprometedoras, não param de ler as últimas notícias disponibilizadas pelos agregadores "Web
syndication". Bandeiras tremulam, gestos, vozes e olhares se lançam aos “inimigos”.
“A raiz da crise atual foi plantada bem antes da eleição da atual presidente. Os enganos e desvios
começaram já no governo Lula. O que a realidade está mostrando é que nunca antes neste país se errou
tanto nem se roubou tanto em nome de uma causa”. (Fernando Henrique Cardoso)
“Se FHC quiser falar de corrupção, precisaria contar a história de sua reeleição”. (Luiz Inácio Lula da Silva)
Corrupção, o problema dela é que não tem pai e mãe certos. Filhos sim. E os filhos se perpetuaram ao
longo dos séculos. O chamado “jeitinho” brasileiro tem custado muito caro ao povo. Os párias vivem muito
mal, as elites vivem também mal. Nenhum tem a garantia de que terá qualidade de vida [plena]. Instalou-se
nas entranhas de cada brasileiro que qualidade de vida é ter dinheiro, muito dinheiro. Qualidade de vida, no
Brasil, não existe, mesmo para os elitizados:
a) Sessenta por cento do esgoto, no Brasil, não é tratado, ou seja, os banhistas que se cuidem no verão,
pois nadaram nos coliformes fecais, as donas de casa que comprem bastante anti-helmíntico.
b) Setenta por cento dos alimentos in natura estão contaminados por agrotóxicos altamente
cancerígenos; [5]
c) A corrupção no Brasil consome vidas humanas, corrói os pilares da democracia, das instituições
públicas. [6]
Eis alguns dos vários empecilhos ao bem-estar do povo brasileiro.
IV – Conclusão
3. Enquanto nossos partidos ficam discursando quem não causou maiores problemas aos detentores de
direitos [art. 1º, parágrafo único, da CF/1988], e enquanto filiados nos cargos políticos ganham substanciais
subsídios e vantagens, o povo come o pão que o diabo não quer. É o resto do resto, que é prestado
[serviços públicos], assegurado [piso salarial nacional ou regional], permitido [controle na liberdade de
expressão e de imprensa] aos detentores de poder.
Na panaceia da “verdade”, dos discursos calorosos para defender os próprios partidos, os feitos
“grandiosos” são propalados, mas nada se concretiza efetivamente em nosso país. O Brasil continua com
sua [abissal] desigualdade social, mergulhado nos coliformes fecais – “Alô, Olimpíadas”! -, com
malandragens sofisticadas de induções e persuasões através de “robôs” [7], com a existência de
subnutridos numa das maiores potências econômicas e produtoras de grãos, com os conflitos diuturnos
entre policiais e narcotraficantes – que é um “Estado” dentro de outro Estado -, com a sofisticação da
corrupção entre agentes políticos e empresas privadas prestadoras de serviços públicos.
São tantos os problemas reais, muitos discursos e muito “pão é circo” para o povo, sem que os problemas
reais encontrem planos concretos capazes de tornar o Brasil solo formoso, retumbante aos direitos
humanos.
Ah! Tanto eu, quanto demais jornalistas, diplomados ou não, esperamos que as autoridades públicas, junto
com sindicatos de jornalistas, depois, não venham com projetos de leis para cercear a liberdade de
expressão e a liberdade de pensamento. Serão as liberdades, somente direitos dos partidos políticos e das
corporações privadas quando na defesa de seus interesses? Se assim for, não restarão mais dúvidas de
que a Carta Política, de 1988, é democrática, mas as condições impostas são autoritárias.
Fiat Lux!
Notas:
1 – Representante do UNICEF destaca os avanços sociais do Brasil nos últimos anos. Disponível em: <
http://www.unicef.org/brazil/pt/media_20130.htm >.
2 – BBC. Brasil ‘decola’, diz capa da revista ‘The Economist’. Disponível em: <
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/11/091112_economist_rc>.
3 – BBB. 'Passivo histórico' ainda limita avanços sociais no Brasil. Disponível em: <
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/03/130312_brasil_idh_pai >.
4 - PEREIRA, Sérgio Henrique da S. Diploma, etnia, morfologia, sexualidade. A “arquitetura da
discriminação” e os direitos humanos. JusBrasil. Disponível em:<
http://transitoescola.jusbrasil.com.br/artigos/169254233/diploma-etnia-morfologia-sexualidade-a-arquitetura-
da-discriminacao-e-os-direitos-humanos>.
5 – El PAÍS. O “alarmante” uso de agrotóxicos no Brasil atinge 70% dos alimentos. Disponível em: <
http://brasil.elpais.com/brasil/2015/04/29/politica/1430321822_851653.html >.
6 – FIESP. Relatório Corrupção: custos econômicos e propostas de combate. Disponível em: <
http://www.fiesp.com.br/arquivo-download/?id=2021 >.
7 – ARAGÃO, Alexandre. Punir uso de robô na web requer leis mais claras. Observatório da Imprensa,
31/03/2015 na edição 844. Disponível em: < http://observatoriodaimprensa.com.br/e-
noticias/_ed844_punir_uso_de_robo_na_web_requer_leis_mais_claras/ >.
Conforme a NBR 6023:2000 da Associacao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), este texto cientifico
publicado em periódico eletrônico deve ser citado da seguinte forma: PEREIRA, Sérgio Henrique da Silva.
Viva a liberdade de expressão e de pensamento entre os partidos políticos . Conteudo Juridico, Brasilia-DF:
02 jun. 2015. Disponivel em: <http://www.conteudojuridico.com.br/?artigos&ver=2.53652>. Acesso em: 19
jun. 2015.
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