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VANGUARDAS EUROPEIAS
PREPARAÇÃO PARA O PERÍODO MODERNISTA
VANGUARDAS ARTÍSTICAS
AVANT-GARDE: o que marcha pela frente. Referência aos batalhões que precedem as
tropas em ataque durante uma batalha.
As transformações tecnológicas por que o mundo passou na virada do nosso século
modificaram as maneiras de o homem perceber a realidade. O automóvel, o avião, o
cinema, a eletricidade deslocaram e aceleraram o olhar do homem moderno.
Em meio a essas transformações surgem várias manifestações artísticas –
Expressionismo, Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo -, que ficariam conhecidas
como “correntes de vanguarda” e que logo inspirariam o desenvolvimento do Modernismo.
FUTURISMO
Itália – 1909
Giacomo Balla – ABSTRACT SPEED AND SOUND
Umberto Boccioni. CHARGE OF THE LANCERS
FUTURISMO
Itália – 1909
O pintor futurista não está interessado em recriar a imagem de um automóvel, mas captar em forma
plástica a velocidade, o movimento. Essa é a preocupação estética do futurismo.
O artista só vê beleza quando associada à luta. Nenhuma obra desprovida de caráter agressivo pode
ser uma obra prima.”
O grupo futurista italiano em Paris.
Da esquerda para a direita:
Carrà, Russolo, Marinetti,
Boccioni e Severini.
O Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti (1876 - 1944), é publicado em
Paris em 1909. Marinetti declara a raiz italiana da nova estética: "...queremos libertar esse país (a
Itália) de sua fétida gangrena de professores, arqueólogos, cicerones e antiquários". Falando da
Itália para o mundo, o futurismo coloca-se contra o "passadismo" burguês e o tradicionalismo
cultural. À opressão do passado, o movimento opõe a glorificação do mundo moderno e da
cidade industrial. A exaltação da máquina e da "beleza da velocidade", associada ao elogio
da técnica e da ciência, torna-se emblemática da nova atitude estética e política.
“ Olhe-nos! Nós não estamos
esfalfados...Nosso coração não tem a
menor fadiga. Porque ele está nutrido
pelo fogo., pelo ódio e pela
velocidade!...Isso o espanta?”
“Nós queremos glorificar a guerra –
única higiene do mundo -, o
militarismo, o patriotismo, o gesto
destrutor dos anarquistas, as belas
idéias que matam, e o menosprezo à
mulher.”
(Manifesto Futurista FILIPPO MARINETTI)
BALALAICA
(como um balido abala
a balada do baile
de gala)
com um balido abala
abala (com balido)
(a gala do baile)
louca a bala
laica
MAIAKOVSKI – Trad. Augusto de Campos
EXPRESSIONISMO
Alemanha - 1910
EdvardMunch-OGRITO
EgonSchiele-Zelfportret
Vincent Van Gogh – AUTORRETRATO
COM A ORELHA CORTADA
Portinari–CRIANÇAMORTA
A Estudante – ANITA MALFATTI
Quando do surgimento do Expressionismo, a sociedade sofria desamparo além do medo devido ao
processo de unificação da Alemanha, mas que ainda era por este motivo atrasada industrialmente.
Ocorriam também mudanças intelectuais e culturais: crenças religiosas se romperam e a existência
de um Deus já não mais era incontestável, aumentando ainda mais os questionamentos a cerca dos
mistérios da vida e da morte. O homem agora era responsável por si próprio e por seu futuro; a vida
após a morte já não era certa. Foram tais incertezas que resultaram no medo, na angústia, na
solidão, nos sentimentos mais sombrios que uma sociedade inteira poderia sentir. O que importa
é a expressão do mundo interior do artista. Ao expressionismo interessam as sensações
provocadas no artista tanto por fatos internos quanto externos, visto que a dor decorre da própria
existência, daí a necessidade de deformar a imagem.
EXPRESSIONISMO
Alemanha - 1910
EXPRESSIONISMO
Alemanha - 1910
O movimento é marcado por subjetividade do escritor, análise minuciosa do subconsciente dos
personagens e metáforas exageradas ou grotescas. Em geral, a linguagem é direta, com
frases curtas. O estilo é abstrato, simbólico e associativo. O irlandês James Joyce, o inglês T.S.
Eliot (1888-1965), o tcheco Franz Kafka e o austríaco Georg Trakl (1887-1914) estão entre os
principais autores que usam técnicas expressionistas.
Os temas expressionistas eram obsessivos e dramáticos, não somente pela marcação das
cores, mas também pela monumentalidade da forma, a violência e a agudeza do grafismo; daí
uma volta à linha expressiva, aos modelos simplificadores da gravura e às técnicas de
ilustração, onde se contrastam juventude e velhice e onde os horrores da guerra e da
decadência são apresentados de maneira nostálgica e angustiada, chegando por vezes à
alucinação e às raízes da inconsciência.
CUBISMO
França – 1907
Pablo Picasso – LES DEMOISELLES D’AVIGNON
Georges Braque – STILL LIFE WITH MUSICAL INSTRUMENTS
Pablo Picasso – GUERNICA
O propósito da arte cubista era
promover a decomposição, a
fragmentação e a
geometrização das formas,
buscando a multifacetação da
realidade. Os artistas apostaram
na simultaneidade de
visualizações permitidas a partir
da análise de um objeto, isto é,
o mesmo poderia ser visto sob
vários ângulos, embora sua
totalidade pudesse ser
inteiramente preservada.
No que se refere ao campo das
artes literárias, instaura-se uma
fragmentação da realidade por
meio da linguagem retratada
pelo uso de palavras dispostas
de maneira simultânea, no
intento de formar uma imagem.
Poema de Sete Faces
Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
As casas espiam os homens
que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
não houvesse tantos desejos.
O bonde passa cheio de pernas:
pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.
Porém meus olhos
não perguntam nada.
O homem atrás do bigode
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos , raros amigos
o homem atrás dos óculos e do bigode.
Meu Deus, por que me abandonaste
se sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo,
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.
Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
DADAÍSMO
Suíça – 1916
Embora a palavra dada em francês signifique cavalo de brinquedo, sua utilização marca o non-
sense ou falta de sentido que pode ter a linguagem (como na língua de um bebê). Para reforçar
esta ideia foi criado o mito de que o nome foi escolhido aleatoriamente, abrindo-se uma página de
um dicionário e inserindo-se um estilete sobre ela. Isso foi feito para simbolizar o caráter anti-
racional do movimento, claramente contrário à Primeira Guerra Mundial.
Faziam parte das propostas dadaístas:
•a denúncia das fraquezas por a Europa passava.
•a recusa dos valores racionalistas da burguesia.
•a desmistificação da arte: “a arte não é coisa séria”.
•a negação da lógica, da linguagem, da arte e da ciência.
•a abolição da memória, da arqueologia, dos profetas e do futuro.
COMO FAZER UM POEMA DADAÍSTA [Tristan Tzara]
Pegue um jornal.
Pegue a tesoura.
Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema.
Recorte o artigo.
Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e
[meta-as num saco.
Agite suavemente.
Tire em seguida cada pedaço um após o outro.
Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco.
O poema se parecerá com você.
E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa,
[ainda que incompreendido do público.
Marcel Duchamp
RenèMagritte
SURREALISMO
França – 1924
Salvador Dalì – A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA
SURREALISMO
França – 1924
O Surrealismo foi o último dos movimentos de vanguarda e surgiu quando André Breton lançou o
Manifesto do Surrealismo. O movimento nasceu de uma ruptura com o Dadaísmo. Enquanto os
dadaístas insistiam na mera destruição, o niilismo e na autofagia, Breton e outros artistas como
Louis Aragon e Salvador Dali achavam que a ação demolidora deveria somente uma das etapas
do processo criativo. Queriam elaborar uma nova cultura, encontrar um caminho de acesso às
zonas profundas do psiquismo no humano. Questionando a sociedade e a arte, eles se
propunham destruí-la, para recriá-la a partir de técnicas renovadoras. Os surrealistas procuravam
fundir a imaginação, que dorme no inconsciente, com a razão. Juntar o maravilhoso do sonho,
dos estados de alucinação e até de loucura do homem, com o maravilhoso e externo: a fantasia
e a realidade unidas permitiram captar uma super-realidade.

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As vanguardas europeias e o surgimento do Modernismo

  • 2. VANGUARDAS ARTÍSTICAS AVANT-GARDE: o que marcha pela frente. Referência aos batalhões que precedem as tropas em ataque durante uma batalha. As transformações tecnológicas por que o mundo passou na virada do nosso século modificaram as maneiras de o homem perceber a realidade. O automóvel, o avião, o cinema, a eletricidade deslocaram e aceleraram o olhar do homem moderno. Em meio a essas transformações surgem várias manifestações artísticas – Expressionismo, Futurismo, Cubismo, Dadaísmo, Surrealismo -, que ficariam conhecidas como “correntes de vanguarda” e que logo inspirariam o desenvolvimento do Modernismo.
  • 3. FUTURISMO Itália – 1909 Giacomo Balla – ABSTRACT SPEED AND SOUND Umberto Boccioni. CHARGE OF THE LANCERS
  • 4. FUTURISMO Itália – 1909 O pintor futurista não está interessado em recriar a imagem de um automóvel, mas captar em forma plástica a velocidade, o movimento. Essa é a preocupação estética do futurismo. O artista só vê beleza quando associada à luta. Nenhuma obra desprovida de caráter agressivo pode ser uma obra prima.” O grupo futurista italiano em Paris. Da esquerda para a direita: Carrà, Russolo, Marinetti, Boccioni e Severini.
  • 5. O Manifesto Futurista, do poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti (1876 - 1944), é publicado em Paris em 1909. Marinetti declara a raiz italiana da nova estética: "...queremos libertar esse país (a Itália) de sua fétida gangrena de professores, arqueólogos, cicerones e antiquários". Falando da Itália para o mundo, o futurismo coloca-se contra o "passadismo" burguês e o tradicionalismo cultural. À opressão do passado, o movimento opõe a glorificação do mundo moderno e da cidade industrial. A exaltação da máquina e da "beleza da velocidade", associada ao elogio da técnica e da ciência, torna-se emblemática da nova atitude estética e política. “ Olhe-nos! Nós não estamos esfalfados...Nosso coração não tem a menor fadiga. Porque ele está nutrido pelo fogo., pelo ódio e pela velocidade!...Isso o espanta?” “Nós queremos glorificar a guerra – única higiene do mundo -, o militarismo, o patriotismo, o gesto destrutor dos anarquistas, as belas idéias que matam, e o menosprezo à mulher.” (Manifesto Futurista FILIPPO MARINETTI) BALALAICA (como um balido abala a balada do baile de gala) com um balido abala abala (com balido) (a gala do baile) louca a bala laica MAIAKOVSKI – Trad. Augusto de Campos
  • 6. EXPRESSIONISMO Alemanha - 1910 EdvardMunch-OGRITO EgonSchiele-Zelfportret Vincent Van Gogh – AUTORRETRATO COM A ORELHA CORTADA Portinari–CRIANÇAMORTA A Estudante – ANITA MALFATTI
  • 7. Quando do surgimento do Expressionismo, a sociedade sofria desamparo além do medo devido ao processo de unificação da Alemanha, mas que ainda era por este motivo atrasada industrialmente. Ocorriam também mudanças intelectuais e culturais: crenças religiosas se romperam e a existência de um Deus já não mais era incontestável, aumentando ainda mais os questionamentos a cerca dos mistérios da vida e da morte. O homem agora era responsável por si próprio e por seu futuro; a vida após a morte já não era certa. Foram tais incertezas que resultaram no medo, na angústia, na solidão, nos sentimentos mais sombrios que uma sociedade inteira poderia sentir. O que importa é a expressão do mundo interior do artista. Ao expressionismo interessam as sensações provocadas no artista tanto por fatos internos quanto externos, visto que a dor decorre da própria existência, daí a necessidade de deformar a imagem. EXPRESSIONISMO Alemanha - 1910
  • 8. EXPRESSIONISMO Alemanha - 1910 O movimento é marcado por subjetividade do escritor, análise minuciosa do subconsciente dos personagens e metáforas exageradas ou grotescas. Em geral, a linguagem é direta, com frases curtas. O estilo é abstrato, simbólico e associativo. O irlandês James Joyce, o inglês T.S. Eliot (1888-1965), o tcheco Franz Kafka e o austríaco Georg Trakl (1887-1914) estão entre os principais autores que usam técnicas expressionistas. Os temas expressionistas eram obsessivos e dramáticos, não somente pela marcação das cores, mas também pela monumentalidade da forma, a violência e a agudeza do grafismo; daí uma volta à linha expressiva, aos modelos simplificadores da gravura e às técnicas de ilustração, onde se contrastam juventude e velhice e onde os horrores da guerra e da decadência são apresentados de maneira nostálgica e angustiada, chegando por vezes à alucinação e às raízes da inconsciência.
  • 9. CUBISMO França – 1907 Pablo Picasso – LES DEMOISELLES D’AVIGNON Georges Braque – STILL LIFE WITH MUSICAL INSTRUMENTS
  • 10. Pablo Picasso – GUERNICA
  • 11. O propósito da arte cubista era promover a decomposição, a fragmentação e a geometrização das formas, buscando a multifacetação da realidade. Os artistas apostaram na simultaneidade de visualizações permitidas a partir da análise de um objeto, isto é, o mesmo poderia ser visto sob vários ângulos, embora sua totalidade pudesse ser inteiramente preservada. No que se refere ao campo das artes literárias, instaura-se uma fragmentação da realidade por meio da linguagem retratada pelo uso de palavras dispostas de maneira simultânea, no intento de formar uma imagem. Poema de Sete Faces Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. As casas espiam os homens que correm atrás de mulheres. A tarde talvez fosse azul, não houvesse tantos desejos. O bonde passa cheio de pernas: pernas brancas pretas amarelas. Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração. Porém meus olhos não perguntam nada. O homem atrás do bigode é sério, simples e forte. Quase não conversa. Tem poucos , raros amigos o homem atrás dos óculos e do bigode. Meu Deus, por que me abandonaste se sabias que eu não era Deus se sabias que eu era fraco. Mundo mundo vasto mundo se eu me chamasse Raimundo, seria uma rima, não seria uma solução. Mundo mundo vasto mundo, mais vasto é meu coração. Eu não devia te dizer mas essa lua mas esse conhaque botam a gente comovido como o diabo.
  • 12. DADAÍSMO Suíça – 1916 Embora a palavra dada em francês signifique cavalo de brinquedo, sua utilização marca o non- sense ou falta de sentido que pode ter a linguagem (como na língua de um bebê). Para reforçar esta ideia foi criado o mito de que o nome foi escolhido aleatoriamente, abrindo-se uma página de um dicionário e inserindo-se um estilete sobre ela. Isso foi feito para simbolizar o caráter anti- racional do movimento, claramente contrário à Primeira Guerra Mundial. Faziam parte das propostas dadaístas: •a denúncia das fraquezas por a Europa passava. •a recusa dos valores racionalistas da burguesia. •a desmistificação da arte: “a arte não é coisa séria”. •a negação da lógica, da linguagem, da arte e da ciência. •a abolição da memória, da arqueologia, dos profetas e do futuro.
  • 13. COMO FAZER UM POEMA DADAÍSTA [Tristan Tzara] Pegue um jornal. Pegue a tesoura. Escolha no jornal um artigo do tamanho que você deseja dar a seu poema. Recorte o artigo. Recorte em seguida com atenção algumas palavras que formam esse artigo e [meta-as num saco. Agite suavemente. Tire em seguida cada pedaço um após o outro. Copie conscienciosamente na ordem em que elas são tiradas do saco. O poema se parecerá com você. E ei-lo um escritor infinitamente original e de uma sensibilidade graciosa, [ainda que incompreendido do público. Marcel Duchamp RenèMagritte
  • 14. SURREALISMO França – 1924 Salvador Dalì – A PERSISTÊNCIA DA MEMÓRIA
  • 15. SURREALISMO França – 1924 O Surrealismo foi o último dos movimentos de vanguarda e surgiu quando André Breton lançou o Manifesto do Surrealismo. O movimento nasceu de uma ruptura com o Dadaísmo. Enquanto os dadaístas insistiam na mera destruição, o niilismo e na autofagia, Breton e outros artistas como Louis Aragon e Salvador Dali achavam que a ação demolidora deveria somente uma das etapas do processo criativo. Queriam elaborar uma nova cultura, encontrar um caminho de acesso às zonas profundas do psiquismo no humano. Questionando a sociedade e a arte, eles se propunham destruí-la, para recriá-la a partir de técnicas renovadoras. Os surrealistas procuravam fundir a imaginação, que dorme no inconsciente, com a razão. Juntar o maravilhoso do sonho, dos estados de alucinação e até de loucura do homem, com o maravilhoso e externo: a fantasia e a realidade unidas permitiram captar uma super-realidade.