2. Conceituando o conhecimento escolar
• Bernstein (1971; 2000) – tentativa de conceituar o
conhecimento escolar
• Fronteiras do conhecimento
– condição para aquisição do conhecimento
– incorporação das relações de poder envolvidas na
pedagogia
• Fronteiras – duas dimensões:
– classificação do conhecimento e enquadramento
do conhecimento
3. Conceituando o conhecimento escolar
• Classificação do conhecimento: grau de
isolamento entre domínios de conhecimento
– Classificação Forte: domínios altamente isolados
(ex.: física e história)
– Classificação Fraca: baixo nível de isolamento entre
os domínios (ex. currículos de humanidades e
ciências)
4. Conceituando o conhecimento escolar
• Enquadramento do conhecimento: grau de
isolamento entre o conhecimento escolar/currículo
e o conhecimento cotidiano (não-escolar)
– Enquadramento forte: conhecimentos escolar e nãoescolar isolados
– Enquadramento fraco: fronteiras entre conhecimentos
escolar e não-escolar são diluídas
(ex. programas de educação adulta; currículos para alunos
menos capazes)
5. Estrutura dos domínios de conhecimento
• Bernstein (1996, 2000) – passa do foco nas
relações entre domínios para a estrutura dos
domínios
• Estruturas de conhecimento: modo como
diferentes domínios do conhecimento incorporam
diferentes ideias de como o conhecimento evolui
6. Estrutura dos domínios de conhecimento
•Estruturas verticais: conhecimento evolui para níveis
mais elevados de abstração (ex. ciências naturais)
•Estruturas horizontais: conhecimento evolui ao
desenvolver novas linguagens que apresentam novos
problemas (ex. ciências sociais e as humanidades)
7. Estrutura dos domínios de conhecimento
• Interesses de Bernstein:
1. desenvolver uma linguagem para pensar em diferentes
possibilidades de currículo e suas implicações
2. fazer a conexão entre estruturas de conhecimento,
fronteiras e identidades de alunos
• Fronteiras fortes entre domínios de conhecimento e
entre os conhecimentos escolar e não-escolar exercem
um papel crítico no suporte às identidades dos alunos
8. Ideia de fronteira - Bernstein
Fronteiras referem-se às relações entre conteúdos não aos
conteúdos do conhecimento em si.(???)
Disciplinas escolares não são a única forma que as
fronteiras fortes podem ter
Fronteiras fortes entre os conteúdos terão consequências
distributivas– serão associadas a certas qualidades
negativas dos resultados.(???)
Inovação – demandará que cruzemos fronteiras e
coloquemos identidades em questão
A melhoria das escolas sob essa perspectiva irá envolver
tanto a estabilidade quanto a mudança – relação entre
manutenção e cruzamento da fronteira
9. Conclusões
• Para que servem as escolas – significa perguntar como e
por que as escolas emergiram historicamente, em tempos
e sociedade diferentes – propósito específico de capacitar
alunos a adquirir conhecimento (poderoso) não disponível
em seu cotidiano
• Conceito de diferenciação do conhecimento – parte do
conhecimento importante a ser adquirido não será local e
será contrário à sua experiência (controvérsias – violência
simbólica – Bourdieu)
10. Conclusões
• Currículo – levar em consideração o conhecimento
cotidiano do aluno mas este nunca poderá ser a base
do currículo
• Conceito de diferenciação do conhecimento requer:
– exploração da relação entre o propósito das escolas em criar
condições para que o aluno adquira conhecimento poderoso e
entre as escolas e o conhecimento cotidiano de comunidades
locais
– autonomia das escolas para auxiliar os alunos na aquisição do
conhecimento poderoso
11. Conclusões
•
Conceito de diferenciação do conhecimento requer:
–Pesquisadores educacionais: abordagem da tensão que existe no papel
essencialmente conservador das escolas como instituições responsáveis
pela transmissão de conhecimento na sociedade
• Conservador:
Preservar as condições estáveis para aquisição do conhecimento poderoso resistindo às
pressões políticas e econômicas
Dar prioridade à preservação de privilégios e interesses particulares de uma determinada
classe social
•
Currículo – levar em consideração o conhecimento cotidiano do
aluno mas este nunca poderá ser a base do currículo
12. Conclusões
•
Agentes – campo educacional: Profissionais da área, pesquisadores e
responsáveis por decisões políticas – tratar dos propósitos específicos da
escola
•
Ligação entre as expectativas emancipatórias associadas à expansão da
escolaridade e a oportunidade de aquisição do conhecimento poderoso
•
Conceito de diferenciação do
conhecimento escolar e não-escolar
conhecimento-
distinção
entre
Enfraquecer as fronteiras entre conhecimento escolar e não-escolar poder ser
negar as condições para a aquisição de conhecimento poderoso aos
alunos já desfavorecidos por suas circunstâncias sociais – resolver os
problemas dessa tensão entre demandas políticas e realidades educativas
é uma das maiores questões educativas do nosso tempo (Young, 2007)