Terapia Celular: Legislação, Evidências e Aplicabilidades
Anatomia e fisiologia da íris
1. carla v leite | tânia cavaleiro
anatomia e fisiologia ocular | lic. optometria - ciências da visão | universidade da beira interior abril 2015
ÍRIS
2. localização da íris
fonte: adam
fonte: http://fsweb.bainbridge.edu/
fonte: http://studydroid.com/
A íris é um disco situado poucos milímetros
atrás da córnea, maioritariamente composto
por fibras musculares e constituído por
uma quantidade variável de pigmentos
3. localização da íris
Situa-se como um diafragma circular e vertical,
anterior ao cristalino
fonte: forbestvision.com
4. Íris situa-se na parte anterior da túnica vascular
fonte: the mcgraw-hill companies
localização da íris
5. Mesodérmica!
estroma da íris e a membrana pupilar
Neuroectoderme!
leva à formação do epitélio posterior e aos
músculos esfíncter e dilatador da pupila
embriologia da íris
C: córnea
LE: epitélio do cristalino
V: húmor vítreo primário
OV: ponta da cúpula óptica neuroectodermal
!
fonte: http://www.eyecalcs.com/
Mesmo após o nascimento a íris ainda não está
completamente formada
!
Forma-se a partir das ~6 semanas e tem origem dupla:
Robin R. Ali & Jane C. Sowden, Regenerative medicine: DIY eye. University College London. Abril 2011
6. íris e pupila
É perfurada ao centro por um
orifício: a pupila, que controla a
quantidade de luz que entra no olho
fonte: nei.nih.gov
fonte: http://sl3pt.tumblr.com/
7. contração e dilatação da pupila
"A resposta da pupila não indica apenas a atividade mental,
mas mostra também que a atividade mental está correlacionada
com a dificuldade do problema matemático de multiplicação, e
que a dimensão da pupila aumenta de acordo com a
dificuldade do problema."
Eckhard H. Hess & James M. Polt, Department of Psychology, University of Chicago, Illinois
"Pupil Size in Relation to Mental Activity during Simple Problem-Solving"
Science, 13 March1964: Vol. 143 no. 3611 pp. 1190-1192
8. fonte: nei.nih.gov
contração e dilatação da pupila
Regula automaticamente segundo a intensidade luminosa e
assegura em parte a troficidade do segmento anterior
9. cores da íris
A coloração da face anterior da íris resulta de um efeito
combinado do tecido conjuntivo da íris e das células
pigmentadas, absorvendo e refletindo diferentes frequências
de energia luminosa.
Depende da espessura do epitélio pigmentado
e da intensidade de pigmentação do estroma, a qual varia com a
idade. Quando não há pigmento, como ao nascer, a cor da íris é
azul claro, e tem efeito máximo aos 15 anos.
A concentração de melanócitos é o factor determinante da
cor, mas a distribuição por vezes é irregular, produzindo
um efeito manchado.
12. Em 2008, um grupo de investigadores da Universidade de
Copenhaga publicou um estudo que mostra que as pessoas
com olhos azuis têm um antepassado em comum!
!
Conseguiram provar que a cor azul se deve a uma mutação
genética que aconteceu à 6-10 milhares de anos atrás
cores da íris
University of Copenhagen. Blue-eyed humans have a single, common ancestor. Janeiro 2008
ScienceDaily from www.sciencedaily.com/releases/2008/01/080130170343.htm
13. configuração e relações
A íris divide o segmento anterior do olho em
câmara anterior e câmara posterior!
!
Descrevem-se duas faces, um bordo periférico e
um bordo pupilar
14. configuração e relações
Convexa, banhada pelo humor aquoso
Cor variável
Forma a parte posterior da câmara anterior
Face anterior
fonte: http://www.corpshumain.ca/
16. configuração e relações
Face anterior
Zona pupilar interna: ~2 mm, apresentando, do centro para a periferia: a zona do
rebordo pupilar, que é um anel festonado, pigmentar. Geralmente é mais larga para cima; a
zona do esfíncter, que é uma banda circular; a zona das criptas de Fuchs, que são
deiscências profundas, onde o fundo é atapetado por tecido de aspecto reticular.
!
Zona ciliar externa: 3-4 mm, zona interna que é plana; a zona média com pregas
circulares, concêntricas, sendo a mais periférica, a linha de cristas de Busacca, que
representa o limite da parede posterior do ângulo iridocorneano; a zona externa, com criptas
mais profundas, esponjosas.
!
As zonas são separadas pela collerette iridiana: linha acinzentada, saliente,
na união dos 1/3 interno com os 2/3 externos, e corresponde à zona de reabsorção da
membrana pupilar.
fonte: http://www.antonioramalho.com/
17. configuração e relações
Uniformemente negra e ligeiramente côncava
Contacta com a face anterior do cristalino e com a
extremidade arredondada dos processos ciliares
Face posterior
fonte: http://www.corpshumain.ca/
18. configuração e relações
Face posterior
Pregas de contracção Schwalbe
delgadas, radiarias, na região pupilar
!
Pregas estruturais de Schwalbe
radiarias, alargando-se na periferia
!
Pregas circulares concêntricas à pupila
!
A face posterior relaciona-se com as fibras zonulares.
fonte: http://www.antonioramalho.com/
19. configuração e relações
Bordo periférico (grande anel da íris)
Tem continuidade com a parte anterior do corpo ciliar e
forma com o limbo esclerocorneano um sulco circular
chamado ângulo iridocorneano
!
Bordo pupilar
Limita o orifício pupilar, apresenta um diâmetro de ~4-5
mm, podendo variar até 9 mm.
É mais estreito nos idosos.
22. camadas da íris
Da frente para trás descrevem-se três camadas:
!
Camada anterior: composta por fibroblastos e células pigmentadas!
!
Estroma: tecido conjuntivo, melanócitos e uma matriz de colagéneo; vasos
sanguíneos e um músculo liso formando um anel contráctil (esfíncter
pupilar)
fonte: http://www.anatomyatlases.org/
Rhesus monkey, 10% formalin, H. & E., 162 x.
Atlas of Microscopic Anatomy: Section 16 - Special Senses
Ronald A. Bergman, Adel K. Afifi, Paul M. Heidger. 2015
Camada epitelial posterior:
prolongamento do epitélio
do corpo ciliar,
representando as duas
camadas da cúpula óptica
(músculo dilatador da púpila
e pigmentada)
24. ângulo iridocorneano
Zona anatómica resultante da reunião de 4 estruturas:
pela frente a córnea e a esclera e por trás a íris e o corpo ciliar
!
Função de excreção do humor aquoso, tendo importante papel no
controlo da pressão intra-ocular
28. músculos da pupila
Esfíncter da pupila!
!
É formado por células musculares lisas, que possuem filamentos, e são
reagrupadas em feixes concêntricos no bordo pupilar.
Ele ativa a miose (contracção pupilar) e localiza-se no contorno da
abertura pupilar. Inervação parassimpática.
É de origem neuro-ectodérmica,
sendo um músculo aplanado,
ocupando a parte postero-
interna da íris, próximo do bordo
pupilar.
!
É um músculo solidamente
unido aos elementos vasculares
e colagénio do estroma.
29. Dilatador da pupila!
!
Músculo de origem epitelial constituído por
fibras lisas mas situado em disposição radial e
que se estende ao longo da íris até às
proximidades do esfíncter.
Inervação pelo sistema simpático.
A sua acção provoca midríase.
músculos da pupila
30. vascularização da íris
A irrigação provém das artérias ciliares posteriores, curtas e
longas, e ciliares anteriores, ramos da artéria oftálmica,
formando dois círculos arteriais: grande círculo arterial e
pequeno círculo arterial.!
!
As veias da túnica vascular, iridianas e ciliares drenam para
as veias coroideias, dando origem às chamadas veias
vorticosas que atravessam a esclerótica e desembocam nas
veias oftálmicas. Não existem linfáticos na túnica vascular.
32. alterações da íris
Albinismo: ausência ou alteração de uma
enzima envolvida na produção de melanina!
a íris fica com uma coloração avermelhada devido aos vasos da retina
44. "Para os olhos, a razão do mito popular
reside na quantidade de carotenos
que existem na cenoura e que acabam
por ser transformados em vitamina A,
um dos componentes dos pigmentos
visuais responsáveis pela receção de
luz na retina.!
!
Por isso, a completa ausência de
vitamina A pode causar cegueira
noturna.
mito popular
Admite-se ainda que as propriedades
antioxidantes do betacaroteno
podem ajudar a proteger o olho da
degenerescência macular, tal como
também se podem relacionar com um
atraso no desenvolvimento da
catarata senil."
fonte: centro cirurgico de Coimbra