Este documento apresenta um resumo de um catálogo de exposição que explora como a arquitetura desconstrutivista desafia as nossas percepções de forma através da fragmentação e manipulação de estruturas. Também discute como o desconstrutivismo influenciou a arte contemporânea, permitindo novas percepções dos elementos no espaço e suas combinações dinâmicas. Finalmente, sugere que os artistas nesta exposição criam espaços intermédios através da interação entre volumes, linhas e superfícies modulares.
Aula 1, 2 Bacterias Características e Morfologia.pptx
Deconstructing Forms
1. ROOMS
11/11/09 - 09/01/10 Inauguração 11/11.21h30
JOSÉ BECHARA PEDRO DUARTE BENTO ISIDRO BLASCO
MANUEL CAEIRO ROLAND FISCHER JOSÉ LOURENÇO
AITOR ORTIZ MANUEL SARO RICHARD SCHUR
7. ROLAND FISCHER ROLAND FISCHER
(Saarbrucken, 1958) (Saarbrucken, 1958)
Bank of China 2, Hong Kong, 2008 Tienhe Lu, 2006
C-Print Diasec C-Print Diasec
180 x 125 cm 180 x 125 cm
8.
9. ISIDRO BLASCO ISIDRO BLASCO
(Madrid, 1962) (Madrid, 1962)
Tree, 2007 Stairs II, 2007
Madeira, C-Print e cartolina acid-free Madeira, C-Print e cartolina acid-free
C-Print/acid free museum board/wood. C-Print/acid free museum board/wood.
185 x 160 x 150 cm 180 x 20 x 120 cms
19. RICHARD SCHUR
(Munique, 1971)
La Rouge, 2009 RICHARD SCHUR
Acrílico s/ tela (Munique, 1971)
Acrylic on canvas Night Hawk I, 2009
50 x 60 cm Acrílico s/ tela
Acrylic on canvas
41 x 36 cm
22. JOSÉ BECHARA
(Rio de Janeiro, 1957)
Casa Amorosa, 2008
Fórmica e PVC em MDF
Formica and PVC on MDF
Dimensões variáveis a partir de 50 x 100 x 100 cm
Variable dimensions from 50 x 100 x 100 cm
23. JOSÉ BECHARA
(Rio de Janeiro, 1957)
Banco para Janela (série Paisagem
Doméstica), 2002
Lightjet print
120 x 80 cm
24. BUILDING ROOMS
“The projects in this exhibition mark a different sensibility, one in which the dream of pure form has been dis-
turbed. It is the ability to disturb our thinking about form that makes these projects deconstructive. The show
examines an episode, a point of intersection between several architects where each constructs an unsettling
building by exploiting the hidden potential of modernism.” Phillip Johnson e Mark Wigley, excerto do catálogo da
exposição Deconstructivist Architecture, MoMA, Nova York, 1988.
“What I would argue is that the structure of ideas--that is any theoretical matrix, a discourse--has been as far as
architecture is concerned, traditionally at a very pragmatic level. That is, we have had a history of theory in archi-
tecture, but that theory has been related to how to build buildings, how to site buildings, how buildings look. ...
Questions of form are often raised outside of architecture, particularly in philosophy.” From Peter Eisenman, “An
Interview: Peter Eisenman and Andrew Benjamin,” in Re-working Eisenman. Londres: Academy Editions, 1993,
p.133.
A Desconstrução, processo de análise crítico-filosófica criada por Jacques Derrida, previa o estudo formal de con-
ceitos universalmente aceites e estáveis, estendeu-se à crítica literária através de uma metodologia de análise
das estruturas textuais com J. Hillis Miller, Harold Bloom e Geoffrey Hartman, tendo formado também um ponto
de partida para o desconstrutivismo na arquitectura, onde Frank Gehry, Daniel Libeskind, Rem Koolhaas, Peter
Eisenman, Zaha Hadid, Coop Himmelb(l)au, e Bernard Tschumi são intervenientes. Via do formalismo radical
que propunha retirar o valor simbólico aos elementos arquitectónicos, o desconstrutivismo analisa o desdobra-
mento de estruturas através da fragmentação e manipulação da superfície estrutural, pelo uso das assimetrias
e ordens geométricas múltiplas, que envolvem as superfícies numa métrica descontínua, reforçando a ideia de
movimento, dinamismo e energia vibrantes. Partindo deste ponto, podemos dialogar sobre as contaminações
do desconstrutivismo na arte contemporânea, numa perspectiva que permite percepcionar e observar a forma
como os elementos se inserem no espaço e também estudar as combinações de elementos nos objectos, ob-
servando um princípio de expansão e outro de contracção.
Poderemos afirmar que, para este conjunto de artistas, as formas, superfícies e planos não constroem isolada-
mente o espaço, mas também a interacção entre os volumes, linhas em progressão e superfícies modulares
ritmadas, revelando uma procura de espaços intermédios ou rooms da percepção espacial.