SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 40
UNIDADE III- AS RESPOSTAS TEÓRICO-
MEDOLÓGICAS E PRÁTICAS DO SERVIÇO SOCIAL
EM SUAS VERTENTES TRADICIONAIS E SUAS
INTERCONEXÕES COM AS MATRIZES TEÓRICAS:
SERVIÇO SOCIAL DE CASO; SERVIÇO SOCIAL DE
GRUPO; SERVIÇO SOCIAL DE COMUNIDADE E
DESENVOLVIMENTO DE COMUNIDADE.
SERVIÇO SOCIAL DE
CASO
Serviço Social de Caso, em linhas gerais:
 É um método norte-americano;
 Forte influência da medicina, psicologia e da
sociologia positivista, principalmente da sua vertente
funcionalista;
 A Questão Social é um problema individual;
 Propõem uma mudança na personalidade do
individuo para que este se ajuste na sociedade;
 Tem como sua principal representante: Mary
Richmond.
CASO?
MARY E.
RIHMOND,1922.
 O livro baseia-se na experiência da autora,
suplementada pela leitura de inúmeros casos, sua
exposição se refere ao trabalho especializado de seis
casos, de tratamento prolongado e intensivo( 2 a 6
anos), pois este constitui a mais segura medida de
avaliação de sucessos e insucessos, com “clientes”
de nacionalidades diferentes.
 O Serviço Social de Caso tem como idéia central: “o
desenvolvimento da personalidade, através de
ajustamentos conscientes e abrangentes.”
 O assistente social deve estar igualmente ocupado
com o individuo e com o seu meio social.
Segundo Mary Richmond, o caso social consiste nos
processos de desenvolvimento da personalidade,
através de ajustamentos conscientemente efetuados,
de individuo a individuo e do homem para com o seu
meio social. Tendo o Assistente Social como artífice
do relacionamento social, a principal técnica utilizada
pelas assistente sociais eram as entrevistas e relatórios
bem detalhados da história do cliente.
CASO DE MARIA BIELOWSKI
 Maria era uma jovem polonesa, que durante quatro
anos, ficou sob os cuidados de uma pequena obra
particular, que matinha uma equipe de assistentes
sociais e uma escola para moças difíceis, mas não
retardadas.
 Foi trabalhar em numa fábrica quando tinha apenas
15 anos, depois de muitos desentendimento com a
madrasta, deixou o lar e passou a viver em
hospedarias e hotéis baratos. Em um desses lugares,
roubou alguns dólares de sua companheira e foi
presa.
 A “probation officer” responsável por Maria ,
verificou algumas pessoas sobre os antecedentes de
Maria e descobriu que sua família, há cinco...
...anos antes do roubo, soube-se que o seu pai, sua
segunda esposa e os seus filhos, tinham vindo da
Polônia. O pai falecera 3 anos depois e a madrasta,
que não falava mais que uma dúzia de palavras em
inglês, perdera todo o controle dos filhos , embora
parecesse ser uma boa senhora. Os filhos mais
velhos havia saído de casa, o mais moço achava-se
em um reformatório. Maria, fora boa estudante,
completara a sétima série em 4 anos, tendo
começado sem saber nada de inglês, participou dos
grupos bandeirantes e da escola dominical. Esses
fatos mostraram que a liberdade vigiada em
condições capazes de assegurar um máximo de
cuidado individualizado, poderia trazer bons
resultados, assim “probation officer” procurou ajuda
da obra citada acima.
Alguns meses depois de entrar nessa escola, umas das
assistentes sociais, com concordância da jovem, de sua
família e do magistério, tornou-se sua guardiã legal. Sob
esta guarda, o comportamento e o caráter da jovem,
melhoraram constantemente.
○ Passos que levaram a mudanças nos hábitos da moça e
no seu relacionamento com o meio ambiente:
- Tratamento das condições físicas;
- Ensino dos padrões americanos de vida em família;
- Privilegiada com alguns empregos (5 empregos);
- Continuidade dos estudos.
○ A assistente social ganhou a confiança de Maria, cuidando
de evitar rigidez de pensamento e a tendência de inibir a
iniciativa da cliente, apelando constantemente para o auto-
respeito a ambição da jovem. Estimulando mais através de
atos do que por palavras convencionais.
Caso Social – Sua Definição
 Levou em consideração serviços a longo prazo e o trabalho
especializado;
 Serviço social complementar as outras profissões;
 “Quando um homem perde suas terras, sua saúde, sua
força, ele ainda é a mesma pessoa e nada perdeu da sua
personalidade” (Metafísica escocês).
 Conceitos importantes:
- Individualidade; - Meio Social; - Personalidade.
 O caso social trabalha com os aspectos relacionados a
personalidade, que exige um campo especifico, que é o
Serviço Social de Caso.
 Definição de SS de Caso.
 Mary Richmond analisa os casos levando em
consideração 4 divisões:
- “insight” (percepção) das características individuais e
pessoais;
- “insight” dos recursos, perigos e influências do meio
social;
- Ação direta de individuo a individuo;
- Ação indireta através do meio social.
 As assistentes sociais de caso estão sempre agindo como
intermediarias e procurando utilizar, inteligentemente, os
recursos sociais da comunidade ao lado dos avanços da
medicina afim de possibilitar um melhor trabalho de caso
individual.
 Entretanto, nem sempre basta tentar um ajustamento entre
o cliente e seu meio, as vezes a mudança deste –
temporária ou permanente – é um recurso importante.
 Enfim, todos os aspectos analisados convergem para um
único objetivo “efetuar o melhor ajustamento entre o
individuo e o mundo em vive”.
SERVIÇO SOCIAL: PROCESSOS E
TÉCNICAS.
BALBINA OTTONI VIEIRA, 1977.
SERVIÇO SOCIAL DE CASOS
 I- CONCEITUAÇÃO
- Em sua evolução histórica, uma das tendências
do Serviço Social foi a individualização da
assistência;
- Por ter passado por uma evolução muito rápida o
Serviço Social de Casos ao longo dos anos recebeu
conceituações diferentes;
- No séc. XX a partir de estudos minuciosos o SS
descobriu suas bases cientificas e Mary
Richmond lançou a primeira definição do SS de
Casos: “O SS de Casos é o processo que
desenvolve a personalidade através de um
homens e seu ambiente.”
- Mas a ONU em 1960 lança o último conceito de
SS de Casos: “O SS de Casos é uma dinâmica
mútua, entre o A.S e o cliente, deliberadamente
utilizada para o tratamento social, e que se
origina no estudo do indivíduo, e na situação
peculiar onde se encontra, nos problemas que o
afetam e da maneira em que pode ser ajudado a
resolvê-los, mediante seus próprios recursos e os
da comunidade.”
- O SS é posto em prática de maneira diferente
pelos vários países, ele é dinâmico, sendo o
produto da civilização onde se desenvolve.
- O SS de Casos procura ajudar o indivíduo a
resolver seus próprios problemas, seja através de
mudanças de atitudes, seja pela utilização dos
recursos da comunidade ou por ambos os meios.
E o papel do assistente social é ajudar o indivíduo
a examinar estas dificuldades e auxiliar o cliente
a encontrar a solução para elas,assim como meios
para executá-las.
- O SS de Casos só se aplica a problemas
individuais ou de família.
- Segundo Hamilton, o caso social é composto de
fatores internos(subjetivos) e externos(objetivos),
não se trata os indivíduos somente em relação a
suas experiências sociais, mas também trata-se
de seus sentimentos em relação a estas
experiências. Então não é possível restringir o SS
de Casos a
simples modificações das condições exteriores pois
cada problema é, em geral, interpessoal além de
social.
 II-INSTRUMENTOS DO SS DE CASOS
1-Relações entre assistente social e cliente
- Pelo fato de o A.S ajudar o cliente na resolução de
seus problemas suas relações tem um caráter
especial, onde a personalidade do primeiro
influência no processo de tratamento, e nesta
relação pode-se distinguir três aspectos:
a) A “aceitação do cliente”
- O assistente social deve aceitar o cliente,
reconhecer que ele tem o direito de ser o que é:
econômica, social, moral ou psicologicamente.
- Para poder ajudar o cliente ao A.S não basta
conhecer apenas seu problema, mas tomar
ciência sobre o modo pelo qual o cliente o encara,
o que pensa sobre ele, e a maneira pela qual
espera solucioná-lo.
- O SS de Casos não pretende reformar a
personalidade do cliente, mas aproveitar suas
aptidões em potencial para obter novas
iniciativas ou mudanças em relação a suas
dificuldades. E neste processo o A.S deve apenas
orientar e esclarecer o cliente, e não tomar a
atitude de proteger ou resolver os problemas por
ele.
- Portanto, a atitude de “aceitação” do cliente leva
o A.S a respeitar sua liberdade de pensar, de
escolher e de atuar.
b) O uso da “autoridade”
- A autoridade do A.S é proveniente da sua
formação profissional, que agora se coloca à
disposição do cliente, e que está baseada na
aceitação do cliente e estabelecimento de uma
confiança mútua necessária ao tratamento social.
- Essa autoridade também está fundamentada nas
leis morais e civis, de um lado, e de outro nas
funções da entidade da qual é funcionário.
- A autoridade do A.S representa um fator de
ordem na prestação da assistência, para que as
funções das instituições sejam claramente
definidas.
- A arte do A.S consiste em exercer esta autoridade
de uma maneira benéfica para o cliente, tornado-
a positiva para os que tem dificuldades em lidar
c) Autoconhecimento do Assistente Social
- O assistente social tem que ter consciência de
sua individualidade, de suas crenças e de seus
preconceitos, e de que maneira reage diante de
determinadas situações, somente assim poderá
controlar suas reações e suas atitudes diante do
cliente.
- O assistente social deve ser neutro nos
julgamentos de valor sobre o cliente e saber
controlar suas emoções para não se identificar
com o cliente ou seu problema.
- O autoconhecimento e o autodomínio do A.S
mostrará ao cliente que pode ter confiança nele,
e que o apoio que recebem parte de uma
personalidade sólida e equilibrada.
d) A confidencialidade
- O assistente social tem que passar ao cliente a
certeza de que as informações sobre ele não serão
divulgadas ou comentadas com terceiros, sendo
esta a base da ação do profissional de serviço
social.
- Esta atitude de descrição também serve como
influência educativa para os clientes, e os leva a
usar de maior franqueza com o A.S e estabelece
um clima de confiança imprescindível ao
tratamento social.
e) A unidade no tratamento
- O caso deve ser tratado em todas as etapas por
pelo mesmo assistente social.
- Mas se o caso não se enquadra na ação daquela
obra social, o assistente social deve preparar o
cliente, avisá-lo que ele irá ser transferido para o
tratamento com outro assistente e até em outra
instituição, para que os clientes que tenham a
personalidade mais dependente não se sintam
rejeitados pelo assistente social.
2-Técnicas de Entrevistas
- Em SS de Casos a entrevista é o meio para se
estabelecer as relações com o cliente a fim de
permitir o tratamento social.
- A entrevista pode ser conduzida de várias
formas, e difere de acordo com a maneira que o
cliente chega ao assistente social.
- Os principais elementos da entrevista são
classificados didaticamente como: “observar”,
“ouvir”, “perguntar” e “interpretar”.
- E o assistente social deve tomar alguns cuidados
ao fazer a entrevista, como prestar bem atenção
ao problema do cliente, não fazer anotações e
escolher um ambiente que seja propício para
execução de uma entrevista. E pode recorrer a
entrevistas com “colaterais” do cliente.
3-Utilização dos recursos da comunidade
- Dentro da comunidade existem várias obras ou
instituições sociais que se propõem a tentar
ajudar os moradores a resolver suas dificuldades,
mas nenhuma obra ou instituição sozinha é capaz
de atender a todas as necessidades dos
moradores, por isso cada uma deve ter sua
finalidade bem definida.
- Na comunidade em que trabalha o assistente
social encontra um determinado número de
recursos legais, médicos, sanitários, educacionais,
assistenciais que deve conhecer a fundo para
utilizá-los eficientemente.
- A maioria dos serviços públicos é muito
burocrática, e isso impede o acesso da população
a seus recursos.
- O assistente social, é nestas condições
considerado pelo cliente uma espécie de mediador
para obter mais fácil e rapidamente o acesso aos
recursos das repartições públicas que pretendem
alcançar.
- O SS de Casos procura então estabelecer um
equilíbrio entre a pessoa e o meio em que vive,
ajudando-a a adaptar-se e atuar de melhor forma
em relação aos serviços dispostos na comunidade.
 III- FASES DO PROCESSO DE SERVIÇO
SOCIAL DE CASOS
- A finalidade do SS de Casos é ajudar o cliente a
solucionar seus problemas, os quais, logicamente,
precisam ser conhecidos, a fim de que seja
aplicado o tratamento adequado a sua natureza.
- A simples exposição dos fatos já constitui parte
do tratamento, na medida em que ao fazer isto o
cliente toma consciência de seu estado e junto
com o assistente social estuda os meios de
solucionar seu problema através de seus próprios
recursos e os recursos da comunidade, a
participação ativa do cliente é característica
fundamental do SS de Casos.
- As fases do processo do SS de Casos estão
divididas em três:
1-O Estudo
- O tratamento social já começa a partir do
primeiro contato com o cliente, a medida inicial é
saber quem ele é, que problema o aflige e o que
pretende fazer. O estudo do caso pode ser
conseguido através dos seguintes meios:
a)Entrevista na obra
- As informações recolhidas devem ser
subordinadas aos encargos da obra.
- Estas informações devem permitir ao A.S a
compreensão do problema trazido pelo cliente.
Para que o A.S possa analisar se o pedido do
cliente se enquadra nas finalidades daquela obra.
b) Visitas Domiciliares
- Este artifício não deve ser usado em todos os
casos, é usado apenas como uma forma de estudo
ou tratamento que tem uma finalidade
determinada.
- Mas é obrigatória em certos tipos de serviços
assistenciais, como: escolha de um lar substituto,
verificação do ambiente onde vive a criança, cujos
pais pedem intervenção; entre outros casos.
c) Informações Colaterais
- São informações que o A.S busca sobre o
indivíduo através de empregadores, parentes ou
amigos que podem ser valiosas para o estudo do
problema.
- E para que estas informações sejam úteis o A.S
deve estabelecer um equilíbrio entre as
d) Exames e Testes
- Só os serviços especializados, como clínicas de
orientação, ou serviços de colocação familiar
pedem exames médicos ou testes psicológicos.
- O papel do A.S é informar ao cliente da
necessidade ou exigência destes testes.
2- O Diagnóstico
- PROBLEMA;
- CAUSAS;
- CLIENTE .
3- TRATAMENTO SOCIAL
a)Tratamento Indireto
- Tratamento Indireto – prestação de serviços
concretos
- Tratamento Indireto – modificação do ambiente
b)Tratamento Direto ou Psicossocial
c)Avaliação do Tratamento
 IV- ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL DE
CASOS
1) Utilização do Serviço Social de Casos
2) Categorias de “Casos Sociais”
3) Primeiro contato do Cliente com o Serviço Social:
O “Plantão”
4) Trabalhos que não podem ser considerados
Serviço Social de Casos
- Distribuição de auxílios
- Concessão de benefícios
- Matrículas e inscrições em instituições sociais
- Estudo de candidatos a habitações populares
- Recuperação e seguimento de pacientes, de
recém-empregados e de inválidos.
- Divisão do trabalho entres os assistentes sociais.
TEORIA E PRÁTICA DO SERVIÇO
SOCIAL DE CASOS ( GORDON
HAMILTON )
 Métodos de Diagnóstico e de Avaliação
*Para compreender a significação de um caso ,
são indispensáveis certos dados psicológicos e
sociais
*A opinião do assistente social deve formar-se o
mais rápido possível
*A significação dada pelo assistente social aos
incidentes, ao histórico e ao comportamento é
chamada de "diagnóstico"
*O diagnóstico preocupa-se com a interação
causal; a avaliação, com o objetivo social
*O diagnóstico e avaliação tem como objetivo
tornar o tratamento praticável
 O Processo de Diagnóstico
*Ao fazer o diagnóstico, procura-se chegar às
causas, pois assim se consegue uma definição
mais precisa do problema
Diagnóstico e "Gestalt"
*Todo diagnóstico é uam configuração ou
"Gestalt", cujo significado total decorre do fato de
que, como profissionais, faremos alguma coisa a
respeito do pedido do cliente para ser assistido
Causalidade no Diagnóstico
*A causalidade histórica é como uma pirâmide 
de vertice para baixo  -  o comportamento ou
situação representam o vértice - e, quanto mais
nos aproximarmos da base, mais causas
aparecerão
 Classificação e Afirmação Diagnóstica
*Não se pode descrever e definir sem classificar;
todos os seres que pensam fazem, de um modo ou
de outro, classificações
Conclusões e Diagnóstico
*As conclusões são a matéria-prima para  o
diagnóstico, mas  não são propriamente o
diagnóstico
*Os fatos que parecem mais  significativos  para
compreender o problema  ou a pessoa são
chamados "conclusões"
Diagnóstico em  Colaboração
*Os assistentes sociais precisam utilizar-se das
outras profisssões para chegarem aos
diagnósticos que se enquadram dentro da sua
função
 O  Processo de Avaliação
*O diagnóstico e a avaliação  constituem
processos intelectuais complementares, tendo por
finalidade dar a essência de significação do caso;
ambos têm início no plantão e continuam no
correr do tratamento, focalizando diversos pontos
do mesmo
*A avaliação é um movimento de equilíbrio entre
prós e contras, capacidades e fraquezas, ações
construtivas e destrutivas
MÉTODOS DE TRATAMENTO
 Tratamento (conceito)
 Objetivo:estabilizar ou melhorara o
reajustamento do cliente
 O tratamento é sempre condicionado pelos
costumes, cultura, oportunidades existentes na
comunidade, aptidão e habilidade do ass.
Social,pela capacidade e disposição do cliente em
participar do processo de tratamento.
 Desajustamento X Ajustamento
 Objetivo do ajustamento:prevenir os
desajustamento, procurara desenvolver as
potencialidades do cliente, identificar novas
possibilidades para o aperfeiçoamento e
desenvolvimento do cliente, restabelecer suas
relações humanas, tornar suas experiências de
vida satisfatória.
 Tratamento indireto:
 Prestação de serviços concretos:auxílio dado ao
cliente para que escolha e se utilize do recurso
disponível na comunidade.ex: colônias de férias,
auxílio econômico, abrigo, orientação, assistência
médica.
 Papel do Ass. Social
 Público atendido
 Tratamento indireto
 Modificação do ambiente:todas as tentativas para
diminuir as pressões ou dificuldades do
indivíduo, contribuindo para melhorar a situação
do cliente. Ex: lares substitutos, experiências de
grupo, programas de adaptação e readaptação.
 Papel do Ass. social
 Tratamento direto
 Entrevista (objetivos e benefícios)-visa ajudar o
cliente a entender suas atitudes,suas reações e
como ele contribui para isso, clarificando os
conflitos,discutindo as possibilidades de soluções
 Orientação- em certo sentido é um processo
educativo, oferece informações, clarifica a visão
do indivíduo em relação a se próprio e ao
ambiente.
 Transferência- se realiza pela interação
psicossocial, serve para libertar o cliente para
que ele possa sentir e pensar mais objetivamente
seu comportamento e sua relação com o outro.
 Defesas e resistências- o assistente social tem
como objetivo ajudar as pessoas a superar suas
defesas e resistência, pois estas podem prejudicar
o tratamento.
MUITO OBRIGADO!!!!
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
HAMINTON, Gordon. Teoria e prática do serviço social de caso.
Rio:Agir, 1979.
RICHMOND, Mary. O que é serviço social de Caso. Rio: CBCISS,
1974.
VIEIRA, Serviço Social: processos e tecnicas. 4 ed.Rio: Agir,
1978.

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Código ética profissional do Serviço Social 1965
Código ética profissional do Serviço Social 1965Código ética profissional do Serviço Social 1965
Código ética profissional do Serviço Social 1965FILIPE NERI
 
Aula a evolução dos códigos de ética profissional
Aula a evolução dos códigos de ética  profissionalAula a evolução dos códigos de ética  profissional
Aula a evolução dos códigos de ética profissionalJúlia Nascimento
 
Oficina de serviço social elaboração de relatórios e laudos.
Oficina de serviço social   elaboração de relatórios e laudos.Oficina de serviço social   elaboração de relatórios e laudos.
Oficina de serviço social elaboração de relatórios e laudos.Rosane Domingues
 
Serviço Social e Saúde Mental
Serviço Social e Saúde MentalServiço Social e Saúde Mental
Serviço Social e Saúde MentalCarol Alves
 
COMO FAZER RELATÓRIOS
COMO FAZER RELATÓRIOSCOMO FAZER RELATÓRIOS
COMO FAZER RELATÓRIOSDaiane Daine
 
CRAS - Centro de Referencia de Assistência Social
CRAS - Centro de Referencia de Assistência SocialCRAS - Centro de Referencia de Assistência Social
CRAS - Centro de Referencia de Assistência SocialAllan Shinkoda
 
Instrumentos de trabalho do profissional no creas
Instrumentos de trabalho do profissional no creasInstrumentos de trabalho do profissional no creas
Instrumentos de trabalho do profissional no creasRoberta Lopes
 
A trajetória do serviço social tanto na europa como nos eua
A trajetória do serviço social tanto na europa como nos euaA trajetória do serviço social tanto na europa como nos eua
A trajetória do serviço social tanto na europa como nos euaRaquel Perez
 
TCC - Serviço social
TCC - Serviço socialTCC - Serviço social
TCC - Serviço socialGui Souza A
 
Fundamentos do serviço social 2 - parte 2 - Capitulo 3
Fundamentos do serviço social 2 - parte 2 - Capitulo 3Fundamentos do serviço social 2 - parte 2 - Capitulo 3
Fundamentos do serviço social 2 - parte 2 - Capitulo 3Daniele Rubim
 
QUESTIONÁRIO DIRIGIDO (Mary Richmond e o Serviço Social de Casos)
QUESTIONÁRIO DIRIGIDO (Mary Richmond e o Serviço Social de Casos)QUESTIONÁRIO DIRIGIDO (Mary Richmond e o Serviço Social de Casos)
QUESTIONÁRIO DIRIGIDO (Mary Richmond e o Serviço Social de Casos)SilvioAntnio1
 
Instrumentais tecnico operativos no servico social
Instrumentais tecnico operativos no servico socialInstrumentais tecnico operativos no servico social
Instrumentais tecnico operativos no servico socialAna santos
 
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.Rosane Domingues
 
Codigo de Ética do Assistente social para estudos
Codigo de Ética do Assistente social para estudosCodigo de Ética do Assistente social para estudos
Codigo de Ética do Assistente social para estudosRosane Domingues
 
Trajetória do Serviço Social
Trajetória do Serviço SocialTrajetória do Serviço Social
Trajetória do Serviço SocialConceição Amorim
 
prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção p...
prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção p...prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção p...
prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção p...José Araujo
 

La actualidad más candente (20)

Apresentação serviços social
Apresentação serviços socialApresentação serviços social
Apresentação serviços social
 
Código ética profissional do Serviço Social 1965
Código ética profissional do Serviço Social 1965Código ética profissional do Serviço Social 1965
Código ética profissional do Serviço Social 1965
 
Aula a evolução dos códigos de ética profissional
Aula a evolução dos códigos de ética  profissionalAula a evolução dos códigos de ética  profissional
Aula a evolução dos códigos de ética profissional
 
Prática de Serviço Social Psicossocial
Prática de Serviço Social PsicossocialPrática de Serviço Social Psicossocial
Prática de Serviço Social Psicossocial
 
Oficina de serviço social elaboração de relatórios e laudos.
Oficina de serviço social   elaboração de relatórios e laudos.Oficina de serviço social   elaboração de relatórios e laudos.
Oficina de serviço social elaboração de relatórios e laudos.
 
Serviço Social e Saúde Mental
Serviço Social e Saúde MentalServiço Social e Saúde Mental
Serviço Social e Saúde Mental
 
COMO FAZER RELATÓRIOS
COMO FAZER RELATÓRIOSCOMO FAZER RELATÓRIOS
COMO FAZER RELATÓRIOS
 
CRAS - Centro de Referencia de Assistência Social
CRAS - Centro de Referencia de Assistência SocialCRAS - Centro de Referencia de Assistência Social
CRAS - Centro de Referencia de Assistência Social
 
Cras paif
Cras paifCras paif
Cras paif
 
Instrumentos de trabalho do profissional no creas
Instrumentos de trabalho do profissional no creasInstrumentos de trabalho do profissional no creas
Instrumentos de trabalho do profissional no creas
 
A trajetória do serviço social tanto na europa como nos eua
A trajetória do serviço social tanto na europa como nos euaA trajetória do serviço social tanto na europa como nos eua
A trajetória do serviço social tanto na europa como nos eua
 
TCC - Serviço social
TCC - Serviço socialTCC - Serviço social
TCC - Serviço social
 
Fundamentos do serviço social 2 - parte 2 - Capitulo 3
Fundamentos do serviço social 2 - parte 2 - Capitulo 3Fundamentos do serviço social 2 - parte 2 - Capitulo 3
Fundamentos do serviço social 2 - parte 2 - Capitulo 3
 
QUESTIONÁRIO DIRIGIDO (Mary Richmond e o Serviço Social de Casos)
QUESTIONÁRIO DIRIGIDO (Mary Richmond e o Serviço Social de Casos)QUESTIONÁRIO DIRIGIDO (Mary Richmond e o Serviço Social de Casos)
QUESTIONÁRIO DIRIGIDO (Mary Richmond e o Serviço Social de Casos)
 
Relatório final de estágio
Relatório final de estágio Relatório final de estágio
Relatório final de estágio
 
Instrumentais tecnico operativos no servico social
Instrumentais tecnico operativos no servico socialInstrumentais tecnico operativos no servico social
Instrumentais tecnico operativos no servico social
 
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.
OFICINA DE SERVIÇO SOCIAL - ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS E LAUDOS.
 
Codigo de Ética do Assistente social para estudos
Codigo de Ética do Assistente social para estudosCodigo de Ética do Assistente social para estudos
Codigo de Ética do Assistente social para estudos
 
Trajetória do Serviço Social
Trajetória do Serviço SocialTrajetória do Serviço Social
Trajetória do Serviço Social
 
prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção p...
prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção p...prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção p...
prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e intervenção p...
 

Similar a Serviço Social de Caso: história, conceitos e técnicas

um novo olhar para o sujeito social
um novo olhar para o sujeito social um novo olhar para o sujeito social
um novo olhar para o sujeito social Projovem Urbano
 
Navegando nas Águas Turvas: Entendendo Relacionamentos Tóxicos e Abuso Psicol...
Navegando nas Águas Turvas: Entendendo Relacionamentos Tóxicos e Abuso Psicol...Navegando nas Águas Turvas: Entendendo Relacionamentos Tóxicos e Abuso Psicol...
Navegando nas Águas Turvas: Entendendo Relacionamentos Tóxicos e Abuso Psicol...VictorRodrigues765598
 
Slide_Psicologia_Social_Silvia_Lane_e_En.pptx
Slide_Psicologia_Social_Silvia_Lane_e_En.pptxSlide_Psicologia_Social_Silvia_Lane_e_En.pptx
Slide_Psicologia_Social_Silvia_Lane_e_En.pptxrosemendes2001hotmai
 
Comunicação dirigida escrita
Comunicação dirigida escritaComunicação dirigida escrita
Comunicação dirigida escritaDragodragons
 
Conferencia Situación de Calle - Versão Final.pptx
Conferencia Situación de Calle - Versão Final.pptxConferencia Situación de Calle - Versão Final.pptx
Conferencia Situación de Calle - Versão Final.pptxSoninhaFrancine1
 
Factores de escolha profissional
Factores de escolha profissionalFactores de escolha profissional
Factores de escolha profissionalLaissane Dimande
 
Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social
Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social
Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social Rosemeire Rocha D. Fukue
 
Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social
 Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social  Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social
Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social Rosemeire Rocha D. Fukue
 

Similar a Serviço Social de Caso: história, conceitos e técnicas (20)

um novo olhar para o sujeito social
um novo olhar para o sujeito social um novo olhar para o sujeito social
um novo olhar para o sujeito social
 
Navegando nas Águas Turvas: Entendendo Relacionamentos Tóxicos e Abuso Psicol...
Navegando nas Águas Turvas: Entendendo Relacionamentos Tóxicos e Abuso Psicol...Navegando nas Águas Turvas: Entendendo Relacionamentos Tóxicos e Abuso Psicol...
Navegando nas Águas Turvas: Entendendo Relacionamentos Tóxicos e Abuso Psicol...
 
Slide_Psicologia_Social_Silvia_Lane_e_En.pptx
Slide_Psicologia_Social_Silvia_Lane_e_En.pptxSlide_Psicologia_Social_Silvia_Lane_e_En.pptx
Slide_Psicologia_Social_Silvia_Lane_e_En.pptx
 
Amar e proteger2
Amar e proteger2Amar e proteger2
Amar e proteger2
 
Amar e proteger2
Amar e proteger2Amar e proteger2
Amar e proteger2
 
Diretrizes Curriculares RME SL
Diretrizes Curriculares RME SLDiretrizes Curriculares RME SL
Diretrizes Curriculares RME SL
 
Amar e Proteger2
Amar e Proteger2Amar e Proteger2
Amar e Proteger2
 
Amar e proteger2
Amar e proteger2Amar e proteger2
Amar e proteger2
 
O adolescente resiliente
O adolescente resiliente   O adolescente resiliente
O adolescente resiliente
 
Comunicação dirigida escrita
Comunicação dirigida escritaComunicação dirigida escrita
Comunicação dirigida escrita
 
LIVRO_UNICO.pdf
LIVRO_UNICO.pdfLIVRO_UNICO.pdf
LIVRO_UNICO.pdf
 
Conferencia Situación de Calle - Versão Final.pptx
Conferencia Situación de Calle - Versão Final.pptxConferencia Situación de Calle - Versão Final.pptx
Conferencia Situación de Calle - Versão Final.pptx
 
Factores de escolha profissional
Factores de escolha profissionalFactores de escolha profissional
Factores de escolha profissional
 
Amar e Proteger2
Amar e Proteger2Amar e Proteger2
Amar e Proteger2
 
Apresentação Amar e Proteger2
Apresentação Amar e Proteger2Apresentação Amar e Proteger2
Apresentação Amar e Proteger2
 
Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social
Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social
Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social
 
Apresentação Amar e Proteger2
Apresentação Amar e Proteger2Apresentação Amar e Proteger2
Apresentação Amar e Proteger2
 
Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social
 Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social  Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social
Amar e Proteger2 Serviço de Proteção Social
 
Apresentação Amar e Proteger2
Apresentação Amar e Proteger2Apresentação Amar e Proteger2
Apresentação Amar e Proteger2
 
Apresentação amar e proteger2
Apresentação amar e proteger2Apresentação amar e proteger2
Apresentação amar e proteger2
 

Más de Carol Alves

DROGAS (Comunidade Terapêutica "Fazenda da Paz")
DROGAS (Comunidade Terapêutica "Fazenda da Paz")DROGAS (Comunidade Terapêutica "Fazenda da Paz")
DROGAS (Comunidade Terapêutica "Fazenda da Paz")Carol Alves
 
Movimento de Mulheres (Feminismo) Brasil/Piauí
Movimento de Mulheres (Feminismo) Brasil/PiauíMovimento de Mulheres (Feminismo) Brasil/Piauí
Movimento de Mulheres (Feminismo) Brasil/PiauíCarol Alves
 
Correntes teórico metodológicas do Serviço Social
Correntes teórico metodológicas do Serviço SocialCorrentes teórico metodológicas do Serviço Social
Correntes teórico metodológicas do Serviço SocialCarol Alves
 
Serviço social e alcoolismo
Serviço social e alcoolismoServiço social e alcoolismo
Serviço social e alcoolismoCarol Alves
 
Batalha do jenipapo
Batalha do jenipapoBatalha do jenipapo
Batalha do jenipapoCarol Alves
 
Questão Social - Causas da Violência na Escola
Questão Social - Causas da Violência na EscolaQuestão Social - Causas da Violência na Escola
Questão Social - Causas da Violência na EscolaCarol Alves
 

Más de Carol Alves (9)

Bioética
BioéticaBioética
Bioética
 
DROGAS (Comunidade Terapêutica "Fazenda da Paz")
DROGAS (Comunidade Terapêutica "Fazenda da Paz")DROGAS (Comunidade Terapêutica "Fazenda da Paz")
DROGAS (Comunidade Terapêutica "Fazenda da Paz")
 
Movimento de Mulheres (Feminismo) Brasil/Piauí
Movimento de Mulheres (Feminismo) Brasil/PiauíMovimento de Mulheres (Feminismo) Brasil/Piauí
Movimento de Mulheres (Feminismo) Brasil/Piauí
 
Correntes teórico metodológicas do Serviço Social
Correntes teórico metodológicas do Serviço SocialCorrentes teórico metodológicas do Serviço Social
Correntes teórico metodológicas do Serviço Social
 
Terceira Idade
Terceira IdadeTerceira Idade
Terceira Idade
 
Serviço social e alcoolismo
Serviço social e alcoolismoServiço social e alcoolismo
Serviço social e alcoolismo
 
Batalha do jenipapo
Batalha do jenipapoBatalha do jenipapo
Batalha do jenipapo
 
Questão Social - Causas da Violência na Escola
Questão Social - Causas da Violência na EscolaQuestão Social - Causas da Violência na Escola
Questão Social - Causas da Violência na Escola
 
Questão Social
Questão SocialQuestão Social
Questão Social
 

Serviço Social de Caso: história, conceitos e técnicas

  • 1. UNIDADE III- AS RESPOSTAS TEÓRICO- MEDOLÓGICAS E PRÁTICAS DO SERVIÇO SOCIAL EM SUAS VERTENTES TRADICIONAIS E SUAS INTERCONEXÕES COM AS MATRIZES TEÓRICAS: SERVIÇO SOCIAL DE CASO; SERVIÇO SOCIAL DE GRUPO; SERVIÇO SOCIAL DE COMUNIDADE E DESENVOLVIMENTO DE COMUNIDADE. SERVIÇO SOCIAL DE CASO
  • 2. Serviço Social de Caso, em linhas gerais:  É um método norte-americano;  Forte influência da medicina, psicologia e da sociologia positivista, principalmente da sua vertente funcionalista;  A Questão Social é um problema individual;  Propõem uma mudança na personalidade do individuo para que este se ajuste na sociedade;  Tem como sua principal representante: Mary Richmond.
  • 3. CASO? MARY E. RIHMOND,1922.  O livro baseia-se na experiência da autora, suplementada pela leitura de inúmeros casos, sua exposição se refere ao trabalho especializado de seis casos, de tratamento prolongado e intensivo( 2 a 6 anos), pois este constitui a mais segura medida de avaliação de sucessos e insucessos, com “clientes” de nacionalidades diferentes.  O Serviço Social de Caso tem como idéia central: “o desenvolvimento da personalidade, através de ajustamentos conscientes e abrangentes.”  O assistente social deve estar igualmente ocupado com o individuo e com o seu meio social.
  • 4. Segundo Mary Richmond, o caso social consiste nos processos de desenvolvimento da personalidade, através de ajustamentos conscientemente efetuados, de individuo a individuo e do homem para com o seu meio social. Tendo o Assistente Social como artífice do relacionamento social, a principal técnica utilizada pelas assistente sociais eram as entrevistas e relatórios bem detalhados da história do cliente.
  • 5. CASO DE MARIA BIELOWSKI  Maria era uma jovem polonesa, que durante quatro anos, ficou sob os cuidados de uma pequena obra particular, que matinha uma equipe de assistentes sociais e uma escola para moças difíceis, mas não retardadas.  Foi trabalhar em numa fábrica quando tinha apenas 15 anos, depois de muitos desentendimento com a madrasta, deixou o lar e passou a viver em hospedarias e hotéis baratos. Em um desses lugares, roubou alguns dólares de sua companheira e foi presa.  A “probation officer” responsável por Maria , verificou algumas pessoas sobre os antecedentes de Maria e descobriu que sua família, há cinco...
  • 6. ...anos antes do roubo, soube-se que o seu pai, sua segunda esposa e os seus filhos, tinham vindo da Polônia. O pai falecera 3 anos depois e a madrasta, que não falava mais que uma dúzia de palavras em inglês, perdera todo o controle dos filhos , embora parecesse ser uma boa senhora. Os filhos mais velhos havia saído de casa, o mais moço achava-se em um reformatório. Maria, fora boa estudante, completara a sétima série em 4 anos, tendo começado sem saber nada de inglês, participou dos grupos bandeirantes e da escola dominical. Esses fatos mostraram que a liberdade vigiada em condições capazes de assegurar um máximo de cuidado individualizado, poderia trazer bons resultados, assim “probation officer” procurou ajuda da obra citada acima.
  • 7. Alguns meses depois de entrar nessa escola, umas das assistentes sociais, com concordância da jovem, de sua família e do magistério, tornou-se sua guardiã legal. Sob esta guarda, o comportamento e o caráter da jovem, melhoraram constantemente. ○ Passos que levaram a mudanças nos hábitos da moça e no seu relacionamento com o meio ambiente: - Tratamento das condições físicas; - Ensino dos padrões americanos de vida em família; - Privilegiada com alguns empregos (5 empregos); - Continuidade dos estudos. ○ A assistente social ganhou a confiança de Maria, cuidando de evitar rigidez de pensamento e a tendência de inibir a iniciativa da cliente, apelando constantemente para o auto- respeito a ambição da jovem. Estimulando mais através de atos do que por palavras convencionais.
  • 8. Caso Social – Sua Definição  Levou em consideração serviços a longo prazo e o trabalho especializado;  Serviço social complementar as outras profissões;  “Quando um homem perde suas terras, sua saúde, sua força, ele ainda é a mesma pessoa e nada perdeu da sua personalidade” (Metafísica escocês).  Conceitos importantes: - Individualidade; - Meio Social; - Personalidade.  O caso social trabalha com os aspectos relacionados a personalidade, que exige um campo especifico, que é o Serviço Social de Caso.  Definição de SS de Caso.
  • 9.  Mary Richmond analisa os casos levando em consideração 4 divisões: - “insight” (percepção) das características individuais e pessoais; - “insight” dos recursos, perigos e influências do meio social; - Ação direta de individuo a individuo; - Ação indireta através do meio social.
  • 10.  As assistentes sociais de caso estão sempre agindo como intermediarias e procurando utilizar, inteligentemente, os recursos sociais da comunidade ao lado dos avanços da medicina afim de possibilitar um melhor trabalho de caso individual.  Entretanto, nem sempre basta tentar um ajustamento entre o cliente e seu meio, as vezes a mudança deste – temporária ou permanente – é um recurso importante.  Enfim, todos os aspectos analisados convergem para um único objetivo “efetuar o melhor ajustamento entre o individuo e o mundo em vive”.
  • 11. SERVIÇO SOCIAL: PROCESSOS E TÉCNICAS. BALBINA OTTONI VIEIRA, 1977. SERVIÇO SOCIAL DE CASOS  I- CONCEITUAÇÃO - Em sua evolução histórica, uma das tendências do Serviço Social foi a individualização da assistência; - Por ter passado por uma evolução muito rápida o Serviço Social de Casos ao longo dos anos recebeu conceituações diferentes; - No séc. XX a partir de estudos minuciosos o SS descobriu suas bases cientificas e Mary Richmond lançou a primeira definição do SS de Casos: “O SS de Casos é o processo que desenvolve a personalidade através de um
  • 12. homens e seu ambiente.” - Mas a ONU em 1960 lança o último conceito de SS de Casos: “O SS de Casos é uma dinâmica mútua, entre o A.S e o cliente, deliberadamente utilizada para o tratamento social, e que se origina no estudo do indivíduo, e na situação peculiar onde se encontra, nos problemas que o afetam e da maneira em que pode ser ajudado a resolvê-los, mediante seus próprios recursos e os da comunidade.” - O SS é posto em prática de maneira diferente pelos vários países, ele é dinâmico, sendo o produto da civilização onde se desenvolve.
  • 13. - O SS de Casos procura ajudar o indivíduo a resolver seus próprios problemas, seja através de mudanças de atitudes, seja pela utilização dos recursos da comunidade ou por ambos os meios. E o papel do assistente social é ajudar o indivíduo a examinar estas dificuldades e auxiliar o cliente a encontrar a solução para elas,assim como meios para executá-las. - O SS de Casos só se aplica a problemas individuais ou de família. - Segundo Hamilton, o caso social é composto de fatores internos(subjetivos) e externos(objetivos), não se trata os indivíduos somente em relação a suas experiências sociais, mas também trata-se de seus sentimentos em relação a estas experiências. Então não é possível restringir o SS de Casos a
  • 14. simples modificações das condições exteriores pois cada problema é, em geral, interpessoal além de social.  II-INSTRUMENTOS DO SS DE CASOS 1-Relações entre assistente social e cliente - Pelo fato de o A.S ajudar o cliente na resolução de seus problemas suas relações tem um caráter especial, onde a personalidade do primeiro influência no processo de tratamento, e nesta relação pode-se distinguir três aspectos: a) A “aceitação do cliente” - O assistente social deve aceitar o cliente, reconhecer que ele tem o direito de ser o que é: econômica, social, moral ou psicologicamente.
  • 15. - Para poder ajudar o cliente ao A.S não basta conhecer apenas seu problema, mas tomar ciência sobre o modo pelo qual o cliente o encara, o que pensa sobre ele, e a maneira pela qual espera solucioná-lo. - O SS de Casos não pretende reformar a personalidade do cliente, mas aproveitar suas aptidões em potencial para obter novas iniciativas ou mudanças em relação a suas dificuldades. E neste processo o A.S deve apenas orientar e esclarecer o cliente, e não tomar a atitude de proteger ou resolver os problemas por ele. - Portanto, a atitude de “aceitação” do cliente leva o A.S a respeitar sua liberdade de pensar, de escolher e de atuar.
  • 16. b) O uso da “autoridade” - A autoridade do A.S é proveniente da sua formação profissional, que agora se coloca à disposição do cliente, e que está baseada na aceitação do cliente e estabelecimento de uma confiança mútua necessária ao tratamento social. - Essa autoridade também está fundamentada nas leis morais e civis, de um lado, e de outro nas funções da entidade da qual é funcionário. - A autoridade do A.S representa um fator de ordem na prestação da assistência, para que as funções das instituições sejam claramente definidas. - A arte do A.S consiste em exercer esta autoridade de uma maneira benéfica para o cliente, tornado- a positiva para os que tem dificuldades em lidar
  • 17. c) Autoconhecimento do Assistente Social - O assistente social tem que ter consciência de sua individualidade, de suas crenças e de seus preconceitos, e de que maneira reage diante de determinadas situações, somente assim poderá controlar suas reações e suas atitudes diante do cliente. - O assistente social deve ser neutro nos julgamentos de valor sobre o cliente e saber controlar suas emoções para não se identificar com o cliente ou seu problema. - O autoconhecimento e o autodomínio do A.S mostrará ao cliente que pode ter confiança nele, e que o apoio que recebem parte de uma personalidade sólida e equilibrada.
  • 18. d) A confidencialidade - O assistente social tem que passar ao cliente a certeza de que as informações sobre ele não serão divulgadas ou comentadas com terceiros, sendo esta a base da ação do profissional de serviço social. - Esta atitude de descrição também serve como influência educativa para os clientes, e os leva a usar de maior franqueza com o A.S e estabelece um clima de confiança imprescindível ao tratamento social.
  • 19. e) A unidade no tratamento - O caso deve ser tratado em todas as etapas por pelo mesmo assistente social. - Mas se o caso não se enquadra na ação daquela obra social, o assistente social deve preparar o cliente, avisá-lo que ele irá ser transferido para o tratamento com outro assistente e até em outra instituição, para que os clientes que tenham a personalidade mais dependente não se sintam rejeitados pelo assistente social.
  • 20. 2-Técnicas de Entrevistas - Em SS de Casos a entrevista é o meio para se estabelecer as relações com o cliente a fim de permitir o tratamento social. - A entrevista pode ser conduzida de várias formas, e difere de acordo com a maneira que o cliente chega ao assistente social. - Os principais elementos da entrevista são classificados didaticamente como: “observar”, “ouvir”, “perguntar” e “interpretar”. - E o assistente social deve tomar alguns cuidados ao fazer a entrevista, como prestar bem atenção ao problema do cliente, não fazer anotações e escolher um ambiente que seja propício para execução de uma entrevista. E pode recorrer a entrevistas com “colaterais” do cliente.
  • 21. 3-Utilização dos recursos da comunidade - Dentro da comunidade existem várias obras ou instituições sociais que se propõem a tentar ajudar os moradores a resolver suas dificuldades, mas nenhuma obra ou instituição sozinha é capaz de atender a todas as necessidades dos moradores, por isso cada uma deve ter sua finalidade bem definida. - Na comunidade em que trabalha o assistente social encontra um determinado número de recursos legais, médicos, sanitários, educacionais, assistenciais que deve conhecer a fundo para utilizá-los eficientemente. - A maioria dos serviços públicos é muito burocrática, e isso impede o acesso da população a seus recursos.
  • 22. - O assistente social, é nestas condições considerado pelo cliente uma espécie de mediador para obter mais fácil e rapidamente o acesso aos recursos das repartições públicas que pretendem alcançar. - O SS de Casos procura então estabelecer um equilíbrio entre a pessoa e o meio em que vive, ajudando-a a adaptar-se e atuar de melhor forma em relação aos serviços dispostos na comunidade.
  • 23.  III- FASES DO PROCESSO DE SERVIÇO SOCIAL DE CASOS - A finalidade do SS de Casos é ajudar o cliente a solucionar seus problemas, os quais, logicamente, precisam ser conhecidos, a fim de que seja aplicado o tratamento adequado a sua natureza. - A simples exposição dos fatos já constitui parte do tratamento, na medida em que ao fazer isto o cliente toma consciência de seu estado e junto com o assistente social estuda os meios de solucionar seu problema através de seus próprios recursos e os recursos da comunidade, a participação ativa do cliente é característica fundamental do SS de Casos.
  • 24. - As fases do processo do SS de Casos estão divididas em três: 1-O Estudo - O tratamento social já começa a partir do primeiro contato com o cliente, a medida inicial é saber quem ele é, que problema o aflige e o que pretende fazer. O estudo do caso pode ser conseguido através dos seguintes meios: a)Entrevista na obra - As informações recolhidas devem ser subordinadas aos encargos da obra. - Estas informações devem permitir ao A.S a compreensão do problema trazido pelo cliente. Para que o A.S possa analisar se o pedido do cliente se enquadra nas finalidades daquela obra.
  • 25. b) Visitas Domiciliares - Este artifício não deve ser usado em todos os casos, é usado apenas como uma forma de estudo ou tratamento que tem uma finalidade determinada. - Mas é obrigatória em certos tipos de serviços assistenciais, como: escolha de um lar substituto, verificação do ambiente onde vive a criança, cujos pais pedem intervenção; entre outros casos. c) Informações Colaterais - São informações que o A.S busca sobre o indivíduo através de empregadores, parentes ou amigos que podem ser valiosas para o estudo do problema. - E para que estas informações sejam úteis o A.S deve estabelecer um equilíbrio entre as
  • 26. d) Exames e Testes - Só os serviços especializados, como clínicas de orientação, ou serviços de colocação familiar pedem exames médicos ou testes psicológicos. - O papel do A.S é informar ao cliente da necessidade ou exigência destes testes. 2- O Diagnóstico - PROBLEMA; - CAUSAS; - CLIENTE .
  • 27. 3- TRATAMENTO SOCIAL a)Tratamento Indireto - Tratamento Indireto – prestação de serviços concretos - Tratamento Indireto – modificação do ambiente b)Tratamento Direto ou Psicossocial c)Avaliação do Tratamento
  • 28.  IV- ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL DE CASOS 1) Utilização do Serviço Social de Casos 2) Categorias de “Casos Sociais” 3) Primeiro contato do Cliente com o Serviço Social: O “Plantão” 4) Trabalhos que não podem ser considerados Serviço Social de Casos - Distribuição de auxílios - Concessão de benefícios - Matrículas e inscrições em instituições sociais - Estudo de candidatos a habitações populares - Recuperação e seguimento de pacientes, de recém-empregados e de inválidos. - Divisão do trabalho entres os assistentes sociais.
  • 29. TEORIA E PRÁTICA DO SERVIÇO SOCIAL DE CASOS ( GORDON HAMILTON )  Métodos de Diagnóstico e de Avaliação *Para compreender a significação de um caso , são indispensáveis certos dados psicológicos e sociais *A opinião do assistente social deve formar-se o mais rápido possível *A significação dada pelo assistente social aos incidentes, ao histórico e ao comportamento é chamada de "diagnóstico" *O diagnóstico preocupa-se com a interação causal; a avaliação, com o objetivo social *O diagnóstico e avaliação tem como objetivo tornar o tratamento praticável
  • 30.  O Processo de Diagnóstico *Ao fazer o diagnóstico, procura-se chegar às causas, pois assim se consegue uma definição mais precisa do problema Diagnóstico e "Gestalt" *Todo diagnóstico é uam configuração ou "Gestalt", cujo significado total decorre do fato de que, como profissionais, faremos alguma coisa a respeito do pedido do cliente para ser assistido Causalidade no Diagnóstico *A causalidade histórica é como uma pirâmide  de vertice para baixo  -  o comportamento ou situação representam o vértice - e, quanto mais nos aproximarmos da base, mais causas aparecerão
  • 31.  Classificação e Afirmação Diagnóstica *Não se pode descrever e definir sem classificar; todos os seres que pensam fazem, de um modo ou de outro, classificações Conclusões e Diagnóstico *As conclusões são a matéria-prima para  o diagnóstico, mas  não são propriamente o diagnóstico *Os fatos que parecem mais  significativos  para compreender o problema  ou a pessoa são chamados "conclusões" Diagnóstico em  Colaboração *Os assistentes sociais precisam utilizar-se das outras profisssões para chegarem aos diagnósticos que se enquadram dentro da sua função
  • 32.  O  Processo de Avaliação *O diagnóstico e a avaliação  constituem processos intelectuais complementares, tendo por finalidade dar a essência de significação do caso; ambos têm início no plantão e continuam no correr do tratamento, focalizando diversos pontos do mesmo *A avaliação é um movimento de equilíbrio entre prós e contras, capacidades e fraquezas, ações construtivas e destrutivas
  • 33. MÉTODOS DE TRATAMENTO  Tratamento (conceito)  Objetivo:estabilizar ou melhorara o reajustamento do cliente  O tratamento é sempre condicionado pelos costumes, cultura, oportunidades existentes na comunidade, aptidão e habilidade do ass. Social,pela capacidade e disposição do cliente em participar do processo de tratamento.
  • 34.  Desajustamento X Ajustamento  Objetivo do ajustamento:prevenir os desajustamento, procurara desenvolver as potencialidades do cliente, identificar novas possibilidades para o aperfeiçoamento e desenvolvimento do cliente, restabelecer suas relações humanas, tornar suas experiências de vida satisfatória.
  • 35.  Tratamento indireto:  Prestação de serviços concretos:auxílio dado ao cliente para que escolha e se utilize do recurso disponível na comunidade.ex: colônias de férias, auxílio econômico, abrigo, orientação, assistência médica.  Papel do Ass. Social  Público atendido
  • 36.  Tratamento indireto  Modificação do ambiente:todas as tentativas para diminuir as pressões ou dificuldades do indivíduo, contribuindo para melhorar a situação do cliente. Ex: lares substitutos, experiências de grupo, programas de adaptação e readaptação.  Papel do Ass. social
  • 37.  Tratamento direto  Entrevista (objetivos e benefícios)-visa ajudar o cliente a entender suas atitudes,suas reações e como ele contribui para isso, clarificando os conflitos,discutindo as possibilidades de soluções  Orientação- em certo sentido é um processo educativo, oferece informações, clarifica a visão do indivíduo em relação a se próprio e ao ambiente.
  • 38.  Transferência- se realiza pela interação psicossocial, serve para libertar o cliente para que ele possa sentir e pensar mais objetivamente seu comportamento e sua relação com o outro.  Defesas e resistências- o assistente social tem como objetivo ajudar as pessoas a superar suas defesas e resistência, pois estas podem prejudicar o tratamento.
  • 40. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS HAMINTON, Gordon. Teoria e prática do serviço social de caso. Rio:Agir, 1979. RICHMOND, Mary. O que é serviço social de Caso. Rio: CBCISS, 1974. VIEIRA, Serviço Social: processos e tecnicas. 4 ed.Rio: Agir, 1978.