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Literatura e
Movimentos Literários
Lá no início... a escrita
     Escrita, ou grafia, consiste na utilização
de sinais (símbolos) para exprimir as ideias
humanas.
     A grafia é uma tecnologia de
comunicação, historicamente criada e
desenvolvida na sociedade humana, e
basicamente consiste em registrar marcas
em um suporte.
Existem dois principais tipos
de escrita, a baseada em
ideogramas, que representa a
conceitos e a baseada em
grafemas, que representam a
percepção de sons ou grupos de
sons; um tipo de escrita
baseada em grafemas é a
alfabética.
Antes da escrita... Hieróglifos
Escrita Cuneiforme
Os primeiros vestígios
de       escrita     são
tabuletas de argila que
são          pictogramas
inscritos. É muito difícil
de ler estes textos, no
entanto, sabemos que
este não é um poema
ou um texto religioso,
ou mesmo cartas de
amor. Estes traços são
registros contábeis. A
escrita nasceria às
necessidades          da
economia!
Os textos mais antigos da
humanidade     foram     escritos
utilizando uma escrita conhecida
como cuneiforme.
O        primeiro
documento epigráfico
escrito em cuneiforme
babilônico foi trazido
para a Europa pelo
botânico A. Michaux.
Esta é uma kudurru
chamada de “a pedra
Michaux."
Mesmo que, habitualmente, a função central
atribuída à escrita seja a de registro de
informações, não se pode negar sua relevância
para a difusão de informações e a construção de
conhecimentos.
      O avanço das novas tecnologias e as
interações entre diferentes suportes (por
exemplo, papel, tela) e linguagens (verbal ou não
verbal) têm permitido, inclusive, o aparecimento
de formas coletivas de construção de textos, como
é exemplo a Wikipédia.
Conhecimento –> Literatura
       Mais produtivo do que
tentar definir Literatura talvez
seja encontrar um caminho para
decidir o que torna um texto,
em sentido lato, literário. A
definição de literatura está
comumente associada à ideia
de estética, ou melhor, da
ocorrência        de        algum
procedimento estético. Um
texto é literário, portanto,
quando consegue produzir um
efeito estético e quando
provoca catarse, o efeito de
definição     aristotélica,     no
                                     La lectrice ("A leitora"), óleo de Jean-
receptor.                            Honoré Fragonard, 1770–1772.
Uma definição:
      "A Literatura, como toda arte, é uma
transfiguração do real, é a realidade recriada
através do espírito do artista e retransmitida
através da língua para as formas, que são os
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realidade. Passa, então, a viver outra
vida, autônoma, independente do autor e da
experiência de realidade de onde proveio."
(COUTINHO, Afrânio. Notas de teoria literária. 2. ed.
Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1978. p. 9-10)
Gêneros Literários
        Gênero literário é uma categoria de composição
literária. A classificação das obras literárias pode ser feita
de acordo com critérios semânticos, sintáticos,
fonológicos, formais, contextuais e outros.
        Na história, houve várias classificações de gêneros
literários, de modo que não se pode determinar uma
categorização de todas as obras seguindo uma
abordagem comum. A divisão clássica é, desde a
Antiguidade, em três grupos: lírico, narrativo ou épico e
dramático. Essa divisão partiu dos filósofos da Grécia
antiga, Platão e Aristóteles, quando iniciaram estudos
para o questionamento daquilo que representaria o
literário e como essa representação seria produzida
Lírico
                         Como dizia o poeta

Quem já passou por essa vida e não viveu
Pode ser mais, mas sabe menos do que eu
Porque a vida só se dá pra quem se deu
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu
Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não
Não há mal pior do que a descrença
Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão
Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair
Pra que somar se a gente pode dividir
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer
Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão
Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não
                                                    Vinícius de Moraes
Musicando...
Narrativo
Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem
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Fábula: é um texto de carácter fantástico que busca ser inverossímil (não tem
nenhuma semelhança com a realidade). As personagens principais são animais
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Epopeia ou Épico: é uma narrativa feita em versos, num longo poema que
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exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisséia, de Homero.
Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que
conta situações rotineiras, curta, engraçada e até folclores (conto popular).
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Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do
romance e a brevidade do conto. O personagem se caracteriza
existencialmente em poucas situações. Como exemplos de novelas, podem ser
citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.
Crônica: é uma narrativa informal, ligada à vida cotidiana, com linguagem
coloquial, breve, com um toque de humor e crítica.
Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático,
expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo
tema. É menos formal e mais flexível que o tratado.
Épico
Os Lusíadas       Canto I
As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca de antes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
Em perigos e guerras esforçados,
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
Odisséia



    Canta, ó Musa, o varão que astucioso,
    Rasa Ílion santa, errou de clima em clima,
    Viu de muitas nações costumes vários.
    Mil transes padeceu no equóreo ponto,
    5 Por segurar a vida e aos seus a volta;
    Baldo afã! pereceram, tendo insanos
    Ao claro Hiperiônio os bois comido,
    Que não quis para a pátria alumiá-los.
Dramático
Lúcia (impressionadíssima para Pedro) - Agora, quando penso em Alaíde, só
consigo vê-la de noiva.
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Lúcia (sombria) - Só. Previa que ia morrer!
Pedro (com certa ironia) - Isso também nós prevíamos.
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Pedro - (afirmativo) - Digo, porque você também previa (pausa) . Previa e
desejava. Apenas não pensamos no atropelamento. Só.
Lúcia (com desespero ) - Foi você que botou isso na minha cabeça - que ela devia
morrer!
Pedro (com cinismo cruel) - Então não devia?
Lúcia (desesperada) - Você é um miserável! Nem ao menos espera que o corpo
saia! Com o corpo a dois passos. (aponta para a direção do que deve ser a sala
contígua). Você dizendo isso!
                                               Nelson Rodrigues Vestido de Noiva
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Literatura e Movimentos Literários - uma introdução

  • 2. Lá no início... a escrita Escrita, ou grafia, consiste na utilização de sinais (símbolos) para exprimir as ideias humanas. A grafia é uma tecnologia de comunicação, historicamente criada e desenvolvida na sociedade humana, e basicamente consiste em registrar marcas em um suporte.
  • 3. Existem dois principais tipos de escrita, a baseada em ideogramas, que representa a conceitos e a baseada em grafemas, que representam a percepção de sons ou grupos de sons; um tipo de escrita baseada em grafemas é a alfabética.
  • 4.
  • 5.
  • 6.
  • 7. Antes da escrita... Hieróglifos
  • 8.
  • 9. Escrita Cuneiforme Os primeiros vestígios de escrita são tabuletas de argila que são pictogramas inscritos. É muito difícil de ler estes textos, no entanto, sabemos que este não é um poema ou um texto religioso, ou mesmo cartas de amor. Estes traços são registros contábeis. A escrita nasceria às necessidades da economia!
  • 10. Os textos mais antigos da humanidade foram escritos utilizando uma escrita conhecida como cuneiforme.
  • 11. O primeiro documento epigráfico escrito em cuneiforme babilônico foi trazido para a Europa pelo botânico A. Michaux. Esta é uma kudurru chamada de “a pedra Michaux."
  • 12. Mesmo que, habitualmente, a função central atribuída à escrita seja a de registro de informações, não se pode negar sua relevância para a difusão de informações e a construção de conhecimentos. O avanço das novas tecnologias e as interações entre diferentes suportes (por exemplo, papel, tela) e linguagens (verbal ou não verbal) têm permitido, inclusive, o aparecimento de formas coletivas de construção de textos, como é exemplo a Wikipédia.
  • 13. Conhecimento –> Literatura Mais produtivo do que tentar definir Literatura talvez seja encontrar um caminho para decidir o que torna um texto, em sentido lato, literário. A definição de literatura está comumente associada à ideia de estética, ou melhor, da ocorrência de algum procedimento estético. Um texto é literário, portanto, quando consegue produzir um efeito estético e quando provoca catarse, o efeito de definição aristotélica, no La lectrice ("A leitora"), óleo de Jean- receptor. Honoré Fragonard, 1770–1772.
  • 14. Uma definição: "A Literatura, como toda arte, é uma transfiguração do real, é a realidade recriada através do espírito do artista e retransmitida através da língua para as formas, que são os gêneros, e com os quais ela toma corpo e nova realidade. Passa, então, a viver outra vida, autônoma, independente do autor e da experiência de realidade de onde proveio." (COUTINHO, Afrânio. Notas de teoria literária. 2. ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1978. p. 9-10)
  • 15. Gêneros Literários Gênero literário é uma categoria de composição literária. A classificação das obras literárias pode ser feita de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais e outros. Na história, houve várias classificações de gêneros literários, de modo que não se pode determinar uma categorização de todas as obras seguindo uma abordagem comum. A divisão clássica é, desde a Antiguidade, em três grupos: lírico, narrativo ou épico e dramático. Essa divisão partiu dos filósofos da Grécia antiga, Platão e Aristóteles, quando iniciaram estudos para o questionamento daquilo que representaria o literário e como essa representação seria produzida
  • 16. Lírico Como dizia o poeta Quem já passou por essa vida e não viveu Pode ser mais, mas sabe menos do que eu Porque a vida só se dá pra quem se deu Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu Ah, quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não Não há mal pior do que a descrença Mesmo o amor que não compensa é melhor que a solidão Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair Pra que somar se a gente pode dividir Eu francamente já não quero nem saber De quem não vai porque tem medo de sofrer Ai de quem não rasga o coração, esse não vai ter perdão Quem nunca curtiu uma paixão, nunca vai ter nada, não Vinícius de Moraes
  • 18. Narrativo Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos, com carácter verossímil. Fábula: é um texto de carácter fantástico que busca ser inverossímil (não tem nenhuma semelhança com a realidade). As personagens principais são animais ou objetos, e a finalidade é transmitir alguma lição de moral. Epopeia ou Épico: é uma narrativa feita em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um povo. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisséia, de Homero. Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, curta, engraçada e até folclores (conto popular). Caracteriza-se por personagens previamente retratados. Novela: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. O personagem se caracteriza existencialmente em poucas situações. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka. Crônica: é uma narrativa informal, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial, breve, com um toque de humor e crítica. Ensaio: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo ideias, críticas e reflexões morais e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado.
  • 19. Épico Os Lusíadas Canto I As armas e os barões assinalados, Que da ocidental praia Lusitana, Por mares nunca de antes navegados, Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados, Mais do que prometia a força humana, E entre gente remota edificaram Novo Reino, que tanto sublimaram;
  • 20. Odisséia Canta, ó Musa, o varão que astucioso, Rasa Ílion santa, errou de clima em clima, Viu de muitas nações costumes vários. Mil transes padeceu no equóreo ponto, 5 Por segurar a vida e aos seus a volta; Baldo afã! pereceram, tendo insanos Ao claro Hiperiônio os bois comido, Que não quis para a pátria alumiá-los.
  • 21. Dramático Lúcia (impressionadíssima para Pedro) - Agora, quando penso em Alaíde, só consigo vê-la de noiva. Pedro (taciturno) - Foi isso que ela disse, só? Lúcia (sombria) - Só. Previa que ia morrer! Pedro (com certa ironia) - Isso também nós prevíamos. Lúcia - Você diz "nós"! Pedro - (afirmativo) - Digo, porque você também previa (pausa) . Previa e desejava. Apenas não pensamos no atropelamento. Só. Lúcia (com desespero ) - Foi você que botou isso na minha cabeça - que ela devia morrer! Pedro (com cinismo cruel) - Então não devia? Lúcia (desesperada) - Você é um miserável! Nem ao menos espera que o corpo saia! Com o corpo a dois passos. (aponta para a direção do que deve ser a sala contígua). Você dizendo isso! Nelson Rodrigues Vestido de Noiva