2. O que é a gentrificação?
A alteração das dinâmicas da composição de um local,
através de novos comércios de estilo ou preço
incompatíveis com a média do local, entrada de
moradores com maior renda, ou investimentos
públicos que valorizam a região.
Tal valorização é seguida de um aumento de custo de
aluguéis, bens e serviços, dificultando a permanência
de antigos moradores de renda insuficiente para sua
manutenção no local cuja realidade foi alterada.
3. Como diagnosticar a
gentrificação?
1. Mudança econômica – Perda de moradia e comércio acessível
2. Mudança cultural – Perda da especificidade e caráter
3. Mudança social – Perda de valores comunitários
9. “É uma enorme alegria para a gente, poder
libertar áreas da cidade que estavam tomadas
pelo poder paralelo.”
-- Governador Sérgio Cabral
10. “É uma enorme alegria para a gente, poder
libertar áreas da cidade que estavam tomadas
pelo poder paralelo.”
Libertar áreas? Mas para quem? E para quê?
26. O que define todas as favelas?
1. Bairros que brotam a partir
de uma necessidade não
atendida por habitação
2. Sem regulamentação
externa
3. Estabelecida pelos
moradores
4. Evoluindo com base na
cultura e no acesso a
recursos, empregos,
conhecimento e a cidade
27. Qualidades de Desenvolvimento
“Estilo-Favela"
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Moradia acessível em áreas centrais
Moradia perto do trabalho
Baixa verticalidade, alta densidade
Orientadas para pedestres
Alto uso de bicicletas e transporte público
“Uso misto” (moradia e comércio)
Arquitetura orgânica
Ação coletiva
Incubadoras culturais
Alta taxa de empreendorismo
33. Começe aqui
Serviços
públicos
prestados ou
voltados para
o mercado,
pago por
consumidores
Segurança
Educação/
Capacitação/
Creches /
Emprego / Educ.
Finan.
Titulação (Fundo
de Posso
Coletiva)
Formalização do
comércio local
Receita para
Integração
Serviços
públicos
prestados pelo
governo,
pagos através
de impostos
Saúde: Clinicas
locais
Objetivos:
Concessionárias
de serviços
básicos:
formalização e
pagamentos
progressivos
Saneamento:
esgoto, água,
lixo
Habitação:
acesso à
materiais de
construção,
técnicos
1. Assegurar que os
moradores irão tirar
proveito do
desenvolvimento
2. Criar a capacidade
de pagar e partilhar
3. Evitar exploração
34. O que está de fato
Serviços
públicos
prestados ou
voltados para
o mercado,
pago por
consumidores
Segurança
aumento de
aluguel
Concessionárias
de serviços
básicos:
formalização e
pagamentos
progressivos
Formalização do
comércio local
acontecendo?
Serviços
prestados pelo
governo,
através dos
impostos
pagos para os
serviços
públicos
Moradia
Receita para
Gentrificação
Saúde
Conclusão…
Educação/
Capacitação /
Formação /
Empregos / Ed.
Financeira
Titulação de
terras (titulação
individual
definitiva)
Saneamento:
esgota, água e
lixo
O poder público
está ativamente
financiando a
gentrificação nas
favelas sob o
pretexto de
"combate à
pobreza"
36. IMPORTANTE!
Moradia à Preços Acessíveis
Em qualquer grande cidade do mundo pelo
menos 20-30% dos moradores não ganham o
suficiente para pagarem moradia à preço de
mercado. Como resultado, toda cidade bemsucedida do mundo desenvolve uma forma de
responder à essa demanda obrigatória por
moradia.
37. Cada Um do Seu Jeito
• Nova Iorque: 10% em moradia pública + política de
controle de alugúeis + novos prédios construídos com
20% das unidades para baixa-renda
• Santiago: 20% moradores recebem subsídios para casa
própria
• Zurich: 30% da população mora em cooperativas
• Londres: 24% recebe aluguel social, além da habitação
pública (17% p/ Inglaterra)
• Hong Kong: 49% da população mora em habitação
pública
• Singapura: 90% da população mora em habitação
pública
38.
39. “De certa perspectiva, favelas como a
Providência, incubadoras históricas do
samba e do funk brasileiro, são verdadeiros
modelos do que Paes defende: são diversas,
densas, organicamente desenvolvidas com
habitações acessíveis -o oposto do Minha
Casa Minha Vida.” – Michael Kimmelman
40.
41.
42.
43.
44. O Potencial de se Criar uma
Cidade Singular
O Rio como exemplo de um urbanismo…
Criativo
Inclusivo
Sustentável
Como seriam as favelas do Rio com
investimento, justiça e criatividade?
48. Possíveis Ações
Informação
• Conscientização sobre processo de gentrificação e como tirar proveito/conduzir
• Educação financeira – preparando moradores para investirem, venderem, ou
tirarem empréstimos com responsabilidade
Exploração
• Rede comunitária “Cama e Café”
• Qualificação de mão de obra local – e.g. Guias locais, cursos de línguas
• Proporcionar apoio para investimentos pelos próprios moradores – e.g.
investimento em quartos para aluguel
• Comércio local à preços acessíveis
Proteção
• Zoneamento mixto – comércio para várias faixas de renda
• Estratégias de titulação coletiva – políticas que mantêm “favelas como moradia à
preço acessível”
• Promoção da cultura local – empregar ações afirmativas que caracterizam a
população
49. “Temos que fazer com que o
morador não precise sair
daqui. Que ele possa ganhar
em cima deste movimento
de forma que não perca a
identidade.”
62. Não quero perder…
Contato humano. Localidade. Geografia.
Minha casa. Cosmopolita. Atividades para os
meus filhos. Os trabalhos sociais. Convívio
com vizinhos. Cultura popular e local –
pagode, funk, a cervejinha. A identidade da
favela. As relações sociais. A espacialidade.
Relação forte de vizinhança. A localização.
Minha história, minha identidade. Cultura
de acolher “quem vem.” A paisagem. Sua
essência. Amizade entre moradores. Poder
visitar a orla, conviver com pessoas do
mundo inteiro.
63. Como é que seria o
Rio se nós realmente
reconhecéssemos a
contribuição das
favelas—e seus
moradores—à cidade,
e apoiássemos seu
futuro
desenvolvimento de
forma que honrasse o
conhecimento e
história de seus
moradores?
Fotos: Maria Buzanovsky
64. O Rio pode servir de
exemplo para o
mundo. Um novo
padrão de integração
participativa.
Exatamente o legado
necessário com a
ONU prevendo 1/3
da humanidade em
assentos informais
até 2050.
Favela nãoécoisa boa ouruim. Elaé o queé. Énossarealidade de habitaçãoàpreçoacessível.
It is this realization that led us to produce a film for Rio+20 entitled Favela as a Sustainable Model, to initiate this dialogueIt would be much more creative, cost-effective and empowering if resources were targeted to participatory integration. That would be an Olympic legacy to be proud of: Rio would offer a model to be applied around the globe. With U.N.-Habitat predicting that 3 billion people will live in slums by 2050, the world could use such leadership.