O documento descreve o processo de autoavaliação de bibliotecas escolares, incluindo a seleção de domínios e indicadores, plano de avaliação, intervenientes, etapas e desafios. O foco é promover a leitura através de atividades e avaliar seu impacto nos alunos.
1. Práticas e Modelos de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares- 2009
Tema: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas escolares:
metodologias de operacionalização (Parte I)
Introdução:
“So, still, what is program evaluation? Program evaluation is carefully collecting information about
a program or some aspect of a program in order to make necessary decisions about the program.
Program evaluation can include any or a variety of at least 35 different types of evaluation, such as for
needs assessments, accreditation, cost/benefit analysis, effectiveness, efficiency, formative, summative,
goal-based, process, outcomes, etc. The type of evaluation you undertake to improve your programs
depends on what you want to learn about the program. Don't worry about what type of evaluation you need
or are doing -- worry about what you need to know to make the program decisions you need to make, and
worry about how you can accurately collect and understand that information.”
Basic Guide to Program Evaluation, pag.3
Em termos de operacionalização, a avaliação deve ser entendida como uma actividade regular
que faz parte do dia-a-dia do funcionamento da Biblioteca e da escola, integrando as práticas e rotinas da
BE e da escola e evitando que possa representar uma excessiva carga de trabalho, embora consuma
necessariamente algum tempo adicional.
Texto da sessão, pag.11
Escolhi estas duas citações para demonstrar que o processo de Auto-
Avaliação da BE não é mais do que um instrumento de melhoria de qualidade,
que permite recolher resultados, que devem ser objecto de análise colectiva e
de reflexão na Escola/Agrupamento e originar a implementação de medidas
adequadas aos resultados obtidos. Por isso, é que a avaliação da BE tem de
ser uma prática quotidiana e colaborativa com o processo de avaliação das
Escolas/agrupamentos, a fim de se conseguir identificar os sucessos - pontos
fortes - no trabalho realizado em cada um dos domínios de funcionamento e da
BE e as limitações - pontos fracos - que correspondem a um desenvolvimento
menor nalguns domínios de funcionamento.
a) Domínio Escolhido: B- Leitura e Literacias
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b) Tipos de Indicador
Indicadores Tipo de indicador
B.1- Trabalho da BE ao serviço da Indicador de Processo
promoção de leitura na
escola/agrupamento
B.3- Impacto do Trabalho da BE nas Indicador de Impacto
atitudes e competências dos alunos,
no âmbito da leitura e da literacia
c) Plano de Avaliação
Indicadores Análise detalhada dos Factores críticos de Recolha de evidências
mesmos sucesso
B.1- Trabalho da BE ao Considero este, um - A BE disponibiliza - Estatísticas de
serviço da promoção de indicador de processo, uma colecção variada e requisição, circulação
leitura na pois incide sobre todas adequada aos gostos, no agrupamento e uso
escola/agrupamento as actividades interesses e de recursos
desenvolvidas pela BE necessidades dos relacionados com a
em prol da leitura, utilizadores; leitura;
sejam elas de que - A BE identifica novos - Estatísticas de
natureza for. Assim, a públicos e adequa a utilização informal da
forma como se colecção e as práticas BE;
desenvolver o às necessidades - Estatísticas de
processo, assim será o desses públicos ou utilização da BE para
impacto, avaliado em outros projectos de actividades de leitura
B.3. departamentos da programada/articulada
Neste caso temos um escola/agrupamento; com outros docentes;
grande projecto da BE a - A BE desenvolve, de - PAA da BE/PAA do
aplicar a todo o forma sistemática, agrupamento;
agrupamento, que é o actividades de - Projecto Educativo e
aLeR+ e os temas são: promoção de leitura; Projecto Curricular de
- pré-escolar: brinco e - A BE incentiva a Agrupamento;
aprendo; leitura informativa, - PCTs das turmas;
- 1ºCEB: cresço e articulando com os - Questionários do
aprendo; departamentos modelo de auto-
- 2ºCEB: imagino e curriculares no Avaliação das BEs;
aprendo; desenvolvimento de
- 3º CEB: estudo e actividades de ensino-
aprendo aprendizagem ou em
Mas existem muitas projectos e acções que
outras actividades de incentivem a leitura;
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grande projecção da - A BE promove
leitura, no entanto esta encontros com
é a de maior impacto, escritores ou outros
pois implica muita eventos culturais que
dinâmica de grupo para aproximem os alunos
se atigir os objectivos dos livros ou de outros
inicialmente pensados. materiais/ambientes
que incentivem o gosto
pela leitura;
- A BE procura estar
sempre informada
sobre o PNL e
desenvolver actividades
nesse âmbito;
- A BE promove leitura
em ambientes digitais;
- A BE incentiva o
empréstimo domiciliário;
- A BE apoia os alunos
nas suas escolhas e
conhece as novidades
literárias e de
divulgação que melhor
se adequam aos seus
gostos;
- A BE explora
contextos inter e
transdisciplinares e
associa um conjunto
diversificado de
actividades à leitura
com o objectivo de
desenvolver a
oralidade, a escrita e as
restantes literacias
associadas ao acto de
ler;
B.3- Impacto do Este considerei-o um - os alunos usam o livro - Estatísticas de
Trabalho da BE nas processo de impacto, e a BE para ler de requisição domiciliária;
atitudes e competências uma vez que é através forma recreativa, para - Trabalhos realizados
dos alunos, no âmbito da medição do impacto se informar ou para pelos alunos;
da leitura e da literacia do trabalho realizar trabalhos - Estatísticas de
desenvolvido, se escolares; utilização da BE para
poderá verificar se as - os alunos manifestam actividades de leitura;
actividades progressos nas - Questionários do
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implementadas e se competências de modelo de Auto-
estas trazem alguma leitura, lendo mais e Avaliação das BEs;
mudança nas com maior - Inquéritos de hábitos
capacidades leitoras profundidade; de leitura a distribuir no
dos alunos, nos seus - os alunos interagem final de cada período;
hábitos de leitura e no com equipamentos e - Relatório final;
seu gosto pela mesma. ambientes
É importante informacionais variados,
verificarmos as manifestando
mudanças, tal com progressos nas suas
referem os textos da competências no
sessão. âmbito da leitura e
literacia;
- os alunos participam
activamente em
actividades de
promoção de leitura;
d) Intervenientes no processo:
- Equipa dos professores Bibliotecários;
- Conselho Executivo;
- Conselho Pedagógico;
- Alunos;
- Docentes;
- Funcionários do Agrupamento;
- Pais e Encarregados de Educação;
- Coordenadora Interconcelhia da RBE;
e) Etapas do processo de Avaliação e Calendarização:
Etapas Calendarização
Escolher o domínio; Ao iniciar o processo;
Reunir com todos os elementos envolvidos e
representantes neste processo: Conselho
Executivo e equipa de trabalho;
Elaboração do plano de Avaliação Logo que possível e com brevidade após reunião
anterior;
Apresentação e divulgação do plano de avaliação Reunião de Conselho Pedagógico do mês de
iniciação do processo e posterior divulgação em
reuniões de departamentos;
Recolha de dados/Evidências e tratamento de Antes da entrega e elaboração do relatório Final;
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dados;
Elaboração do relatório Final pela equipa de PB e - Reunião com o Conselho executivo;
apresentação e divulgação do mesmo - reunião em Conselho Pedagógico;
Aprovação e apresentação e divulgação do mesmo - aprovação em reunião em Conselho Pedagógico;
- reunião seguinte apresentação do relatório Final
definitivo;
Definição de um Plano de melhoria e identificação - Reunião com o Conselho executivo no ano lectivo
de um novo domínio de análise; seguinte;
- Reunião em Conselho Pedagógico no ano lectivo
seguinte;
f) Comunicação do Trabalho realizado e melhoria de outros domínios:
A elaboração de um relatório final de Auto-Avaliação da BE pressupõe a
identificação de pontos fortes e pontos fracos de actuação. A partir daí é que se
orienta o trabalho a desenvolver, sempre numa base de melhoria contínua, por
isso é necessário divulgar os resultados:
- no Conselho Pedagógico;
- nos departamentos curriculares;
- Junto da RBE e DREC;
- Através da página do Agrupamento da Escola/Agrupamento na
Internet;
- ou por outras formas que se considerarem pertinentes;
Só assim todos poderão participar neste processo e contribuir para a sua
melhoria funcional e para a melhoria de todos: docentes e alunos, tal como
afirma o excerto do texto que se segue.
“Many people believe that evaluation is about proving the success or failure of a program. This myth
assumes that success is implementing the perfect program and never having to hear from employees,
customers or clients again -- the program will now run itself perfectly. This doesn't happen in real life.
Success is remaining open to continuing feedback and adjusting the program accordingly. Evaluation
gives you this continuing feedback.”
Basic Guide to Program Evaluation, pag.3
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g) Possíveis entraves ou dificuldades ao processo…
Constrangimentos possíveis:
- Alguma burocracia;
- Complexidade em envolver todos activamente neste processo;
- Falta de tempo devido à realização de muitas actividades na BE;
- Falta de empenho e colaboração da comunidade educativa;
- Outros…
Bibliografia:
- RBE. Novo Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares. (2009).
- MacNamara Carter, Basic Guide to Program Evaluation.
- Texto da sessão: O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares:
metodologias de operacionalização (ParteI)
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