Este documento descreve as principais características das paisagens geológicas magmáticas, sedimentares e metamórficas em Portugal. As paisagens magmáticas incluem caos de blocos graníticos na Serra da Estrela e formações basálticas nos Açores. As paisagens sedimentares apresentam dunas litorâneas e relevos cársicos no Alentejo. Já as paisagens metamórficas ocorrem na serra do Açor e no Douro Vinhateiro.
2. A diversidade das paisagens geológicas
• As paisagens geológicas são paisagens naturais,
resultantes de processos geológicos.
• Conforme o principal tipo de rocha que a constitui,
as paisagens geológicas classificam-se em:
– Magmáticas
– Sedimentares
– Metamórficas
4. Rochas Magmáticas ou Ígneas
Resultam do arrefecimento e consolidação de um
magma.
5. Rochas Magmáticas (ou ígneas)
• Resultam do arrefecimento e solidificação do
magma.
Podem ser:
- Rochas plutónicas, intrusivas ou de profundidade –
se o arrefecimento do magma foi lento e em
profundidade (ex: granito)
- Rochas vulcânicas, extrusivas ou de superfície – se
o arrefecimento for rápido e à superfície (ex:
basalto).
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8. Paisagem magmática granítica
• Localização: zona norte e interior; Serra do Gerês e da Estrela, entre
outras.
• Solos pobres, pequenos bosques e vegetação agreste
tojo giesta
• Relevo: elevações irregulares, forte inclinação, urze
planaltos extensos, presença de caos de blocos.
9. Formação do caos de blocos
• Devido à diminuição de pressão e às
variações de temperatura o maciço
granítico, sofre fractura originando
fendas chamadas diáclases.
• Os blocos graníticos vão-se
arredondando e ficam expostos em
amontoados desordenados de onde
vem o nome de caos de blocos.
• Os minerais menos resistentes vão-se
alterando e originam minerais de argila
enquanto que o quartzo, mais
resistente origina areia granítica.
• Os minerais alterados dão origem a
solos pouco profundos.
10. Diáclases
Como processo
de adaptação às
novas
condições, a
rocha próxima
da superfície ou
aflorante fratura
segundo
determinadas
orientações,
dando origem a
uma rede de
fraturas
11. Caos de blocos
Blocos rochosos paralelepipédicos, com a continuação da erosão, ficam com
as suas arestas arredondadas, dando origem a blocos subesféricos, mais
ou menos dispersos.
12. Paisagem granítica
São características da
paisagem granítica
rochas magmáticas com
diáclases (fraturas), que
acabam por formar
aglomerados de blocos
mais ou menos
arredondados, as
chamadas bolas
graníticas.
30. Estruturas típicas de uma paisagem
basáltica:
• Cones vulcânicos
• Caldeiras vulcânicas
• Lava solidificada
• Colunas prismáticas basálticas
31. A paisagem basáltica está intimamente associada a fenómenos vulcânicos
e, em Portugal, é típica das regiões da Madeira e dos Açores.
32. As paisagens basálticas são também reconhecidas pela sua
cor escura, típica da rocha que as constitui.
33. Lagoas
Paisagens
que
registam
processos
vulcânicos
do passado,
como é
exemplo a
Lagoa das
Sete
Cidades,
nos Açores.
34. Calçadas de gigante Quando o material
vulcânico ascende à
superfície, consolida
arrefecendo
rapidamente, dando
lugar a um corpo
tabular. O processo de
arrefecimento,
predominantemente
através de duas
superfícies paralelas,
cria tensões internas
que fraturam a rocha,
dividindo a intrusão em
blocos prismáticos
perpendiculares ao
corpo tabular.
42. Resumindo:
• Em Portugal podemos encontrar paisagens
magmáticas graníticas na Serra da Estrela e
na Serra de Sintra.
• As paisagens magmáticas basálticas
encontramos no Arquipélago da Madeira e
dos Açores.
43. Resumindo
• Os caos de blocos são característicos das
paisagens graníticas
• Os cones vulcânicos, as caldeiras e as
formações basálticas em colunas
hexagonais são característicos das
paisagens basálticas.
45. Rochas Metamórficas
Resultam da modificação mineralógica e/ou estrutural de
outras rochas, quando sujeitas a variações de temperatura
e/ou pressão, sem que ocorra fusão.
47. Paisagens Metamórficas
• A foliação
apresentada por
algumas rochas
metamórficas
origina relevos
caracterizados por
grandes
desfiladeiros e
ravinas.
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49. Estas paisagens estão associadas à formação de cadeias
montanhosas, pelo que é comum encontrar paisagens
sujeitas a fenómenos de enrugamento.
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56. Em Portugal
Podemos
encontrar
paisagens
metamórficas
em serras
como a da
serra do Açor,
no Alto Douro
vinhateiro e no
Parque
paleozóico de
Valongo.
57. Resumindo
• São características das paisagens
metamórficas os desfiladeiros e as ravinas,
além das evidências de rochas deformadas
• Em Portugal podemos encontrar paisagens
metamórficas na costa litoral alentejana e no
Douro vinhateiro.
59. Rochas Sedimentares
Formam-se à superfície da Terra, por acumulação de
fragmentos provenientes da erosão de outras rochas, de
restos de seres vivos ou, ainda, por precipitação química.
60. Paisagens sedimentares
• São bastante variadas, dependendo do tipo
de rocha.
• Localização: nas zonas costeiras e metade
sul do país.
• Solo pobre e vegetação pouco abundante.
62. As dunas litorais, com a sua vegetação característica,
constituem uma paisagem sedimentar típica do nosso país.
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64. Dunas
Acumulações de areia
resultantes da ação do
vento.
As dunas litorais são
formações importantes,
pois impedem o avanço do
mar e constituem
ecossistemas complexos.
As dunas podem ocorrer
nos desertos, onde haja
amplo fornecimento de
areia e ventos dominantes
persistentes
65. Relevos cársicos
Modelados por ação física
(escoamento) e química,
promovida pela dissolução
das águas infiltrantes, ricas
em dióxido de carbono
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67. Modelado Cársico
• O modelado cársico é o mais típico e
inconfundível relevo de origem sedimentar.
• Ocorre em zonas de maciços calcários.
• À superfície apresenta um aspecto característico
– os campos de lapiás.
68. Campo de lapiás
• A água da chuva arrasta consigo o
dióxido de carbono do ar.
• Quando cai em cima de um maciço
calcário, a água da chuva infiltra-se
nas fendas já existentes e dissolve
substâncias que fazem parte da
constituição do calcário.
• A dissolução provoca a formação
de cavidades à superfície e em
profundidade.
• Dessa dissolução resulta uma
argila vermelha chamada terra
rossa.
74. Relevos cársicos - Dolina
Ligeira depressão, de contorno oval, por vezes sinuoso. Tem profundidade
variável, onde se encontram depósitos de sedimentos calcários e resíduos
argilosos insolúveis.
78. Relevos cársicos - Gruta
Cavidade subterrânea de dimensões variáveis, onde, por precipitação,
podem observar-se estalactites, estalagmites e colunas.
80. Formação das grutas:
• À medida que a água se vai infiltrando e dissolvendo o
calcário vai formando cavidades à superfície – dolinas,
que podem ter contacto com cavidades interiores,
formando poços quase verticais – algares, que podem ir
alargando até formarem grutas .
• A água contendo minerais carbonatados ao gotejar do
tecto da gruta forma estalactites e no chão por baixo,
estalagmites. Quando estas se unem formam colunas.
• A água que se acumula dá frequentemente origem a
cursos de água subterrâneos.
83. Relevos cársicos - Exsurgência
Aparecimento, ao ar livre, de águas que, por infiltração, se juntaram nas
fendas do calcário e avançaram por condutas subterrâneas.
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86. Chaminés de Fada
São estruturas de tamanho variável originadas pela chuva em solos de
vegetação pobre.
São frequentes em zonas montanhosas, como os Alpes e nas montanhas
da Turquia (Cappadocia).
Explicação:
A acção da chuva vai provocar uma
erosão diferencial: os materiais mais
finos serão erodidos enquanto que os
materiais mais volumosos e mais rígidos
serão mais poupados ao trabalho de
desgaste das águas de escorrência.
Contudo, a erosão não afectará os
materiais por baixo dos grandes blocos
de rochas. A rocha de cima funciona
como protector da erosão e acabará por
colapsar quando, com o continuar da
erosão, não seja possível sustentar o
bloco de rocha maior.
87. Chaminés-de-fada
Em regiões constituídas por materiais
heterogéneos e com algum declive, a ação da
água da chuva, circulando sem direção definida
desgasta as formações rochosas menos
resistentes, dando origem a uma erosão
diferencial
88. Em Portugal são geralmente de dimensões modestas…
Mas na Capadócia, atingem dimensões consideráveis…