3. Povos da Península Itálica Segundo os historiadores, a Civilização Romana é resultado da mistura dos povos que habitaram a região da Península Itálica. De entre esses povos, podemos destacar os latinos, os gregos, os etruscos e os sabinos .
4. Na região do Lácio, estes povos desenvolveram uma economia baseada na agricultura e na pastorícia. Roma converteu-se numa verdadeira cidade, rica em grandes obras públicas, tais como: obras de saneamento, construções de templos e de reunião… Com a deposição do último rei, Tarquínio o Soberbo, foi então instaurado o regime republicano.
5. A sociedade, nesta época, era formada por patrícios (nobres proprietários de terras), plebeus (comerciantes, artesãos e pequenos proprietários), clientes ( homens livres que se associavam aos patrícios, prestando-lhes diversos serviços pessoais em troca de auxílio económico e protecção social) e escravos .
6. Segundo se crê, com a expulsão dos Etruscos, implantou-se a República. Durante o período republicano, Roma iniciou o seu movimento de conquista de outras terras, alargando os seus domínios e realizando uma verdadeira Romanização do mundo conhecido na época:
9. A VIDA QUOTIDIANA Roma era, no tempo imperial, uma cidade dividida entre o luxo e a pobreza. As cidades eram locais muito movimentados, repletos de casas de habitação parecidas com os nossos prédios de apartamentos de hoje em dia, chamados de Insulae, habitualmente com lojas no rés-do-chão. Era o local onde os mais pobres viviam.
10. Os mais ricos que viviam nas cidades, habitavam nas Domus , casas grandes e confortáveis. Os que viviam no campo, possuíam grandes casas com termas, jardins e mesmo teatros privados. A estas casas chamamos villae . Domus Villae
11. Os romanos dedicavam-se à política, ao comércio e artesanato. Os mais ricos passavam grande parte do dia nas termas e banhos, que funcionavam também como locais de reunião e convívio. Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos, indo para as cidades na procura de emprego e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava por esquecer os seus problemas e assim diminuía a possibilidade de revoltas.
12. A Cultura Romana A vida cultural romana, tal como todas as realizações romanas, teve sempre um sentido prático, realista, virado para o concreto. Não significa que os Romanos desprezassem as coisas do espírito, pelo contrário, cultivaram as artes e as letras com entusiasmo. No entanto, também aqui se reflecte este espírito prático: por exemplo, a História não serviu apenas para relatar os factos passados mas será para os Romanos uma lição e uma forma de passar aos outros a grandeza da sua pátria. De facto, ao contrário dos Gregos para quem todas as coisas tinham que ser belas, os Romanos sentiam que todas as coisas tinham que ser úteis.
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14. A cultura romana resultou de um processo de síntese (original) da cultura etrusca, que lhe legou os fundamentos da vida urbana, da hierarquia social e das primeiras crenças; da grega, que lhe forneceu modelos artísticos, literários, filosóficos e religiosos, e ainda da oriental, que lhe incutiu o gosto pela monumentalidade, pelo conforto, pelo luxo e também pelo misticismo. O urbanismo foi um dos pontos fundamentais na organização da civilização romana: o espaço urbano era pensado segundo as ideias pragmáticas romanas: traçado regular das ruas, segundo um plano Norte-Sul (Cardus) e Este-Oeste (Decumanus). No centro destes dois eixos, localizava-se o Fórum. Os edifícios eram todos construídos tendo por base a sua utilidade: pontes, aquedutos, fóruns, termas, estradas, saneamento, anfiteatros, teatros, circos… Ou então, por demonstrarem a importância do Império, como no caso dos Arcos de Triunfo.
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17. A Religião Romana Antes do aparecimento de Cristo e da oficialização do Cristianismo, a religião romana era politeísta, ou seja, adoravam um grande número de deuses. Uma outra influência da Grécia verifica-se a este nível, pois os romanos adoptaram os deuses gregos, dando-lhes nomes latinos. A partir de Octávio César Augusto (o Divino), é criado também o culto ao Imperador. Os sacrifícios que ofereciam aos deuses demonstram mais uma vez a utilidade das suas acções. Ao fazê-los, esperavam em contrapartida o favor dos deuses. Os deuses romanos primitivos eram: * os Lares - deuses da família, * os Manes - as almas dos antepassados, * os Penates - deuses das refeições. O culto era assegurado por sacerdotes e sacerdotisas: os Áugures (intérpretes da vontade dos deuses), as Vestais (mantinham a chama sagrada acesa) e os Pontífices (fixavam os ritos e os calendários dos dias nefastos - desfavoráveis aos deuses).
18. JÚPITER JÚPITER E JUNO DEMÉTER VÊNUS E MARTE BACO Deus Grego Deus Romano Função ou Característica Zeus Júpiter Pai dos deuses e dos homens, principal deus do Olimpo. Cronos Saturno Deus do tempo, pai de Zeus. Pertencia à raça dos titãs. Hera Juno Rainha dos deuses, esposa de Zeus. Hefesto Vulcano Artista do Olimpo, fazia os raios que Zeus lançava sobre os mortais. Filho de Zeus e Hera. Poseidon Netuno Senhor do oceano, irmão de Zeus. Hades Plutão Senhor do reino dos mortos, irmão de Zeus. Ares Marte Deus da guerra, filho de Zeus e Hera. Apolo Apolo Deus do sol, da arte de atirar com o arco, da música e da profecia. Filho de Zeus e Latona. Ártemis Diana Deusa da caça e da lua, irmã de Apolo. Afrodite Vênus Deusa da beleza e do amor, nasceu das espumas do mar. Eros Cupido Deus do amor, filho de Vênus. Palas Atena Minerva Deusa da sabedoria, nasceu da cabeça de Zeus. Hermes Mercúrio Deus da destreza e da habilidade. Filho e mensageiro de Zeus. Deméter Ceres Deusa da agricultura, filha de Cronos e Ops. Dioniso Baco Deus das festas, do vinho