O documento discute boas práticas para o manuseio de agrotóxicos. Em três frases, o documento descreve: 1) a importância do uso correto e seguro de defensivos agrícolas; 2) cuidados com o aplicador, resíduos nos alimentos e respeito ao meio ambiente; 3) a necessidade de seguir instruções de rótulos, bulas e receituários agronômicos.
1. AGROTÓXICOS
Boas Práticas de Manuseio
J. O. Menten, P.F. Kreyci
CEREST – Encontro do Trabalhador Rural de Araraquara e Região 29/Maio/2012
2. CONSELHO CIENTÍFICO PARA
AGRICULTURA SUSTENTÁVEL
Sociedade Civil – Entidade Privada – Natureza Associativa
Constituição: 15/04/2011
• Profissionais de diferentes formações e áreas de atuação que
comungam do objetivo de pugnar pela sustentabilidade da agricultura
brasileira.
Objetivos
• Discutir temas relacionados a sustentabilidade da agricultura e se
posicionar de maneira clara sobre o assunto.
• Apresentar à sociedade fatos concretos, lastreados em verdades
científicas.
3. Visão
Valorizar e promover junto a sociedade a agricultura
sustentável.
4. Missão
Promover e difundir a agricultura sustentável em todas as
etapas de seu processo produtivo.
Zelar pela imagem do produtor rural brasileiro e de seus
produtos derivados da agricultura sustentável, bem como pela:
segurança alimentar, educação no campo, meio ambiente,
cidadania e qualidade de vida da população brasileira.
Promover e incentivar a educação, o uso de tecnologias que
incrementem a produção agrícola e qualidade dos alimentos,
fibras e energia produzidas de forma sustentável.
5. Valores
O CCAS pautará suas ações dentro dos mais elevados
níveis de: ética, transparências, integridade, respeito a
diversidade, credibilidade e imparcialidade.
Valorizar os profissionais e demais agentes que atuem em
benefício e defesa da agricultura sustentável.
6. AGROTÓXICOS
Boas Práticas de Manuseio
1. Agricultura, Pragas e Manejo Integrado
2. Agrotóxicos, Defensivos Agrícolas: Desenvolvimento e
Registro
3. Uso Correto e Seguro de Defensivos Agrícolas
– Cuidados com o Aplicador;
– Resíduos nos Alimentos;
– Respeito ao Ambiente;
4. Conclusões
7. HOMEM: NÔMADE SEDENTÁRIO
FLORESTA CLAREIRA AGRICULTURA EXPLORAÇÃO ATÉ EXAUSTÃO
ABANDONO NOVA CLAREIRA NA FLORESTA ...........
SISTEMA NÃO SUSTENTÁVEL
AGRICULTURA SUSTENTÁVEL EXPLORAÇÃO “PARA SEMPRE” DA MESMA
ÁREA BPA AUMENTO DA PRODUTIVIDADE
NÃO OCORRE EXAUSTÃO / DEGRADAÇÃO / ABANDONO DA ÁREA
9. ECOSSISTEMA AGROECOSSISTEMA
NATURAL
ECOSSISTEMA SUSTENTÁVEL
Estável diversificado
AGROECOSSISTEMA FRÁGIL
Instável Simplificado PRAGAS
PRODUTIVA
AGRICULTURA
SUSTENTÁVEL
TECNOLOGIA APLICAÇÃO DE CONHECIMENTOS
CIENTÍFICOS A PROCESSO
PRODUTIVOS
10. DEFESA VEGETAL
MANEJO SUSTENTÁVEL DE PRAGAS DOS VEGETAIS
PRAGAS SERES VIVOS NOCIVOS
AOS VEGETAIS OU
PRODUTOS VEGETAIS
- INSETOS E ÁCAROS
- FUNGOS, BACTÉRIAS, VÍRUS E NEMATÓIDES
- PLANTAS INVASORAS
IMPEDE EXPRESSÃO DO RENDIMENTO POTENCIAL = ↓ PRODUÇÃO
13. GRANDES DESAFIOS
DANOS NA PRODUÇÃO AGRÍCOLA MUNDIAL POR PRAGAS
Danos evitados
pela proteção dos Produção sem Danos reais apesar da
cultivos proteção do cultivo proteção de cultivos
(produtos
fitossanitários)
0% Plantas daninhas
13,2%
Plantas daninhas
16,4% 27,6% 30,3%
Insetos + ácaros
15,6%
Insetos + ácaros
7,1%
42,1% Fitopatógenos 13,3%
Fitopatógenos
4,2%
14. MÉTODOS DE CONTROLE DAS PRAGAS
Genético Legislativo
Cultural Manejo Químico
Integrado
Mecânico Biológico
Físico
18. 140.000 MOLÉCULAS 1 PARA MERCADO
10-12 ANOS / US$ 250 MILHÕES
Ano 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Química Síntese Desenvolvimento do
processo
Ingrediente ativo Otimização da síntese Produção do lote piloto
Produção
Formulação Formulação / Melhoramento
Biologia Laboratório /
casa de vegetação
Pesquisa Ensaios em áreas
pequenas
Desenvolvimento Ensaios de campo para desenvolvimento e registro Métodos de
aplicação
Toxicologia
Toxicidade aguda, subcrônica e crônica /
Mamíferos Testes mutagênicos / carcinogênicos / teratogênicos
Peixes / aves / microorganismos /
Meio ambiente artrópodes úteis Análise oficial dos
documentos para
o registro
Meio ambiente
Comportamento Plantas / animais / solo / água
da degradação
Comportamento
dos resíduos Plantas / animais / solo / ar
ca.180.000 500 10 3 2 1 1 1 1 1 1
19. INVESTIMENTO FINANCEIRO EM PESQUISA
E DESENVOLVIMENTO
14
12
10
8
Investimentos
(% das Vendas)
6
4
2
0
Fonte: Financial Times
20. NOVOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
EVOLUÇÃO 40 ANOS: 1960-2000
REDUÇÃO DE DOSE: 90%
REDUÇÃO TOXICIDADE AGUDA: 160X
MAIOR EFICIÊNCIA AGRONÔMICA
NOVOS MECANISMOS AÇÃO / MANEJO RESISTÊNCIA
MENOR IMPACTO AMBIENTAL / MAIOR SELETIVIDADE
21. BENEFÍCIOS NOVOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
NOVOS MECANISMOS DE AÇÃO
MANEJO DA RESISTÊNCIA DE PRAGAS
MAIOR SELETIVIDADE
MENOR IMPACTO AMBIENTAL
MENOS TÓXICOS
EXPORTAÇÃO: MENOS BARREIRAS NÃO-TARIFÁRIAS
26. TOXICIDADE: CLASSIFICAÇÃO
DL5 0 Oral DL5 0 Dérm. CL5 0 Inal.
(mg/kg) (mg/kg) Olhos Pele (mg/l)
S ó lido S ó lido 1 h Expos .
Opacidade da Córnea
< < < < Reversível ou não
I 5 20 10 40 em 7 dias. Irritação
persistente
Co rro s ivo < 0 .2
Sem Opacidade da
5- 20- 10- 40- Irritaç ão
II 50 200 100 400
Córnea. Irritação
Reversível em 7 dias S evera
0 .2 -2
Sem Opacidade da
50- 200- 100- 400- Irritaç ão
III 500 2000 1000 4000
Córnea. Irritação
Reversível em
7 2 horas
Mo derada
2 -2 0
Sem Opacidade da
> > > > Irritaç ão
IV 500 2000 1000 4000
Córnea. Irritação
Reversível em
2 4 horas
Le ve
> 20
27. RISCO
É a probabilidade de um evento causar efeito
adverso à saúde.
Risco = Toxicidade X Exposição
Alto Alta Alta
Baixo Alta Baixa
Alto Baixa Alta
Baixo Baixa Baixa
28. DEFENSIVOS AGRÍCOLAS
USO CORRETO E SEGURO
Aquisição / Receita Agronômica
Transporte
Armazenamento
EPI
Preparo da Calda
Tecnologia de Aplicação
Destinação de Sobras e Embalagens
29. AQUISIÇÃO
Consulte um profissional habilitado
Constatação do Nível de Dano Econômico
Receita agronômica
Identificar o Risco de Classificação
toxicológica
Recomendação dos EPI
31. TRANSPORTE
• O veículo deve
estar em perfeitas
condições
(pneus, lâmpadas,
freios etc)
• A carroceria deve
estar sem frestas,
objetos
pontiagudos ou
lascas de madeira)
32. TRANSPORTE
• Avalie as condições do
veículo.
• Organize adequadamente a
carga e cubra com lona
• Mantenha sempre em
ordem o kit de emergência /
EPIs / documentos.
•Não transporte os produtos com:
- Alimentos e rações.
- Medicamentos.
- Pessoas e animais.
33. EM CASO DE ACIDENTES
- Use os EPI - Não abandone o veículo
- Isole a área - Leia a ficha de emergência
34. EM CASO DE ACIDENTES
• Em caso de vazamento,
contenha com materiais
apropriados.
• Contate polícia rodoviária,
bombeiros e fabricante.
• Recolha o material
derramado para o destino
apropriado
35. ARMAZENAMENTO
Distante de residências, hospitais,
escolas, fontes de água,
circulação de pessoas
Cuidados na
construção
do depósito
(instalações):
45. BOTAS
Devem ser preferencialmente de cano alto e resistentes
aos solventes orgânicos, por exemplo, PVC. Sua
função é a proteção dos pés.
46. O CUSTO É BAIXO
EPI 0,05%
99,95%
Insumos,
fertilizantes,
sementes,
material, mão-de-obra,
custo administrativo,
produtos, fitossanitários etc.
47. CUIDADOS ANTES DA APLICAÇÃO
Observe as condições climáticas:
Ventos
Temperatura do solo
e do ar. Trabalhe nas
horas mais frescas do
dia
Umidade relativa
do ar
Chuva
49. MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS PARA
APLICAÇÃO
Use equipamento adequado
Selecione os bicos corretos
para os pulverizadores e os
dosadores para as granuladeiras
Verifique filtros e mangueiras
Regule os equipamentos
Treine os usuários
50. CUIDADOS ANTES DA APLICAÇÃO
Calibre o pulverizador
com água antes
da aplicação
Regule o dosador
corretamente para os
granulados de solo
51. CUIDADOS PARA O MANUSEIO E
APLICAÇÃO
Leia e siga rigorosamente
as instruções do rótulo,
bula e receituário agronômico
52. RÓTULO E BULA
• Instruções de uso
• Limitações de uso
• Dados relativos à proteção da saúde humana
• Dados relativos à proteção do meio ambiente
53. PREPARO DA CALDA
Usar EPI completo
Local aberto ou ventilado
Longe de crianças, mulheres grávidas e animais
Usar os instrumentos adequados para a dosagem
e mistura dos produtos
Preparar apenas a quantidade da calda necessária
Fazer tríplice lavagem ou lavagem sob pressão
54. TRÍPLICE LAVAGEM
Esgotar todo Colocar 1/4 Agitar bem Despejar Furar o fundo
o conteúdo da de água do para lavar a a água da da embalagem
embalagem volume total embalagem lavagem para não ser
do produto dentro do reutilizada
pulverizador e conserve o
rótulo
55. LAVAGEM SOB-PRESSÃO
1 2 3 4
IMPORTANTE:
Realizar a operação durante
o preparo da calda
56. CUIDADOS DURANTE A APLICAÇÃO
Verifique as condições da aplicação:
Deriva
Velocidade e aceleração constantes
Altura de barras e bicos
Pressão constante
Marque o local do término da aplicação
57. CUIDADOS DURANTE A APLICAÇÃO
Não aplique próximo a rios, lagos e mananciais de
água e áreas residenciais
Não desentupa bicos com a boca
Não permita animais e crianças na área durante e após
a aplicação
Não fume, não beba e não coma durante o manuseio e
a aplicação
Nunca manipule produtos fitossanitários com
ferimentos expostos ou se estiver com problemas de
saúde
58. CUIDADOS APÓS A APLICAÇÃO
Dar uma destinação adequada aos restos de
produto no tanque.
Lave adequadamente o pulverizador e os
instrumentos utilizados, cuidando para que a
água de lavagem não atinja os rios, lagos e
mananciais.
59. CUIDADOS COMPLEMENTARES
Tome banho após a
aplicação.
Lave separadamente
as roupas de trabalho
das roupas normais
da família.
Respeite o intervalo
de segurança (período
de carência) e o
intervalo de reentrada.
62. DESTINAÇÃO ADEQUADA DE
EMBALAGENS VAZIAS
Unidades de recebimento
421
146.000 m2 - Área construída
884.000 m2 - Terreno
Mais de 3.500 Distribuidores
e Cooperativas envolvidos
25 Estados + DF
63. PRODUTOS RECICLADOS
01. Barrica de papelão
02. Barrica plástica para incineração
03. Caçamba plástica para carriola
04. Caixa de bateria automotiva
05. Caixa de passagem para fios e cabos elétricos
06. Caixa para massa de cimento
07. Conduíte corrugado
08. Cruzeta de poste de transmissão de energia
09. Duto corrugado
10. Embalagem para óleo lubrificante
11. Roda plástica para carriola
12. Saco plástico de descarte e incineração de
lixo hospitalar
13. Tubo para esgoto
14. Tampa agro Recicap
15. Ecoplástica Triex
16. Recipallet
17. Caixa para descarga
64. DESTINO DAS EMBALAGENS VAZIAS
80% das embalagens são retiradas
94% das embalagens plásticas são retiradas
34.200.033
31.265.690
28.771.427
2009 2010 2011
68. DANOS EVITADOS PELO USO DE DEFENSIVOS
AGRÍCOLAS
0%
Danos evitados
pela proteção Produção sem
48% 52% Proteção de
dos cultivos
(produtos Cultivos
fitossanitários)
42,1%
BRASIL, 2011
VBP = R$ 200 Bi
R$ 96 Bi R$ 104 Bi
69. SUSTENTABILIDADE ECONÔMICA DA
AGRICULTURA
Custo
Tecnologia < Incremento
Obtido
• Produtos
R$ 14,5 Bi
• Aplicação
• (35% do produto)
R$ 5,1 Bi
R$ 19,6 Bi R$ 96 Bi
Benefício Econômico = R$ 76,4 Bi
Custo/ Benefício 1:5
72. USO CORRETO E SEGURO
Conclusão:
Defensivos Agrícolas existem para proteger
a sua lavoura.
Use corretamente.
Use com segurança.
Proteja a sua saúde, a das outras pessoas e
o meio ambiente.