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Análise de Componentes Principais
            Célia M. D. Sales - UAL
 Com base em materiais de Andy Field (2009) e Hair (2010)
Análise factorial
    Conjunto de técnicas estatísticas para condensar/resumir
    a informação contida num certo número de variáveis
    originais
      Obter um menor número de novas dimensões ou factores,
      com perda mínima de informação
    “A análise factorial dá instrumentos para analisar a
    estrutura das inter-relações (correlações) entre um
    elevado número de variáveis (ex., resultados de testes,
    items, respostas a questionários), definindo conjuntos de
    variáveis que estão altamente correlacionadas (factores).
    Estes grupos de variáveis (factores) representam
    dimensões subjacentes nos dados” (Hair et al, 2010, p. 94)
2                               Célia M. D. Sales - UAL
Análise factorial


    Se um conjunto de variáveis mede a mesma coisa,
    deverão ter elevada correlação entre si (formando
    um grupo) e baixa correlação com variáveis fora
    desse grupo (Field, 2010)




3                            Célia M. D. Sales - UAL
Exemplo (Field, 2010)
    Estudo que pretende compreender aspectos
    implicados na popularidade das pessoas
    Variáveis medidas:
     Aptidões sociais (Social Skills)
     Egoísmo (Selfish)
     Quanto os outros acham a pessoa interessante (Interest)
     Tempo que a pessoa fala sobre o outro, numa conversa
     (Talk 1)
     Tempo que a pessoa fala sobre si mesma, numa conversa
     (Talk 2)
     Tendência para mentir (Liar)

4                               Célia M. D. Sales - UAL
Matriz R (Matriz de correlações originais)




    -Variáveis que estão correlacionadas entre si (e pouco relacionadas com
    as restantes), provavelmente medem a mesma “coisa”
         -Factor 1: Sociabilidade da pessoa
         -Factor 2: Consideração pelos outros
    -Será que podemos reduzir esta matriz num conjunto menor de
    dimensões (ou factores) NÃO CORRELACIONADAS? (neste caso, 2?)

5                                       Célia M. D. Sales - UAL
O que são Factores

    Se algumas variáveis têm correlação elevada, podem estar
    a medir aspectos de uma mesma dimensão (ou factor)
    que lhes está subjacente
     Na Análise de Componentes Principais (ACP), essas dimensões
     (ou factores) chamam-se componentes




6                                Célia M. D. Sales - UAL
Representação gráfica de factores
Graficamente, os factores são eixos de classificação, nos quais as
variáveis originais podem ser projectadas




 7                                Célia M. D. Sales - UAL
Representação gráfica de factores
                                                           Cada variável projecta-se no
                                                           gráfico, através de coordenadas

                                                           As coordenadas de cada variável
                                                           representam-se na Matriz A:
                                                           -    Factores em colunas
                                                           -    Variáveis em linha

                                                                                        Talk 1
                                                            0.87            0.01 
                                                                                 
                                                            0.96          − 0.03       Social
 Coordenadas = Factor Loadings = Valores próprios
                                                            0.92            0.04 
                                                                                         Skills
                Correlação                               A=                      
         entre a variável e o factor                        0.00            0.82 
                                                            − 0.10          0.75 
Quanto maior o loading das variáveis num factor, mais                            
esse factor explica a relação entre essas variáveis         0.09            0.70 
                                                                                 
     8                                         Célia M. D. Sales - UAL
Representação algébrica dos factores
    Os factores são rectas
      Combinação linear das diferentes variáveis em análise
      Ordenada na origem = zero

           Y = b1 X 1 + b2 X 2 K bn X n
    Factori = b1Variable1 + b2Variable2 K bnVariablen

    Cada variável tem um peso diferente (b) em cada um dos
    factores
      Correspondem à coordenada na presentação gráfica
      Correspondem aos Factor Loadings
      Armazenam-se na Matriz A
9                                     Célia M. D. Sales - UAL
Representação algébrica de factores
                           0.87   0.01 
                                       
                           0.96 − 0.03 
                           0.92   0.04 
                        A=             
                           0.00   0.82 
                                       
                           − 0.10 0.75 
                           0.09   0.70 
                                       


              Y = b1 X 1 + b2 X 2 K bn X n
     Sociability = 0.87Talk1 + 0.96Social Skills + 0.92Interest
                 + 0.00Talk2 − 0.10Selfish + 0.09Liar
Consideration = 0.01Talk1 − 0.03Social Skills + 0.04Interest
              + 0.82Talk2 + 0.75Selfish + 0.09Liar

10                                 Célia M. D. Sales - UAL
Como descobrir os Factores?
Implica duas decisões:

1)    Escolher método de extracção dos factores, a partir
      dos dados
        Há vários métodos
        Vamos abordar a Análise de Componentes Principais (ACP)

2)    Decidir o número de factores




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Extracção dos factores
 Procurar combinações lineares (rectas) de todas as
 variáveis que descrevam grande parte da variância dos
 dados
     Cada uma dessas combinações é um componente ou factor
     1º componente: explica o máximo possível da variância dos
     dados originais;
     2ª explica o máximo possível da variância ainda não explicada,
     etc..
     No limite, para explicar toda a variância, teremos tantos
     factores como variáveis
 Quanta variância dos dados é explicada pelo factor? =
 eigenvalue
12                                 Célia M. D. Sales - UAL
Eigenvalues
 Andy Field (2010, p. 243, Jane Superbrain 7.2) define
 intuitivamente:

 Imaginemos 2 variáveis
     Scatterplot, mancha de pontos, num plano
     Eigenvectors = linhas, perpendiculares, que medem a nuvem de
     pontos, em comprimento e em largura
 Se acrescentássemos uma 3ª variável
     Scatterplot teria uma 3ª dimensão, como uma bola de rugby, etc
 Eigenvalue
     Comprimento de cada eigenvector (de uma ponta à outra)
 Olhando para todos os eigenvalues de todos os dados,
 conhecemos as dimensões, ficamos a conhecer a distribuição
 das variâncias da matriz R

13                                   Célia M. D. Sales - UAL
Eigenvalues
 Eigenvalue
     Eigenvalue de um factor mede quanto da variância de todas
     as variáveis iniciais é descrita por esse factor
     Se o factor tem um eigenvalue baixo, contribui pouco para
     explicar as variâncias na amostra - pode ser ignorado

     Objectivo na análise:
      Reter apenas os factores com os eigenvalues mais
      elevados
      Quantos?



14                              Célia M. D. Sales - UAL
Requisitos metodológicos e
     Pressupostos da análise factorial




15                   Célia M. D. Sales - UAL
Desenho metodológico da Análise Factorial
A.    Variáveis métricas
          Escalas de Likert são também admitidas
B.    Pelo menos 5 variáveis por factor (se o estudo
      pretende compreender a estrutura dos factores)
C.    Tamanho da amostra
          Ter mais observações do que variáveis
          Mínimo de 50 observações
          Idealmente, ter 5 observações por variável

                                 (Hair et al, 2010)


      Nota: Field (2010, p. 647) aponta diferentes requisitos qt ao
         tamanho da amostra

 16                                     Célia M. D. Sales - UAL
Pressupostos
     Relevância conceptual
     Correlação
        Essencialmente, a análise dos pressupostos pretende
        avaliar se existem correlações (matriz inicial de
        correlações R) que justifiquem a aplicação da análise
        factorial



     Inspeccionar matriz
                              Teste de                    Índice KMO
       de correlação R
                           Esfericidade de
                               Bartlett


17                                   Célia M. D. Sales - UAL
Pressupostos da Análise Factorial
     Inspecção preliminar da matriz de correlação R
     (Field, 2010):
       De uma maneira geral, as variáveis devem estar
       correlacionadas (r>0.3)
       Não deve haver multicolinearidade: Variáveis com elevada
       correlação (r>0.90)
       Não deve haver singularidade:Variáveis com correlação
       perfeita (r=1)

     Excluir da análise variáveis que possam causar
     problemas.
       Se uma variável tem várias correlações <0.3, considerar
       excluí-la da análise factorial

18                                Célia M. D. Sales - UAL
Pressupostos da Análise Factorial
Teste de esfericidade de Bartlett
   Teste de hipóteses
      H0: A Matriz R é uma matriz de identidade (todos os
      coeficientes de correlação são zero)
      Teste significativo (p < .05) indica que, globalmente, há
      correlação entre as variáveis, logo, faz sentido realizar
      uma análise factorial


     Decisão
      Teste significativo (p < .05), prosseguir a análise


19                                Célia M. D. Sales - UAL
Pressupostos da Análise Factorial
Kaiser-Meyer-Olkin measure of sampling adequacy
 (KMO)
       Índice (entre 0 e 1)
       Representa proporção da variância entre as variáveis que
       corresponde a variância comum (i.e., indicativo da existência de
       factores latentes comuns)
       Deve ser maior ou igual a 0,5
       Há 1 estatística KMO para cada variável; a sua soma é o KMO global

Decisão
 KMO global e KMO de cada variável >= 0.5
      prosseguir Análise Factorial
      KMO < 0.5
      Eliminar da análise a variável com KMO menor (<0.5)
      Calcular novamente o KMO, com as restantes variáveis
      Repetir até atingir resultados KMO global > 0.5
 20                                     Célia M. D. Sales - UAL
No SPSS
 Analyse - Dimension Reduction - Factor
     Seleccionar as variáveis a incluir na análise




21                                        Célia M. D. Sales - UAL
No SPSS
 Teste de esfericidade de Bartlett e KMO global




22                                   Célia M. D. Sales - UAL
No SPSS
KMO para cada variável individual




 23                                 Célia M. D. Sales - UAL
Extrair os factores

     Após especificar as variáveis, preparar a matriz de correlação
        (matriz R) e verificar os pressupostos, o passo seguinte é
                                              identificar os factores




24                                Célia M. D. Sales - UAL
Método de extracção dos factores
 Escolha depende dos objectivos do estudo


    Estudo
                                  Estudo exploratório
 confirmatório


                            Descritivo
                   (das características da amostra)         Inferencial
                  Para informar sobre a População é
                  necessário analisar várias amostras


                  Análise de
                 Componentes
                  Principais
                   (ACP)

25                                Célia M. D. Sales - UAL
Nº de factores a reter
 Dois critérios
     Scree plot
       Escolher o nº de factores acima do ponto de inflexão
       Usar apenas se n > 200
     Critério de Kaiser
       Reter todos os factores com eigenvalue >1


 Decidir de acordo com o conteúdos substantivo das variáveis




26                                    Célia M. D. Sales - UAL
Scree Plot
 Projecta os eigenvalues (y) para cada factor (x)
     Identificar ponto de inflexão:
       Traçar linha que resume o eixo vertical; depois linha para eixo horizontal;
       o ponto de inflexão é onde ambas se cruzam
     Escolher o nº de factores acima do ponto de inflexão
       No exemplo, 2




27                                       Célia M. D. Sales - UAL
No SPSS


Critério de Kaiser: Dois factores com
eigenvalue superior a 1




  28                                    Célia M. D. Sales - UAL
Escolha do nº de factores (Hair et al. 2010)
 Conjugar vários critérios
     Eigenvalues > 1
     Factores sugeridos pelo scree plot (acima do ponto de
     inflexão)
     Conteúdo substantivo/teórico dos factores
     Factores suficientes para explicar 60% (ou mais) da variância
     dos dados
     Mais factores quando há heterogeneidade em subgrupos da
     amostra
 Testar várias soluções alternativas (mais 1 factor e menos
 1 factor do que a solução inicial) para ter a certeza de
 que é identificada a melhor estrutura
29                                 Célia M. D. Sales - UAL
Para testar diferentes nºs de factores no SPSS

                       Por defeito o SPSS usa o critério de
                       Kaiser.

                       No entanto, podem-se pedir soluções
                       com um nº determinado de factores




30                     Célia M. D. Sales - UAL
Interpretação dos factores

                   Para compreender/interpretar um factor, é necessário
        identificar as variáveis que mais se correlacionam com ele (com
     base nos factor loadings) e analisar qualitativamente que dimensão
                                                    comum estão a medir




31                                  Célia M. D. Sales - UAL
Factor loadings e Component Matrix
 Factor loadings
     Correlação entre o factor e cada variável
     Apresenta-se na Matriz de Componentes A




32                               Célia M. D. Sales - UAL
Passos na interpretação dos factores
1)    Rotação de Factores
2)    Análise dos factor loadings




 33                                 Célia M. D. Sales - UAL
Rotação de Factores
 Ajuda a interpretar os loadings
     Maximiza o loading de uma variável num factor e
     minimiza os loadings nos restantes factores
 Graficamente, implica rodar os eixos
 Dois tipos
     Rotação ortogonal
      mantém os factores perpendiculares, i.e., não-
      correlacionados
      A mais recomendada:VARIMAX
     Rotação oblíqua
      Quando os factores estão inter-relacionados
      Mais próximo de situação real/natural
34                                Célia M. D. Sales - UAL
Ortogonal                                   Oblíqua




           Fonte: Field (2009)
35                     Célia M. D. Sales - UAL
Antes da Rotação                   Após Rotação




36                      Célia M. D. Sales - UAL
Análise da significância dos factor loadings
 Para a interpretação dos componentes (o que medem),
 usamos a matriz de componentes após a rotação
 Loading = r (correlação entre a variável e o factor)
 r quadrado = quanto da variância dessa variável é
 explicada pelo factor
     Para que o factor explique mais do que 49%, o loading deve ser
     superior a 0.7

 Quanto maior o valor absoluto do factor loading, mais
 importante para interpretar o factor


37                                Célia M. D. Sales - UAL
Regras de análise dos factor loadings (Field,
2010; Hair et al., 2010)
 Em geral, apenas interpretar factor loadings superiores a 0.3
     Explicam apenas 9% da variável
 Valor maior do que 0,7 é o ideal
 Ter em conta a dimensão da amostra (Stevens, 2002)
             Dimensão amostra                Loading aceitável maior do que:

                    50                                       0.722
                   100                                       0.512
                   200                                       0.364
                   300                                       0.298
                   600                                       0.210
                   1000                                      0.162


 Loadings baixos aceites também com muitas variáveis em análise
 Usar loadings mais elevados quando a solução tem muitos factores
     Usar loadings mais elevados nos últimos factores
38                                      Célia M. D. Sales - UAL
Reportar
  Descrever a amostra com detalhe
  Descrição das variáveis, média e desvio-padrão
  Tipos de correlações analisadas (Ex: Pearson…)
  Método de extracção de factores (ACP, …)
  Initial communality estimates used (e.g., squared multiple
correlations).




 39                            Célia M. D. Sales - UAL
Exemplo para realizar na aula (Tabachnick
& Fidell)
 A 5 pessoas que compravam botas de ski, perguntou-se
 qual a importância de cada uma de 4 variáveis, na escolha
 de uma estância de ski:
     Custo de ingresso (COST)
     Velocidade do teleférico (LIFT)
     Profundidade da neve (DEPTH)
     Consistência da neve (POWDER)

 Pretende-se investigar o padrão de relações entre as
 variáveis, para compreender as dimensões que estão na
 base da escolha da área de ski.

40                              Célia M. D. Sales - UAL
Exemplo: Dados

     Skiers   COST   LIFT              DEPTH     POWDER
       A       32     64                   65      67
       B       61     37                   62      65
       C       59     40                   45      43
       D       36     62                   34      35
       E       62     46                   43      40




41                     Célia M. D. Sales - UAL
Exemplos de utilização da Análise Factorial
A.    Compreender a estrutura subjacente a um conjunto de
      variáveis
      Ex: Spearman e Thurstone usaram Análise Factorial para
      compreender a estrutura da variável latente “inteligência”
B.    Para construir questionários destinados à medição de
      uma variável latente
         Ex: Saúde Mental (Clinical Outcome in Routine Evaluation,
         CORE-OM)
C.    Redução da base de dados, mantendo ao máximo as
      características da informação original
         Criação de variáveis compósitas (usando scores factoriais)


 42                                 Célia M. D. Sales - UAL
Scores Factoriais
 Pode-se criar uma nova variável que corresponde à pontuação
 de cada participante na dimensão
   Em vez de se analisar os resultados nas variáveis originais uma a uma,
   analisa-se a pontuação na dimensão (ex: a pontuação em
   Sociabilidade e Consideração)
   Para cada pessoa, basta substituir, na equação do factor, os resultados
   das variáveis originais
   Ex: Um participante com os seguintes resultados nas variáveis
   originais, terá a seguinte pontuação em Sociabilidade e em
   Consideração
 Talk 1=4
 Social Skills=9           Sociability = (0.87 x 4) + (0.96 x 9) + (0.92 x 8)
 Interest=8                             + (0.00 x 6) − (0.10 x 8) + (0.09 x 6)
 Talk 2=6              Consideration = (0.01 x 4) − (0.03 x 9) + (0.04 x 8)
 Selfish=8
 Liar=6                                 + (0.82 x 6) + (0.75 x 8) + (0.09 x 6)

43                                   Célia M. D. Sales - UAL
Scores factoriais
 Método de cálculo (Andy Field, pp. 634-635):
     Para que os scores factoriais não dependam da escala de
     medição, o método de cálculo não é exactamente aquele que
     acabámos de descrever




44                               Célia M. D. Sales - UAL
Ex. de artigos que usam esta análise
 Mudrack, P. E. (2004). An outcomes-based approach to
 just world beliefs. Personality and Individual Differences,
 38(7), 380-384.

 Collins, R. P., Littman, J.A., & Spielberger, C.D. (2004). The
 measurement of perceptual curiosity. Personality and
 Individual Differences, 36(5), 1127-1141.




45                              Célia M. D. Sales - UAL

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Análise de Componentes Principais

  • 1. Análise de Componentes Principais Célia M. D. Sales - UAL Com base em materiais de Andy Field (2009) e Hair (2010)
  • 2. Análise factorial Conjunto de técnicas estatísticas para condensar/resumir a informação contida num certo número de variáveis originais Obter um menor número de novas dimensões ou factores, com perda mínima de informação “A análise factorial dá instrumentos para analisar a estrutura das inter-relações (correlações) entre um elevado número de variáveis (ex., resultados de testes, items, respostas a questionários), definindo conjuntos de variáveis que estão altamente correlacionadas (factores). Estes grupos de variáveis (factores) representam dimensões subjacentes nos dados” (Hair et al, 2010, p. 94) 2 Célia M. D. Sales - UAL
  • 3. Análise factorial Se um conjunto de variáveis mede a mesma coisa, deverão ter elevada correlação entre si (formando um grupo) e baixa correlação com variáveis fora desse grupo (Field, 2010) 3 Célia M. D. Sales - UAL
  • 4. Exemplo (Field, 2010) Estudo que pretende compreender aspectos implicados na popularidade das pessoas Variáveis medidas: Aptidões sociais (Social Skills) Egoísmo (Selfish) Quanto os outros acham a pessoa interessante (Interest) Tempo que a pessoa fala sobre o outro, numa conversa (Talk 1) Tempo que a pessoa fala sobre si mesma, numa conversa (Talk 2) Tendência para mentir (Liar) 4 Célia M. D. Sales - UAL
  • 5. Matriz R (Matriz de correlações originais) -Variáveis que estão correlacionadas entre si (e pouco relacionadas com as restantes), provavelmente medem a mesma “coisa” -Factor 1: Sociabilidade da pessoa -Factor 2: Consideração pelos outros -Será que podemos reduzir esta matriz num conjunto menor de dimensões (ou factores) NÃO CORRELACIONADAS? (neste caso, 2?) 5 Célia M. D. Sales - UAL
  • 6. O que são Factores Se algumas variáveis têm correlação elevada, podem estar a medir aspectos de uma mesma dimensão (ou factor) que lhes está subjacente Na Análise de Componentes Principais (ACP), essas dimensões (ou factores) chamam-se componentes 6 Célia M. D. Sales - UAL
  • 7. Representação gráfica de factores Graficamente, os factores são eixos de classificação, nos quais as variáveis originais podem ser projectadas 7 Célia M. D. Sales - UAL
  • 8. Representação gráfica de factores Cada variável projecta-se no gráfico, através de coordenadas As coordenadas de cada variável representam-se na Matriz A: - Factores em colunas - Variáveis em linha Talk 1  0.87 0.01     0.96 − 0.03  Social Coordenadas = Factor Loadings = Valores próprios  0.92 0.04  Skills Correlação A=  entre a variável e o factor  0.00 0.82   − 0.10 0.75  Quanto maior o loading das variáveis num factor, mais   esse factor explica a relação entre essas variáveis  0.09 0.70    8 Célia M. D. Sales - UAL
  • 9. Representação algébrica dos factores Os factores são rectas Combinação linear das diferentes variáveis em análise Ordenada na origem = zero Y = b1 X 1 + b2 X 2 K bn X n Factori = b1Variable1 + b2Variable2 K bnVariablen Cada variável tem um peso diferente (b) em cada um dos factores Correspondem à coordenada na presentação gráfica Correspondem aos Factor Loadings Armazenam-se na Matriz A 9 Célia M. D. Sales - UAL
  • 10. Representação algébrica de factores  0.87 0.01     0.96 − 0.03   0.92 0.04  A=   0.00 0.82     − 0.10 0.75   0.09 0.70    Y = b1 X 1 + b2 X 2 K bn X n Sociability = 0.87Talk1 + 0.96Social Skills + 0.92Interest + 0.00Talk2 − 0.10Selfish + 0.09Liar Consideration = 0.01Talk1 − 0.03Social Skills + 0.04Interest + 0.82Talk2 + 0.75Selfish + 0.09Liar 10 Célia M. D. Sales - UAL
  • 11. Como descobrir os Factores? Implica duas decisões: 1) Escolher método de extracção dos factores, a partir dos dados Há vários métodos Vamos abordar a Análise de Componentes Principais (ACP) 2) Decidir o número de factores 11 Célia M. D. Sales - UAL
  • 12. Extracção dos factores Procurar combinações lineares (rectas) de todas as variáveis que descrevam grande parte da variância dos dados Cada uma dessas combinações é um componente ou factor 1º componente: explica o máximo possível da variância dos dados originais; 2ª explica o máximo possível da variância ainda não explicada, etc.. No limite, para explicar toda a variância, teremos tantos factores como variáveis Quanta variância dos dados é explicada pelo factor? = eigenvalue 12 Célia M. D. Sales - UAL
  • 13. Eigenvalues Andy Field (2010, p. 243, Jane Superbrain 7.2) define intuitivamente: Imaginemos 2 variáveis Scatterplot, mancha de pontos, num plano Eigenvectors = linhas, perpendiculares, que medem a nuvem de pontos, em comprimento e em largura Se acrescentássemos uma 3ª variável Scatterplot teria uma 3ª dimensão, como uma bola de rugby, etc Eigenvalue Comprimento de cada eigenvector (de uma ponta à outra) Olhando para todos os eigenvalues de todos os dados, conhecemos as dimensões, ficamos a conhecer a distribuição das variâncias da matriz R 13 Célia M. D. Sales - UAL
  • 14. Eigenvalues Eigenvalue Eigenvalue de um factor mede quanto da variância de todas as variáveis iniciais é descrita por esse factor Se o factor tem um eigenvalue baixo, contribui pouco para explicar as variâncias na amostra - pode ser ignorado Objectivo na análise: Reter apenas os factores com os eigenvalues mais elevados Quantos? 14 Célia M. D. Sales - UAL
  • 15. Requisitos metodológicos e Pressupostos da análise factorial 15 Célia M. D. Sales - UAL
  • 16. Desenho metodológico da Análise Factorial A. Variáveis métricas Escalas de Likert são também admitidas B. Pelo menos 5 variáveis por factor (se o estudo pretende compreender a estrutura dos factores) C. Tamanho da amostra Ter mais observações do que variáveis Mínimo de 50 observações Idealmente, ter 5 observações por variável (Hair et al, 2010) Nota: Field (2010, p. 647) aponta diferentes requisitos qt ao tamanho da amostra 16 Célia M. D. Sales - UAL
  • 17. Pressupostos Relevância conceptual Correlação Essencialmente, a análise dos pressupostos pretende avaliar se existem correlações (matriz inicial de correlações R) que justifiquem a aplicação da análise factorial Inspeccionar matriz Teste de Índice KMO de correlação R Esfericidade de Bartlett 17 Célia M. D. Sales - UAL
  • 18. Pressupostos da Análise Factorial Inspecção preliminar da matriz de correlação R (Field, 2010): De uma maneira geral, as variáveis devem estar correlacionadas (r>0.3) Não deve haver multicolinearidade: Variáveis com elevada correlação (r>0.90) Não deve haver singularidade:Variáveis com correlação perfeita (r=1) Excluir da análise variáveis que possam causar problemas. Se uma variável tem várias correlações <0.3, considerar excluí-la da análise factorial 18 Célia M. D. Sales - UAL
  • 19. Pressupostos da Análise Factorial Teste de esfericidade de Bartlett Teste de hipóteses H0: A Matriz R é uma matriz de identidade (todos os coeficientes de correlação são zero) Teste significativo (p < .05) indica que, globalmente, há correlação entre as variáveis, logo, faz sentido realizar uma análise factorial Decisão Teste significativo (p < .05), prosseguir a análise 19 Célia M. D. Sales - UAL
  • 20. Pressupostos da Análise Factorial Kaiser-Meyer-Olkin measure of sampling adequacy (KMO) Índice (entre 0 e 1) Representa proporção da variância entre as variáveis que corresponde a variância comum (i.e., indicativo da existência de factores latentes comuns) Deve ser maior ou igual a 0,5 Há 1 estatística KMO para cada variável; a sua soma é o KMO global Decisão KMO global e KMO de cada variável >= 0.5 prosseguir Análise Factorial KMO < 0.5 Eliminar da análise a variável com KMO menor (<0.5) Calcular novamente o KMO, com as restantes variáveis Repetir até atingir resultados KMO global > 0.5 20 Célia M. D. Sales - UAL
  • 21. No SPSS Analyse - Dimension Reduction - Factor Seleccionar as variáveis a incluir na análise 21 Célia M. D. Sales - UAL
  • 22. No SPSS Teste de esfericidade de Bartlett e KMO global 22 Célia M. D. Sales - UAL
  • 23. No SPSS KMO para cada variável individual 23 Célia M. D. Sales - UAL
  • 24. Extrair os factores Após especificar as variáveis, preparar a matriz de correlação (matriz R) e verificar os pressupostos, o passo seguinte é identificar os factores 24 Célia M. D. Sales - UAL
  • 25. Método de extracção dos factores Escolha depende dos objectivos do estudo Estudo Estudo exploratório confirmatório Descritivo (das características da amostra) Inferencial Para informar sobre a População é necessário analisar várias amostras Análise de Componentes Principais (ACP) 25 Célia M. D. Sales - UAL
  • 26. Nº de factores a reter Dois critérios Scree plot Escolher o nº de factores acima do ponto de inflexão Usar apenas se n > 200 Critério de Kaiser Reter todos os factores com eigenvalue >1 Decidir de acordo com o conteúdos substantivo das variáveis 26 Célia M. D. Sales - UAL
  • 27. Scree Plot Projecta os eigenvalues (y) para cada factor (x) Identificar ponto de inflexão: Traçar linha que resume o eixo vertical; depois linha para eixo horizontal; o ponto de inflexão é onde ambas se cruzam Escolher o nº de factores acima do ponto de inflexão No exemplo, 2 27 Célia M. D. Sales - UAL
  • 28. No SPSS Critério de Kaiser: Dois factores com eigenvalue superior a 1 28 Célia M. D. Sales - UAL
  • 29. Escolha do nº de factores (Hair et al. 2010) Conjugar vários critérios Eigenvalues > 1 Factores sugeridos pelo scree plot (acima do ponto de inflexão) Conteúdo substantivo/teórico dos factores Factores suficientes para explicar 60% (ou mais) da variância dos dados Mais factores quando há heterogeneidade em subgrupos da amostra Testar várias soluções alternativas (mais 1 factor e menos 1 factor do que a solução inicial) para ter a certeza de que é identificada a melhor estrutura 29 Célia M. D. Sales - UAL
  • 30. Para testar diferentes nºs de factores no SPSS Por defeito o SPSS usa o critério de Kaiser. No entanto, podem-se pedir soluções com um nº determinado de factores 30 Célia M. D. Sales - UAL
  • 31. Interpretação dos factores Para compreender/interpretar um factor, é necessário identificar as variáveis que mais se correlacionam com ele (com base nos factor loadings) e analisar qualitativamente que dimensão comum estão a medir 31 Célia M. D. Sales - UAL
  • 32. Factor loadings e Component Matrix Factor loadings Correlação entre o factor e cada variável Apresenta-se na Matriz de Componentes A 32 Célia M. D. Sales - UAL
  • 33. Passos na interpretação dos factores 1) Rotação de Factores 2) Análise dos factor loadings 33 Célia M. D. Sales - UAL
  • 34. Rotação de Factores Ajuda a interpretar os loadings Maximiza o loading de uma variável num factor e minimiza os loadings nos restantes factores Graficamente, implica rodar os eixos Dois tipos Rotação ortogonal mantém os factores perpendiculares, i.e., não- correlacionados A mais recomendada:VARIMAX Rotação oblíqua Quando os factores estão inter-relacionados Mais próximo de situação real/natural 34 Célia M. D. Sales - UAL
  • 35. Ortogonal Oblíqua Fonte: Field (2009) 35 Célia M. D. Sales - UAL
  • 36. Antes da Rotação Após Rotação 36 Célia M. D. Sales - UAL
  • 37. Análise da significância dos factor loadings Para a interpretação dos componentes (o que medem), usamos a matriz de componentes após a rotação Loading = r (correlação entre a variável e o factor) r quadrado = quanto da variância dessa variável é explicada pelo factor Para que o factor explique mais do que 49%, o loading deve ser superior a 0.7 Quanto maior o valor absoluto do factor loading, mais importante para interpretar o factor 37 Célia M. D. Sales - UAL
  • 38. Regras de análise dos factor loadings (Field, 2010; Hair et al., 2010) Em geral, apenas interpretar factor loadings superiores a 0.3 Explicam apenas 9% da variável Valor maior do que 0,7 é o ideal Ter em conta a dimensão da amostra (Stevens, 2002) Dimensão amostra Loading aceitável maior do que: 50 0.722 100 0.512 200 0.364 300 0.298 600 0.210 1000 0.162 Loadings baixos aceites também com muitas variáveis em análise Usar loadings mais elevados quando a solução tem muitos factores Usar loadings mais elevados nos últimos factores 38 Célia M. D. Sales - UAL
  • 39. Reportar Descrever a amostra com detalhe Descrição das variáveis, média e desvio-padrão Tipos de correlações analisadas (Ex: Pearson…) Método de extracção de factores (ACP, …) Initial communality estimates used (e.g., squared multiple correlations). 39 Célia M. D. Sales - UAL
  • 40. Exemplo para realizar na aula (Tabachnick & Fidell) A 5 pessoas que compravam botas de ski, perguntou-se qual a importância de cada uma de 4 variáveis, na escolha de uma estância de ski: Custo de ingresso (COST) Velocidade do teleférico (LIFT) Profundidade da neve (DEPTH) Consistência da neve (POWDER) Pretende-se investigar o padrão de relações entre as variáveis, para compreender as dimensões que estão na base da escolha da área de ski. 40 Célia M. D. Sales - UAL
  • 41. Exemplo: Dados Skiers COST LIFT DEPTH POWDER A 32 64 65 67 B 61 37 62 65 C 59 40 45 43 D 36 62 34 35 E 62 46 43 40 41 Célia M. D. Sales - UAL
  • 42. Exemplos de utilização da Análise Factorial A. Compreender a estrutura subjacente a um conjunto de variáveis Ex: Spearman e Thurstone usaram Análise Factorial para compreender a estrutura da variável latente “inteligência” B. Para construir questionários destinados à medição de uma variável latente Ex: Saúde Mental (Clinical Outcome in Routine Evaluation, CORE-OM) C. Redução da base de dados, mantendo ao máximo as características da informação original Criação de variáveis compósitas (usando scores factoriais) 42 Célia M. D. Sales - UAL
  • 43. Scores Factoriais Pode-se criar uma nova variável que corresponde à pontuação de cada participante na dimensão Em vez de se analisar os resultados nas variáveis originais uma a uma, analisa-se a pontuação na dimensão (ex: a pontuação em Sociabilidade e Consideração) Para cada pessoa, basta substituir, na equação do factor, os resultados das variáveis originais Ex: Um participante com os seguintes resultados nas variáveis originais, terá a seguinte pontuação em Sociabilidade e em Consideração Talk 1=4 Social Skills=9 Sociability = (0.87 x 4) + (0.96 x 9) + (0.92 x 8) Interest=8 + (0.00 x 6) − (0.10 x 8) + (0.09 x 6) Talk 2=6 Consideration = (0.01 x 4) − (0.03 x 9) + (0.04 x 8) Selfish=8 Liar=6 + (0.82 x 6) + (0.75 x 8) + (0.09 x 6) 43 Célia M. D. Sales - UAL
  • 44. Scores factoriais Método de cálculo (Andy Field, pp. 634-635): Para que os scores factoriais não dependam da escala de medição, o método de cálculo não é exactamente aquele que acabámos de descrever 44 Célia M. D. Sales - UAL
  • 45. Ex. de artigos que usam esta análise Mudrack, P. E. (2004). An outcomes-based approach to just world beliefs. Personality and Individual Differences, 38(7), 380-384. Collins, R. P., Littman, J.A., & Spielberger, C.D. (2004). The measurement of perceptual curiosity. Personality and Individual Differences, 36(5), 1127-1141. 45 Célia M. D. Sales - UAL