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LOCALIZAÇÃO ÓPTIMA PARA

PLANO ESPECIAL DE REABILITAÇÃO

   DO ALTO DA COVA DA MOURA




 Trabalho realizado no âmbito do Curso de Especialização Tecnológica em
                                Sistemas de Informação Geográfica por:


                                               Diogo Fonseca de Matos
                                                             30.07.2009
                                                  Docente: Sérgio Prazeres
ÍNDICE



RESUMO............................................................................................................ 3

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4

2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................... 7

   2.1 Objectivo................................................................................................... 7

      2.1.1 Descrição do Objectivo ...................................................................... 7

      2.1.2 Dados Utilizados ................................................................................ 7

   2.2 Metodologia .............................................................................................. 9

      2.2.1 Georreferenciação e Vectorização ..................................................... 9

      2.2.2 Análise Espacial ............................................................................... 14

   2.3 Resultados Obtidos ................................................................................ 18

3. CONCLUSÃO............................................................................................... 28

BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 30

ANEXOS .......................................................................................................... 31




                                                                                                                   2
RESUMO



Este projecto tem como objectivo encontrar localizações óptimas para a

construção de novos fogos no concelho da Amadora, no âmbito do Plano

Especial de Reabilitação (PER), para os habitantes do Alto da Cova da Moura,

elaborado maioritariamente em ambiente ArcGis de forma a criar metodologias

e processos para chegar ao objectivo proposto, num enquadramento geral do

problema. Foi realizada análise espacial de forma a poder conjugar a

informação e chegar a um resultado esperado para o trabalho.

Foi, deste modo, adquirida e criada informação representante de factores

importantes, que conjugados entre si, podem ser determinantes a encontrar a

localização pretendida.

No seu desenvolvimento, foi necessário filtrar e suprimir alguma da informação

adquirida, sistematizando, simplificando e melhorando o seu avanço, por se

concluir que algumas das variáveis não seriam necessárias ao projecto.




Palavras-chave – Georreferenciação; Amadora; PER (Plano Especial de

Reabilitação); Análise Espacial; Localização Óptima; Model Builder.




                                                                            3
1. INTRODUÇÃO



Plano Especial de Reabilitação (PER) trata-se da concessão de apoios

financeiros para a construção, aquisição ou arrendamento de fogos destinados

ao   realojamento   de   agregados    familiares   residentes   em   habitações

clandestinas, em barracas, ou habitações similares.

O principal objectivo deste trabalho consiste no Plano Especial de Reabilitação,

onde todo o trabalho foi desenvolvido no sentido de encontrar locais óptimos

para a construção de novos fogos para os actuais habitantes do Alto da Cova

da Moura, no âmbito do PER.

Os objectivos do projecto passam pela aquisição e criação de informação

geográfica, manipulando-a maioritariamente em ambiente ArcGis, de forma a

chegar aos locais óptimos para construção, previstos para o trabalho.

Com se pode verificar na figura 1, o concelho da Amadora situa-se no distrito

de Lisboa, ocupando um total de 2378,16 Ha, composta por onze freguesias:

Alfragide, Brandoa, Buraca, Damaia, Falagueira, Mina, Reboleira, Venteira,

Alfornelos, São Brás e Venda Nova.

O bairro Alto da Cova da Moura situa-se na freguesia da Damaia, estando a

maior parte dos seus moradores registados na freguesia da Buraca. Trata-se

de um bairro clandestino com cerca de 147036,41 m2 nascido nos anos 70,

mais precisamente depois do 25 de Abril, onde cerca de 50% dos seus

moradores tem menos de 25 anos.

É considerado um dos bairros mais problemáticos do país, devido

principalmente aos problemas sociais dos moradores mais jovens. Outro grave

problema deste bairro é a imigração ilegal. Tratando-se de um bairro


                                                                              4
clandestino, não tendo assim fiscalização adequada por parte das autoridades,

é o refúgio ideal para muitos imigrantes, principalmente africanos e de leste.

Muitos destes imigrantes desejam a legalização mas, não estando as moradias

legalizadas, torna-se quase impossível essa mesma legalização.

Um antigo estudo para a requalificação desta zona, aponta para uma

demolição de 80% das casas.

A preferência para a localização do PER passa sempre pelo mesmo concelho.

Um dos objectivos foi tentar a localização óptima inserida em outros núcleos

urbanos concretos do concelho, não querendo assim isolar os actuais

moradores do bairro que, caso acontecesse esse isolamento, não resolveria o

actual problema.

Acreditando que um Plano Especial de Reabilitação levaria a uma considerável

melhoria dos moradores, que passariam a usufruir de melhores condições

habitacionais e, consequentemente, melhores condições de vida, foi realizado

o projecto em questão.




                                                                            5
Figura 1- Mapa representativo da localização do concelho da Amadora com

limites de Freguesia do mesmo concelho.




                                                                     6
2. DESENVOLVIMENTO




2.1 Objectivo


      2.1.1 Descrição do Objectivo



Definir uma localização óptima para construção de novos fogos assume assim

uma importância elevada, tendo em conta a problemática que se vive na área

de estudo. É extremamente necessário definir a localização óptima para

construção antes de se proceder à reabilitação da área de estudo, por ser

impossível manter os moradores, ao mesmo tempo, na actual zona onde

vivem. Deste modo, é necessário adquirir e criar informação que seja

necessária para encontrar o objectivo proposto para o trabalho. Neste caso,

será necessário trabalhar a informação geográfica, realizando análise espacial,

de modo a obter resultados que sejam satisfatórios para o projecto, com base

nos parâmetros definidos para o mesmo.




      2.1.2 Dados Utilizados



Numa fase inicial, foi necessário identificar as variáveis Biofísicas Naturais,

Biofísicas Antropológicas e Biofísicas Socioculturais necessárias ao projecto.

Com o decorrer do trabalho, foi-se chegando à conclusão de que algumas das

variáveis definidas inicialmente eram dispensáveis à conclusão do mesmo,

sendo assim retiradas do projecto.



                                                                             7
A primeira fase a realizar para o trabalho foi adquirir toda a informação que

estivesse disponível online e de forma gratuita, através das várias entidades

fornecedoras (ver bibliografia).

A informação recolhida para o desenvolvimento do projecto foi:



- CAOP (Carta Administrativa Oficial de Portugal);

- Vértices geodésicos em shapefile;

- Cartas Militares 1/25000 em formato digital (416, 417, 430 e 431);

- PDM de Ordenamento e de Condicionantes;

- Do site da Câmara Municipal da Amadora, foi retirada cartografia temática em

formato PDF, representante dos vários equipamentos presentes no concelho,

tais como:

      - Equipamentos de Educação e Ensino;

      - Equipamentos de Saúde;

      - Equipamentos de Segurança Pública e Protecção Civil;

      - Equipamentos de Solidariedade e Segurança Social;

      - Equipamentos Desportivos;

      - Mercados;

      - Núcleos Degradados;

      - Património Arquitectónico e Arqueológico;

      - Transportes Colectivos;

- Preço do solo.



Todos os elementos mencionados foram escolhidos com base na problemática

do projecto, na área de estudo e, principalmente, com base no histórico dos

moradores que se encontram actualmente no bairro do Alto da Cova da Moura.

                                                                            8
Com todos os elementos mencionados, foi criada informação geográfica

fundamental à realização do projecto. As variáveis criadas serão fundamentais

para se poder realizar a análise espacial, indispensável para a definição da

localização óptima.




2.2 Metodologia


      2.2.1 Georreferenciação e Vectorização



Adquiridos os elementos mencionados no ponto anterior, é necessário

manipular e criar informação através dos mesmos.

É de referir que todo o projecto foi desenvolvido no sistema de coordenadas

Datum73_Hayford_Gauss_IPCC.

Para isso, foi criada uma GeoDatabase, que contêm FeatureDataset, de forma

a guardar toda a informação geográfica criada em ambiente ArcGis, ou

exportada de ambiente AutoDesk. As FeatureDataset foram criadas de maneira

a que a informação fosse facilmente encontrada, mesmo que a GeoDatabase

fosse utilizada por qualquer outra pessoa estranha ao projecto. A nomenclatura

das nossas variáveis e a informação criada para o trabalho foi definida de

modo a que fosse também perceptível por qualquer outra pessoa, sem nunca

esquecer o conteúdo da mesma.

De toda a informação recolhida apenas a CAOP e os vértices geodésicos não

se tratam de cartas ou mapas. Assim sendo, como todas as cartas não

continham sistema de coordenadas definido, foi necessário proceder à

georreferenciação de todas as cartas. Foram usados os vértices geodésicos,

para as cartas militares 1/25000, e os limites do concelho, para as restantes

                                                                            9
cartas, como pontos de referência à georreferenciação, tentando sempre o

menor erro possível. Todos os pontos dados foram guardados em ficheiro de

texto para o caso de podermos vir a necessitar dos mesmos, em caso de surgir

algum problema com as cartas, como por exemplo perderem-se e ser

necessária uma nova aquisição da mesma informação e, consequentemente,

ser necessária uma nova georreferenciação.

Georreferenciadas, todas as cartas servirão de base à vectorização, de forma a

criarmos a informação previamente definida para o projecto.

As cartas militares servirão de base para podermos levantar os pontos cotados

e vectorizar por cima as estradas principais e secundárias do concelho da

Amadora. A vectorização das vias foi realizada em ambiente Autodesk,

nomeadamente AutoCadMap, sendo exportadas no final para ArcGis de forma

a serem visualizadas e manipuladas consoante a necessidade de análise.

Nesta fase do trabalho, surgiu o problema de se ter cerca de metade das vias

vectorizadas e mudar-se a pasta onde se encontravam as cartas militares. A

consequência deste acto foi o facto de se ter perdido o caminho original das

cartas e o sistema já não reconhecer as mesmas. Assim, foi necessário

georreferenciar novamente, devido ao sistema também não reconhecer os

pontos dados e guardados na georreferenciação anterior à perda. Quando as

cartas militares foram inseridas novamente em ambiente AutoCadMap,

deparou-se com o facto de que as vias já vectorizadas não coincidirem com as

“novas” cartas. Esta situação teve como consequência directa a necessidade

de alterar a vectorização já concebida. Foram dados pontos de controlo nas

cartas e georreferenciado vector com vector, o que se revelou não satisfatório

em todos os pontos. Desta forma, a solução que se encontrou passou por

apagar as vias de maior erro e voltar a vectorizar.

                                                                           10
Dos pontos cotados, levantados através das cartas militares, foi criado um TIN,

que é uma representação de superfícies através de uma triangulação gerada

pelos pontos cotados. Consequentemente foram criadas as curvas de nível

com espaçamento de 10 metros entre elas e o mapa de declives do concelho.

A criação destas variáveis, considera-se bastante importante, na medida em

que nos fornece uma ideia bastante real da elevação do terreno no concelho.

Do PDM de Ordenamento foi vectorizada toda a informação disponível na

carta, tendo sido previamente criadas featureclass para as respectivas classes

mencionadas na legenda do PDM. Na carta de Condicionantes surgiram

algumas dificuldades. Deparámo-nos com o facto de a carta ser de leitura

quase impossível, o que torna inconcebível a respectiva vectorização. Para

resolver este problema, foi consultado o regulamento do PDM, que nos

indicava os locais onde se encontrava REN e RAN (Reserva Ecológica

Nacional e Reserva Agrícola Nacional) no concelho da Amadora, de forma a

podermos nós mesmo desenhar essas mesmas variáveis (ver em anexo o

regulamento). Com o desenvolvimento do trabalho, chegou-se à conclusão de

que seria uma variável dispensável, por praticamente não existir na área de

estudo e por não influenciar o resultado final.

As cartas temáticas dos equipamentos contidos no concelho, retiradas em

formato   PDF    já   mencionado     anteriormente,       foram   georreferenciadas

separadamente, perfazendo um total de treze cartas correspondentes a nove

temas diferentes. Todas as cartas temáticas interessantes ao projecto foram

vectorizadas por cima, formando assim a informação geográfica necessária em

formato   featureclass   previamente     definidas.   A    vectorização   foi   feita

maioritariamente através de features do tipo ponto, excepto algumas classes



                                                                                  11
que representassem uma grande área no terreno, vectorizando, assim, como

feature do tipo polígono, para não introduzir erro no projecto.

Na figura 2 podemos ver um exemplo da carta temáticas referentes aos

Equipamentos de Educação e Ensino, georreferenciada e pronta a ser utilizada

como base na vectorização desse mesmos equipamentos.




Figura 2 – Carta temática representativa dos equipamentos de ensino público

no concelho da Amadora.


                                                                         12
A figura 3 representa o resultado da vectorização sobre todas as cartas. Como

é um número muito elevado de variáveis pode ser pouco legível, mas

representa bem a quantidade de variáveis usadas para na consequente análise

espacial.




Figura 3 – Mapa representativo de toda a vectorização realizada sobre as

cartas temáticas do concelho da Amadora.




                                                                          13
Relativamente ao preço do solo no concelho da Amadora, foi feita uma

pesquisa alargada a vários tipos de fontes diferentes, não sendo foi possível

encontrar nenhum tipo de informação fidedigna de modo a não introduzir erro à

variável e, consequentemente, ao projecto. A forma de obter este tipo de

informação, e considerando ser uma variável muito importante ao resultado

final do projecto, passou por realizar uma pesquisa a nível das imobiliárias que

tivessem informação disponível. Foi então realizada uma pesquisa a nível de

terrenos urbanos para venda no concelho da Amadora e realizado um cálculo

de forma a encontrar o preço por metro quadrado (m2). Surgiu então outro

problema devido ao facto de haver muito pouca informação disponível e

algumas das freguesias não terem mesmo qualquer tipo de terrenos urbanos

para venda, o que impossibilita o cálculo dessas mesmas áreas. Foi definido

que, mediante a informação disponível, se iria realizar uma média do preço por

m2 tendo em conta a informação disponível nas freguesias adjacentes. Deste

modo foi calculado o preço por m2, tendo noção de que se está a induzir erro

ao projecto, podendo este alterar o resultado final.




      2.2.2 Análise Espacial


Uma vez obtida a informação prevista, sendo esta a fase mais trabalhosa e

demorada do estudo, é possível iniciar a análise espacial de forma a

chegarmos aos objectivos propostos para o trabalho.

Nesta fase, e de forma a sistematizar e facilitar a manipulação das variáveis,

optou-se por utilizar e fazer correr todas as ferramentas para a análise espacial

através da criação de Model Builder. Esta ferramenta oferece-nos a

possibilidade de inserir ferramentas de geoprocessamento de forma a

                                                                              14
estruturar todo o processo do princípio ao fim e obter assim os resultados

previstos. O Model Buider é extremamente importante, mais ainda tendo um

conjunto de variáveis tão extenso como é o caso deste projecto, por oferecer

uma manipulação de variáveis e ferramentas muito mais facilitada. Outra

grande utilidade desta ferramenta é por se houver a necessidade de alterar

alguma variável ao processo, não temos de fazer todo o processo desde o

início, sendo apenas necessário alterar a variável em questão e fazer correr

todo o modelo outra vez. O resultado final de cada modelo será sempre

diferente mediante as alterações impostas.

Com base no Model Buider e tendo presente o objectivo do projecto, começou-

se por criar mapas de distâncias às variáveis criadas. O objectivo da

ferramenta de análise espacial Euclidean Distance (ArcToolbox - Spatial

Analyst – Distance) é criar distâncias às variáveis introduzidas de forma a

termos uma melhor percepção sobre as distâncias a determinados locais ou

equipamentos. Como podemos ver na figura 4, a ferramenta cria uma série de

anéis, que neste caso têm todos o mesmo intervalo, de forma a ser visível as

diferentes classes de distâncias aos núcleos degradados inseridos no concelho

da Amadora. Foi predefinido como sendo o limite máximo para as imagens

raster resultantes da análise espacial o próprio limite do concelho, por já termos

referido anteriormente não querer definir áreas que estejam fora do concelho,

com um tamanho de pixel de 5 metros. Relativamente ao tamanho de pixel, há

que ter atenção ao facto de todas as imagens terem obrigatoriamente o mesmo

tamanho de pixel, ou caso contrário não será possível realizar o cruzamento

das imagens. Realizado o mapa de distâncias, é necessário proceder à

reclassificação do mesmo, ou seja, é necessário definir a quantidade de

classes que queremos no mapa e se o valor (níveis de importância) que está

                                                                               15
menos distante da variável terá o maior ou menor valor. Para este projecto

todos os mapas foram reclassificados em dez classes, sendo o valor maior o

que tem maior importância.




Figura 4 - Mapa de distâncias reclassificado em dez classes aos núcleos

degradados inseridos no concelho da Amadora.



Foram criados os mapas de distâncias para todas as variáveis para que

possam ser cruzados entre si. As zonas urbanizáveis e urbanizáveis mistas,

                                                                             16
vectorizadas e adquiridas através do PDM de Ordenamento, foram unidas

numa featureclass única de forma a termos a localização exacta das zonas

urbanizáveis.

Criados todos os mapas de distâncias às variáveis e devidamente

reclassificados em dez classes, com o maior valor a ter o maior peso,

procedemos à utilização da ferramenta Weighted Overlay (ArcToolbox - Spatial

Analyst – Overlay - Weighted Overlay). Esta ferramenta de análise espacial

permite o cruzamento de todas as imagens raster criadas e reclassificadas, que

mediante uma percentagem de importância para cada uma delas definidas pelo

utilizador e perfazendo obrigatoriamente um total de 100%, nos dê um

resultado final.

Foram criados seis modelos diferentes (Model Buider) tendo sempre diferentes

tipos de informação cruzadas entre si (ver em anexo todos os modelos criados

para o projecto). No final todos os mapas gerados até então foram também

cruzados entre si, tendo todos a mesma percentagem de peso, de maneira a

obtermos o resultado final para o projecto.

Inicialmente, tinha sido previsto que o projecto seria desenvolvido apenas no

sentido de definir a localização óptima de modo a que esta fosse o mais longe

possível da área actual. Com o trabalho a decorrer dentro do prazo previsto, foi

possível realizar a análise inversa ao proposto inicialmente, ou seja, realizar a

análise de modo a que a localização óptima fosse definida o mais próximo

possível do actual bairro do Alto da Cova da Moura. Deste modo foi criado um

modelo de dados onde foram introduzidas as variáveis com uma alteração que

faz toda a diferença, alteração essa que passa pela reclassificação do mapa de

distâncias onde, para este objectivo, a área que se encontra mais próxima da



                                                                              17
zona actual terá o valor igual a dez, ou seja, terá o maior peso (importância) em

relação às restantes distâncias.




2.3 Resultados Obtidos



Resultante dos Model Buider criados, foram obtidos quatro resultados

provenientes de cada modelo e dois mapas finais, onde um deriva de um só

modelo e outro deriva do cruzamento dos resultados dos modelos anteriores.

No primeiro modelo foram inseridas todas as variáveis do projecto, sem haver

nenhum tipo de filtragem, de modo a obter o primeiro resultado, onde foi

estruturado o processo do início ao fim (ver em anexo modelo 1). Este modelo

contém um total de dezasseis variáveis que foram cruzadas entre si e do qual

resultou um primeiro mapa. Na figura 5 é possível ver o mapa gerado no qual

as áreas a verde mais escuro (valor oito) representam as localizações óptimas

geradas pelo modelo 1.

Em todos os resultados obtidos por intermédio da análise espacial, foi sempre

dada como melhor localização o valor que fosse mais alto de cada mapa.

Contudo, é também válido que se aceite o valor mais alto directamente a seguir

à melhor área encontrada. Neste caso iríamos ter sempre resultados muito

diferentes aos da primeira escolha, tendo sempre de ter essa situação em

conta.




                                                                              18
Figura 5 – Resultado proveniente do cruzamento de todas as variáveis.



No modelo dois (ver em anexo modelo 2) foi utilizada informação

correspondente à população alvo. O modelo em questão contém um total de

seis variáveis (População Alvo, Esquadras PSP, Núcleos Degradados e

Degradados Extintos, Ensino Público e zonas Urbanizáveis) do qual resultou o

mapa que podemos ver na figura 6. Neste caso temos uma diferença em

relação ao anterior. Como na classificação do mapa anterior, a melhor




                                                                         19
localização está representada com a cor verde mais mas neste caso com o

valor nove.




Figura 6 - Resultado proveniente do cruzamento das variáveis com base nos

equipamentos com fim à população alvo na Amadora.



O mapa representado na figura 7 resulta do cruzamento dos mapas de

distância     já   reclassificados,   principalmente   correspondentes   aos

estabelecimentos de ensino público e privado e equipamentos para jovens (ver

                                                                          20
em anexo modelo 3). Temos um cruzamento de seis variáveis diferentes

(Percurso dos Transportes Públicos, Ensino Público, Estabelecimentos para

Jovens, zonas Urbanizáveis, Preço do Solo e Núcleos Degradados) de onde

obtemos uma classificação que varia entre o valor menor três e o valor maior

dez, onde, tal como nos exemplos anteriores, o valor máximos corresponde à

melhor localização.




Figura 7 - Resultado proveniente do cruzamento das variáveis com base nos

equipamentos de ensino e estabelecimentos para jovens na Amadora.
                                                                         21
De   seguida,   cruzaram-se     as   informações    que    correspondem   aos

estabelecimentos de Protecção Civil e aos núcleos degradados extintos e

actuais (ver em anexo modelo 4). O valor correspondente à melhor localização

é o oito, situando-se assim, maioritariamente, no topo do concelho.




Figura 8 - Resultado proveniente do cruzamento das variáveis representativas

das esquadras da PSP e núcleos degradados na Amadora.




                                                                           22
Os resultados obtidos até então consideram-se satisfatórios devido ao facto de

não terem surgido quaisquer erros no processamento das ferramentas e por

todos os mapas gerados reunirem as condições previstas para o projecto.

Obtidos estes resultados, é necessário cruzar toda a informação gerada de

forma a adquirir o resultado que será considerado o nosso mapa final. Assim, é

então utilizada a ferramenta weighted overlay de modo a realizar o cruzamento

de todos os mapas gerados até então (ver em anexo modelo 5). O cruzamento

dos mapas será realizado de forma uniforme, isto é, todos os mapas terão a

mesma percentagem de importância de forma a não condicionar ou influenciar

o resultado final.

A figura 8 é a representação do mapa final gerado a partir do cruzamento de

informação enunciada anteriormente. Desenvolvido de maneira a definir a

localização óptima o mais longe possível a actual área do bairro do Alto da

Cova da Moura e dentro do concelho da Amadora, tal como ficou definido no

início do projecto.

Podemos verificar que a melhor localização, representada a verde escuro e de

valor nove, se encontra a norte do concelho. Podemos ainda ver que optando

pela segunda possibilidade, teríamos uma área bastante mais elevada, mas

onde a localização é muito idêntica à da primeira opção.




                                                                           23
Figura 9 – Mapa Final resultante do cruzamento de todos os raster criados nos

modelos anteriores.



Como já foi dito anteriormente, optou-se ainda pela realização de uma outra

análise, onde o parâmetro de distância aos núcleos degradados seria invertido

de modo a gerar um mapa de distâncias inverso à primeira opção, ou seja, a

menor distância aos núcleos seria a preferencial. Lembremos de que a primeira

opção para o trabalho passa pela localização o mais longe da área actual. Foi

então criado um outro Model Buider (ver em anexo modelo 6) onde foram
                                                                          24
cruzadas as variáveis gerais, como no primeiro modelo, com a diferença de se

reclassificar o mapa de distâncias aos núcleos degradados de forma a que a

zona mais próxima dos núcleos foi então considerada a distância mais

importante, ficando com o valor dez.

A figura 8 mostra-nos o resultado final desse cruzamento onde podemos

verificar que nesta situação a localização óptima se encontra numa área

distinta das até aqui encontradas. Até então todas as áreas se encontravam a

norte do concelho e neste caso é claramente no centro do concelho que

podemos identificar como sendo a localização óptima, com o valor nove para a

melhor área. Neste caso não seria viável considerar também uma segunda

possibilidade por toda essa área abranger uma grande parte do concelho, não

dando assim uma localização concreta.




                                                                         25
Figura 10 – Mapa Final representativo da localização óptima mais próxima da

zona actual.



Depois de criados todos os mapas finais, procedeu-se para finalizar, procedeu-

se ao cálculo do total das áreas óptimas encontradas para ambos os casos.

Para isso foi necessário extrair cada área para featureclass utilizando a

ferramenta CON do Spatial Analyst. Utilizando depois a ferramenta de análise

espacial Calculate Areas é criado um campo dentro da tabela de atributos onde

nos é indicado a área para cada polígono.

                                                                           26
Na tabela 1 podemos verificar esse mesmo valor correspondente às áreas

óptimas.



                 Descrição                         Valores das áreas

     Área óptima – longe de zona actual                  7,46 Ha

   Área óptima – próxima de zona actual                 95,22 Ha



Tabela 1 – Representação em hectares dos valores das áreas obtidas como

localizações óptimas.



É notória a diferença de área entre os resultados finais onde podemos verificar

que se escolhêssemos a melhor área junto da zona actual, teríamos uma área

com quase 90 Ha a mais que na área mais longe. Neste caso seria apenas

uma questão de escolha de qual seria a situação mais viável para a construção

e para os moradores.




                                                                            27
3. CONCLUSÃO



Mediante os resultados obtidos, concordamos terem sido alcançados todos os

objectivos propostos para o projecto. As localizações óptimas resultantes das

análises espaciais efectuadas são perfeitamente identificáveis, o que nos

permite perceber qual a melhor localização para a construção dos novos fogos,

para os habitantes do bairro do Alto da Cova da Moura, independentemente

das   variáveis   usadas   para   esse   mesmo   resultado.   Já   constatámos

anteriormente que varia bastante, tanto em localização no concelho como em

área total, se pretendemos a localização óptima o mais próximo ou o mais

longe possível da zona actual, entre o centro e o norte do concelho

respectivamente, o que nos permite perceber qual a melhor solução

dependendo dos objectivos.

Um dos objectivos do projecto era definir a localização pretendida, o mais

próxima possível, ou até mesmo inserida, de núcleos urbanos consolidados do

concelho da Amadora, o que foi também cumprido com os resultado obtidos

resultantes das análises efectuadas. Através de um controlo de qualidade dos

mapas criados podemos ver que as áreas definidas pelo sistema coincidem

com áreas urbanas consolidadas (ver em anexo figura 11 e 12). Uma vez que o

projecto incide sobre a definição de uma localização óptima para construção e

mediante os resultados obtidos, a hipótese poderia passar pela utilização das

segundas hipóteses de maior valor que se encontrem directamente a seguir às

melhores áreas encontradas.

Podemos considerar que este projecto não foi alvo de limitações de trabalho

por termos toda a informação disponível sem restrições e por todo o estudo ter


                                                                            28
sido desenvolvido sem grandes atrasos e sem problemas de maior. É ainda de

salientar que toda a informação foi adquirida de forma gratuita, o que minimizou

todos os gastos que seriam de esperar para um projecto deste âmbito.

Em prospectiva é possível construir outro tipo de combinações entre as

variáveis do projecto. O resultado dessas mesmas variáveis iria sempre

resultar num mapa diferentes, ou seja, mediante a informação que temos e

mediante um determinado objectivo imposto por algo ou por alguém, é possível

alterar tanto as variáveis de cruzamento como também os níveis de

percentagem (de importância) para cada uma delas.

Caso surjam novas variáveis passíveis de se inserirem no projecto no âmbito

do que já estabelecido é sempre possível e de fácil execução, devido ao facto

de todos os modelos estarem definidos, o que permite que seja inserida essa

nova variável e que resulte num mapa final diferente do adquirido até então.




                                                                               29
BIBLIOGRAFIA




Página Web oficial da Câmara Municipal da Amadora


Departamento de Administração Urbanística - Gabinete de Sistema de

Informação Geográfica


Fonte: DOM/DTMU, DAU/SIG, 2006/07


(URL: http://www.cm-amadora.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=34531)




Regulamento PDM Amadora


Aprovado pela Presidência do Conselho de Ministros, 14 de Abril de 1994, pelo

Primeiro-Ministro, Joaquim Fernando Nogueira, Ministro da Presidência


(URL: http://sig.cm-amadora.pt/pdm_site/pdm.html)




ArcGIS Desktop Help 9.3


(URL:

http://webhelp.esri.com/arcgisdesktop/9.3/index.cfm?TopicName=welcome)




                                                                          30
ANEXOS



1. Regulamento PDM



                                    CAPITULO II

 SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS E OUTRAS RESTRIÇÕES DE UTILIDADE

                           PÚBLICA AO USO DO SOLO

                                     Artigo 10°

                             Objectivo e identificação

Constituem locais de restrições à ocupação do solo todas as zonas abrangidas

por servidões administrativas e restrições de utilidade pública e que a seguir se

identificam,   agrupadas    por     secções   e   identificadas   em   planta   de

condicionantes.

                                      Secção I

                                  Património Natural

Os terrenos privados que se situam nas margens dos rios, linhas de água e nas

zonas adjacentes estão sujeitos a servidões e restrições de utilidade pública.

A servidão de margem tem por finalidade permitir o livre acesso às águas e à

intervenção dos serviços hidráulicos sempre que for necessário realizar obras

de regularização.

Por outro lado, pretende-se também evitar a ocupação urbana e consequente

impermeabilização dos terrenos ameaçados.




                                                                                31
Artigo 11°

Leitos, margens, linhas de água e zonas adjacentes

   1. Nos leitos, margens e linhas de água e numa faixa de 10m para cada

      lado da linha de margem é interdito:



         a. Implantar edifícios ou realizar obras susceptíveis de construir

             obstrução à livre passagem das águas;

         b. Instalar vazadouros, lixeiras, parques de sucata ou quaisquer

             outros depósitos de materiais.



   2. Podem ser autorizadas na faixa de 10m salvaguardando-se sempre a

      distância mínima de 5m para cada lado da linha de margem, mediante o

      parecer da Direcção Geral dos Recursos Naturais:



         a. Obras de implantação de infra-estruturas e obras de hidráulica;

         b. Instalação de equipamentos de lazer;

         c. Instalação    de     edifícios    que    constituam   complemento

             indispensável, de outros já existentes e licenciados, e em

             situação de correcção urbana devidamente justificados.



   3. A zona adjacente à Ribeira de Carenque (Jamor) é regulamentada pela

      Portaria n.º 105/89, de 15 de Fevereiro.

                               Entidade competente

   Direcção Geral dos Recursos Naturais




                                                                              32
2. Modelos de Dados




Modelo 1 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde

resulta o mapa da figura 5.




                                                                        33
Modelo 2 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde

resulta o mapa da figura 6.




Modelo 3 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde

resulta o mapa da figura 7.


                                                                        34
Modelo 4 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde

resulta o mapa da figura 8.




Modelo 5 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde

resulta o mapa da figura 9.


                                                                        35
Modelo 6 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde

resulta o mapa da figura 10.




                                                                        36
3. Controlo de Qualidade




Imagem 11 – Representação da área correspondente à localização óptima

mais distante da zona actual por cima de imagens reais.




                                                                   37
Imagem 12 – Representação da área correspondente à localização óptima

mais próxima da zona actual por cima de imagens reais.




                                                                   38

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Localização óptima para plano especial de reabilitação do Alto da Cova da Moura

  • 1. LOCALIZAÇÃO ÓPTIMA PARA PLANO ESPECIAL DE REABILITAÇÃO DO ALTO DA COVA DA MOURA Trabalho realizado no âmbito do Curso de Especialização Tecnológica em Sistemas de Informação Geográfica por: Diogo Fonseca de Matos 30.07.2009 Docente: Sérgio Prazeres
  • 2. ÍNDICE RESUMO............................................................................................................ 3 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 4 2. DESENVOLVIMENTO.................................................................................... 7 2.1 Objectivo................................................................................................... 7 2.1.1 Descrição do Objectivo ...................................................................... 7 2.1.2 Dados Utilizados ................................................................................ 7 2.2 Metodologia .............................................................................................. 9 2.2.1 Georreferenciação e Vectorização ..................................................... 9 2.2.2 Análise Espacial ............................................................................... 14 2.3 Resultados Obtidos ................................................................................ 18 3. CONCLUSÃO............................................................................................... 28 BIBLIOGRAFIA ................................................................................................ 30 ANEXOS .......................................................................................................... 31 2
  • 3. RESUMO Este projecto tem como objectivo encontrar localizações óptimas para a construção de novos fogos no concelho da Amadora, no âmbito do Plano Especial de Reabilitação (PER), para os habitantes do Alto da Cova da Moura, elaborado maioritariamente em ambiente ArcGis de forma a criar metodologias e processos para chegar ao objectivo proposto, num enquadramento geral do problema. Foi realizada análise espacial de forma a poder conjugar a informação e chegar a um resultado esperado para o trabalho. Foi, deste modo, adquirida e criada informação representante de factores importantes, que conjugados entre si, podem ser determinantes a encontrar a localização pretendida. No seu desenvolvimento, foi necessário filtrar e suprimir alguma da informação adquirida, sistematizando, simplificando e melhorando o seu avanço, por se concluir que algumas das variáveis não seriam necessárias ao projecto. Palavras-chave – Georreferenciação; Amadora; PER (Plano Especial de Reabilitação); Análise Espacial; Localização Óptima; Model Builder. 3
  • 4. 1. INTRODUÇÃO Plano Especial de Reabilitação (PER) trata-se da concessão de apoios financeiros para a construção, aquisição ou arrendamento de fogos destinados ao realojamento de agregados familiares residentes em habitações clandestinas, em barracas, ou habitações similares. O principal objectivo deste trabalho consiste no Plano Especial de Reabilitação, onde todo o trabalho foi desenvolvido no sentido de encontrar locais óptimos para a construção de novos fogos para os actuais habitantes do Alto da Cova da Moura, no âmbito do PER. Os objectivos do projecto passam pela aquisição e criação de informação geográfica, manipulando-a maioritariamente em ambiente ArcGis, de forma a chegar aos locais óptimos para construção, previstos para o trabalho. Com se pode verificar na figura 1, o concelho da Amadora situa-se no distrito de Lisboa, ocupando um total de 2378,16 Ha, composta por onze freguesias: Alfragide, Brandoa, Buraca, Damaia, Falagueira, Mina, Reboleira, Venteira, Alfornelos, São Brás e Venda Nova. O bairro Alto da Cova da Moura situa-se na freguesia da Damaia, estando a maior parte dos seus moradores registados na freguesia da Buraca. Trata-se de um bairro clandestino com cerca de 147036,41 m2 nascido nos anos 70, mais precisamente depois do 25 de Abril, onde cerca de 50% dos seus moradores tem menos de 25 anos. É considerado um dos bairros mais problemáticos do país, devido principalmente aos problemas sociais dos moradores mais jovens. Outro grave problema deste bairro é a imigração ilegal. Tratando-se de um bairro 4
  • 5. clandestino, não tendo assim fiscalização adequada por parte das autoridades, é o refúgio ideal para muitos imigrantes, principalmente africanos e de leste. Muitos destes imigrantes desejam a legalização mas, não estando as moradias legalizadas, torna-se quase impossível essa mesma legalização. Um antigo estudo para a requalificação desta zona, aponta para uma demolição de 80% das casas. A preferência para a localização do PER passa sempre pelo mesmo concelho. Um dos objectivos foi tentar a localização óptima inserida em outros núcleos urbanos concretos do concelho, não querendo assim isolar os actuais moradores do bairro que, caso acontecesse esse isolamento, não resolveria o actual problema. Acreditando que um Plano Especial de Reabilitação levaria a uma considerável melhoria dos moradores, que passariam a usufruir de melhores condições habitacionais e, consequentemente, melhores condições de vida, foi realizado o projecto em questão. 5
  • 6. Figura 1- Mapa representativo da localização do concelho da Amadora com limites de Freguesia do mesmo concelho. 6
  • 7. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Objectivo 2.1.1 Descrição do Objectivo Definir uma localização óptima para construção de novos fogos assume assim uma importância elevada, tendo em conta a problemática que se vive na área de estudo. É extremamente necessário definir a localização óptima para construção antes de se proceder à reabilitação da área de estudo, por ser impossível manter os moradores, ao mesmo tempo, na actual zona onde vivem. Deste modo, é necessário adquirir e criar informação que seja necessária para encontrar o objectivo proposto para o trabalho. Neste caso, será necessário trabalhar a informação geográfica, realizando análise espacial, de modo a obter resultados que sejam satisfatórios para o projecto, com base nos parâmetros definidos para o mesmo. 2.1.2 Dados Utilizados Numa fase inicial, foi necessário identificar as variáveis Biofísicas Naturais, Biofísicas Antropológicas e Biofísicas Socioculturais necessárias ao projecto. Com o decorrer do trabalho, foi-se chegando à conclusão de que algumas das variáveis definidas inicialmente eram dispensáveis à conclusão do mesmo, sendo assim retiradas do projecto. 7
  • 8. A primeira fase a realizar para o trabalho foi adquirir toda a informação que estivesse disponível online e de forma gratuita, através das várias entidades fornecedoras (ver bibliografia). A informação recolhida para o desenvolvimento do projecto foi: - CAOP (Carta Administrativa Oficial de Portugal); - Vértices geodésicos em shapefile; - Cartas Militares 1/25000 em formato digital (416, 417, 430 e 431); - PDM de Ordenamento e de Condicionantes; - Do site da Câmara Municipal da Amadora, foi retirada cartografia temática em formato PDF, representante dos vários equipamentos presentes no concelho, tais como: - Equipamentos de Educação e Ensino; - Equipamentos de Saúde; - Equipamentos de Segurança Pública e Protecção Civil; - Equipamentos de Solidariedade e Segurança Social; - Equipamentos Desportivos; - Mercados; - Núcleos Degradados; - Património Arquitectónico e Arqueológico; - Transportes Colectivos; - Preço do solo. Todos os elementos mencionados foram escolhidos com base na problemática do projecto, na área de estudo e, principalmente, com base no histórico dos moradores que se encontram actualmente no bairro do Alto da Cova da Moura. 8
  • 9. Com todos os elementos mencionados, foi criada informação geográfica fundamental à realização do projecto. As variáveis criadas serão fundamentais para se poder realizar a análise espacial, indispensável para a definição da localização óptima. 2.2 Metodologia 2.2.1 Georreferenciação e Vectorização Adquiridos os elementos mencionados no ponto anterior, é necessário manipular e criar informação através dos mesmos. É de referir que todo o projecto foi desenvolvido no sistema de coordenadas Datum73_Hayford_Gauss_IPCC. Para isso, foi criada uma GeoDatabase, que contêm FeatureDataset, de forma a guardar toda a informação geográfica criada em ambiente ArcGis, ou exportada de ambiente AutoDesk. As FeatureDataset foram criadas de maneira a que a informação fosse facilmente encontrada, mesmo que a GeoDatabase fosse utilizada por qualquer outra pessoa estranha ao projecto. A nomenclatura das nossas variáveis e a informação criada para o trabalho foi definida de modo a que fosse também perceptível por qualquer outra pessoa, sem nunca esquecer o conteúdo da mesma. De toda a informação recolhida apenas a CAOP e os vértices geodésicos não se tratam de cartas ou mapas. Assim sendo, como todas as cartas não continham sistema de coordenadas definido, foi necessário proceder à georreferenciação de todas as cartas. Foram usados os vértices geodésicos, para as cartas militares 1/25000, e os limites do concelho, para as restantes 9
  • 10. cartas, como pontos de referência à georreferenciação, tentando sempre o menor erro possível. Todos os pontos dados foram guardados em ficheiro de texto para o caso de podermos vir a necessitar dos mesmos, em caso de surgir algum problema com as cartas, como por exemplo perderem-se e ser necessária uma nova aquisição da mesma informação e, consequentemente, ser necessária uma nova georreferenciação. Georreferenciadas, todas as cartas servirão de base à vectorização, de forma a criarmos a informação previamente definida para o projecto. As cartas militares servirão de base para podermos levantar os pontos cotados e vectorizar por cima as estradas principais e secundárias do concelho da Amadora. A vectorização das vias foi realizada em ambiente Autodesk, nomeadamente AutoCadMap, sendo exportadas no final para ArcGis de forma a serem visualizadas e manipuladas consoante a necessidade de análise. Nesta fase do trabalho, surgiu o problema de se ter cerca de metade das vias vectorizadas e mudar-se a pasta onde se encontravam as cartas militares. A consequência deste acto foi o facto de se ter perdido o caminho original das cartas e o sistema já não reconhecer as mesmas. Assim, foi necessário georreferenciar novamente, devido ao sistema também não reconhecer os pontos dados e guardados na georreferenciação anterior à perda. Quando as cartas militares foram inseridas novamente em ambiente AutoCadMap, deparou-se com o facto de que as vias já vectorizadas não coincidirem com as “novas” cartas. Esta situação teve como consequência directa a necessidade de alterar a vectorização já concebida. Foram dados pontos de controlo nas cartas e georreferenciado vector com vector, o que se revelou não satisfatório em todos os pontos. Desta forma, a solução que se encontrou passou por apagar as vias de maior erro e voltar a vectorizar. 10
  • 11. Dos pontos cotados, levantados através das cartas militares, foi criado um TIN, que é uma representação de superfícies através de uma triangulação gerada pelos pontos cotados. Consequentemente foram criadas as curvas de nível com espaçamento de 10 metros entre elas e o mapa de declives do concelho. A criação destas variáveis, considera-se bastante importante, na medida em que nos fornece uma ideia bastante real da elevação do terreno no concelho. Do PDM de Ordenamento foi vectorizada toda a informação disponível na carta, tendo sido previamente criadas featureclass para as respectivas classes mencionadas na legenda do PDM. Na carta de Condicionantes surgiram algumas dificuldades. Deparámo-nos com o facto de a carta ser de leitura quase impossível, o que torna inconcebível a respectiva vectorização. Para resolver este problema, foi consultado o regulamento do PDM, que nos indicava os locais onde se encontrava REN e RAN (Reserva Ecológica Nacional e Reserva Agrícola Nacional) no concelho da Amadora, de forma a podermos nós mesmo desenhar essas mesmas variáveis (ver em anexo o regulamento). Com o desenvolvimento do trabalho, chegou-se à conclusão de que seria uma variável dispensável, por praticamente não existir na área de estudo e por não influenciar o resultado final. As cartas temáticas dos equipamentos contidos no concelho, retiradas em formato PDF já mencionado anteriormente, foram georreferenciadas separadamente, perfazendo um total de treze cartas correspondentes a nove temas diferentes. Todas as cartas temáticas interessantes ao projecto foram vectorizadas por cima, formando assim a informação geográfica necessária em formato featureclass previamente definidas. A vectorização foi feita maioritariamente através de features do tipo ponto, excepto algumas classes 11
  • 12. que representassem uma grande área no terreno, vectorizando, assim, como feature do tipo polígono, para não introduzir erro no projecto. Na figura 2 podemos ver um exemplo da carta temáticas referentes aos Equipamentos de Educação e Ensino, georreferenciada e pronta a ser utilizada como base na vectorização desse mesmos equipamentos. Figura 2 – Carta temática representativa dos equipamentos de ensino público no concelho da Amadora. 12
  • 13. A figura 3 representa o resultado da vectorização sobre todas as cartas. Como é um número muito elevado de variáveis pode ser pouco legível, mas representa bem a quantidade de variáveis usadas para na consequente análise espacial. Figura 3 – Mapa representativo de toda a vectorização realizada sobre as cartas temáticas do concelho da Amadora. 13
  • 14. Relativamente ao preço do solo no concelho da Amadora, foi feita uma pesquisa alargada a vários tipos de fontes diferentes, não sendo foi possível encontrar nenhum tipo de informação fidedigna de modo a não introduzir erro à variável e, consequentemente, ao projecto. A forma de obter este tipo de informação, e considerando ser uma variável muito importante ao resultado final do projecto, passou por realizar uma pesquisa a nível das imobiliárias que tivessem informação disponível. Foi então realizada uma pesquisa a nível de terrenos urbanos para venda no concelho da Amadora e realizado um cálculo de forma a encontrar o preço por metro quadrado (m2). Surgiu então outro problema devido ao facto de haver muito pouca informação disponível e algumas das freguesias não terem mesmo qualquer tipo de terrenos urbanos para venda, o que impossibilita o cálculo dessas mesmas áreas. Foi definido que, mediante a informação disponível, se iria realizar uma média do preço por m2 tendo em conta a informação disponível nas freguesias adjacentes. Deste modo foi calculado o preço por m2, tendo noção de que se está a induzir erro ao projecto, podendo este alterar o resultado final. 2.2.2 Análise Espacial Uma vez obtida a informação prevista, sendo esta a fase mais trabalhosa e demorada do estudo, é possível iniciar a análise espacial de forma a chegarmos aos objectivos propostos para o trabalho. Nesta fase, e de forma a sistematizar e facilitar a manipulação das variáveis, optou-se por utilizar e fazer correr todas as ferramentas para a análise espacial através da criação de Model Builder. Esta ferramenta oferece-nos a possibilidade de inserir ferramentas de geoprocessamento de forma a 14
  • 15. estruturar todo o processo do princípio ao fim e obter assim os resultados previstos. O Model Buider é extremamente importante, mais ainda tendo um conjunto de variáveis tão extenso como é o caso deste projecto, por oferecer uma manipulação de variáveis e ferramentas muito mais facilitada. Outra grande utilidade desta ferramenta é por se houver a necessidade de alterar alguma variável ao processo, não temos de fazer todo o processo desde o início, sendo apenas necessário alterar a variável em questão e fazer correr todo o modelo outra vez. O resultado final de cada modelo será sempre diferente mediante as alterações impostas. Com base no Model Buider e tendo presente o objectivo do projecto, começou- se por criar mapas de distâncias às variáveis criadas. O objectivo da ferramenta de análise espacial Euclidean Distance (ArcToolbox - Spatial Analyst – Distance) é criar distâncias às variáveis introduzidas de forma a termos uma melhor percepção sobre as distâncias a determinados locais ou equipamentos. Como podemos ver na figura 4, a ferramenta cria uma série de anéis, que neste caso têm todos o mesmo intervalo, de forma a ser visível as diferentes classes de distâncias aos núcleos degradados inseridos no concelho da Amadora. Foi predefinido como sendo o limite máximo para as imagens raster resultantes da análise espacial o próprio limite do concelho, por já termos referido anteriormente não querer definir áreas que estejam fora do concelho, com um tamanho de pixel de 5 metros. Relativamente ao tamanho de pixel, há que ter atenção ao facto de todas as imagens terem obrigatoriamente o mesmo tamanho de pixel, ou caso contrário não será possível realizar o cruzamento das imagens. Realizado o mapa de distâncias, é necessário proceder à reclassificação do mesmo, ou seja, é necessário definir a quantidade de classes que queremos no mapa e se o valor (níveis de importância) que está 15
  • 16. menos distante da variável terá o maior ou menor valor. Para este projecto todos os mapas foram reclassificados em dez classes, sendo o valor maior o que tem maior importância. Figura 4 - Mapa de distâncias reclassificado em dez classes aos núcleos degradados inseridos no concelho da Amadora. Foram criados os mapas de distâncias para todas as variáveis para que possam ser cruzados entre si. As zonas urbanizáveis e urbanizáveis mistas, 16
  • 17. vectorizadas e adquiridas através do PDM de Ordenamento, foram unidas numa featureclass única de forma a termos a localização exacta das zonas urbanizáveis. Criados todos os mapas de distâncias às variáveis e devidamente reclassificados em dez classes, com o maior valor a ter o maior peso, procedemos à utilização da ferramenta Weighted Overlay (ArcToolbox - Spatial Analyst – Overlay - Weighted Overlay). Esta ferramenta de análise espacial permite o cruzamento de todas as imagens raster criadas e reclassificadas, que mediante uma percentagem de importância para cada uma delas definidas pelo utilizador e perfazendo obrigatoriamente um total de 100%, nos dê um resultado final. Foram criados seis modelos diferentes (Model Buider) tendo sempre diferentes tipos de informação cruzadas entre si (ver em anexo todos os modelos criados para o projecto). No final todos os mapas gerados até então foram também cruzados entre si, tendo todos a mesma percentagem de peso, de maneira a obtermos o resultado final para o projecto. Inicialmente, tinha sido previsto que o projecto seria desenvolvido apenas no sentido de definir a localização óptima de modo a que esta fosse o mais longe possível da área actual. Com o trabalho a decorrer dentro do prazo previsto, foi possível realizar a análise inversa ao proposto inicialmente, ou seja, realizar a análise de modo a que a localização óptima fosse definida o mais próximo possível do actual bairro do Alto da Cova da Moura. Deste modo foi criado um modelo de dados onde foram introduzidas as variáveis com uma alteração que faz toda a diferença, alteração essa que passa pela reclassificação do mapa de distâncias onde, para este objectivo, a área que se encontra mais próxima da 17
  • 18. zona actual terá o valor igual a dez, ou seja, terá o maior peso (importância) em relação às restantes distâncias. 2.3 Resultados Obtidos Resultante dos Model Buider criados, foram obtidos quatro resultados provenientes de cada modelo e dois mapas finais, onde um deriva de um só modelo e outro deriva do cruzamento dos resultados dos modelos anteriores. No primeiro modelo foram inseridas todas as variáveis do projecto, sem haver nenhum tipo de filtragem, de modo a obter o primeiro resultado, onde foi estruturado o processo do início ao fim (ver em anexo modelo 1). Este modelo contém um total de dezasseis variáveis que foram cruzadas entre si e do qual resultou um primeiro mapa. Na figura 5 é possível ver o mapa gerado no qual as áreas a verde mais escuro (valor oito) representam as localizações óptimas geradas pelo modelo 1. Em todos os resultados obtidos por intermédio da análise espacial, foi sempre dada como melhor localização o valor que fosse mais alto de cada mapa. Contudo, é também válido que se aceite o valor mais alto directamente a seguir à melhor área encontrada. Neste caso iríamos ter sempre resultados muito diferentes aos da primeira escolha, tendo sempre de ter essa situação em conta. 18
  • 19. Figura 5 – Resultado proveniente do cruzamento de todas as variáveis. No modelo dois (ver em anexo modelo 2) foi utilizada informação correspondente à população alvo. O modelo em questão contém um total de seis variáveis (População Alvo, Esquadras PSP, Núcleos Degradados e Degradados Extintos, Ensino Público e zonas Urbanizáveis) do qual resultou o mapa que podemos ver na figura 6. Neste caso temos uma diferença em relação ao anterior. Como na classificação do mapa anterior, a melhor 19
  • 20. localização está representada com a cor verde mais mas neste caso com o valor nove. Figura 6 - Resultado proveniente do cruzamento das variáveis com base nos equipamentos com fim à população alvo na Amadora. O mapa representado na figura 7 resulta do cruzamento dos mapas de distância já reclassificados, principalmente correspondentes aos estabelecimentos de ensino público e privado e equipamentos para jovens (ver 20
  • 21. em anexo modelo 3). Temos um cruzamento de seis variáveis diferentes (Percurso dos Transportes Públicos, Ensino Público, Estabelecimentos para Jovens, zonas Urbanizáveis, Preço do Solo e Núcleos Degradados) de onde obtemos uma classificação que varia entre o valor menor três e o valor maior dez, onde, tal como nos exemplos anteriores, o valor máximos corresponde à melhor localização. Figura 7 - Resultado proveniente do cruzamento das variáveis com base nos equipamentos de ensino e estabelecimentos para jovens na Amadora. 21
  • 22. De seguida, cruzaram-se as informações que correspondem aos estabelecimentos de Protecção Civil e aos núcleos degradados extintos e actuais (ver em anexo modelo 4). O valor correspondente à melhor localização é o oito, situando-se assim, maioritariamente, no topo do concelho. Figura 8 - Resultado proveniente do cruzamento das variáveis representativas das esquadras da PSP e núcleos degradados na Amadora. 22
  • 23. Os resultados obtidos até então consideram-se satisfatórios devido ao facto de não terem surgido quaisquer erros no processamento das ferramentas e por todos os mapas gerados reunirem as condições previstas para o projecto. Obtidos estes resultados, é necessário cruzar toda a informação gerada de forma a adquirir o resultado que será considerado o nosso mapa final. Assim, é então utilizada a ferramenta weighted overlay de modo a realizar o cruzamento de todos os mapas gerados até então (ver em anexo modelo 5). O cruzamento dos mapas será realizado de forma uniforme, isto é, todos os mapas terão a mesma percentagem de importância de forma a não condicionar ou influenciar o resultado final. A figura 8 é a representação do mapa final gerado a partir do cruzamento de informação enunciada anteriormente. Desenvolvido de maneira a definir a localização óptima o mais longe possível a actual área do bairro do Alto da Cova da Moura e dentro do concelho da Amadora, tal como ficou definido no início do projecto. Podemos verificar que a melhor localização, representada a verde escuro e de valor nove, se encontra a norte do concelho. Podemos ainda ver que optando pela segunda possibilidade, teríamos uma área bastante mais elevada, mas onde a localização é muito idêntica à da primeira opção. 23
  • 24. Figura 9 – Mapa Final resultante do cruzamento de todos os raster criados nos modelos anteriores. Como já foi dito anteriormente, optou-se ainda pela realização de uma outra análise, onde o parâmetro de distância aos núcleos degradados seria invertido de modo a gerar um mapa de distâncias inverso à primeira opção, ou seja, a menor distância aos núcleos seria a preferencial. Lembremos de que a primeira opção para o trabalho passa pela localização o mais longe da área actual. Foi então criado um outro Model Buider (ver em anexo modelo 6) onde foram 24
  • 25. cruzadas as variáveis gerais, como no primeiro modelo, com a diferença de se reclassificar o mapa de distâncias aos núcleos degradados de forma a que a zona mais próxima dos núcleos foi então considerada a distância mais importante, ficando com o valor dez. A figura 8 mostra-nos o resultado final desse cruzamento onde podemos verificar que nesta situação a localização óptima se encontra numa área distinta das até aqui encontradas. Até então todas as áreas se encontravam a norte do concelho e neste caso é claramente no centro do concelho que podemos identificar como sendo a localização óptima, com o valor nove para a melhor área. Neste caso não seria viável considerar também uma segunda possibilidade por toda essa área abranger uma grande parte do concelho, não dando assim uma localização concreta. 25
  • 26. Figura 10 – Mapa Final representativo da localização óptima mais próxima da zona actual. Depois de criados todos os mapas finais, procedeu-se para finalizar, procedeu- se ao cálculo do total das áreas óptimas encontradas para ambos os casos. Para isso foi necessário extrair cada área para featureclass utilizando a ferramenta CON do Spatial Analyst. Utilizando depois a ferramenta de análise espacial Calculate Areas é criado um campo dentro da tabela de atributos onde nos é indicado a área para cada polígono. 26
  • 27. Na tabela 1 podemos verificar esse mesmo valor correspondente às áreas óptimas. Descrição Valores das áreas Área óptima – longe de zona actual 7,46 Ha Área óptima – próxima de zona actual 95,22 Ha Tabela 1 – Representação em hectares dos valores das áreas obtidas como localizações óptimas. É notória a diferença de área entre os resultados finais onde podemos verificar que se escolhêssemos a melhor área junto da zona actual, teríamos uma área com quase 90 Ha a mais que na área mais longe. Neste caso seria apenas uma questão de escolha de qual seria a situação mais viável para a construção e para os moradores. 27
  • 28. 3. CONCLUSÃO Mediante os resultados obtidos, concordamos terem sido alcançados todos os objectivos propostos para o projecto. As localizações óptimas resultantes das análises espaciais efectuadas são perfeitamente identificáveis, o que nos permite perceber qual a melhor localização para a construção dos novos fogos, para os habitantes do bairro do Alto da Cova da Moura, independentemente das variáveis usadas para esse mesmo resultado. Já constatámos anteriormente que varia bastante, tanto em localização no concelho como em área total, se pretendemos a localização óptima o mais próximo ou o mais longe possível da zona actual, entre o centro e o norte do concelho respectivamente, o que nos permite perceber qual a melhor solução dependendo dos objectivos. Um dos objectivos do projecto era definir a localização pretendida, o mais próxima possível, ou até mesmo inserida, de núcleos urbanos consolidados do concelho da Amadora, o que foi também cumprido com os resultado obtidos resultantes das análises efectuadas. Através de um controlo de qualidade dos mapas criados podemos ver que as áreas definidas pelo sistema coincidem com áreas urbanas consolidadas (ver em anexo figura 11 e 12). Uma vez que o projecto incide sobre a definição de uma localização óptima para construção e mediante os resultados obtidos, a hipótese poderia passar pela utilização das segundas hipóteses de maior valor que se encontrem directamente a seguir às melhores áreas encontradas. Podemos considerar que este projecto não foi alvo de limitações de trabalho por termos toda a informação disponível sem restrições e por todo o estudo ter 28
  • 29. sido desenvolvido sem grandes atrasos e sem problemas de maior. É ainda de salientar que toda a informação foi adquirida de forma gratuita, o que minimizou todos os gastos que seriam de esperar para um projecto deste âmbito. Em prospectiva é possível construir outro tipo de combinações entre as variáveis do projecto. O resultado dessas mesmas variáveis iria sempre resultar num mapa diferentes, ou seja, mediante a informação que temos e mediante um determinado objectivo imposto por algo ou por alguém, é possível alterar tanto as variáveis de cruzamento como também os níveis de percentagem (de importância) para cada uma delas. Caso surjam novas variáveis passíveis de se inserirem no projecto no âmbito do que já estabelecido é sempre possível e de fácil execução, devido ao facto de todos os modelos estarem definidos, o que permite que seja inserida essa nova variável e que resulte num mapa final diferente do adquirido até então. 29
  • 30. BIBLIOGRAFIA Página Web oficial da Câmara Municipal da Amadora Departamento de Administração Urbanística - Gabinete de Sistema de Informação Geográfica Fonte: DOM/DTMU, DAU/SIG, 2006/07 (URL: http://www.cm-amadora.pt/PageGen.aspx?WMCM_PaginaId=34531) Regulamento PDM Amadora Aprovado pela Presidência do Conselho de Ministros, 14 de Abril de 1994, pelo Primeiro-Ministro, Joaquim Fernando Nogueira, Ministro da Presidência (URL: http://sig.cm-amadora.pt/pdm_site/pdm.html) ArcGIS Desktop Help 9.3 (URL: http://webhelp.esri.com/arcgisdesktop/9.3/index.cfm?TopicName=welcome) 30
  • 31. ANEXOS 1. Regulamento PDM CAPITULO II SERVIDÕES ADMINISTRATIVAS E OUTRAS RESTRIÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA AO USO DO SOLO Artigo 10° Objectivo e identificação Constituem locais de restrições à ocupação do solo todas as zonas abrangidas por servidões administrativas e restrições de utilidade pública e que a seguir se identificam, agrupadas por secções e identificadas em planta de condicionantes. Secção I Património Natural Os terrenos privados que se situam nas margens dos rios, linhas de água e nas zonas adjacentes estão sujeitos a servidões e restrições de utilidade pública. A servidão de margem tem por finalidade permitir o livre acesso às águas e à intervenção dos serviços hidráulicos sempre que for necessário realizar obras de regularização. Por outro lado, pretende-se também evitar a ocupação urbana e consequente impermeabilização dos terrenos ameaçados. 31
  • 32. Artigo 11° Leitos, margens, linhas de água e zonas adjacentes 1. Nos leitos, margens e linhas de água e numa faixa de 10m para cada lado da linha de margem é interdito: a. Implantar edifícios ou realizar obras susceptíveis de construir obstrução à livre passagem das águas; b. Instalar vazadouros, lixeiras, parques de sucata ou quaisquer outros depósitos de materiais. 2. Podem ser autorizadas na faixa de 10m salvaguardando-se sempre a distância mínima de 5m para cada lado da linha de margem, mediante o parecer da Direcção Geral dos Recursos Naturais: a. Obras de implantação de infra-estruturas e obras de hidráulica; b. Instalação de equipamentos de lazer; c. Instalação de edifícios que constituam complemento indispensável, de outros já existentes e licenciados, e em situação de correcção urbana devidamente justificados. 3. A zona adjacente à Ribeira de Carenque (Jamor) é regulamentada pela Portaria n.º 105/89, de 15 de Fevereiro. Entidade competente Direcção Geral dos Recursos Naturais 32
  • 33. 2. Modelos de Dados Modelo 1 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde resulta o mapa da figura 5. 33
  • 34. Modelo 2 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde resulta o mapa da figura 6. Modelo 3 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde resulta o mapa da figura 7. 34
  • 35. Modelo 4 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde resulta o mapa da figura 8. Modelo 5 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde resulta o mapa da figura 9. 35
  • 36. Modelo 6 – Imagem representativa da estrutura do Model Buider de onde resulta o mapa da figura 10. 36
  • 37. 3. Controlo de Qualidade Imagem 11 – Representação da área correspondente à localização óptima mais distante da zona actual por cima de imagens reais. 37
  • 38. Imagem 12 – Representação da área correspondente à localização óptima mais próxima da zona actual por cima de imagens reais. 38