SlideShare una empresa de Scribd logo
1 de 9
Descargar para leer sin conexión
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA
FACULDADE DE ENGENHARIA
CAMPUS DE GUARATINGUETÁ
Março de 2005
DESENHO TÉCNICO:
Fundamentos Teóricos e Introdução ao CAD
Prof. VÍCTOR O. GAMARRA ROSADO
Víctor OG Rosado
Desenho Técnico
2
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO
2. FINALIDADE E IMPORTÂNCIA
3. ESBOÇO À MÃO-LIVRE
4. MATERIAL E INSTRUMENTOS
5. CALIGRAFIA TÉCNICA
6. FIGURAS GEOMÉTRICAS
7. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS
8. PROJEÇÕES ORTOGONAIS
8.1. Terceira Vista
8.2. Tipos de Linha
9. PERSPECTIVAS
9.1. Perspectiva Isométrica
9.2. Perspectiva Cavaleira
10. COTAGEM
11. ESCALA
12. VISTAS AUXILIARES
13. PROJEÇÃO EM CORTE
14. INTRODUÇÃO AO AutoCAD
ANEXO. Trabalhos e Exercícios
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
• ABNT. Coletânea de Normas de Desenho Técnico. São Paulo, SENAI-DTE-DMD, 86 p., 1990.
• Bornancinni, J. C. M.; Petzold, N. I.; Orlandi Jr., H. Desenho Técnico Básico. Sulina - RS, Vol. II, 2
o
Ed. 1978.
• Francesco, P. PROTEC - Desenhista de Máquinas. São Paulo. Escola PROTEC, 4° Ed., 1978.
• Francesco, P. PROTEC - Prontuário de Projetista de Máquinas. São Paulo. Escola PROTEC, 4°
Ed., 1978.
• Ferro, A., et alii. Iniciação ao Desenho. SENAI-SP, DMD, 2
o
Ed. São Paulo, 1991.
• Giovani, M.; Rino, P.; Giovanni, S. Manual de Desenho Técnico Mecânico. Trad. Antonio Carlos
Laund. São Paulo. Bisordi, v 3, 1977.
• Hoelscher, R. P.; Springer, C. H.; Dobrovolny, J. S. Expressão Gráfica e Desenho Técnico. Trad.
Rodrigues, R. S.; Rio de Janeiro. Livros Técnicos e Científicos, 523 p., 1978.
• Jensen, C. H. Dibujo y Diseño de Ingenieria. Tras. Ddanies, A. G.; Reyes, M. V.; Bolivar, G. S.,
Naulcalpan. México. McGraw-Hill, 760 p., 1981.
• Kawano, A.; Yee, Ch. L.; Santos, E. D.; Petreche, J. R. D.; Bastos, P. R. M.; Ferreira, S. L. Desenho
para Engenharia I. Apostila da USP, 2
a
Edição. 1998.
• Pereira, A. Desenho Técnico Básico. Livraria Francisco Alves Editora S.A. – RJ, 1977.
• Rhodes, R. S.; Cook, L. B. Basic Engineering Drawing. Addison Wesley Longman Limited, England,
1990.
• Voraini, A. L. S.; Sihn, I. M. N. Curso de Auto CAD - Release 13. São Paulo. Makron Books, 555 p.,
1996.
Víctor OG Rosado
Desenho Técnico
3
1. INTRODUÇÃO
A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio do Desenho Técnico é muito
importante para o Engenheiro e o Projetista, visto que ele fornece todas as informações
precisas e necessárias para a construção de uma peça. Assim, o Desenho Técnico surgiu da
necessidade de representar com precisão máquinas, peças, ferramentas e outros instrumentos
de trabalho.
A principal característica desta disciplina consiste no estudo dos elementos básicos do
Desenho Técnico com enfoque na sua execução à mão livre. Os exercícios propostos em aula
visam não apenas treinar o aluno na execução do esboço à mão livre, mas objetivam,
primordialmente, desenvolver a sua capacidade de visualização tridimensional e de
representação da forma.
O objetivo desta apostila, resultado da compilação das notas de aula preparadas pelo
professor, é auxiliar e fornecer aos alunos um instrumento organizado e conveniente de
aprendizagem na disciplina de Desenho Técnico Básico, da Faculdade de Engenharia do
Campus de Guaratinguetá da UNESP. Desde a primeira aula incentiva-se ao aluno a praticar o
esboço a mão livre e a reproduzir textos com base na caligrafia técnica. A seguir descrevem-se
os instrumentos de desenho e o seu manejo. E nos próximos itens, se introduzem os tópicos
relacionados com o método de representação pelo sistema de vistas ortográficas, perspectivas,
cotagem e escalas, cortes, vistas auxiliares, e finalmente uma introdução ao CAD.
2. FINALIDADE E IMPORTÂNCIA
A finalidade principal do Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das formas
do mundo material e, portanto, tridimensional, de modo a possibilitar a reconstituição espacial
das mesmas. Assim, constitui-se no único meio conciso, exato e inequívoco para comunicar a
forma dos objetos; daí sua importância na tecnologia, face à notória dificuldade da linguagem
escrita ao tentar a descrição da forma, apesar da riqueza de outras informações que essa
linguagem possa veicular. Veja a Figura 1.
As aplicações do Desenho Técnico não se limitam à fase final de comunicação dos projetos
de Engenharia e Arquitetura, mas ainda cumpre destacar sua contribuição fundamental nas
fases de criação e de análise dos mesmos.
Adicionalmente, face à dificuldade em concebermos estruturas, mecanismos e movimentos
tridimensionais, o Desenho Técnico permite estudá-los e solucioná-los eficazmente, porque
permite a sua representação.
3. ESBOÇO À MÃO LIVRE
O esboço é aceito, geralmente, como um meio universal e eficaz de comunicação, tanto
entre técnicos como entre leigos. Ao fixar-se uma idéia, por meio de um esboço, ela se torna
permanente; pode-se, então, aplicar todos os esforços da crítica para analisá-la e toda a
capacidade criativa para refiná-la e desenvolvê-la. Veja a figura1.
Portanto, na prática o desenho utilizado por Engenheiros e Arquitetos é predominantemente
executado à mão livre; pois, uma vez esboçada uma solução, sua complementação e
apresentação final constituem, habitualmente, mero trabalho de rotina que pode ser delegado a
terceiros.
Víctor OG Rosado
Desenho Técnico
4
Figura 1. Representação espacial e esboços no plano
4. MATERIAL E INSTRUMENTOS
Geralmente, é comum associar-se o Desenho Técnico apenas à execução precisa por meio
de instrumentos (régua, compasso, esquadros, etc.), mas ele pode, também, ser executado à
mão livre e até mesmo por meio de computador. Cada uma dessas modalidades difere apenas
quanto à maneira de execução, sendo idênticos os seus princípios fundamentais. Enquanto o
“desenho instrumental” é utilizado em desenhos finais, de apresentação, de cálculos gráficos,
de diagramas, etc., o “esboço aa mão livre” é, por excelência, o desenho do Engenheiro e do
Víctor OG Rosado
Desenho Técnico
5
Arquiteto, pois possui a rapidez e a agilidade que permitem acompanhar e implementar a
evolução do processo mental.
As oportunidades em que é desejável, ou mesmo necessário, um esboço à mão livre
surgem a qualquer momento. O profissional deve estar preparado e treinado para executá-lo,
utilizando um mínimo de material que possa sempre trazer consigo. Por isto, é recomendável
que os estudantes aprendam a esboçar, evitando o uso excessivo de borracha para apagar as
linhas de construção ou os erros. Para tanto, o esboço preliminar deverá ser realizado com
traços tão leves que, ao reforçar os contornos definitivos, as linhas de construção percam
ênfase, não havendo necessidade de apaga-las.
Seja qual for o instrumento utilizado, o estudante deve ser capaz de executar traços firmes e
nítidos, com pressão moderada, aprendendo a controlar a intensidade do traço, mais pela
pressão do lápis do que pela mudança de dureza da grafite. A borracha deve ser do tipo macio
e utilizada o mínimo possível.
Entre os equipamentos utilizados no Desenho Técnico Instrumental tem-se: Os esquadros, a
régua T, o transferidor, o tecnígrafo, os compassos, o cintel, tira-linhas, as curvas francesas, a
régua flexível, a escala triangular, a régua triplo-decímetro, o lápis, lapiseiras e grafites, as
pranchetas, a borracha, raspadeiras, gabaritos, os normógrafos, e o pantógrafo.
Os principais materiais do desenho técnico são: O papel, o Lápis, a Borracha, e a Régua.
O PAPEL é um dos componentes básicos do material de desenho. Ele tem formato básico,
padronizado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Esse formato é o AO (A
zero) do qual derivam outro formatos. Veja a figura 2.
O formato básico A0 tem área de 1m2
e seus lados medem 841mm x 1.189 mm. Deste
formato básico derivam os demais formatos. Veja a tabela 1.
Figura 2. Formatos do papel
Víctor OG Rosado
Desenho Técnico
6
DOBRAMENTO: Quando o formato do papel é maior que A4, é necessário fazer o
dobramento para que o formato final seja A4. Efetua-se o dobramento a partir do lado d
(direito), em dobras verticais de 185 mm. A parte final a é dobrada ao meio. Veja a figura 3.
Tabela 1. Formatos da serie “A” [Unidade: mm]
Formato Dimensão Margem
direita
Margem
esquerda
A0 841 x 1189 10 25
A1 594 x 841 10 25
A2 420 x 594 7 25
A3 297 x 420 7 25
A4 210 x 297 7 25
Figura 3. Dobramento do papel
5. CALIGRAFIA TÉCNICA
Define-se como Caligrafia Técnica aos caracteres usados para escrever em desenho. A
caligrafia deve ser legível e facilmente desenhável (Figura 4). A caligrafia técnica normalizada
são letras e algarismos inclinados para a direita, formando um angulo de 75o
com a linha
horizontal.
Víctor OG Rosado
Desenho Técnico
7
Exemplo de Letras Maiúsculas:
ABCDEFHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ
Exemplo de Letras Minúsculas:
abcdefhijklmnopqrstuvwxyz
Exemplos de Algarismos:
0123456789IVX
Figura 4. Proporções e exemplos da caligrafia técnica
6. FIGURAS GEOMÉTRICAS
Desde o inicio da historia do mundo, o homem tem-se preocupado com a forma, a posição e
o tamanho de tudo que o rodeia. Essa preocupação deu origem à Geometria que estuda as
formas, os tamanhos e as propriedades das figuras geométricas. A figura geométrica é um
conjunto de pontos.
A seguir algumas representações de figuras geométricas. Veja a figura 5.
Figura 5. Representação de figuras geométricas
Víctor OG Rosado
Desenho Técnico
8
As figuras geométricas podem ser planas ou espaciais (sólidos geométricos). Uma das
maneiras de representar as figuras geométricas é por meio do desenho técnico. Para
compreender as figuras geométricas é indispensável ter algumas noções de Ponto, Linha,
Plano e Espaço.
O PONTO é a figura geométrica mais simples. É possível ter uma idéia do que é o ponto
observando:
• Um furo produzido por uma agulha em um pedaço de papel;
• Um sinal que a ponta do lápis imprime no papel.
O ponto (P) é representado graficamente pelo cruzamento de duas linhas. Veja a figura 6.
Figura 6. Representação do ponto
A LINHA pode ser curva ou reta. Nesta seção vamos estudar as linhas retas.
A Linha Reta ou simplesmente reta não tem inicio nem fim: ela é ilimitada. Na figura 7, as
setas nas extremidades da representação da reta indicam que a reta continua indefinidamente
nos dois sentidos.
Figura 7. Representação da reta
A Semi-reta sempre tem origem, mas não tem fim. Observa-se na figura 8, que o ponto A é
o ponto de origem das semi-retas. O ponto A da origem a duas semi-retas.
Figura 8. Representação de semi-retas
P
A
Víctor OG Rosado
Desenho Técnico
9
Segmento de Reta: Se ao invés de um ponto A são tomados dois pontos diferentes, A e B,
obtém-se um pedaço limitado de reta. Esse pedaço limitado da reta é chamado segmento de
reta AB.
Figura 9. Representação do segmento de reta
De acordo com sua posição no espaço, a reta pode ser:
O PLANO é também chamado de superfície plana. Assim como o ponto e a reta, o plano
não tem definição, mas é possível ter uma idéia observando o tampo de uma mesa, uma
parede ou o piso de uma sala. De acordo com sua posição no espaço, o plano pode ser:
O plano não tem inicio nem fim: ele é ilimitado. Mas é possível tomar porções limitadas do
plano e recebem o nome de Figuras Planas. Estas figuras planas têm varias formas e os
nomes variam de acordo com sua forma. Veja a figura 10.
Figura 10. Representação de figuras planas
A B
Horizontal Inclinada Vertical

Más contenido relacionado

La actualidad más candente

Apostila de expressão gráfica 02
Apostila de expressão gráfica 02Apostila de expressão gráfica 02
Apostila de expressão gráfica 02Djanane Anjos
 
Fundamentos do desenho técnico
Fundamentos do desenho técnicoFundamentos do desenho técnico
Fundamentos do desenho técnicoleobispo28
 
203629 apostila desenho arquitetônico 01
203629 apostila desenho arquitetônico 01203629 apostila desenho arquitetônico 01
203629 apostila desenho arquitetônico 01Poly Martins de Sousa
 
Dtb e geometria descritiva poligrafo parobe
Dtb e geometria descritiva poligrafo parobeDtb e geometria descritiva poligrafo parobe
Dtb e geometria descritiva poligrafo parobe412n1
 
Apostila de desenho_técnico (1) (1)
Apostila de desenho_técnico (1) (1)Apostila de desenho_técnico (1) (1)
Apostila de desenho_técnico (1) (1)Tyla Ricci
 
05 noções de desenho técnico
05   noções de desenho técnico05   noções de desenho técnico
05 noções de desenho técnicobluesky659
 
Curso desenho técnico
Curso   desenho técnicoCurso   desenho técnico
Curso desenho técnicoHeromo
 
Apostila desenhotecnico_yuri
 Apostila desenhotecnico_yuri Apostila desenhotecnico_yuri
Apostila desenhotecnico_yuriJuliano Mazute
 
Desenho Técnico Teórico
Desenho Técnico TeóricoDesenho Técnico Teórico
Desenho Técnico TeóricoSamuel Costa
 

La actualidad más candente (16)

Apostila de expressão gráfica 02
Apostila de expressão gráfica 02Apostila de expressão gráfica 02
Apostila de expressão gráfica 02
 
Fundamentos do desenho técnico
Fundamentos do desenho técnicoFundamentos do desenho técnico
Fundamentos do desenho técnico
 
Desenho técnico 1
Desenho técnico 1Desenho técnico 1
Desenho técnico 1
 
introducao ao deseno tecnico
introducao ao deseno tecnicointroducao ao deseno tecnico
introducao ao deseno tecnico
 
Capitulo1
Capitulo1Capitulo1
Capitulo1
 
203629 apostila desenho arquitetônico 01
203629 apostila desenho arquitetônico 01203629 apostila desenho arquitetônico 01
203629 apostila desenho arquitetônico 01
 
DESENHO TÉCNICO
DESENHO TÉCNICO DESENHO TÉCNICO
DESENHO TÉCNICO
 
Dtb e geometria descritiva poligrafo parobe
Dtb e geometria descritiva poligrafo parobeDtb e geometria descritiva poligrafo parobe
Dtb e geometria descritiva poligrafo parobe
 
Apostila de desenho_técnico (1) (1)
Apostila de desenho_técnico (1) (1)Apostila de desenho_técnico (1) (1)
Apostila de desenho_técnico (1) (1)
 
05 noções de desenho técnico
05   noções de desenho técnico05   noções de desenho técnico
05 noções de desenho técnico
 
Desenho tecnico sp
Desenho tecnico spDesenho tecnico sp
Desenho tecnico sp
 
Apostila des basico de carlos kleber
Apostila des basico de carlos kleberApostila des basico de carlos kleber
Apostila des basico de carlos kleber
 
Apostila dtb
Apostila dtbApostila dtb
Apostila dtb
 
Curso desenho técnico
Curso   desenho técnicoCurso   desenho técnico
Curso desenho técnico
 
Apostila desenhotecnico_yuri
 Apostila desenhotecnico_yuri Apostila desenhotecnico_yuri
Apostila desenhotecnico_yuri
 
Desenho Técnico Teórico
Desenho Técnico TeóricoDesenho Técnico Teórico
Desenho Técnico Teórico
 

Similar a Apoio desenho tecnico_i

Desenho 02
Desenho 02Desenho 02
Desenho 02weltoOn
 
Ap destec sonia
Ap destec soniaAp destec sonia
Ap destec soniaDaniSFog
 
Cap1 introdução ao estudo do desenho técnico
Cap1 introdução ao estudo do desenho técnicoCap1 introdução ao estudo do desenho técnico
Cap1 introdução ao estudo do desenho técnicoroger_alves
 
Introdução ao estudo do desenho técnico
Introdução ao estudo do desenho técnicoIntrodução ao estudo do desenho técnico
Introdução ao estudo do desenho técnicoRenaldo Adriano
 
1- Aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1.ppt
1- Aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1.ppt1- Aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1.ppt
1- Aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1.pptKarollyna Maciel
 
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.11  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1Jairo L. Matoso
 
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.11  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1JuscicleiaChavesBeze
 
Intro. ao desenho_técnico_parte_1
Intro. ao desenho_técnico_parte_1Intro. ao desenho_técnico_parte_1
Intro. ao desenho_técnico_parte_1Keyth do Nascimento
 
Apostila desenho-tecnico ifc
Apostila desenho-tecnico ifcApostila desenho-tecnico ifc
Apostila desenho-tecnico ifcrvaidelloalves
 
Apostila desenho universidade de goiais
Apostila desenho universidade de goiaisApostila desenho universidade de goiais
Apostila desenho universidade de goiaisEverton dos Santos
 
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.11  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1Carlos Bomfim
 
Apostila 2 desenho mec
Apostila 2  desenho mecApostila 2  desenho mec
Apostila 2 desenho mecGabriel RV
 
APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO AGRONOMIA.pdf
APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO AGRONOMIA.pdfAPOSTILA DE DESENHO TÉCNICO AGRONOMIA.pdf
APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO AGRONOMIA.pdfanaclaudiasilva93
 
Apostila desenho-tecnico-agronomia-ceg012 b
Apostila desenho-tecnico-agronomia-ceg012 bApostila desenho-tecnico-agronomia-ceg012 b
Apostila desenho-tecnico-agronomia-ceg012 bRenan Mello
 
Apostila desenho 02
Apostila desenho 02Apostila desenho 02
Apostila desenho 02Luana Simone
 
Apostila-DT-Prof-Marcio-Catapan.pdf
Apostila-DT-Prof-Marcio-Catapan.pdfApostila-DT-Prof-Marcio-Catapan.pdf
Apostila-DT-Prof-Marcio-Catapan.pdfDANIELE SOARES
 

Similar a Apoio desenho tecnico_i (20)

Desenho 02
Desenho 02Desenho 02
Desenho 02
 
Ap destec sonia
Ap destec soniaAp destec sonia
Ap destec sonia
 
Cap1 introdução ao estudo do desenho técnico
Cap1 introdução ao estudo do desenho técnicoCap1 introdução ao estudo do desenho técnico
Cap1 introdução ao estudo do desenho técnico
 
Introdução ao estudo do desenho técnico
Introdução ao estudo do desenho técnicoIntrodução ao estudo do desenho técnico
Introdução ao estudo do desenho técnico
 
1- Aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1.ppt
1- Aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1.ppt1- Aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1.ppt
1- Aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1.ppt
 
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.11  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
 
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.11  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
 
Intro. ao desenho_técnico_parte_1
Intro. ao desenho_técnico_parte_1Intro. ao desenho_técnico_parte_1
Intro. ao desenho_técnico_parte_1
 
Apostila desenho-tecnico ifc
Apostila desenho-tecnico ifcApostila desenho-tecnico ifc
Apostila desenho-tecnico ifc
 
Apostila desenho universidade de goiais
Apostila desenho universidade de goiaisApostila desenho universidade de goiais
Apostila desenho universidade de goiais
 
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.11  aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
1 aula 1 -definicao e instrumentos- 2012.1
 
Apostila dt-com-dm
Apostila dt-com-dmApostila dt-com-dm
Apostila dt-com-dm
 
Apostila 2 desenho mec
Apostila 2  desenho mecApostila 2  desenho mec
Apostila 2 desenho mec
 
APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO AGRONOMIA.pdf
APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO AGRONOMIA.pdfAPOSTILA DE DESENHO TÉCNICO AGRONOMIA.pdf
APOSTILA DE DESENHO TÉCNICO AGRONOMIA.pdf
 
Apostila Desenho Técnico
Apostila Desenho TécnicoApostila Desenho Técnico
Apostila Desenho Técnico
 
Apostila desenho-tecnico-agronomia-ceg012 b
Apostila desenho-tecnico-agronomia-ceg012 bApostila desenho-tecnico-agronomia-ceg012 b
Apostila desenho-tecnico-agronomia-ceg012 b
 
Expressao grafica i ufpr
Expressao grafica i ufprExpressao grafica i ufpr
Expressao grafica i ufpr
 
Apostila desenho 02
Apostila desenho 02Apostila desenho 02
Apostila desenho 02
 
Apostila-DT-Prof-Marcio-Catapan.pdf
Apostila-DT-Prof-Marcio-Catapan.pdfApostila-DT-Prof-Marcio-Catapan.pdf
Apostila-DT-Prof-Marcio-Catapan.pdf
 
VIDEOAULA_TOPICO1.pptx
VIDEOAULA_TOPICO1.pptxVIDEOAULA_TOPICO1.pptx
VIDEOAULA_TOPICO1.pptx
 

Último

Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024Jeanoliveira597523
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividadeMary Alvarenga
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Mary Alvarenga
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMVanessaCavalcante37
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxKtiaOliveira68
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasCassio Meira Jr.
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERDeiciane Chaves
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinhaMary Alvarenga
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxRonys4
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -Aline Santana
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaJúlio Sandes
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.silves15
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 

Último (20)

Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
ABRIL VERDE.pptx Slide sobre abril ver 2024
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
Música   Meu   Abrigo  -   Texto e atividadeMúsica   Meu   Abrigo  -   Texto e atividade
Música Meu Abrigo - Texto e atividade
 
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
Grupo Tribalhista - Música Velha Infância (cruzadinha e caça palavras)
 
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEMCOMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
COMPETÊNCIA 1 DA REDAÇÃO DO ENEM - REDAÇÃO ENEM
 
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptxOrações subordinadas substantivas (andamento).pptx
Orações subordinadas substantivas (andamento).pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades MotorasPrograma de Intervenção com Habilidades Motoras
Programa de Intervenção com Habilidades Motoras
 
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VERELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
ELETIVA TEXTOS MULTIMODAIS LINGUAGEM VER
 
Bullying - Texto e cruzadinha
Bullying        -     Texto e cruzadinhaBullying        -     Texto e cruzadinha
Bullying - Texto e cruzadinha
 
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptxD9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
D9 RECONHECER GENERO DISCURSIVO SPA.pptx
 
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
DESAFIO LITERÁRIO - 2024 - EASB/ÁRVORE -
 
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma AntigaANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
ANTIGUIDADE CLÁSSICA - Grécia e Roma Antiga
 
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 5, CPAD, Os Inimigos do Cristão, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
A horta do Senhor Lobo que protege a sua horta.
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 

Apoio desenho tecnico_i

  • 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA FACULDADE DE ENGENHARIA CAMPUS DE GUARATINGUETÁ Março de 2005 DESENHO TÉCNICO: Fundamentos Teóricos e Introdução ao CAD Prof. VÍCTOR O. GAMARRA ROSADO
  • 2. Víctor OG Rosado Desenho Técnico 2 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 2. FINALIDADE E IMPORTÂNCIA 3. ESBOÇO À MÃO-LIVRE 4. MATERIAL E INSTRUMENTOS 5. CALIGRAFIA TÉCNICA 6. FIGURAS GEOMÉTRICAS 7. SÓLIDOS GEOMÉTRICOS 8. PROJEÇÕES ORTOGONAIS 8.1. Terceira Vista 8.2. Tipos de Linha 9. PERSPECTIVAS 9.1. Perspectiva Isométrica 9.2. Perspectiva Cavaleira 10. COTAGEM 11. ESCALA 12. VISTAS AUXILIARES 13. PROJEÇÃO EM CORTE 14. INTRODUÇÃO AO AutoCAD ANEXO. Trabalhos e Exercícios REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • ABNT. Coletânea de Normas de Desenho Técnico. São Paulo, SENAI-DTE-DMD, 86 p., 1990. • Bornancinni, J. C. M.; Petzold, N. I.; Orlandi Jr., H. Desenho Técnico Básico. Sulina - RS, Vol. II, 2 o Ed. 1978. • Francesco, P. PROTEC - Desenhista de Máquinas. São Paulo. Escola PROTEC, 4° Ed., 1978. • Francesco, P. PROTEC - Prontuário de Projetista de Máquinas. São Paulo. Escola PROTEC, 4° Ed., 1978. • Ferro, A., et alii. Iniciação ao Desenho. SENAI-SP, DMD, 2 o Ed. São Paulo, 1991. • Giovani, M.; Rino, P.; Giovanni, S. Manual de Desenho Técnico Mecânico. Trad. Antonio Carlos Laund. São Paulo. Bisordi, v 3, 1977. • Hoelscher, R. P.; Springer, C. H.; Dobrovolny, J. S. Expressão Gráfica e Desenho Técnico. Trad. Rodrigues, R. S.; Rio de Janeiro. Livros Técnicos e Científicos, 523 p., 1978. • Jensen, C. H. Dibujo y Diseño de Ingenieria. Tras. Ddanies, A. G.; Reyes, M. V.; Bolivar, G. S., Naulcalpan. México. McGraw-Hill, 760 p., 1981. • Kawano, A.; Yee, Ch. L.; Santos, E. D.; Petreche, J. R. D.; Bastos, P. R. M.; Ferreira, S. L. Desenho para Engenharia I. Apostila da USP, 2 a Edição. 1998. • Pereira, A. Desenho Técnico Básico. Livraria Francisco Alves Editora S.A. – RJ, 1977. • Rhodes, R. S.; Cook, L. B. Basic Engineering Drawing. Addison Wesley Longman Limited, England, 1990. • Voraini, A. L. S.; Sihn, I. M. N. Curso de Auto CAD - Release 13. São Paulo. Makron Books, 555 p., 1996.
  • 3. Víctor OG Rosado Desenho Técnico 3 1. INTRODUÇÃO A arte de representar um objeto ou fazer sua leitura por meio do Desenho Técnico é muito importante para o Engenheiro e o Projetista, visto que ele fornece todas as informações precisas e necessárias para a construção de uma peça. Assim, o Desenho Técnico surgiu da necessidade de representar com precisão máquinas, peças, ferramentas e outros instrumentos de trabalho. A principal característica desta disciplina consiste no estudo dos elementos básicos do Desenho Técnico com enfoque na sua execução à mão livre. Os exercícios propostos em aula visam não apenas treinar o aluno na execução do esboço à mão livre, mas objetivam, primordialmente, desenvolver a sua capacidade de visualização tridimensional e de representação da forma. O objetivo desta apostila, resultado da compilação das notas de aula preparadas pelo professor, é auxiliar e fornecer aos alunos um instrumento organizado e conveniente de aprendizagem na disciplina de Desenho Técnico Básico, da Faculdade de Engenharia do Campus de Guaratinguetá da UNESP. Desde a primeira aula incentiva-se ao aluno a praticar o esboço a mão livre e a reproduzir textos com base na caligrafia técnica. A seguir descrevem-se os instrumentos de desenho e o seu manejo. E nos próximos itens, se introduzem os tópicos relacionados com o método de representação pelo sistema de vistas ortográficas, perspectivas, cotagem e escalas, cortes, vistas auxiliares, e finalmente uma introdução ao CAD. 2. FINALIDADE E IMPORTÂNCIA A finalidade principal do Desenho Técnico é a representação precisa, no plano, das formas do mundo material e, portanto, tridimensional, de modo a possibilitar a reconstituição espacial das mesmas. Assim, constitui-se no único meio conciso, exato e inequívoco para comunicar a forma dos objetos; daí sua importância na tecnologia, face à notória dificuldade da linguagem escrita ao tentar a descrição da forma, apesar da riqueza de outras informações que essa linguagem possa veicular. Veja a Figura 1. As aplicações do Desenho Técnico não se limitam à fase final de comunicação dos projetos de Engenharia e Arquitetura, mas ainda cumpre destacar sua contribuição fundamental nas fases de criação e de análise dos mesmos. Adicionalmente, face à dificuldade em concebermos estruturas, mecanismos e movimentos tridimensionais, o Desenho Técnico permite estudá-los e solucioná-los eficazmente, porque permite a sua representação. 3. ESBOÇO À MÃO LIVRE O esboço é aceito, geralmente, como um meio universal e eficaz de comunicação, tanto entre técnicos como entre leigos. Ao fixar-se uma idéia, por meio de um esboço, ela se torna permanente; pode-se, então, aplicar todos os esforços da crítica para analisá-la e toda a capacidade criativa para refiná-la e desenvolvê-la. Veja a figura1. Portanto, na prática o desenho utilizado por Engenheiros e Arquitetos é predominantemente executado à mão livre; pois, uma vez esboçada uma solução, sua complementação e apresentação final constituem, habitualmente, mero trabalho de rotina que pode ser delegado a terceiros.
  • 4. Víctor OG Rosado Desenho Técnico 4 Figura 1. Representação espacial e esboços no plano 4. MATERIAL E INSTRUMENTOS Geralmente, é comum associar-se o Desenho Técnico apenas à execução precisa por meio de instrumentos (régua, compasso, esquadros, etc.), mas ele pode, também, ser executado à mão livre e até mesmo por meio de computador. Cada uma dessas modalidades difere apenas quanto à maneira de execução, sendo idênticos os seus princípios fundamentais. Enquanto o “desenho instrumental” é utilizado em desenhos finais, de apresentação, de cálculos gráficos, de diagramas, etc., o “esboço aa mão livre” é, por excelência, o desenho do Engenheiro e do
  • 5. Víctor OG Rosado Desenho Técnico 5 Arquiteto, pois possui a rapidez e a agilidade que permitem acompanhar e implementar a evolução do processo mental. As oportunidades em que é desejável, ou mesmo necessário, um esboço à mão livre surgem a qualquer momento. O profissional deve estar preparado e treinado para executá-lo, utilizando um mínimo de material que possa sempre trazer consigo. Por isto, é recomendável que os estudantes aprendam a esboçar, evitando o uso excessivo de borracha para apagar as linhas de construção ou os erros. Para tanto, o esboço preliminar deverá ser realizado com traços tão leves que, ao reforçar os contornos definitivos, as linhas de construção percam ênfase, não havendo necessidade de apaga-las. Seja qual for o instrumento utilizado, o estudante deve ser capaz de executar traços firmes e nítidos, com pressão moderada, aprendendo a controlar a intensidade do traço, mais pela pressão do lápis do que pela mudança de dureza da grafite. A borracha deve ser do tipo macio e utilizada o mínimo possível. Entre os equipamentos utilizados no Desenho Técnico Instrumental tem-se: Os esquadros, a régua T, o transferidor, o tecnígrafo, os compassos, o cintel, tira-linhas, as curvas francesas, a régua flexível, a escala triangular, a régua triplo-decímetro, o lápis, lapiseiras e grafites, as pranchetas, a borracha, raspadeiras, gabaritos, os normógrafos, e o pantógrafo. Os principais materiais do desenho técnico são: O papel, o Lápis, a Borracha, e a Régua. O PAPEL é um dos componentes básicos do material de desenho. Ele tem formato básico, padronizado pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Esse formato é o AO (A zero) do qual derivam outro formatos. Veja a figura 2. O formato básico A0 tem área de 1m2 e seus lados medem 841mm x 1.189 mm. Deste formato básico derivam os demais formatos. Veja a tabela 1. Figura 2. Formatos do papel
  • 6. Víctor OG Rosado Desenho Técnico 6 DOBRAMENTO: Quando o formato do papel é maior que A4, é necessário fazer o dobramento para que o formato final seja A4. Efetua-se o dobramento a partir do lado d (direito), em dobras verticais de 185 mm. A parte final a é dobrada ao meio. Veja a figura 3. Tabela 1. Formatos da serie “A” [Unidade: mm] Formato Dimensão Margem direita Margem esquerda A0 841 x 1189 10 25 A1 594 x 841 10 25 A2 420 x 594 7 25 A3 297 x 420 7 25 A4 210 x 297 7 25 Figura 3. Dobramento do papel 5. CALIGRAFIA TÉCNICA Define-se como Caligrafia Técnica aos caracteres usados para escrever em desenho. A caligrafia deve ser legível e facilmente desenhável (Figura 4). A caligrafia técnica normalizada são letras e algarismos inclinados para a direita, formando um angulo de 75o com a linha horizontal.
  • 7. Víctor OG Rosado Desenho Técnico 7 Exemplo de Letras Maiúsculas: ABCDEFHIJKLMNOPQRSTUVWXYZ Exemplo de Letras Minúsculas: abcdefhijklmnopqrstuvwxyz Exemplos de Algarismos: 0123456789IVX Figura 4. Proporções e exemplos da caligrafia técnica 6. FIGURAS GEOMÉTRICAS Desde o inicio da historia do mundo, o homem tem-se preocupado com a forma, a posição e o tamanho de tudo que o rodeia. Essa preocupação deu origem à Geometria que estuda as formas, os tamanhos e as propriedades das figuras geométricas. A figura geométrica é um conjunto de pontos. A seguir algumas representações de figuras geométricas. Veja a figura 5. Figura 5. Representação de figuras geométricas
  • 8. Víctor OG Rosado Desenho Técnico 8 As figuras geométricas podem ser planas ou espaciais (sólidos geométricos). Uma das maneiras de representar as figuras geométricas é por meio do desenho técnico. Para compreender as figuras geométricas é indispensável ter algumas noções de Ponto, Linha, Plano e Espaço. O PONTO é a figura geométrica mais simples. É possível ter uma idéia do que é o ponto observando: • Um furo produzido por uma agulha em um pedaço de papel; • Um sinal que a ponta do lápis imprime no papel. O ponto (P) é representado graficamente pelo cruzamento de duas linhas. Veja a figura 6. Figura 6. Representação do ponto A LINHA pode ser curva ou reta. Nesta seção vamos estudar as linhas retas. A Linha Reta ou simplesmente reta não tem inicio nem fim: ela é ilimitada. Na figura 7, as setas nas extremidades da representação da reta indicam que a reta continua indefinidamente nos dois sentidos. Figura 7. Representação da reta A Semi-reta sempre tem origem, mas não tem fim. Observa-se na figura 8, que o ponto A é o ponto de origem das semi-retas. O ponto A da origem a duas semi-retas. Figura 8. Representação de semi-retas P A
  • 9. Víctor OG Rosado Desenho Técnico 9 Segmento de Reta: Se ao invés de um ponto A são tomados dois pontos diferentes, A e B, obtém-se um pedaço limitado de reta. Esse pedaço limitado da reta é chamado segmento de reta AB. Figura 9. Representação do segmento de reta De acordo com sua posição no espaço, a reta pode ser: O PLANO é também chamado de superfície plana. Assim como o ponto e a reta, o plano não tem definição, mas é possível ter uma idéia observando o tampo de uma mesa, uma parede ou o piso de uma sala. De acordo com sua posição no espaço, o plano pode ser: O plano não tem inicio nem fim: ele é ilimitado. Mas é possível tomar porções limitadas do plano e recebem o nome de Figuras Planas. Estas figuras planas têm varias formas e os nomes variam de acordo com sua forma. Veja a figura 10. Figura 10. Representação de figuras planas A B Horizontal Inclinada Vertical