2. Fundo Cristão para Crianças
Demonstrações Financeiras
31 de dezembro de 2011 e 2010
Índice
Relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras ..................... 1
Demonstrações Financeiras Auditadas
Balanços patrimoniais ......................................................................................................... 3
Demonstrações do resultado .............................................................................................. 5
Demonstração das mutações do patrimônio líquido............................................................ 6
Demonstração dos fluxos de caixa ..................................................................................... 7
Notas explicativas às demonstrações financeiras ............................................................... 8
3. Edifício Phelps Offices Tower
Rua Antonio de Albuquerque, 156
11º andar - Savassi
30112-010 – Belo Horizonte, MG, Brasil
Tel: (5531) 3232-2100
Fax: (5531) 3232-2106
www.ey.com.br
Relatório dos Auditores Independentes Sobre as Demonstrações Financeiras
Aos Conselheiros e Administradores do
Fundo Cristão Para Crianças
Examinamos as demonstrações financeiras do Fundo Cristão Para Crianças, que
compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas
demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa
para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas
contábeis e demais notas explicativas.
Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras
A administração da entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação
dessas demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no
Brasil aplicáveis às pequenas e médias empresas (NBC TG 1.000), e pelos controles
internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de
demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independentemente se causada
por fraude ou erro.
Responsabilidade dos auditores independentes
Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações
financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras
e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas
pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter
segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção
relevante.
Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de
evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações
financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor,
incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras,
independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor
considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação
das demonstrações financeiras da Entidade para planejar os procedimentos de auditoria
que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião
sobre a eficácia desses controles internos da Entidade. Uma auditoria inclui, também, a
avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das
estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação
das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para
fundamentar nossa opinião.
Ernst & Young Terco| 1
4. Opinião sobre as demonstrações financeiras
Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam
adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira do
Fundo Cristão Para Criança em 31 de dezembro de 2011, o desempenho de suas
operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com
as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às pequenas e médias empresas.
Belo Horizonte, 30 de março de 2012
ERNST & YOUNG TERCO
Auditores Independentes S.S.
CRC 2SP 015.199/O-6-F-MG
Luis Guilherme Villela Alves
Contador CRC - MG-067.509/O-8
Ernst & Young Terco| 2
5. Fundo cristão para crianças
Balanços patrimoniais
Em 31 de dezembro 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
ATIVO 2011 2010
CIRCULANTE
Caixa e equivalentes de caixa (nota 4) 1.328.265 1.449.657
Adiantamento a terceiros 17.659 12.365
Adiantamento a funcionários 53.504 54.720
Despesas do exercício seguinte 6.827 5.956
Total do ativo circulante 1.406.255 1.522.698
NÃO CIRCULANTE
Investimentos (nota 5) 6.222 6.222
Propriedades para investimento (nota 6) 2.073.009 687.712
Imobilizado (nota 7) 3.387.821 4.882.862
Intangíveis (nota 8) 400.874 316.477
5.867.926 5.893.273
TOTAL DO ATIVO 7.274.181 7.415.971
Ernst & Young Terco| 3
6. PASSIVO 2011 2010
CIRCULANTE
Fornecedores 173.832 66.867
Impostos e contribuições a recolher 58.593 61.705
Doações a repassar (nota 9) 272.122 147.082
Subvenções a repassar (nota 10) 956.616 991.441
Provisões de férias e encargos (nota 11) 204.457 217.525
Total do passivo circulante 1.665.620 1.484.620
NÃO CIRCULANTE
Patrimônio social (nota 12) 1.897.267 1.897.267
Reserva de reavaliação 4.227.420 4.390.064
Déficit acumulado (516.126) (355.980)
Total do patrimônio social 5.608.561 5.931.351
TOTAL DO PASSIVO 7.274.181 7.415.971
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Ernst & Young Terco| 4
7. Fundo cristão para crianças
Demonstrações do resultado
Para os exercícios findos em 31 de dezembro 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
2011 2010
RECEITAS ORDINÁRIAS
Doações do exterior (nota 13) 17.553.617 18.967.615
Doações locais (nota 13) 4.874.672 4.549.721
22.428.289 23.517.336
DESPESAS ORDINÁRIAS
Subsídios - Projetos conveniados (nota 14) (16.569.901) (17.580.414)
Verbas especiais a projetos (nota 14) (199.453) (394.110)
Apoio a Programas Sociais (nota 14) (2.073.439) (2.055.341)
(18.842.793) (20.029.865)
SUPERÁVIT ORDINÁRIO 3.585.496 3.487.471
RECEITAS (DESPESAS) OPERACIONAIS
Pessoal e encargos (2.036.007) (1.923.242)
Impostos e taxas (8.331) (21.404)
Serviços de terceiros (575.314) (648.344)
Despesas INSS - isenção (nota 18) (516.081) (511.994)
Receita gratuidade isenção INSS (nota 18) 516.081 511.994
Despesas com depreciação e amortização (nota 17) (267.437) (255.268)
Despesas gerais (nota 16) (1.173.329) (1.078.325)
Receitas financeiras 12.549 57.092
Despesas financeiras (176.930) (164.697)
Receitas de aluguéis 325.784 79.436
Alienação ou baixas de bens ativo imobilizado (9.831) (14.674)
Outras receitas (despesas) 560 -
(3.908.286) (3.969.426)
DÉFICIT DO EXERCÍCIO (322.790) (481.955)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Ernst & Young Terco| 5
8. Fundo cristão para crianças
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
Para os exercícios findos em 31 de dezembro 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
Patrimônio Reservas de Déficit
social Reavaliação Acumulado Total
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009 2.741.456 4.516.039 (844.189) 6.413.306
Incorporação do déficit acumulado (844.189) - 844.189 -
Realização da reserva de reavaliação - (125.975) 125.975 -
Déficit do exercício - - (481.955) (481.955)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 1.897.267 4.390.064 (355.980) 5.931.351
Realização da reserva de reavaliação - (162.644) 162.644 -
Déficit do exercício - - (322.790) (322.790)
SALDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 1.897.267 4.227.420 (516.126) 5.608.561
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Ernst & Young Terco| 6
9. Fundo cristão para crianças
Demonstração dos fluxos de caixa
Para os exercícios findos em 31 de dezembro 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
2011 2010
FLUXO DE CAIXA PROVENIENTE DAS OPERAÇÕES
Déficit do exercício (322.790) (481.955)
Depreciação e amortização 267.437 255.268
Baixa de ativos imobilizado 1.924.131 -
Baixa de investimentos - 18.372
1.868.778 (208.315)
Redução (aumento) nos ativos:
Adiantamentos (4.078) 4.179
Despesas do exercício seguinte (871) 2.433
Depósitos Judiciais - 7.357
(4.949) 13.969
Aumento (redução) nos passivos:
Fornecedores 106.965 (24.891)
Impostos e contribuições a recolher (3.112) 8.025
Doações a repassar 125.040 62.720
Provisões de férias e encargos (13.068) 7.860
Provisões p/ demandas judiciais - (7.357)
Subvenções ( 34.825) 844.289
Contas correntes credoras - ( 44.487)
181.000 846.159
RECURSOS LÍQUIDOS PROVENIENTES DAS
ATIVIDADES OPERACIONAIS 2.044.829 651.813
FLUXO DE CAIXA UTILIZADO NAS ATIVIDADES DE
INVESTIMENTOS
Adições do investimento (1.904.800) (6.225)
Adições do imobilizado (147.479) (64.487)
Adições do intangível (113.942) (261.321)
RECURSOS LÍQUIDOS PROVENIENTES DAS
ATIVIDADES DE INVESTIMENTO (2.166.221) (332.033)
(Redução) aumento no caixa e equivalentes de caixa (121.392) 319.780
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 1.449.657 1.129.877
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 1.328.265 1.449.657
(Redução) aumento no caixa e equivalentes de caixa (121.392) 319.780
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Ernst & Young Terco| 7
10. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
1. Informações sobre a Entidade
O Fundo Cristão Para Crianças ou “FCC” é uma sociedade civil de caráter filantrópico
e sem fins lucrativos, reconhecida de utilidade pública em âmbitos Federal, Estadual
e Municipal. Iniciou suas atividades no Brasil em 1966.
Com atuação em quatro Estados (Minas Gerais, Ceará, Pernambuco e Rio Grande do
Norte) apóia, técnica e financeiramente, entidades que desenvolvem programas de
atendimento a crianças, adolescentes, famílias e comunidades carentes e/ou em
situação de risco, urbanas e rurais, creches, escolas e centro de serviços de acordo
com as políticas básicas de atendimento determinadas pelo Estatuto da Criança e do
Adolescente e Convenção Internacional dos Direitos da Criança. A ênfase maior do
trabalho do FCC está no processo de socialização, com a participação da família e da
comunidade.
O FCC atua em mais de 800 comunidades, sediadas em 54 municípios. Atende mais
de 140 mil crianças, jovens e adolescentes, em 93 organizações parceiras,
beneficiando aproximadamente 220 mil pessoas entre crianças, adolescentes e suas
famílias. É mantido exclusivamente pelo sistema de apadrinhamento e de doações
especiais de grupos de pessoas e empresas. Em 2011 foram investidos mais de R$
22 milhões em programas sociais e atualmente conta com cerca de 5.000 voluntários.
O Fundo Cristão é uma entidade que não faz distinção de raça, cor, credo religioso ou
político.
Sua Administração é composta por uma Assembléia Deliberativa, por um Conselho
Fiscal e por um Órgão de Direção Geral.
A Entidade, em conformidade com o seu estatuto social, não distribui qualquer
parcela de seu patrimônio ou de seu superávit como lucro ou participação em
resultados, aplicando integralmente os seus recursos no País, na manutenção e no
desenvolvimento de seus objetivos refletidos, devidamente, em seus demonstrativos
financeiros.
Ernst & Young Terco| 8
11. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
2. Base de apresentação e preparação das demonstrações
financeiras--Continuação
2.1 Base de apresentação
As demonstrações financeiras para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011
e 2010 foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às pequenas e médias empresas (NBC TG
1.000). A Entidade está sujeita ainda à observância da Norma Brasileira de
contabilidade, NBC T 10.19 - Entidade Sem Finalidade de Lucros, do Conselho
Federal de Contabilidade.
As presentes demonstrações financeiras foram aprovadas pela diretoria da Entidade
em 10 de abril de 2012.
2.2 Políticas Contábeis
a. Receitas e despesas
As receitas oriundas de doações, subvenções e contribuições são
registradas conforme determina a NBCT 10.19 (Entidades sem fins
lucrativos) mediante documento hábil, quando da efetiva entrada dos
recursos. Todas as demais receitas e as despesas necessárias à
manutenção de suas atividades são registradas pelo regime contábil da
competência. As receitas de doações, subvenções e contribuições, recebidas
para aplicação especifica, mediante constituição ou não de fundos, são
registradas em contas próprias, segregadas das demais contas da Entidade.
b. Estimativas contábeis
As demonstrações contábeis incluem estimativas e premissas, como a
mensuração de estimativas do valor justo de determinados instrumentos
financeiros, provisões para passivos contingentes, estimativas da vida útil de
determinados ativos e outras similares. Os resultados efetivos podem ser
diferentes dessas estimativas e premissas.
c. Caixa e equivalentes de caixa
Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a
compromissos de caixa de curto prazo, e não para investimento ou outros
fins. A Entidade considera equivalentes de caixa uma aplicação financeira de
conversibilidade imediata em um montante conhecido de caixa e estando
sujeita a um insignificante risco de mudança de valor. Por conseguinte, um
investimento, normalmente, se qualifica como equivalente de caixa quando
tem vencimento de curto prazo, por exemplo, três meses ou menos, a contar
da data da contratação.
Ernst & Young Terco| 9
12. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
2. Base de apresentação e preparação das demonstrações
financeiras--Continuação
2.2 Políticas Contábeis--Continuação
d. Propriedade para investimento
Propriedades para investimento são inicialmente mensuradas ao custo,
incluindo custos da transação. O valor contábil inclui o custo de reposição de
parte de uma propriedade para investimento existente à época em que o
custo for incorrido se os critérios de reconhecimento forem satisfeitos;
excluindo os custos do serviço diário da propriedade para investimento. Após
o reconhecimento inicial, propriedades para investimento são apresentadas
ao valor justo, que reflete as condições de mercado na data do balanço.
Ganhos ou perdas resultantes de variações do valor justo das propriedades
para investimento são incluídos na demonstração do resultado no exercício
em que forem gerados.
Propriedades para investimento são baixadas quando vendidas ou quando a
propriedade para investimento deixa de ser permanentemente utilizada e não
se espera nenhum benefício econômico futuro da sua venda. A diferença
entre o valor líquido obtido da venda e o valor contábil do ativo é reconhecida
na demonstração do resultado no período da baixa. Transferências são feitas
para a conta de propriedade para investimento, ou desta conta, apenas
quando houver uma mudança no seu uso. Se a propriedade ocupada por
proprietário se tornar uma propriedade para investimento, a Companhia
contabiliza a referida propriedade de acordo com a política descrita no item
de imobilizado até a data da mudança no seu uso.
e. Imobilizado
O ativo imobilizado é demonstrado ao custo de aquisição ou construção,
deduzido dos impostos compensáveis, quando aplicável, e da depreciação
acumulada. A Entidade utiliza o método de depreciação linear definida com
base na avaliação da vida útil de cada ativo, estimada com base na
expectativa de geração de benefícios econômicos futuros. A avaliação da
vida útil estimada dos ativos é revisada anualmente e ajustada se
necessário.
Um item de imobilizado é baixado quando vendido ou quando nenhum
benefício econômico futuro for esperado do seu uso ou venda. Eventual
ganho ou perda resultante da baixa do ativo (calculado como sendo a
diferença entre o valor líquido da venda e o valor contábil do ativo) são
incluídos na demonstração do superávit (déficit) no exercício em que o ativo
for baixado.
Ernst & Young Terco| 10
13. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
2. Base de apresentação e preparação das demonstrações
financeiras--Continuação
2.2 Políticas Contábeis--Continuação
f. Ativos e passivos não circulantes
Compreendem os bens e direitos realizáveis e deveres e obrigações vencíveis
após doze meses subseqüentes a data base das referidas demonstrações
financeiras, acrescidos dos correspondentes encargos e variações monetárias
incorridas, se aplicável, até a data do balanço.
g. Ajuste a valor presente de ativos e passivos
Os ativos e passivos monetários de longo prazo, quando existentes, são
atualizados monetariamente e, portanto, estão ajustados pelo seu valor
presente. O ajuste a valor presente de ativos e passivos monetários de curto
prazo é calculado, e somente registrado, se considerado relevante em relação
às demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
3. Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas
A preparação das demonstrações financeiras da Entidade requer que a administração faça
julgamentos e estimativas e adote premissas que afetam os valores apresentados de
receitas, despesas, ativos e passivos, bem como as divulgações de passivos contingentes,
na data base das demonstrações financeiras. Contudo, a incerteza relativa a essas
premissas e estimativas poderia levar a resultados que requeiram um ajuste significativo ao
valor contábil do ativo ou passivo afetado em períodos futuros.
As principais premissas relativas a fontes de incerteza nas estimativas futuras e outras
importantes fontes de incerteza em estimativas na data do balanço, envolvendo risco
significativo de causar um ajuste significativo no valor contábil dos ativos e passivos no
próximo exercício financeiro, são discutidas a seguir.
a) Redução a valor recuperável de ativos não financeiros
O imobilizado e outros ativos não circulantes são revistos anualmente para se
identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre que eventos ou
alterações nas circunstâncias.
b) Provisões para Riscos Tributários, Cíveis e Trabalhistas
A Entidade reconhece provisão para causas tributárias, cíveis e trabalhistas. A
avaliação da probabilidade de perda inclui a avaliação das evidências disponíveis, a
hierarquia das leis, as jurisprudências disponíveis, as decisões mais recentes nos
tribunais e sua relevância no ordenamento jurídico, bem como a avaliação dos
advogados externos. As provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta
alterações nas circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de
inspeções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos assuntos
ou decisões de tribunais.
Ernst & Young Terco| 11
14. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
4. Caixa e equivalentes de caixa
A posição de caixa e equivalentes, em 31 de dezembro, estava assim representada:
2011 2010
Caixa e Bancos 467.147 314.687
Banco Programa Esportista Cidadão – PEC 826 926
Aplicações Financeiras 12.468 244.790
Aplicação Financeira Programa Esportista Cidadão – PEC 847.824 889.254
1.328.265 1.449.657
5. Investimentos
2011 2010
Título de capitalização (i) 6.222 6.222
6.222 6.222
(i) O titulo de capitalização se refere a pagamento de caução à SJ Administradora de
Imóveis Ltda, como garantia da locação da sala 807 localizada á Rua Pedro Borges,
nº 20, a qual está situada o escritório do Fundo Cristão para Crianças em
Fortaleza/CE. O titulo tem vigência de um ano, tendo iniciado em 19/07/2010 e é
reaplicado automaticamente a cada 12 meses, sendo atualizado pela Taxa de
Remuneração Básica aplicada às cadernetas de poupança (TR) que corresponde ao
rendimento das cadernetas de poupança sem a parcela de juros mensais.
6. Propriedades para investimento
2011 2010
Imóveis (i) 2.647.800 743.000
(Depreciação) (574.791) (55.288)
2.073.009 687.712
(i) As propriedades para investimentos da Entidade incluem salas do Edifício Work
Center, à Av. Afonso Pena, no. 3.111, em Belo Horizonte – MG. No ano de 2011
foram transferidos para propriedades para investimento os imóveis não
residenciais situados à Rua Luis Guimarães, 261 e à Rua Alberto Ferreira, 564,
salas no Edifício Top Center, todos situados na cidade de Fortaleza, reavaliadas
de acordo com Laudo no. 481, em 31 de outubro de 2006. Os referidos imóveis
são alugados a terceiros conforme preços de mercado e suas rendas revertidas
ao objeto social da Entidade.
Ernst & Young Terco| 12
15. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
7. Imobilizado
Os bens imobilizados da Entidade, grupo de edificações, foram reavaliados conforme
Laudo de Reavaliação emitido pela empresa Dhisa Auditores Associados, no. 481,
datado de 31 de outubro de 2006, quando suas taxas de depreciação, vida útil
remanescente e valores foram ajustados conforme laudo.
Taxa de
depreciação ao ano
% 2011 2010
Terrenos 798.000 1.167.000
Edificações 2,5% a 4,0% 2.240.900 3.776.700
Máquinas e equipamentos 8,0% a 11,0% 115.672 102.689
Móveis e utensílios 8,0% a 10,0% 30.971 28.649
Veículos 6,0% a 20% 340.195 260.700
Computadores e periféricos 11% a 25% 262.024 256.386
3.787.762 5.592.124
Depreciação/Amortização
acumulada (399.941) (709.262)
3.387.821 4.882.862
A Entidade não alterou a forma de utilização do seu imobilizado, como também, não
identificou desgastes e quebra relevante inesperada, progresso tecnologico e
mudanças nos preços de mercado que indicassem que o valor residual ou vida útil
dos ativos necessitassem de modificação.
8. Intangível
2011 2010
Saldo anterior 316.477 83.499
Adições do período 113.942 271.179
(-) Baixas - (1.538)
(-) Amortizações (29.545) (36.663)
400.874 316.477
Com o objetivo de melhorar seus processos de gestão, em 2010 o Fundo Cristão para
Crianças iniciou o processo de implementação do software de gestão integrada
Peoplesoft doado pela empresa Oracle Sistemas do Brasil, incorrendo em gastos no
valor de R$ 367.914.
Ernst & Young Terco| 13
16. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
9. Doações a repassar
No momento do recebimento, as doações são registradas na rubrica “Doações não
idenficadas a repassar”. Ao serem identificadas, estas são reclassificadas de acordo
com sua natureza.
Eventualmente, o saldo residual desta conta, refere-se a recursos ainda em processo
de reconhecimento.
Em 2011, o saldo residual foi de R$ 272.122 (R$ 147.082 em 2010), conforme a
seguir:
2011 2010
Saldo anterior 147.082 84.362
Doações recebidas e não identificadas 8.987.195 9.288.667
Doações recebidas e identificadas conforme sua
natureza (8.862.155) (9.225.947)
Doações não identificadas a repassar 272.122 147.082
O Fundo Cristão para Crianças controla em contas patrimoniais os efeitos de
gratuidade dos presentes de padrinhos destinados às crianças apadrinhadas (DFC´s
– Designated Fund Certificate), mantendo em seu passivo circulante os valores
arrecadados para posterior repasse.
O saldo de DFC´s repassado no exercicio foi:
2011 2010
DFC´s de doações internacionais 2.650.990 3.426.716
DFC`s de doações nacionais 1.331.845 1.228.911
3.982.835 4.655.627
10. Subvenções a repassar
A Entidade reconhece as subvenções quando há segurança de que cumprirá as
condições estabelecidas pelos parceiros e de que a subvenção será recebida ou
quando já foi recebida. Em 31 de dezembro a Entidade possuia em seus livros os
seguintes registros:
Subvenções a apropriar passiva 2011 2010
Subvenção campanha Pague Menos 99.390 86.948
Subvenção Programa Esportista Cidadão - PEC 848.650 888.628
Subvenção outros 8.576 15.865
Total das subvenções a realizar 956.616 991.441
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17. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
11. Provisões de férias e encargos
A posição de provisão de férias e encargos, em 31 de dezembro, estava assim
representada:
2011 2010
Provisão para férias 187.575 199.334
Encargos s/ férias 16.882 18.191
204.457 217.525
12. Patrimônio Social
Os resultados dos períodos são mantidos na rubrica “Superávit/Déficit acumulado’’,
enquanto não aprovados pela Assembléia Deliberativa e, após a sua aprovação, são
transferidos para a conta de Patrimônio Social.
O patrimônio social da Entidade em 31 de dezembro de 2011, no montante de R$
1.897.267 (R$ 1.897.267 em 2010), representa o montante inicial aportado para inicio das
atividades da Entidade, sendo aumentado ou reduzido anualmente em função do superávit
ou déficit apurado.
13. Doações
A Entidade recebeu doações e subvenções durante o exercício registradas em contas de
receita da seguinte forma:
2011 2010
Subsídios internacionais 13.676.257 14.863.101
Verbas do orçamento operacional 3.717.891 3.668.675
Outras doações recebidas 159.469 435.839
Doações externas 17.553.617 18.967.615
Subsídios brasileiros 2.780.473 2.767.276
Arrecadações nacionais para custeio 1.925.462 1.696.073
Outras doações recebidas 168.737 86.372
Doações locais 4.874.672 4.549.721
22.428.289 23.517.336
As receitas com doações auferidas pela Entidade são provenientes do Brasil e do exterior,
na forma de subsídios a organizações parceiras e verbas especiais a projetos. Não são
registrados como receitas os presentes às crianças apadrinhadas (DFCs), que são tratados
em contas patrimoniais até sua efetiva entrega aos destinatários.
Essas receitas são proporcionadas pelo sistema de apadrinhamento e outras doações
eventuais. A Entidade possui aproximadamente 10 mil crianças apadrinhadas por
brasileiros e 46 mil crianças apadrinhadas por estrangeiros.
Em função desta característica, o Fundo Cristão para Crianças no Brasil fica exposta
a realização efetiva dos repasses da entidade internacional para manutenção dos
seus objetivos.
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18. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
14. Concessão de Gratuidades (Repasse a Organizações Parceiras)
As gratuidades convertidas à comunidade carente estão registradas dentro do grupo
de despesas ordinárias, conforme demonstrado a seguir:
2011 2010
Subsídios – Organizações Parceiras 16.569.901 17.580.414
Verbas especiais a projetos 199.453 394.110
Apoio a Programas Sociais 2.073.439 2.055.341
18.842.793 20.029.865
As verbas e subsídios recebidos foram aplicados em organizações parceiras à
Entidade, firmados e lançados em conta específica de despesa, sendo as seguintes
principais organizações parceiras: GEDAM, Grupo de Apoio do Cabana, GCRIVA,
Conselho de Pais Criança Feliz, PROCAJ (Sede), APLANT, AMPLIAR, PROSESC,
APRISCO, AMAI, ABITA, ARAI, ASSOCIAR (Sede), ACHANTI, CONACREJE,
ASCOPP, ASCAI, ARAIC, Projeto do Bem Estar Comunitário, Assoc. Sonho Infantil,
Projeto Criança Feliz, Projeto União, Projeto Alegria da Criança, Projeto Feliz
Jornada, Frente Beneficente para Criança, Frente de Ass. A Criança Carente,
Conselho B.C. e T. Quitaius, Sociedade de E. S. a Família, União Popular Pela Vida,
Sociedade de A. a Criança, Sociedade de apoio a família, Centro de Apoio a Criança,
Assoc. de Moradores de Frutilândia, entre outras.
A finalidade dessas organizações parceiras é, principalmente, a de apoiar programas
sociais e de desenvolvimento de acordo com os planos de atividades.
A Entidade mantém controle financeiro e realiza acompanhamento permanente sobre
todas as verbas repassadas às organizações parceiras. A cada repasse, a respectiva
prestação de contas é obrigatória e, necessariamente, enviada ao FCC no prazo
máximo de 20 dias do mês posterior ao do repasse, viabilizando o acompanhamento
da coerência na aplicação das verbas.
A verba destinada a “Apoio a Programas Sociais” são utilizadas para monitoramento
da execução das atividades nas Organizações Parceiras.
15. Despesas das Organizações Parceiras
A partir de 2010, a Entidade passou a custear despesas específicas de suas
Organizações Parceiras de modo a fazer uma melhor gestão destes referidos gastos,
dos quais podemos destacar:
2011 2010
Honorários de Auditoria 414.553 458.889
Serviços de Tradutores 160.824 207.349
Despesas c/ postais 332.431 312.342
Outras 39.940 56.496
947.748 1.035.076
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19. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
16. Despesas Gerais
O grupo de despesas gerais considera diversas despesas necessárias à
operacionalidade da Entidade, sendo as mais relevantes:
2011 2010
Despesas c/ publicidade e propaganda 3.300 28.428
Despesas c/ viagens 189.878 180.100
Despesas c/ postais 129.413 173.465
Despesas entre escritórios 253.330 157.437
Despesas c/ telecomunicações 113.291 69.261
Despesas c/ reuniões, conferências e eventos 7.375 24.509
Despesas c/ taxa de condomínio 98.497 81.108
Despesas c/ material de escritório 49.657 32.389
Despesas c/ energia elétrica 53.201 59.528
Despesas c/ taxas diversas 17.409 37.822
Despesas c/ alimentação 36.593 40.612
Despesas c/ manutenção de instalações e
equipamentos 18.378 27.194
Despesas c/ material de limpeza/higiene 11.184 12.496
Despesas c/ combustíveis 7.996 8.001
Despesas c/ estacionamento 25.479 14.893
Despesas c/ peças para veículos 20.932 16.298
Despesas c/ aluguel 13.222 3.945
Despesas c/ fotocópias 9.089 15.777
Bens de pequeno valor 29.642 10.906
Outras 85.463 84.156
1.173.329 1.078.325
17. Despesas com depreciação e amortização
Após reavaliação dos bens do ativo imobilizado, conforme laudo emitido pela
empresa Dhisa Auditores Associados, no. 481, em 31 de outubro de 2006, a Entidade
passou a registrar os efeitos da depreciação dos bens reavaliados no resultado do
exercício, com base na vida útil informada no laudo, sendo a reserva correspondente
simultaneamente transferida para a rubrica “Déficit ou Superávit acumulado no
Patrimônio Líquido’’. Os efeitos de depreciação correspondentes à reavaliação e ao
custo original no resultado do exercício podem ser assim demonstrados:
2011 2010
Despesas de depreciações (custo líquido) 109.298 85.615
Despesas de amortizações 11.821 12.286
Despesas de depreciações/amortizações (custo
reavaliado) 146.318 157.367
267.437 255.268
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20. Fundo Cristão Para Crianças
Notas explicativas às demonstrações financeiras--Continuação
Em 31 de dezembro de 2011 e de 2010
(Valores expressos em reais)
18. Isenções
Em função da isenção tributária quanto ao INSS patronal, por se tratar de entidade
sem fins econômicos, devidamente regularizada nos órgãos normativos, não foram
recolhidos nos exercícios de 2011 e 2010 os seguintes valores:
2011 2010
INSS Patronal - Fopag 465.565 451.644
INSS Patronal – Autônomos 38.755 48.650
INSS Patronal – Cooperativas 11.761 11.700
516.081 511.994
19. Instrumentos financeiros
Os valores de mercado dos ativos e passivos financeiros foram determinados
com base em informações de mercado disponíveis e metodologias de valorização
apropriadas. O uso de diferentes premissas de mercado e/ou metodologia de
estimativa poderão ter um efeito diferente nos valores estimados de mercado.
Baseada nessa estimativa, a Administração entende que o valor contábil dos
instrumentos financeiros equivale aproximadamente a seu valor de mercado,
conforme descrito abaixo.
Em 31 de dezembro de 2011, os principais instrumentos financeiros estão descritos a
seguir:
► Caixa e equivalentes de caixa - está apresentado ao seu valor de mercado, que
equivale ao seu valor contábil.
Nos exercícios de 2011 e 2010 a Entidade não realizou operações com
derivativos.
20. Seguros
Em 31 de dezembro de 2011, a Entidade mantinha cobertura de seguros para seu
imobilizado em montante considerado pela mesma suficiente para cobrir eventuais
sinistros.
21. Eventos subsequentes
Fundamentado na sólida experiência para a superação da pobreza infantil e diante de
novos desafios da organização frente ao contexto em que atua, o Fundo Cristão para
Crianças mudou o seu nome, para ChildFund Brasil – Fundo para Crianças, com o
objetivo de refletir a amplitude e o alcance internacional do trabalho desenvolvido
junto as crianças, famílias e comunidades em situação de vulnerabilidade social. Esta
mudança está sendo realizada em todos os escritórios da Organização no mundo. O
objetivo institucional, porém, continua o mesmo: possibilitar que as crianças
brasileiras realizem profundas mudanças positivas em suas famílias e comunidades.
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