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“Mudar as relações comerciais internacionais de
modo que os produtores em desvantagem possam
obter maior controle sobre seus próprios futuros,
receber um retorno justo e continuo por seus
trabalhos e ter condições dignas de vida através do
desenvolvimento sustentável”
(FairTrade Foundantion, 1999)
 Abordagem alternativa na forma de lidar com fornecedores
Introduzir “relações sociais igualitárias”
 Aumento do nível de consciência
 Modificar as relações capitalistas que impulsionam a exploração social e
ecológica do sistema agroindustrial
 Questionar a subordinação da agricultura e da alimentação aos princípios de
mercado do capitalismo
 Garantir aos produtores estabilidade de receita, condições de trabalho e
inserção no mercado
 A evolução do consumo na década de 1990
 Negociações para práticas mais justas em países de Terceiro Mundo
 Crescente interesse da Mídia em questões de comércio justo
 Aumento da responsabilidade coorporativa
 Aumento do poder do fornecedor no mercado
 Conscientização socioambiental do consumidor
 Visita inicial ao local seguida de visitas anuais realizadas por
fiscais independentes supervisionados pela FLO e IFAT
 Relatórios sobre as condições sociais e ambientais
 “Fair Trade Premium”
 Custos de certificação repassados aos compradores
 Participação dos produtores na elaboração de selos
 Atender às condições especificadas (trabalho infantil, preço
justo, equidade de gênero, transparência...)
 Selos: : Max Havelaar, TransFair e Fairtrade Mark.
Democraticamente organizados em associações de pequenos produtores ou
representados por grupos democráticos independentes
 Suporte à capacidade organizacional dos produtores – democracia,
transparência e participação
 Reforço da habilidade geral das organizações e atendimento de seus membros
 Ganhos de oportunidade
 Capacidade de negociação com novos clientes
 Crescimento da credibilidade organizacional
 Proteção de florestas e da vida selvagem
 Prevenção da erosão e da poluição de corpo d’água
 Reduzir o uso de fertilizantes químicos e de pesticidas sintéticos
 Proibição de pesticidas e herbicidas específicos
 Garantir os direitos coletivos de associação e negociação
 Ambiente livre de discriminação
 Prover condições mínimas de trabalho
 Garantia de preço mínimo acima do preço de mercado mas sujeito às suas
flutuações e de contratos longos
 Segurança no caso de um colapso do mercado mundial
Incentivo especifico para a produção de orgânicos
 Pré-financiamento para produtores (importador financia 60%)
 Relação direta e duradoura entre compradores e as associações de produtores
(eliminação de intermediários ou “coyotes”)
Arranjo institucional – órgãos, competência e processo decisório;
Organizações envolvidas no Fair Trade dividas em 4 grupos:
Produtores de países do Sul ou em desenvolvimento
Compradores de países do Norte ou desenvolvidos – importadores, varejistas e
atacadistas
“Umbrella bodies” :IFAT, FLO, NEWS (lojas), Fair Trade Federation (associação
de varejistas, atacadistas e produtores), etc. Organização central que coordena e
representa os pequenos produtores, lojas e distribuidores
Supermercados vendem produtos fair trade mesmo não sendo estritamente
"do movimento“; Alguns grupos têm suas próprias "marcas fair trade“
 Aumento de projetos decorrentes da atividade produtiva
 Treinamento e assistência de mercado às famílias
 Aumento do nível educacional dos infantes
 Estabilidade econômica familiar
 Encontro de postos de trabalho locais
 Reavivamento da cultura local
 Retorno Ambiental
Consumidores cada vez mais interessados em compreender os motivos
comerciais considerando questões ecológicas que o afetam diretamente
 Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento econômico, que enfatiza
a importância da qualidade ambiental e a conservação dos recursos naturais.
 Ideais e morais são revertidas no próprio poder de decisão do consumidor
 Símbolos de Consumo Fair Trade
• Apoio da mídia
• Ultraje moral
• Produtos alternativos
• Indulgencias Ecológicas
 O problema fundamental é a barreira do reconhecimento dos consumidores
sobre as questões ambientais e as questões humanas
 O Fair Trade não é amplamente reconhecido pelas organizações dos
supermercados
 Exige um comprometimento do consumidor
 Pesquisas anteriores: Gap entre posicionamento e consumo ->
pequeno Market Share de produtos éticos
 Conceito de Fair Trade usado: preço justo para os fazendeiros
produtores de café nos países em desenvolvimento.
Parte 1: Para cada um dos oito tipos de café, estipular um valor do preço base (1,87€).
Parte 2: Valores pessoais e características sócio demográficas (idade, gênero, educação)
 4 grupos: – Fair-trade lovers: 36% (0,62€)
– Fair-trade likers: 17% (0,32€)
– Flavor lovers: 4% (0,07€)
– Brand lovers: 3% (0,06 €)
Não há como deduzir o Market Share
Parte 2: Estudos anteriores (confirmação):
educação -> consumo ético
Valor atual do prêmio
pelo café Fair Trade:
27% (0,50€)
Fair Trade lovers: 11%/ 31-45 anos/ +idealista e –
convencional
Fair Trade likers: 40%/ +idealista
Brand lovers: 25%/ mulher/ -idealista +convencional
Flavor lovers: 24%/ -idealista +convencional
Há um mercado a ser explorado, porém não tão significativo como
apontavam outras pesquisas
Certificação e selos nas marcas atuais
Redução do prêmio pelo café Fair Trade
1) história da produção – no caso o café
2) características das redes de comércio justo
 3) certificação e etiquetamento – reinforcement – para controle de
qualidade
 4) se há ou não benefícios para produtores, famílias, organizações e
comunidades
 5) os principais entraves nas redes de comércio justo.
Murray, D.; Raynolds, L. T.; Taylor, Peter Leigh, One Cup at a Time: Poverty Alleviation and Fair Trade Coffee in Latin America, Colorado, March, 2003. p. 4.
 Quanto maior a organização tanto mais as dificuldades: transparência nos
custos, processo decisório e desconfiança. (Ex.: CEPCO, UCIRI, Majomut, La
Selva, Tzotzilotic, La Voz, APECAFE, Las Colinas, El Sincuyo)
 Crescimento lento das redes de “mercado justo” em comparação aos discursos
de “mercado justo”
 Europa com maior avanço no consumo consciente e América do Norte
(Estados Unidos e Canadá) em expansão tímida
 Baixo conhecimento dos produtores sobre “comércio justo”
 Entraves na compreensão de funcionamento das cooperativas – desconfiança,
comprometimento e participação democrática
Pouco apoio a novos grupos
Centralização da informação – assimetria de dados entre produtores e líderes;
Conhecimento e comprometimento a longo prazo são fundamentais para a
sobrevivência das organizações de pequenos produtores
Muitos pequenos produtores capazes de atender aos padrões não recebem
permissão para participar
Alguns grandes produtores que já obedecem aos padrões sociais e ambientais
não podem participar, devido à ênfase dada a pequenos produtores
Mudanças na abrangência e critérios do Fair Trade estão intimamente ligadas a
o tamanho do mercado, cuja expansão é o maior obstáculo
Há desconfiança acerca de novos membros, pois estes podem estar apenas se
aproveitando dos altos valores na venda de café devido à crise -
há estratégias e políticas para aceitação de novos membros
Diminuição dos preços pagos para produtores para expansão do mercado
Cooperativas reclamam do processo de inspeção – sem feedback
Retirada de certificados (La Selva e Tzatzilotic) – mais atenção nas produções
Integração com outros selos-
pode enfraquecer Fair Trade, pois ele possui padrões sociais mais rigorosos
Estado não financia diretamente Fair Trade – melhoras na infraestrutura e etc...
Objetivos
das Instituições Estatais não são totalmente compatíveis com objetivos
do Fair Trade -
Excesso de crédito gera dívidas, falta de comprometimento com padrões estabel
ecidos no Fair Trade
Necessidade de diversificação de produtos
Explorar produção de novas commodities, não somente café, e em outras
regiões do mundo.
-Identificar as semelhanças e diferenças entre as condições de produção e
venda nas atuais e futuras áreas beneficiadas pelo Fair Trade.
Assim como apontar diferenças entre os mercados Europeu e Norte Americano.
Necessidade de expandir a participação dos produtores nas redes Fair Trade
-Desenvolver workshops envolvendo organizações de produtores do Sul,
FLO, Transfair USA e Canada para fortalecer o diálogo entre o Norte e Sul.
-Treinamentos nas cooperativas, também ajudam a ingressar a mulher nas
atividades da cooperativa
-Incentivar trocas de informações entre produtores do Sul e consumidores,
compradores e outros envolvidos no Fair Trade do Norte.
Contatos externos ao sistema de Fair Trade o enfraquecem?
-Ao se tornarem maiores e mais independentes, os grupos de produtores podem até
sair das Umbrellas Bodies e entrar diretamente no mercado normal, uma vez que eles já
tem uma relação e já conhecem os compradores. Isso é criticado pelos compradores do
fair trade mas é positivo pois evidencia o sucesso do programa de fair trade (
fortalecimento dos produtores e sua inserção no mercado) e pois promove uma rotação
entre os produtores participantes do fair trade.
-Contatos diretos com supermercados e casas de café tipo Starbucks –
podem confundir e diluir os padrões impostos pelo Fair Trade
- Novas parcerias com empresas grandes e produtores de café baseadas em
critérios similares ao do Fair Trade, mas fora do sistema do mesmo, podem abrir novos
mercados, mas também destruir a integridade do Fair Trade.
O fair trade é melhor que o mercado livre e que o protecionismo?
-Avaliação caso a caso, transações justas=partes equivalentes
Não retarda a passagem dos países de produtor agrícola para transformação
industrial?
Seria possível fair trade em larga escala?
Atravessadores ou “coyotes” – paradoxo da liquidez?
Estado como diminuidor da desconfiança ou promovedor do “livre mercado”
com recolhimento de impostos?
Murray, D.; Raynolds, L. T.; Taylor, Peter Leigh, One Cup at a Time: Poverty Alleviation and Fair
Trade Coffee in Latin America (2003), Colorado, March, pp. 01-37.
Ferrie, Jared; Hira, Anil, “Fair Trade: The Key Challenges for Reaching the Mainstream”, Journal of
Business Ethics (2006) 63: 107-118.
Strong, Carolyn, “The Problems of Translating Fair Trade Principles into Consumer Purchase
Behaviour”, Marketing Intelligence & Planning (1997) 15: 32-37.

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Fair trade apresentação final

  • 1. “Mudar as relações comerciais internacionais de modo que os produtores em desvantagem possam obter maior controle sobre seus próprios futuros, receber um retorno justo e continuo por seus trabalhos e ter condições dignas de vida através do desenvolvimento sustentável” (FairTrade Foundantion, 1999)
  • 2.  Abordagem alternativa na forma de lidar com fornecedores Introduzir “relações sociais igualitárias”  Aumento do nível de consciência  Modificar as relações capitalistas que impulsionam a exploração social e ecológica do sistema agroindustrial  Questionar a subordinação da agricultura e da alimentação aos princípios de mercado do capitalismo  Garantir aos produtores estabilidade de receita, condições de trabalho e inserção no mercado
  • 3.  A evolução do consumo na década de 1990  Negociações para práticas mais justas em países de Terceiro Mundo  Crescente interesse da Mídia em questões de comércio justo  Aumento da responsabilidade coorporativa  Aumento do poder do fornecedor no mercado  Conscientização socioambiental do consumidor
  • 4.  Visita inicial ao local seguida de visitas anuais realizadas por fiscais independentes supervisionados pela FLO e IFAT  Relatórios sobre as condições sociais e ambientais  “Fair Trade Premium”  Custos de certificação repassados aos compradores  Participação dos produtores na elaboração de selos  Atender às condições especificadas (trabalho infantil, preço justo, equidade de gênero, transparência...)  Selos: : Max Havelaar, TransFair e Fairtrade Mark.
  • 5. Democraticamente organizados em associações de pequenos produtores ou representados por grupos democráticos independentes  Suporte à capacidade organizacional dos produtores – democracia, transparência e participação  Reforço da habilidade geral das organizações e atendimento de seus membros  Ganhos de oportunidade  Capacidade de negociação com novos clientes  Crescimento da credibilidade organizacional
  • 6.  Proteção de florestas e da vida selvagem  Prevenção da erosão e da poluição de corpo d’água  Reduzir o uso de fertilizantes químicos e de pesticidas sintéticos  Proibição de pesticidas e herbicidas específicos  Garantir os direitos coletivos de associação e negociação  Ambiente livre de discriminação  Prover condições mínimas de trabalho
  • 7.  Garantia de preço mínimo acima do preço de mercado mas sujeito às suas flutuações e de contratos longos  Segurança no caso de um colapso do mercado mundial Incentivo especifico para a produção de orgânicos  Pré-financiamento para produtores (importador financia 60%)  Relação direta e duradoura entre compradores e as associações de produtores (eliminação de intermediários ou “coyotes”) Arranjo institucional – órgãos, competência e processo decisório;
  • 8. Organizações envolvidas no Fair Trade dividas em 4 grupos: Produtores de países do Sul ou em desenvolvimento Compradores de países do Norte ou desenvolvidos – importadores, varejistas e atacadistas “Umbrella bodies” :IFAT, FLO, NEWS (lojas), Fair Trade Federation (associação de varejistas, atacadistas e produtores), etc. Organização central que coordena e representa os pequenos produtores, lojas e distribuidores Supermercados vendem produtos fair trade mesmo não sendo estritamente "do movimento“; Alguns grupos têm suas próprias "marcas fair trade“
  • 9.  Aumento de projetos decorrentes da atividade produtiva  Treinamento e assistência de mercado às famílias  Aumento do nível educacional dos infantes  Estabilidade econômica familiar  Encontro de postos de trabalho locais  Reavivamento da cultura local  Retorno Ambiental
  • 10. Consumidores cada vez mais interessados em compreender os motivos comerciais considerando questões ecológicas que o afetam diretamente  Desenvolvimento Sustentável é o desenvolvimento econômico, que enfatiza a importância da qualidade ambiental e a conservação dos recursos naturais.  Ideais e morais são revertidas no próprio poder de decisão do consumidor  Símbolos de Consumo Fair Trade • Apoio da mídia • Ultraje moral • Produtos alternativos • Indulgencias Ecológicas
  • 11.  O problema fundamental é a barreira do reconhecimento dos consumidores sobre as questões ambientais e as questões humanas  O Fair Trade não é amplamente reconhecido pelas organizações dos supermercados  Exige um comprometimento do consumidor
  • 12.  Pesquisas anteriores: Gap entre posicionamento e consumo -> pequeno Market Share de produtos éticos  Conceito de Fair Trade usado: preço justo para os fazendeiros produtores de café nos países em desenvolvimento.
  • 13. Parte 1: Para cada um dos oito tipos de café, estipular um valor do preço base (1,87€). Parte 2: Valores pessoais e características sócio demográficas (idade, gênero, educação)  4 grupos: – Fair-trade lovers: 36% (0,62€) – Fair-trade likers: 17% (0,32€) – Flavor lovers: 4% (0,07€) – Brand lovers: 3% (0,06 €) Não há como deduzir o Market Share Parte 2: Estudos anteriores (confirmação): educação -> consumo ético Valor atual do prêmio pelo café Fair Trade: 27% (0,50€)
  • 14. Fair Trade lovers: 11%/ 31-45 anos/ +idealista e – convencional Fair Trade likers: 40%/ +idealista Brand lovers: 25%/ mulher/ -idealista +convencional Flavor lovers: 24%/ -idealista +convencional
  • 15. Há um mercado a ser explorado, porém não tão significativo como apontavam outras pesquisas Certificação e selos nas marcas atuais Redução do prêmio pelo café Fair Trade
  • 16. 1) história da produção – no caso o café 2) características das redes de comércio justo  3) certificação e etiquetamento – reinforcement – para controle de qualidade  4) se há ou não benefícios para produtores, famílias, organizações e comunidades  5) os principais entraves nas redes de comércio justo.
  • 17. Murray, D.; Raynolds, L. T.; Taylor, Peter Leigh, One Cup at a Time: Poverty Alleviation and Fair Trade Coffee in Latin America, Colorado, March, 2003. p. 4.
  • 18.  Quanto maior a organização tanto mais as dificuldades: transparência nos custos, processo decisório e desconfiança. (Ex.: CEPCO, UCIRI, Majomut, La Selva, Tzotzilotic, La Voz, APECAFE, Las Colinas, El Sincuyo)  Crescimento lento das redes de “mercado justo” em comparação aos discursos de “mercado justo”  Europa com maior avanço no consumo consciente e América do Norte (Estados Unidos e Canadá) em expansão tímida  Baixo conhecimento dos produtores sobre “comércio justo”  Entraves na compreensão de funcionamento das cooperativas – desconfiança, comprometimento e participação democrática
  • 19. Pouco apoio a novos grupos Centralização da informação – assimetria de dados entre produtores e líderes; Conhecimento e comprometimento a longo prazo são fundamentais para a sobrevivência das organizações de pequenos produtores
  • 20. Muitos pequenos produtores capazes de atender aos padrões não recebem permissão para participar Alguns grandes produtores que já obedecem aos padrões sociais e ambientais não podem participar, devido à ênfase dada a pequenos produtores Mudanças na abrangência e critérios do Fair Trade estão intimamente ligadas a o tamanho do mercado, cuja expansão é o maior obstáculo Há desconfiança acerca de novos membros, pois estes podem estar apenas se aproveitando dos altos valores na venda de café devido à crise - há estratégias e políticas para aceitação de novos membros
  • 21. Diminuição dos preços pagos para produtores para expansão do mercado Cooperativas reclamam do processo de inspeção – sem feedback Retirada de certificados (La Selva e Tzatzilotic) – mais atenção nas produções Integração com outros selos- pode enfraquecer Fair Trade, pois ele possui padrões sociais mais rigorosos
  • 22. Estado não financia diretamente Fair Trade – melhoras na infraestrutura e etc... Objetivos das Instituições Estatais não são totalmente compatíveis com objetivos do Fair Trade - Excesso de crédito gera dívidas, falta de comprometimento com padrões estabel ecidos no Fair Trade Necessidade de diversificação de produtos
  • 23. Explorar produção de novas commodities, não somente café, e em outras regiões do mundo. -Identificar as semelhanças e diferenças entre as condições de produção e venda nas atuais e futuras áreas beneficiadas pelo Fair Trade. Assim como apontar diferenças entre os mercados Europeu e Norte Americano. Necessidade de expandir a participação dos produtores nas redes Fair Trade -Desenvolver workshops envolvendo organizações de produtores do Sul, FLO, Transfair USA e Canada para fortalecer o diálogo entre o Norte e Sul. -Treinamentos nas cooperativas, também ajudam a ingressar a mulher nas atividades da cooperativa -Incentivar trocas de informações entre produtores do Sul e consumidores, compradores e outros envolvidos no Fair Trade do Norte.
  • 24. Contatos externos ao sistema de Fair Trade o enfraquecem? -Ao se tornarem maiores e mais independentes, os grupos de produtores podem até sair das Umbrellas Bodies e entrar diretamente no mercado normal, uma vez que eles já tem uma relação e já conhecem os compradores. Isso é criticado pelos compradores do fair trade mas é positivo pois evidencia o sucesso do programa de fair trade ( fortalecimento dos produtores e sua inserção no mercado) e pois promove uma rotação entre os produtores participantes do fair trade. -Contatos diretos com supermercados e casas de café tipo Starbucks – podem confundir e diluir os padrões impostos pelo Fair Trade - Novas parcerias com empresas grandes e produtores de café baseadas em critérios similares ao do Fair Trade, mas fora do sistema do mesmo, podem abrir novos mercados, mas também destruir a integridade do Fair Trade.
  • 25. O fair trade é melhor que o mercado livre e que o protecionismo? -Avaliação caso a caso, transações justas=partes equivalentes Não retarda a passagem dos países de produtor agrícola para transformação industrial? Seria possível fair trade em larga escala? Atravessadores ou “coyotes” – paradoxo da liquidez? Estado como diminuidor da desconfiança ou promovedor do “livre mercado” com recolhimento de impostos?
  • 26. Murray, D.; Raynolds, L. T.; Taylor, Peter Leigh, One Cup at a Time: Poverty Alleviation and Fair Trade Coffee in Latin America (2003), Colorado, March, pp. 01-37. Ferrie, Jared; Hira, Anil, “Fair Trade: The Key Challenges for Reaching the Mainstream”, Journal of Business Ethics (2006) 63: 107-118. Strong, Carolyn, “The Problems of Translating Fair Trade Principles into Consumer Purchase Behaviour”, Marketing Intelligence & Planning (1997) 15: 32-37.