O documento discute a importância de se respeitar as diferenças e promover a inclusão social através da educação. Aborda temas como desigualdades sociais, a diversidade cultural brasileira, preconceitos de raça, gênero e classe social, e a necessidade de preparar professores para lidar com essas questões.
2. EDUCAÇÃO
BRASILEIRA
O tema proposto gera reflexão devido as desigualdades
sociais, expressas através de um país plural como é o Brasil.
Através de diferentes fatos sociais, a educação brasileira
atualmente está procurando resgatar parte da população
prejudicada pelas diferenças de classes, ocasionadas pelo
empobrecimento e que é possível de ser explicado devido a
formação histórica brasileira.
3. BRASIL, TERRA DE MESTIÇOS
O Brasil é um país formado por diferentes povos, não tendo uma
etnia definida. É, portanto, um povo mestiço, oriundo da
miscigenação de brancos, negros e índios. Atualmente, uma das
alternativas de resgate social foi a inclusão dos jovens no ensino
superior, através das ações afirmativas.
4. ESPAÇOS ESCOLARES
Atualmente, muitas escolas ainda têm dificuldades em aceitar e
trabalhar o que podemos chamar de “diferente”. Dessa maneira,
é preciso que profissionais da área educacional reflitam sobre
as diversas questões encontradas nos espaços escolares e que
estejam preparados para lidar com essa nova geração.
5. Portanto, a escola tem a responsabilidade em desconstruir
qualquer forma de discriminação, promovendo o respeito às
diferenças, para que juntos possam romper os obstáculos e
aceitar o novo. No mundo em que vivemos, não há lugar para o
etnocentrismo, sendo a escola o local ideal para que sejam
discutidas tais questões, por se concentrar um número
expressivo de jovens.
6. Dessa forma, é preciso capacitar os profissionais docentes
para que saibam conviver com as mais variadas e distintas
formas de diversidades. Temáticas polêmicas, como: a cor da
pele, sexualidade e orientação sexual, devem ser abordados
e discutidos, gerando reflexão, tanto para o professor como
para o aluno. Infelizmente, no magistério ainda existem
docentes infestados pelo preconceito.
7. Os livros infantis descortinando
diferentes formas de preconceito
O conto “Felicidade não tem cor”(Júlio Emílio Braz) narra a história de Fael, um menino negro que busca
uma nova identidade, o que o leva a procurar por um radialista, conhecido como Cid Bandalheira, que
supostamente lhe daria o endereço do astro pop Michael Jackson, o qual teria a fórmula da “brancura”.
Devido a essa procura, ele acaba vivendo uma grande aventura.
Tudo se inicia quando a professora Evangelina pede aos alunos para fazerem uma redação acerca do
que gostariam de ser quando crescer. O menino escreve no conteúdo de sua redação que gostaria de ser
branco, pois dessa forma não sofreria mais discriminação. Isso é observado no seguinte trecho da
redação dele: “Eu queria ser branco. Se eu fosse branco, ia ser diferente. Todo mundo ia gostar da
gente” (BRAZ, p. 8). Outra parte do livro conta que o personagem era chamado pela turma da escola de
“zoião”, “negão”, “Pelé”, “picolé de asfalto” e o que mais doía para Fael era ser chamado de “macaco”.
Depois de atravessar a cidade, Fael chega a rádio Roda-Viva, onde Cid Bandalheira trabalha e consegue
burlar a segurança a fim de encontrá-lo. O locutor tem um “papo cabeça”, como é intitulado no conto,
com Fael. Ele disse que é cadeirante e passou por momentos complicados devido a isso, mas que se
gosta tal como é. Só a partir daí Fael entende a beleza de sua cor.
8. A IMPLEMENTAÇÃO DA LEI
A lei 10.639/2003 possibilitou a implementação nos
currículos escolares de ensino fundamental e médio,
públicos e particulares, a obrigatoriedade do ensino da
história e cultura afro-brasileira, propiciando debates e
reflexões, desenvolvendo um novo olhar em relação ao
preconceito existente nos diferentes espaços escolares e
não escolares, levando o aluno e o professor a repensar
a importância de seus papéis, refletida em seus
comportamentos diante de diferentes fatos sociais,
recorrentes de preconceitos.
9.
10. LUTANDO COM RESPEITO E IGUALDADE
Infelizmente, ainda existem diferentes formas de preconceito,
não se restringindo apenas a questão racial, mas também de
gênero e de classes. É preciso repensar que somos sujeitos
corpóreos e que usamos nosso corpo como forma de
comunicação. Entender a importância na forma de se
expressar através do corpo é enxergar o outro com respeito e
igualdade.
11. "Lutar pela igualdade sempre que as
diferenças nos discriminem. Lutar pela
diferença sempre que a igualdade nos
descaracterize."
Boaventura de Souza Santos
12. A aparência dos corpos, a noção do que é ser masculino ou
feminino, a orientação sexual das pessoas ou a cor de sua
pele, tem relação com discriminação e exclusão
A sociedade categoriza pessoas em função do que considera comum e natural
para um grupo social, uma faixa etária, um status social. O considerado
"diferente" implica em preconceito, caracterizando uma forma arbitrária de
pensar e de agir, exercendo controle social, que serve para manter as distâncias e
as diferenças sociais. Segundo Leda Maria Hermann (2007), a dominação do mais
forte sobre o mais fraco, fundamento do patriarcado, não afetou apenas a relação
homem e mulher, mas também influíram decisivamente para a edificação de uma
estrutura política hierarquizada de discriminação com base no gênero, etnia,
classe, cor, crença, aparência física e outros preconceitos, mecanismos vivos de
exclusão que surtem efeitos desagregadores e vitimizadores até os dias atuais.
14. CORPO, MOVIMENTO E PRECONCEITO
É preciso compreender e respeitar a diversidade cultural, e ver
a dança em todos os seus ritmos: o Corpo em Movimento,
como um meio de desenvolvimento, da construção de valores,
de atitudes, de respeito às diferenças e que muito contribui
para o desenvolvimento do cognitivo, da sensibilidade, da
aprendizagem e da superação das dificuldades, nas
descobertas das habilidades e capacidades dos alunos.
16. A atitude da escola frente à espontaneidade do aluno através do
movimento determinará o desenvolvimento psicomotor,
contribuindo de forma significativa para uma boa aprendizagem e,
por isso, o educador não deve esquecer que seu material de trabalho
é seu aluno.
Sendo importante que a escola leve em consideração os aspectos
socioafetivos, valorizando o desenvolvimento no processo de
socialização e na interação das crianças independente de classe
social, sexo ou cor. Quanto ao processo cognitivo, a criança constrói
as noções e os conceitos através das descobertas diante das
diferentes situações, e no psicomotor, ela expande seus
movimentos, explorando seu corpo e o meio ao seu redor.
17. BIBLIOGRAFIA
HERMANN, Leda Maria. Maria da Penha Lei com nome de mulher: São
Paulo, Servanda, 2007
http://comportamentoeglobalizacao.blogspot.com.br/
http://www.sinprodf.org.br/secretarias/assuntos-raca-sexualidade/
www.brasilescola.com/educação.../dança-historia-ritmo-movimento.htm
http://www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/conpeex/pibic/trabalhos/SHEILA_M.P
DF
GOMES, Nilma Lino; Educação, identidade negra e formação de
professores/as: um olhar sobre o corpo negro e o cabelo crespo;
Educaçaõ e Pesquisa, São Paulo, v29, n1, p167-182, jan./jun. 2003
DE LIMA, José Rosamilton ; O Desafio da Escola em Trabalhar com a
Diversidade; Revista Memento; v.3,n.1, jan.jul. 2012
18. AVM FACULDADE INTEGRADA
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA
DISCIPLINA: CORPO E MOVIMENTO
PROFESSORA: FÁTIMA ALVES
TUTOR: REGINALDO GUEDES
ATIVIDADE DE APERFEIÇOAMENTO ACADÊMICO
GRUPO INCLUIR PARA CRESCER
COMPONENTES:
Alessandra de Leiros Teixeira P01236
Alexandra de Carvalho Feijó P01230
Ana Claudia Medeiros da Silva P01232
Andrea da Silva do Espírito Santo P01229
Maria Aparecida Ferreira Abi-Zaid P01247
Rio de Janeiro, fevereiro de 2015.