Essa edição da Cisco LIVE Magazine nos apresenta, em várias reportagens, como a Cisco pretende escrever a sua história no Brasil daqui pra frente. A começar pela produção local de Roteadores, Switches e Access Points, que ganha ritmo e entrega vantagens claras ao consumidor brasileiro. Além da certeza de que não haverá economia de esforços para ocupar nada menos que a primeira colocação nos vários segmentos impactados pela Internet de Todas as Coisas. O reconhecimento a todo esse empenho pode ser traduzido pelo anúncio de que iremos aplicar, no Rio de Janeiro, toda a experiência adquirida internacionalmente ao longo desses anos, para construir a infraestrutura de comunicação e servidores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
1. > 1º semestre 2013 | edição 10
LIDERANÇA
Rodrigo
Dienstmann
assumepresidência
daCiscodoBrasil
VOZ DO CLIENTE
NETexpandeserviço
NOWeinstala
hotspotsemruasde
grandecirculação
INOVAÇÃO
Novas tecnologias
revolucionam sala de aula ;
Colégio Porto Seguro
adere ao WiFi
Bancos adotam ferramentas de
colaboração e personalizam atendimento
futurofuturofuturofuturofuturo
dododo
Aagência
> 1o
Trimestre 2014 | edição 12
MADE IN BRAZIL
Produção local
derruba preço de
switches em 30%
ALô, HAVAIANAS
Fabricante de sandálias
troca sistema de telefonia
convencional por solução de
Comunicações Unificadas
ARTIGO
“Vamos vender
nosso coração para
o mundo?”,
Por José Salib Neto
Em busca
do Ouro
Cisco fornecerá toda
a infraestrutura de
conectividade e
servidores do Rio 2016
CISCO LIVE#12_Capa_Final.indd 1 17/04/2014 16:10:23
3. EDITORIAL
33
editorial
sumário
Curtas
04Liderança
rodrigo dienstmann assume
presidência da Cisco do Brasil
05Carro conectado
96 % dos brasileiros andariam em
carro que dispensa motorista
06Comunicação Unificada
uCC está na estratégia
de 78% dos líderes de ti
08Conexão
Cisco espera 50 bilhões de
dispositivos conectados até 2020
CoNNeCt
10Barômetro
Brasil rumo à Banda larga 2.0
12Dados Móveis
estudo constata que tráfego
alcançará 134,4 exabytes
14Internet de Todas as Coisas
ioe: oportunidade de us$ 14 trilhões
iNoVaÇÃo
16Educação
Novas tecnologias
revolucionam sala de aula
20Telemedicina
tecnologiavencepreconceitos
24Capa
o banco do futuro
já está em construção
VoZ do ClieNte
30WI-FI
eniac adota solução com
autenticação integrada à base de
usuários
32Vídeo
Net NoW: alta definição sob
demanda e sem intervalos
34Acesso à rede
CPFl controla conectividade dentro
e fora do ambiente corporativo
ParCeiro
36Carreira
Certificações Cisco: resultados
positivos na vida profissional
38Velocity
times de marketing da Cisco alinham
estratégias com parceiros
artigo
40Potencial
Como a interneto of everything
pode mudar a nossa rotina
equiPe resPoNsáVel
CisCo do Brasil
Presidente
rodrigo dienstmann
Diretor de Engenharia
marcelo ehalt
Diretor de Canais
eduardo almeida
Diretor de Marketing & RP
marco Barcellos
CisCo livE MagazinE é uMa PubliCação Da CIsCo Do BrAsIL
Conselho Editorial
adriana Bueno, Fabricio
mazzari, isabela Polito, isabella
micali, Jackeline Carvalho,
mariana Fonseca, monica
lau, renata Barros, sandro
Barrella e marco Barcellos.
ProduÇÃo
Comunicação interativa editora
Jornalista Responsável
Jackeline Carvalho
mtB 12456
Diretora de Redação
Jackeline Carvalho
Reportagem
Jackeline Carvalho
Edição
luciana robles
Revisão
Comunicação interativa
asssessoria de imprensa
in Press Porter Novelli
arte
marcelo max
Tiragem
5000 exemplares
os BANCos NÃo sÃo MAIs os MEsMos
P
ara aqueles que viveram os períodos de inflação em alta e corrida diária
às agências bancárias, é interessante notar que o relacionamento com
banco hoje é sinônimo de Internet. E caminha a passos largos para o
celular, ou seja, está cada vez mais à mão do cliente, sem filas e atropelos.
Isso provocou também uma inversão de papel das agências, que pouco a pouco
foram perdendo tamanho e ganhando ares de sala de visita, até chegarem ao es-
tágio de atendimento personalizado. Talvez hoje não mais com o cafezinho com
o gerente, mas recuperamos a oportunidade de olhar nos olhos de especialistas
para tirar dúvidas sobre investimentos, novos serviços ou gestão financeira. Um
laptop, tablet ou smartphones agora são suficientes para colocá-lo na frente de um
especialista dentro do banco. Ou mesmo uma Telepresença, como a do Bradesco
Next, em nossa reportagem de capa. Assim, rompemos a barreira da distância ou
de locomoção nas grandes cidades do país.
O atendimento também pode não acontecer na sua agência de origem, já que
as tecnologias de colaboração promovem isso. Mesmo em agências ou cidades
pequenas, o cliente pode ter acesso a um especialista para discutir seus planos de
investimento,semprecisardeumprofissionalnaagência100%dotempo.Bompara
obanco,queexploraoconceitodepresença,economizandotempoemelhorando
oatendimento.Bomparaocliente,quetemaoportunidadedeesclarecerdúvidase
receber informações diretamente da pessoa que vai influenciar suas decisões.
As tecnologias estão mudando os bancos, é verdade. Mas, vale lembrar que isto
é apenas o início da revolução da Internet de Todas as Coisas (IoE – Internet of
Everything), uma mudança no cenário mundial que representa um potencial eco-
nômicodeUS$14trilhõesparaasempresasdosetorprivadoatéapróximadécada.
Umresultadodiretodamaiorconectividadeentrepessoas,processos,dadosecoisas.
E,porfim,aCiscoLIVEMagazinecomemoraanomeaçãodeRodrigoDienstmann
comoonovopresidentedaCiscodoBrasil.Apartirdeagora,eleseráoresponsável
por comandar a filial brasileira e dar continuidade à estratégia da companhia de
incentivar a inovação e o desenvolvimento socioeconômico no país. Sem dúvida,
uma ótima notícia para todos nós.
Boa leitura!
Marco Barcellos
1
equipe responsável
Cisco do Brasil
Presidente
Rodrigo Dienstmann
Diretor de Engenharia
Marcelo Ehalt
Diretor de Canais
Eduardo Almeida
Diretor de Marketing & RP
Marco Barcellos
Conselho Editorial
Adriana Bueno, Cristiane Guimarães,
Fabricio Mazzari, Fernanda Arajie,
Isabela Polito, Isabella Micali,
Jackeline Carvalho, Mariana Foseca,
Monica Lau, Renata Barros,
Sandro Barrella e Marco Barcellos
PRODUção
Comunicação Interativa Editora
Jornalista Responsável
Jackeline Carvalho
MTB 12456
Diretora de Redação
Jackeline Carvalho
Reportagem
Jackeline Carvalho
Mayra Feitosa
Edição
Luciana Robles
Revisão
Comunicação Interativa
Tradução
Estela Luis
Foto de Capa
Fernando Maia | Riotur
Assessoria de Imprensa
In Press Porter Novelli
Arte
Ricardo Alves de Souza
Impressão
Intergraf
Tiragem
5000 cópias
SUMÁRIO
SUPERAÇÃO
D
erivação do Latim superatione, a palavra superação significa uma
barreira ultrapassada, obstáculos vencidos, mesmo com dificuldades.
Algo que, no contexto da Cisco, cuja história é recente se comparada
a outras indústrias, coincide com a construção da infraestrutura global de
comunicação e, porque não dizer, da própria internet. A Cisco é uma empresa
jovem, fundada pelo casal Len Bosack e Sandy Lerner, em 1984, e driblou
obstáculos no início dos anos 2000, quando acreditou na expansão mundial da
infraestrutura de comunicação, inclusive indo contra a visão dos analistas de
mercado que, à época, não acreditavam na expansão massiva da conectividade.
Em sua curta história, tornou-se sinônimo de inovação e prepara-se para,
nos próximos anos, liderar o mercado global de tecnologia da informação e
comunicação, ao fomentar a Internet de Todas as Coisas (IoE). Como disse
Robert Lloyd em sua palestra no HSM Forum, no ano passado: “É tempo
de escrever novas regras para a TI com a IoE”.
Essa edição da CiscoLIVEMagazine nos apresenta, em várias reportagens,
como a Cisco pretende escrever a sua história no Brasil daqui pra frente. A
começar pela produção local de Roteadores, Switches e Access Points, que ganha
ritmo e entrega vantagens claras ao consumidor brasileiro. Além da certeza de
que não haverá economia de esforços para ocupar nada menos que a primeira
colocação nos vários segmentos impactados pela Internet de Todas as Coisas.
O reconhecimento a todo esse empenho pode ser traduzido pelo anúncio
de que iremos aplicar, no Rio de Janeiro, toda a experiência adquirida
internacionalmente ao longo desses anos, para construir a infraestrutura
de comunicação e servidores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.
Esta é a coroação do nosso empenho em superar obstáculos internacionais
e defender o potencial do Brasil não só junto àqueles que definem a
estratégia da companhia, mas também frente ao mercado em geral.
Em 2012, a Cisco instalou e gerenciou, em Londres, toda a infraestrutura
dos Jogos mais conectados até aquele momento. No Rio de Janeiro, a
infraestrutura ainda está sendo planejada e, posteriormente, será montada
para dar vazão à demanda dentro e fora das arenas utilizadas para os Jogos,
mais um desafio que abraçamos com enorme prazer.
O posicionamento da Cisco para 2014 conta com o apoio do nosso
ecossistema e, para facilitar o acesso aos nossos parceiros, esta edição traz
também o “Guia de Parceiros Cisco 2014”, com nossos principais parceiros
de negócios no Brasil. Boa leitura e um excelente 2014!
Marco Barcellos,
Diretor de Marketing
CISCO LIVE MAGAZINE É UMA PUBLICAÇÃO DA CISCO DO BRASIL
Curtas
6Curtas
Roadshow apresenta tecnologias e
estratégias adotadas pela Cisco em 2014
NEGÓCIOS
8Fabricação local
Cisco amplia produção e apresenta estratégia
para crescimento no mercado brasileiro
12SDN
Compra da Cariden expande portfólio de
soluções para redes definidas por software
INOVAÇÃO
14HSM Management
Robert Lloyd defende conceito de internet de todas
as coisas em evento para executivos brasileiros
18Smart Cities
Como enfrentar o desafio de criar
“cidades inteligentes”
CONECTIVIDADE
23Educação 3.0
O impacto do uso de TIC no ensino globalizado
24Barômetro
Dados de expansão da banda larga em 2013
25Cloud Computing
Tráfego em nuvem dominará data centers em 2017
28Segurança
Cyber Security, a plataforma de TI como
sensor contra invasores
30CAPA
Cisco fornecerá toda a infraestrutura de
comunicação e servidores dos Jogos Rio 2016
INFRAESTRUTURA
34Service providers
Soluções para equacionar demanda e
necessidade de investimento nas redes
de telecomunicações
35Carreira
Falta de mão de obra qualificada
pode virar problema nacional
36Vídeo
Gerenciamento do tráfego de vídeo na
internet melhora desempenho de rede
VOZ DO CLIENTE
37Campi
UNIFEO oferece conexão Wi-Fi a
alunos, professores e visitantes
40Software como serviço
CorpFlex atualiza infraestrutura para
suportar aumento da demanda
42Nuvem internacional
Odebrecht cria cloud privada com Cisco UCS
44Telefonia IP
Alpargatas pavimenta nova fábrica com
solução de voz sobre IP
VOZ DO PARCEIRO
46Entrevista
Pedro Mouradian, da Nec, fala sobre a
importância da “dobradinha” com a Cisco
47SDN: uma nova era para redes
Rodrigo Parreira, da PromonLogicalis,
explica o impacto da nova tecnologia
48Conexão Social
Projeto TETO conta com o apoio da Cisco;
Voluntários fazem a festa de Natal das
crianças do Camacc
50Artigo
“Vamos vender nosso coração para o mundo?”,
por José Salib Neto
03_EDIT+SUMARIO_v2.indd 3 17/04/2014 16:15:41
4. curtas
4
à CENTRO DE INOVAÇÃO, BYOD, FABRICAÇÃO LOCAL, ETC
à PESADELO CORPORATIVO
Temas são foco do roadshow “Redes Empresariais” que terá
visitado 10 cidades brasileiras até a metade de 2014, reunindo
profissionais da Cisco, distribuidores, revendas e clientes
Para se prevenir, empresas devem ter
segurança como parte do processo de negócio
O
s principais temas abordados
pela Cisco no ano fiscal de 2014
estão sendo detalhados por pro-
fissionais da companhia, com o apoio
dos distribuidores Alcateia, Comstor,
Ingram Micro e Officer, no roadshow
“Redes Empresariais”.
O foco da iniciativa é a aproximação
com revendas e clientes, visando pro-
mover novos negócios, principalmente
com pequenas e médias empresas.
Em um dia de evento, a Cisco apre-
C
ada vez mais constantes, as
ameaças e crimes digitais têm
sido um dos motivos de ‘dores
de cabeças’ em diversas organizações.
De acordo com o relatório anual de
segurança ‘Annual Security Report
2014’, divulgado pela Cisco do Brasil
em meados de janeiro, os ataques che-
gam a níveis alarmantes, pois agora são
direcionados e não necessariamente
‘abrem uma tela azul no Windows’,
mas podem esperar o momento certo
de agir e roubar dados preciosos de
uma empresa.
Segundo a pesquisa, 100% das gran-
des empresas já foram - de alguma
forma – ponto de tráfego de códigos
maliciosos. Entre os setores que mais
se destacam como alvos de ataques
estão o de agricultura, farmacêutico,
eletrônicos, aviação, óleo e gás, que, em
comum, têm as informações valiosas
como seu principal patrimônio.
Além apontar uma acentuada eleva-
senta suas inovações e o direcionamento
dos negócios para o ano, juntamente com
os avanços das tecnologias de ponta
e as soluções, arquiteturas, serviços,
estratégias e tendências de mercado.
Entre as iniciativas apresentadas no
evento estão o Centro de Inovação do
Rio de Janeiro, inaugurado em 2013; a
fabricação local de switches, roteadores
e access points; e novas tecnologias
na área de segurança, redes sem fio
e internet.
ção da vulnerabilidade desde 2000, o
relatório também registra outro pro-
blema grave: a falta de profissionais
especializados em segurança; e es-
tima que faltarão cerca de 1 milhão
de profissionais já neste ano.
O problema se justifica pelo nível,
cada vez mais avançado, dos ataques
“Nosso objetivo é aproximar prin-
cipalmente os clientes do conceito de
consumerização ou BYOD (Bring Your
Own Device)”, diz Alexandre Les-
sa, gerente de Desenvolvimento de
Negócios da Cisco na área de Redes
Empresariais
Em 2013, o roadshow passou pelas
capitais Porto Alegre, Recife, Belo
Horizonte e Fortaleza. Em 2014, a ideia
é visitar outras seis cidades, incluindo
Brasília. n
cibernéticos versus a formação deficitá-
ria na área de segurança da informação.
Do lado das empresas, a Cisco também
aponta o investimento falho nessa área,
um fato que não se restringe apenas
às pequenas e médias empresas, que
são naturalmente conhecidas por não
investirem tanto na prevenção.
Segundo Ghassan Dreibi, gerente
de Desenvolvimento de Negócios
para Segurança na América Latina,
na maioria das vezes, as grandes em-
presas também falham na aquisição
de um novo produto
Com leve exceção para algumas
empresas do setor financeiro.
Daniel Garcia, arquiteto de Soluções
de Segurança, adverte: “as empresas não
podem achar que não serão atacadas.
Uma hora isso acontecerá”, e explica
que 100% dos clientes entrevistados
disseram que se preparariam de uma
maneira diferente, se soubessem antes
que seriam alvos. n
à ALVOS FÁCEIS
O estudo Anual Security
Report 2014 da Cisco ponta
os setores abaixo como os
que mais sofreram ataques:
• Agricultura
• Farmacêutico
• Eletrônicos
• Aviação
• Óleo e gás
04_CURTAS_v2.indd 4 17/04/2014 16:18:20
6. negócios
6
DEDICAÇÃO TOTAL AO
MERCADO BRASILEIRO
Cisco amplia portfólio de equipamentos produzidos
no Brasil, reduz preço sugerido de switches em até
30% e melhora prazo de entrega dos produtos
A
s pequenas e médias em-
presas (PMEs) reúnem,
atualmente, o maior poder
de empregabilidade da eco-
nomia brasileira, segundo o Sebrae.
São o motor do PIB (Produto Interno
Bruto) e garantiram, ao longo da última
década, o atual “pleno emprego” de que
o governo federal tanto se orgulha. Um
cenário que levou a Cisco a desenvolver
uma estratégia de mercado baseada na
oferta de alta tecnologia para os diversos
orçamentos empresariais.
A ideia é que não haja diferencia-
ção por segmento, porte ou número
de funcionários. A produção local de
switches, roteadores e access points da
Cisco tem como alicerce o benefício
da redução de até 30% dos preços su-
geridos dos switches da linha Catalyst
2960, além de permitir que os grandes
esforços mundiais da companhia na
área de pesquisa e desenvolvimento
(PD), juntamente com a incorporação
de mais de 160 empresas ao longo da
sua história, cheguem ao pequeno e
médio empreendedor e o acompanhe
até a maioridade.
Marcelo Leite, diretor de Novas Tec-
nologias da Cisco do Brasil, explica
que a fabricante está empenhada em
multiplicar os esforços de presença local
e, consequentemente, expandir a base
de clientes. “Queremos acompanhar
o crescimento das empresas, desde o
lançamento (startups) até a maiorida-
de, com soluções de redes confiáveis
e fazendo com que elas, independente
do porte, tenham acesso às últimas
evoluções tecnológicas”, diz.
A oferta também responde à demanda
de acesso unificado, que a Cisco vem
desbravando como forma de fomentar
a dissipação do conceito de internet
de todas as coisas (IoE). “Ao contrá-
rio do que dizem, o mercado de LAN
Switching continua em crescimento
e é muito impactado pelo conceito de
internet de todas as coisas, seja por
meio de uma infraestrutura cabeada ou
WiFi”, dispara Marcelo Ehalt, líder do
time de Engenharia da Cisco do Brasil.
Ele também lembra que as funcionali-
dades de gerenciamento integradas aos
switches permitem extrair o máximo
dos equipamentos, além de as empresas
poderem contar com recursos de segu-
rança e qualidade de serviço, conforme
o quadro “Funcionalidades Agregadas”.
Liderança
A fabricação local é parte do proje-
to de aumento da competitividade da
Cisco no País. Rodrigo Dienstmann,
Presidente da Cisco do Brasil e res-
ponsável pela operação local, lembra
os investimentos já feitos e comenta
que a produção – hoje composta por
roteadores, switches e access points
– deve crescer sistematicamente após
este primeiro ano de operação.
“Investimos também no Centro
de Inovações do Rio de Janeiro, nos
acordos de propriedade intelectual e
nos financiamentos de startups por
meio de venture capital”, enumera o
executivo, ao ressaltar que o objetivo é
produzir em solo nacional uma parcela
significativa das vendas locais.
MARCELO EHALT, DIRETOR DE
TECNOLOGIA DA CISCO DO BRASIL
06-08_NEGOCIOS_[ProducaoLocal]_v2.indd 6 17/04/2014 16:21:20
7. à
Nome da funcionalidade Objetivo
FUNCIONALIDADES AGREGADAS
SmartInstall
Instalação automática de switches sem necessidade de
intervenção humana no local.
AutoQoS
Aprovisionamento inteligente de qualidade de serviço para
garantia de tráfego crítico, incluindo voz e vídeo.
Segurança
Proteção de acesso à LAN contra riscos e ameaças de invasão e
com total conformidade às políticas corporativas de segurança.
IP SLA
Gestão proativa de desempenho da rede para garantia e
monitoração de nível de serviços.
EnergyWise
IPv6
Multicast
Acesso Unificado
Acesso Convergente
Gerenciamento inteligente de energia através da rede,
possibilitando otimização e redução de uso com economia.
Proteção de investimento com aderência ao novo
padrão de endereçamento IP.
Suporte à mecanismos de entrega de tráfego a simultâneos
destinos com segurança e confiabilidade.
Segurança, disponibilidade e flexibilidade na gestão dos ativos
de rede através de protocolos e ferramentas avançadas.
Aderência total ao conceito de gestão unificada de
dispositivos wireless e cabeados dentro de uma
infraestrutura integrada com políticas centralizadas.
Integração total da rede wireless com a rede cabeada
contemplando elementos comuns na infraestrutura,
facilitando a administração de políticas e incentivando a
preservação de investimento.
Gerenciamento
Conheça abaixo, os recursos embutidos nos switches Cisco
7
06-08_NEGOCIOS_[ProducaoLocal]_v2.indd 7 17/04/2014 16:21:20
8. negócios
Rodrigo Dienstmann, presidente
da Cisco do Brasil
Ana Claudia Plihal,
diretora da
Cisco do Brasil
Para ele, “fabricar no Brasil sob
o regime PPB (Processo Produtivo
Básico), traz uma série de benefícios
colaterais de acesso ao mercado, jun-
tamente com a redução de preço e do
prazo de entrega”. Entre as vantagens,
destacam-se também os incentivos fi-
nanceiros para investimento em PD
(pesquisa desenvolvimento) e o acesso
a mecanismos de financiamento, que
ampliam o potencial de chegada ao
mercado, como as linhas de crédito
Finame e o cartão BNDES.
“Adicionalmente, o REPNBL (Re-
gime Especial do Plano Nacional de
Banda Larga) desonera a cadeia de
impostos dos projetos de banda lar-
ga, data center, redes corporativas e
migração de IPv4 para IPv6”, observa
Dienstmann.
Em termos de logística de entrega
dos switches, em particular, o executivo
ressalta que a redução dos prazos é um
ganho incomparável, já que elimina-se
o tempo de desembaraço alfandegário e
reduzem-se os riscos. A conta fica, no
caso dos switches Catalyst 2960, 30%
menor para o cliente final, que passa a
trabalhar com um preço sugerido de
1.999 reais.
Comercialização
A Cisco também reformulou sua po-
lítica comercial e adequou o portfólio
de produtos ao perfil de consumo das
empresas no Brasil. “Seremos mais
assertivos na abordagem do mercado.
Constatamos que 90% das dores de uma
empresa podem ser amenizadas por
um número consolidado de produtos”,
explica Ana Claudia Plihal, diretora
da Cisco do Brasil, responsável pela
estratégia de atendimento a pequenas
e médias empresas.
Ou seja, “a Cisco não tem mais ape-
nas um único produto para atender a
todas as demandas”, diz Ana Clau-
dia. “Respeitando as características
de consumo das médias empresas,
reduzimos os preços, simplificamos
o portfólio de produtos e aumentamos
a facilidade de gerenciamento, com
o adicional da rapidez e baixa com-
plexidade na integração com outros
ambientes. Enfim, promovemos uma
série de evoluções”, completa.
Como simplificação do portfólio de
produtos, a Cisco sugere três produtos
para as PMEs: o SF100 D-8, o SF200-
24 e a linha Catalyst 2900, a de maior
demanda no mercado brasileiro e já
produzida localmente.
Os distribuidores atuais – Alcatéia,
Comstor, Ingram Micro e Officer (a
Avnet tem foco em data center) – serão
responsáveis pela operacionalização
deste “novo jeito Cisco de chegar ao
mercado”. E enfrentarão como primeiro
desafio a necessidade de apresentar a
marca como opção de compra às PMEs.
“Acreditamos que, com o cliente
solicitando as funcionalidades, os
diferenciais e a alta disponibilidade
dos equipamentos Cisco, o distribuidor
vai naturalmente direcionar esforços
para nossas soluções”, destaca Ehalt.
A sugestão, segundo Ana Claudia,
é que o canal busque oportunidade de
levantar três informações essenciais
em toda negociação de produtos Cisco:
o modelo de integração da rede local
(LAN) com a rede sem fio (WLAN); o
nível de preocupação com segurança –
invasão x disponibilidade; o custo e o
impacto da indisponibilidade da rede.
“Essas três perguntas direcionam os
produtos e aumentam a agilidade do
canal no desenho da solução”, reitera
a executiva. n
06-08_NEGOCIOS_[ProducaoLocal]_v2.indd 8 17/04/2014 16:21:25
10. negócios
10
Nova unidade de
negócios Cisco
SWAG intensifica
oferta de redes
autoprogramáveis,
flexíveis e
autoconfiguráveis
A
pós concluir a compra
da Cariden, empresa
norte-americana especia-
lizada no desenvolvimen-
to de soluções para monitoramento
e gerenciamento de redes de teleco-
municações fixas e móveis, a Cisco
criou a unidade de negócios Service
Provider Software and Applications
Group (SWAG), dedicada a reunir o
portfólio de soluções voltadas à criação
de redes autoprogramáveis, fléxíveis
e autoconfiguráveis.
O negócio, avaliado em 141 milhões
de dólares, foi o pontapé para a confi-
guração de um conjunto de aplicativos
UM REFORÇO PARA AS REDES
DEFINIDAS POR SOFTWARE
que permite às operadoras obterem
benefícios de software alinhados ao
negócio. A oferta tem como foco a atual
demanda das telcos de estender a vida
útil dos ativos de rede.
“A operadora tem que buscar alter-
nativas para minimizar o impacto dos
altos e constantes investimentos feitos
nas redes”, diz Guilherme Tuche, con-
sultor de engenharia da Cisco SWAG.
Os produtos Cariden foram inte-
grados ao portfólio da SWAG e ex-
pandiram as funcionalidades da tec-
nologia Cisco nLight para redes IP e
convergentes, suportando a estratégia
Open Network Enviroment (ONE) da
companhia, ao prover funcionalidades
sofisticadas de orquestração de redes
de longa distância (WAN).
A Cariden se destacou no mercado pela
oferta de ferramentas para planejamento e
gestão de redes IP/MPLS (Multi-Protocol
Label Switching). A plataforma Cariden
MATE fornece modelos de topologia e
tráfego de fácil manutenção, com me-
canismos rápidos e confiáveis, inclusive
para centralizar o provisionamento de
alterações de configuração.
Tuche explica que os produtos, reu-
nidos sob o portfólio Cisco Quantum
MATE, permitem criar e otimizar mo-
delos de rede, acelerando o lançamento
de novos serviços (time to market) pelas
operadoras e simplificando a projeção
de investimento e custo, de forma a an-
tecipar o ROI (return on investments)
dos projetos.
“A plataforma MATE ajuda a telco
a fazer uma operação mais sólida da
infraestrutura e do serviço e rede”,
indica Lucas Pinz, gerente de Tec-
nologia da PromonLogicalis, parceira
da Cisco que já integrava as soluções
da Cisco e da Cariden, antes mesmo
da empresa ser incorporada.
No Brasil, duas operadoras estão
desenhando projetos utilizando as so-
luções integradas da Cariden e da Cisco,
e apoiadas pela PromonLogicalis, que
também iniciou conversas para implantar
a solução em uma operadora no Uruguai.
“Os produtos Cariden se inserem muito
bem no contexto SDN (redes definidas
por software)”, sinaliza Tuche. n
“A plataforma MATE
ajuda a telco a fazer uma
operação mais sólida
da infraestrutura e do
serviço e rede”
Lucas Pinz, gerente de
Tecnologia da PromonLogicalis
Guilherme Tuche, consultor de
engenharia da Cisco SWAG
10_NEGOCIOS_[Cariden].indd 10 17/04/2014 16:24:27
12. inovação
12
CONECTAR O
DESCONHECIDO:
UMA OPORTUNIDADE TRILIONÁRIA
A
umentar a eficiência ope-
racional e reduzir custos
é a meta de todas as orga-
nizações no mundo com-
petitivo. Uma visão que extrapola o
universo corporativo, já sensibiliza
governos e governantes, e que está
a um “click” de distância, bastando
uma evolução da internet e a disse-
minação da conectividade.
A receita é simples: conectar o
desconectado. A rede tem potencial
para mudar o dia a dia da indústria
e aproximar cidades e cidadãos. O
tema foi abordado pela Cisco durante
o HSM Management, que aconteceu
em São Paulo (SP), e mostrou como a
IoE (Internet of Everything, em inglês)
pode transformar indústrias, cidades
e empresas, e gerar oportunidades,
digamos, trilionárias.
Embora muito se fale em mobilidade,
BYOD (bring your own device), expan-
são da banda larga e cloud, apenas 1%
das coisas no mundo estão conectadas.
“Ou seja, há um tesouro escondido de
14,3 trilhões de dólares”, lembrou o
Presidente da Cisco do Brasil, Rodri-
go Dienstmann, ao apresentar Robert
Lloyd, presidente global de desenvol-
vimento e vendas da Cisco, à plateia
composta por centenas de pessoas.
Trilhas
Para ilustrar, Lloyd falou sobre o va-
lor da internet de todas as coisas e a
necessidade de mudança no setor de TI.
“É tempo de escrever novas regras para
a TI com a IoE”, iniciou Robert Lloyd.
“Muitos de vocês estão procurando ca-
minhos para criar oportunidades em
diversos mercados, e sabemos que há
desafios e competitividade”, exclamou.
Um desses desafios apontados pelo
presidente mundial da Cisco é o padrão
aberto. “Há mais de 300 protocolos
fechados, que precisam estar abertos”,
disse, completando que esta mudança
pode facilitar a entrada e a populari-
zação de tecnologias.
O tesouro escondido também pode
Durante o HSM
Management, em São
Paulo, Robert Lloyd,
presidente global de
desenvolvimento e
vendas da Cisco, falou
sobre as oportunidades
geradas pela internet
de todas as coisas
(IoE); conceito pode
transformar setores
industriais e tornar as
cidades mais eficientes
12-14_INOVACAO_[HSM]_v2.indd 12 17/04/2014 16:27:56
14. inovação
14
acelerar o mercado de M2M (machine-
-to-machine) e trazer crescimento para
áreas estratégicas, como a manufatura e
a cadeia de suprimentos (supply chain),
cujo potencial pode chegar a 2,7 tri-
lhões de dólares do total previsto para
IoE; e a de experiência dos usuários,
que representa 3,7 trilhões de dólares,
principalmente em verticais da saúde,
finanças e educação. Em inovações,
as oportunidades são avaliadas em
3 trilhões de dólares. Até 2022, a expec-
tativa é que a conectividade aumente a
receita das empresas em 22%.
Oportunidades
Lloyd explicou que, em todo o mundo,
as coisas estão mudando muito rápido,
não apenas do ponto de vista tecnoló-
gico, mas de mercado, economia, e que
os dispositivos móveis, as aplicações e
a nuvem, representam grandes opor-
tunidades. “Antes, para criar algumas
aplicações, demorávamos dois anos,
hoje em dia podemos fazer isso em
meses, graças à nuvem”, citou. “São
essas aplicações que permitem entregar
novos tipos de serviços aos consumi-
dores”, acrescentou.
O IoE, segundo o presidente da Cis-
co, pode, inclusive, evitar o desperdí-
cio de água e alimentos. Ele lembrou
que cerca de 30% da água e 40% dos
alimentos (nos EUA) são desperdiça-
dos ainda em trânsito. “O IoE pode
prover visibilidade. Se conectarmos
e tivermos acesso aos dados, é pos-
sível eliminar o desperdício por meio
de um sensor”, explicou, ao ilustrar
que os mesmos sensores podem apoiar
diversas indústrias. “Com sensores é
possível acompanhar o transporte de
alimentos e obter informações antes
que a comida estrague”.
Para o executivo, as mudanças têm
sido constantes. “Nossas crianças vive-
rão em um mundo mais conectado, elas
dirigirão carros mais inteligentes, que
já estão sendo criados hoje”, disse. Ele
lembrou a importância da Pesquisa
Desenvolvimento (PD) para alavan-
car essas mudanças e disse que a Cisco
investe cerca de 5,9 milhões
de dólares em PD.
O executivo ressaltou que
o Brasil é um mercado de
grandes oportunidades tam-
bém na área de IoE. Lembrou
a última etapa de investi-
mento de 1 bilhão de reais
(420 milhões de dólares)
da companhia, em agosto
passado, com a abertura do
Centro de Inovação (CoI)
do Rio de Janeiro.
“Estamos trazendo esse
conceito para o Brasil, pois
vemos o país crescendo,
principalmente com a busca
de parcerias entre o setor
público e privado; e a IoE
pode ser traduzida como
a entrega de melhores ser-
viços para a população”.
Para Lloyd, há espaço de
crescimento em diversas
verticais, como pagamentos inteligentes
e segurança pública. E, segundo ele,
a meta da Cisco é tornar as cidades
mais conectadas nos próximos cinco
anos. “Cidades tradicionais, como
Barcelona e Londres, têm investido
em inteligência, para ganhar competi-
tividade nas áreas de esportes, cultura,
entretenimento, etc.”
O executivo disse que essa realidade
não está distante do Brasil, ao contrá-
rio, lembrou que o País está no radar
da companhia, e os próximos eventos
esportivos, por exemplo, têm gerado
oportunidades e irão deixar um legado
importante ao desenvolvimento social
e econômico.
Ele afirma que a companhia tem apos-
tado em aquisições e parcerias estraté-
gicas. Este ano a Cisco completou um
histórico de 167 empresas adquiridas.
“Ninguém pode explorar isso sozinho.
As parcerias com setores de telecom,
provedores e desenvolvedores de apps,
são necessárias”, finalizou. n
“É tempo de
escrever novas regras
para a TI com a IoE”
Robert Lloyd, presidente
global de desenvolvimento e
vendas da Cisco
12-14_INOVACAO_[HSM]_v2.indd 14 17/04/2014 16:28:02
16. inovação
16
CIDADES EFICIENTES:
COMO SUPERAR ESTE DESAFIO
Modelo depende da banda larga, que contribui para o
aumento da produtividade e da eficiência da administração
pública, além de auxiliar na formação dos cidadãos e
contribuir para melhorias na área da saúde
Q
uando se fala em Cidades
Eficientes e/ou Inteligentes
para o Brasil, logo vem em
mente a quantidade de coisas
e processos que necessitam de melhorias,
além de setores que, se bem trabalhados,
podem trazer retorno – em qualidade de
serviços – para a sociedade, como o de
saúde, educação e transportes.
Foi o que mostrou o debate “Cidades
Eficientes, como as indústrias de tele-
com e de informática podem alavancar
seu desenvolvimento”, apresentado
durante a 15a
edição do Futurecom
2013, no Rio de Janeiro (RJ).
Na ocasião, estiveram presentes
Rodrigo Uchôa, da Cisco do Brasil;
Alexandre Campos, da IDC; Gil da
Costa Marques, da Universidade de
São Paulo; entre outros participantes
que, juntos, mostraram o papel do go-
verno, sociedade e da iniciativa privada
na criação de um ambiente eficiente e
propício ao desenvolvimento e inovação.
Uma das premissas para a criação
desse ambiente depende, claro, da
educação. O professor Gil da Costa
Marques, superintendente de Tecno-
logia da Informação (STI) da USP,
iniciou sua apresentação, defendendo
a educação como a base para o desen-
volvimento de uma sociedade mais
eficiente no atendimento ao cidadão.
“Estamos passando por uma mudança
de paradigma na área educacional, e os
problemas podem ser divididos em dois
aspectos: qualidade e acesso”, disse. Algo
que, de acordo com Marques, não está
ligado apenas ao acesso às tecnologias e
à internet, mas à educação de qualidade.
“E isso é um entrave para o desenvolvi-
mento econômico do País”, ponderou.
“Popularização do
acesso à internet em
dispositivos conectados
traz uma série de
facilidades para
as cidades”
Alexandre Campos, da IDC
16-18_INOVACAO_[Futurecom].indd 16 17/04/2014 16:31:03
17. 17
EAD
Ele avalia como altamente relevante
o papel das TICs (tecnologias da infor-
mação e comunicação) na condução
de um ensino de qualidade, pois com
a internet é possível levar informação
a comunidades distantes, além de po-
pularizar o acesso. “Temos grandes
universidades e docentes que são bons
pesquisadores e conhecem temas em
profundidade, mas nosso problema é
fazer isso chegar aos cidadãos. Aí temos
as novas tecnologias, impulsionando,
inclusive, novas modalidades de ensino
como o EAD (ensino a distância) e o
bimodal, mistura da educação presencial
e a distância”, explicou.
Alexandre Campos, diretor da IDC,
afirmou que a popularização do acesso
à internet em dispositivos conectados
traz uma série de facilidades para as
cidades. “O telefone é uma ferramenta
importante para educação e acesso à
internet, mas a eficiência vai vir e cada
cidade definirá sua prioridade. A tec-
nologia traz oportunidade, inclusive de
empregabilidade, também nas classes
baixas”, afirmou.
Para ele, a popularização dessas fer-
ramentas em setores básicos, como de
saúde e educação, poderia, sim, ajudar
a resolver boa parte dos problemas que
com transportes, e, consequentemente,
qualidade de vida”, frisou.
Rodrigo Uchôa, diretor de Desenvol-
vimento de Novos Negócios da Cisco
do Brasil, lembra que para ser eficiente,
uma cidade deve funcionar para todos.
Mas, para que isso aconteça, a cidade
– independente do tamanho – precisa
ter uma infraestrutura de telecom capaz
de viabilizar o uso da telemedicina,
educação a distância e automação de
sistemas de transporte coletivo, por
exemplo, o que resultaria em melhor
qualidade na oferta de serviços públicos.
Criar esse ambiente no Brasil não é
algo tão distante assim, pelo menos do
lado tecnológico, totalmente disponível.
“Hoje conseguimos aplicar os conceitos,
que a Coreia do Sul adota há 20 anos,
em uma cidade de qualquer porte no
mundo. A tecnologia já existe e pode
ser uma coisa simples; o governo pode
oferecer acesso ao cidadão para partici-
par de discussões sobre os problemas da
cidade e dar sugestões”, exemplificou,
ao defender que a interação entre go-
vernos, cidadãos e empresas é o passo
mais importante.
Mas a adoção de tecnologias não
depende apenas de quem está na ponta,
ou seja, dos governos, lembra Uchôa.
Segundo ele, boa parte dos aplicativos
que tornam as cidades mais eficientes
nasce de startups e de grandes ideias
para melhorar o dia a dia.
“O governo nem sempre é o respon-
sável pelas soluções. Existe um papel
importante de outros atores envolvidos”,
argumenta. “Quando falo em cidades
eficientes, falo de tecnologias que têm
ajudado no dia a dia. Vejo soluções
saindo de coisas muito simples, como
de uma empresa que permite chamar
o táxi pelo celular, sem que o governo
tenha colocado as mãos naquilo; ou um
sistema de mapa que permite deslocar
do Rio Centro à Ipanema (no Rio de
Janeiro) por vias não congestionadas”,
cita Uchôa, lembrando que o governo
“As cidades inteligentes
sabem utilizar
tecnologias simples para
coisas inteligentes”
Rodrigo Uchôa,
da Cisco do Brasil
à POPULARIDADE EM SÃO PAULO
Conheças os App mais acessados pelos
paulistanos, segundo o Ibope Conecta
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• Onde está meu ônibus?
• Peixe Urbano
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• Apontador
• Foursquare
• Kekanto
• Guidu
os municípios brasileiros enfrentam
hoje. “Com essas tecnologias con-
seguimos levar para o cidadão mais
eficiência, sem precisar fazê-lo sair
da sua cidade, o que resultaria em
mais produtividade, redução de custos
16-18_INOVACAO_[Futurecom].indd 17 17/04/2014 16:31:05
18. inovação
18
oportunidade(paraoBrasil)évoltarpara
as universidades e criar oportunidades”,
pontuou Diehl. “Já que 80% das vagas
sãonasuniversidadesprivadas,épreciso
provocar as instituições, pois o grande
investimento em inovação deve partir
delas”, defendeu.
O Presidente da GVT, Amos Genish,
lembrou que em Israel, seu país de ori-
gem, o governo investe praticamente
metade das suas riquezas em startups.
“O Brasil tem capacidade de investir
bem mais que Israel”, disse, ao lembrar
o fomento à banda larga.
“A velocidade da banda larga é a
segunda maior barreira para o cres-
cimento do Brasil nos próximos anos.
Para chegar ao nível de PIB (Produto
Interno Bruto) que queremos, é preciso
investir em tecnologias”, ressaltou.
Produtividade
Rodrigo Dienstmann, Presidente da
Cisco do Brasil, ponderou que o País
vive hoje uma espécie de “tempestade
perfeita”, pois antes era preciso explicar
a importância desse investimento para o
Governo, algo desnecessário atualmente.
“O Brasil também está em pleno em-
prego e apresenta um cenário favorável
ao investimento”, afirmou o executivo.
Ele destacou algumas boas práticas
do País, como o sistema de votação
eletrônica, e empresas como Embraer
e Embrapa, que têm grandes proje-
tos. “Só falta alinhar as duas pontas
e adotar os processos certos. Tudo
começa pela banda larga. Existem
inúmeras oportunidades com a banda
larga móvel, que é fundamental para
melhorar esses processos”.
Dienstmann citou que a Cisco tem
um histórico de inovação com casos
de sucesso que variam de empresas a
hospitais, que ao investir em tecnologias,
melhoraram seus processos internos e
o relacionamento com os clientes, ala-
vancando receita e eficiência. “Ajuda-
mos a fazer mais com menos e a gerar
lucratividade; a melhorar o serviço ao
cliente e aumentar a sobrevivência do
negócio em longo prazo, seja por um
data center mais produtivo ou por uma
tecnologia no meio ou na ponta”. n
precisa, sim, ajudar; embora esse não
seja o único foco.
Investimento
Na palestra “Gestão, Qualidade e Ino-
vação: discutindo o futuro do Brasil e o
Brasil do Futuro”, também apresentada
no evento, Cyro Diehl, Presidente da
Oracle Brasil, afirmou que o processo
de inovação no País está invertido, pois
as responsabilidades são jogadas para as
empresas, quando nos países de sucesso
isso partiu das universidades, como
é o caso do Vale do Silício, um polo
de desenvolvimento tecnológico que
se popularizou com as universidades
nos EUA.“São de universidades como
HarvardeMITquesaemasgrandesprá-
ticas comerciais e os estudos. A grande
“A velocidade da banda
larga é a segunda
maior barreira para o
crescimento do Brasil
nos próximos anos. Para
chegar ao nível de PIB
(Produto Interno Bruto)
que queremos, é preciso
investir em tecnologias”
Amos Genish, presidente da GVT
16-18_INOVACAO_[Futurecom].indd 18 17/04/2014 16:31:09
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16-18_INOVACAO_[Futurecom].indd 21 17/04/2014 16:31:10
22. COLABORAÇÃO
22
O impacto do uso de TIC no ensino globalizado;
e como as escolas podem adotar novas ferramentas
para melhorar desempenho de alunos e professores
A
produção das empresas hoje
está amplamente atrelada
aos investimentos feitos em
tecnologia da informação e
comunicação. Dados coletados na 24a
pesquisa anual de uso de TI, elabo-
rada pela FGV, indicam que, apenas
no Brasil, os gastos e investimentos
em TI atingem 7,2% da receita das
empresas, tendo triplicado nos últimos
18 anos. O custo anual por usuário
é de 24.200,00 reais e deve crescer,
segundo o Fernando Meirelles, pro-
fessor responsável pelo estudo.
Assim, se na produção é visível a
ascensão do uso de recursos de TIC,
escolas e universidades precisam
caminhar em ritmo similar, a fim
de reduzir as diferenças entre estes
dois universos. Esta foi a visão, obvia-
mente com reservas, apresentada por
especialistas durante o Bett América
Latina Cúpula de Liderança, evento
de tecnologia na educação, realizado
em São Paulo.
“O uso da tecnologia no ensino é
como o fermento no pão, que acelera
tanto o que é bom quanto o que é ruim,
seja o ensino eficiente ou ineficiente”,
afirmou Richard Culatta, diretor do
Escritório de Tecnologia Educativa
do Departamento de Educação dos
Estados Unidos.
Em palestra apresentada durante o
evento, Ricardo Santos, responsável
pelo desenvolvimento da Vertical de
Educação da Cisco do Brasil, ressaltou
OS DESAFIOS DA
EDUCAÇÃO 3.0
“Temos grande volume
de informação disponível
e diferentes plataformas
de comunicação, como
a social media, mas não
podemos acreditar que
isso represente uma
educação de qualidade”
que nas novas profissões, muitas ainda
não estabelecidas, impera a colaboração,
enquanto as salas de aula ainda mantêm
os parâmetros da era industrial.
Para ele, as escolas devem rever o
modelo de ensinar – e aprender – usan-
do como referência a atual realidade
da colaboração, do trabalho em equipe.
A ideia defendida por Santos é que
as instituições de ensino adotem os
recursos de TIC no desenvolvimento
de cidadãos inteligentes. Como mu-
dança, ele propôs a “vitualização”
da sala de aula. “Aprender é uma
atividade e não um lugar”, disse. “O
ponto fundamental na Educação 3.0
é que o aprender acontece como ati-
vidade, um processo, e não mais em
um lugar”, afirmou.
Na prática, a implementação do con-
ceito Educação 3.0 exige mobilidade,
interação, recursos multimídia, além de
alta disponibilidade dos atores envolvi-
dos na aprendizagem – pesquisadores,
professores e alunos. Sem esquecer
a infraestrutura necessária, tanto a
tradicional quanto a mais inovadora.
“A atratividade do currículo não
pode ser simplesmente a transferên-
cia de um arquivo para a nuvem. É
capturar a atenção, fazer um workflow
interessante”, disse Ricardo Santos.
“Nossos alunos esperam aprender em
qualquer dispositivo, hora e lugar. A
escola precisa movimentar, estimu-
lar e desenvolver os alunos para esta
realidade”, completou. n
Ricardo Santos, responsável
pelo desenvolvimento da Vertical
de Educação da Cisco do Brasil
22_CONECTIVIDADE_[ColaboracaoEdu].indd 22 17/04/2014 16:33:27
24. connect
24
Conexões fixas e móveis podem crescer aproximadamente 54%
até 2017, chegando a 43,7 milhões de instalações
O
Brasil avança no inves-
timento em banda larga,
com projetos que, em curto
e longo prazos, poderão
alavancar o número de instalações e
aumentar a velocidade das conexões.
Adicionalmente ao incentivo do gover-
no, a proximidade da Copa do Mundo
de 2014 e dos Jogos Rio 2016 motivam
a otimização na infraestrutura, fazendo
com que entre 2013 e 2017, o País dê
um salto de aproximadamente 54% no
número de conexões.
Essa foi a previsão traçada pelo Ba-
rômetro Banda Larga 2.0, estudo feito
pela IDC e divulgado pela Cisco do
BANDA LARGA
APERTA O PASSO
Brasil em outubro de 2013. O estudo
traz uma análise detalhada do com-
portamento das conexões à internet
entre janeiro e junho de 2013, quan-
do o Brasil atingiu 27,1 milhões de
acessos, sendo que as conexões fixas
cresceram 4,5% enquanto as móveis
cresceram 8,7% no período, com 36,5
conexões móveis para cada 100 fixas.
Segundo a IDC, uma das alavancas
para essa aceleração das instalações
é o fato de o governo brasileiro estar
estimulando a expansão e a moderni-
zação das redes de telecomunicações,
com iniciativas de desoneração dos
projetos, algo que incentiva novos in-
à Mapeamento da Banda Larga
Outros destaques do Barômetro Banda Larga 2.0:
• As conexões de Banda Larga Fixa alcançaram 10,1% da
população
• A Banda Larga 2.0 superou os 11,75 milhões de conexões
• As conexões de cable modem já superam 31% das
conexões fixas no Brasil
• A velocidade média cresceu em 209 Kbps nos últimos seis
meses e 556 Kbps no último ano
• As operadoras estão concentrando as ofertas nas
velocidades intermediárias (2Mbps) e superiores (5Mbps+)
• R$ 64 era o preço médio por acesso praticado no período
no primeiro semestre
• Do total de 43,7 milhões de conexões (fixas e móveis) em
2017, as móveis representarão 36% e as conexões de
Banda Larga 2.0 alcançarão 72% das fixas
• A base instalada de dispositivos crescerá em 26 milhões
entre 2013 e 2017
vestimentos, amplia a oferta de serviços
e influencia na redução do preço final
dos serviços. “As conexões tradicionais
crescem a partir dessas iniciativas que,
conjugadas à diversificação da oferta
de serviços por parte das operado-
ras, geram redução de custos para o
usuário final, incluindo as empresas”,
analisa Samuel Rodrigues, analista
da IDC. A consultoria estimou que
o País chegaria a dezembro de 2013
com mais de 28 milhões de conexões
(28,3 milhões).
Segundo Rodrigo Dienstmann,
Presidente da Cisco do Brasil, “os
grandes eventos esportivos de 2014
e 2016 devem estimular ainda mais
os investimentos no setor de teleco-
municações, deixando um importante
legado para o País”. Ele lembra que
“a banda larga é um instrumento rele-
vante de medição do desenvolvimento
socioeconômico”.
Perfil
O Barômetro Banda Larga 2.0
também constatou que, entre janei-
ro e junho de 2013, as conexões fixas
alcançaram 10,1% da população e
33,7% dos lares no Brasil, e a banda
larga 2.0, com conexões acima de
2Mbps, chegou a 11,75 milhões.
O acesso móvel, que considera co-
nexões para PC via modem e tablet,
chegou a 7,26 milhões em junho de
2013. Já o 4G, lançado em abril de 2013,
atingiu a marca de 174 mil assinantes,
em apenas três meses. No semestre,
as assinaturas 3G cresceram 6,1%. n
24_CONECTIVIDADE_[Barometro].indd 24 17/04/2014 16:34:11
25. 25
Índice Global de Nuvem da Cisco indica
dicotomia entre taxa de crescimento do
tráfego em nuvem e dos data centers;
35% e 25%, respectivamente
à Tráfego por região
Em 2012, a América do Norte gerou mais tráfego em nuvem
(469 exabytes por ano), seguida pela Ásia-Pacífico (319 exabytes
por ano) e Europa Ocidental (225 exabytes por ano), em 2017, a
América do Norte vai gerar mais tráfego em nuvem (1,886 zettabytes
por ano), seguida por Ásia-Pacífico (1,876 zettabytes por ano) e
Europa Ocidental (770 exabytes por ano). Entretanto, no período,
o Oriente Médio e a África terão a maior taxa de crescimento em
tráfego na nuvem (57%), depois a Ásia (43%) e Europa Central e
Oriental (36%).
TRÁFEGO EM NUVEM
DOMINARÁ DATA CENTERS
EM 2017
A
Cisco lançou a 3a
edição do
Índice Global de Nuvem,
estudo que analisa o cres-
cimento e as tendências
do tráfego global de data center e de
nuvem baseado em tecnologias IP.
O relatório projeta o crescimento do
tráfego em nuvem e em data centers
entre 2012 e 2017, e conclui que o
tráfego da nuvem crescerá mais rápido
que os data centers.
Em 2012, o tráfego em nuvem al-
cançou 1,2 zettabytes, ou seja, mais de
um bilhão de terabytes, e a estimativa
é que até 2017 esse número chegue a
5,3 zettabytes, um aumento de 35%.
Enquanto isso, o tráfego global de data
centers, que foi de 2,6 de zettabytes, au-
mentará para 7,7 zettabytes no período.
O comportamento mostra que o
tráfego em nuvem deve superar o de
data center, uma vez que o primeiro
crescerá 4,5 vezes entre 2012 e 2017 e
os data center terão expansão triplicada
(25%) no mesmo período.
Do tráfego de data centers, 17% virá
de usuários finais acessando a nuvem
para navegar na web, fazer streaming
de vídeo, colaboração e usar disposi-
tivos conectados, mas outra parte do
tráfego não será causada diretamente
por usuários finais, mas por data centers
e cargas de processamento de compu-
tação em nuvem usadas em atividades
virtualmente invisíveis aos usuários.
Enquanto 76% do tráfego permane-
cerá dentro dos próprios ambientes e
será gerado pelo armazenamento de
dados, produção e desenvolvimento
de ambientes virtualizados, 7% virá
da replicação de dados e atualização
de softwares em data centers. n
25_CONECTIVIDADE_[BigData].indd 25 17/04/2014 16:37:38
28. connect
28
CYBER SECURITY:
A PLATAFORMA DE TI COMO
SENSOR CONTRA INVASORES
Manter a rede de equipamentos monitorada faz parte
da estratégia da Cisco, que amplia seu portfólio de
segurança com a aquisição da SourceFire
A
crescente evolução da Inter-
net de Todas as Coisas (IoE
– internet of everything)
somada à consumerização
e cloud computing cria, a todo mo-
mento, mais pontos de interconexão
entre empresas e pessoas. Com isso,
a área de segurança tem passado por
significativas mudanças, algo que le-
vou a Cisco a ampliar seu portfólio
de segurança, adquirindo a SourceFi-
re, empresa especializada em Cyber
Security, que chega com inteligência
adicional em IPS (Intrusion Prevention
Systems) e anti-malware protection.
Quando se fala em Cyber Security,
o conceito atual de proteção contra
conteúdos maliciosos é a próxima ge-
ração de Firewalls, conhecida como
Next-Generation Firewall (NGFW).
Essa nova abordagem de equipamentos
tem como característica uma maior
taxa de transferência (throughput) e
maior eficiência de hardware.
BYOD
Trata-se da evolução das regras de
acesso à rede que faz a contextualiza-
ção dos conteúdos mediante a aplicação
que o usuário tenta acessar. Para com-
pletar, a granularidade de aplicações
consegue bloquear informações até
mesmo dentro de “camadas de acesso”.
O NGFW tem contribuído com a
segurança principalmente pela pro-
liferação do uso de dispositivos mó-
veis com o BYOD (Bring Your Own
Device) e a consequente necessidade
de acesso à rede.
No entanto, dar o acesso nem
sempre é tudo. Oferecer políticas de
segurança é fundamental para blin-
dar a rede contra possíveis ameaças.
Segundo o diretor de Arquiteturas
da Cisco do Brasil, Marcelo Leite,
a aquisição da SourceFire comple-
menta o portfólio de segurança da
companhia e reafirma seu compro-
misso em desenvolver e buscar as
melhores soluções.
Nesse caso, o direcionamento é no
sentido de tratar toda a abrangência da
plataforma de TI como um sensor por
meio de decisões proativas no combate
às ameaças, principal característica
do sistema IPS.
O country manager da SourceFire
no Brasil, Raphael D’Avila, classifi-
ca como “sensacional” a estratégia
de tratar todo o sensor que existe na
rede do cliente como um provedor de
informação que pode ser direcionado
para a segurança.
“O sensor é um ente vivo que gera
informação passível de ser usada
para a segurança da informação.
Essa questão de permear seguran-
ça na infraestrutura de rede é uma
estratégia da Cisco que a gente vai
conseguir endereçar com a tecnologia
SourceFire”, revela D’Avila.
CISCO ASA
A solução Cisco em NGFW é o ASA
5500-X Series, que possui recursos
de Application Visibility and Control
(AVC), Intrusion Prevention (IPS) e
Web Security Essentials (WSE).
O gerente de desenvolvimento de
negócios de segurança da Cisco do
Brasil, Vitor Castelo Branco Pupe,
comenta que a aquisição da SourceFire
impulsiona a companhia para um novo
patamar em segurança.
De acordo com Pupe, o objetivo do
IPS é antecipar uma potencial ameaça
que exista no ambiente do cliente, espe-
cialmente em casos de fraude financeira
e furtos da propriedade intelectual.
Os equipamentos da rede de Se-
gurança Cisco contam com recursos
de Security Intelligence Operations
(SIO), lembra Pupe. Através do re-
gistro de notificações de ameaças, os
equipamentos enviam informações
de ataques que ocorrem na rede e
recebem de volta atualizações de
segurança, formando uma rede re-
troalimentar de proteção. n
28_CONECTIVIDADE_[CiberSecurity].indd 28 17/04/2014 16:38:50
30. capa
30
Cisco fornecerá toda a infraestrutura de
conectividade e servidores do Rio 2016
OS JOGOS DA
CONECTIVIDADE
APOIADOR
OFICIAL
30-33_MATCAPA_[Olimpiadas].indd 30 17/04/2014 16:42:18
31. 31
à O papel da Cisco
Fabricante fornecerá infraestrutura de:
• Redes LAN
• Redes Wireless LAN
• Roteadores IP
• Equipamentos e softwares de segurança de rede
• Redes para Data Center
• Servidores UCS para Data Center
• Sistemas de gestão de rede
O
Comitê Organizador dos
Jogos Olímpicos e Paralím-
picos Rio 2016 anunciou,
em dezembro, a escolha da
Cisco como apoiadora oficial do evento
e fornecedora de toda a infraestrutu-
ra de conectividade e servidores das
Arenas utilizadas para competição e
não competição.
A Cisco se junta a outros fornece-
dores de tecnologia do evento, entre
eles a Panasonic, Samsung, Omega e
a Atos – parceiras do COI (Comitê
Olímpico Internacional), e à Embratel
e à Claro – parceiras do Rio 2016.
“Outros quatro parceiros serão anun-
ciados, dois na área de software, um na
área de armazenamento e outro focado
em dispositivos computacionais (microin-
formática)”, anunciou Renato Ciuchini,
diretor executivo Comercial do Comitê
Organizador dos Jogos Rio 2016, ao es-
clarecer a relação da Cisco com o projeto.
Os produtos e serviços da Cisco serão
integrados às soluções dos outros par-
ceiros do COI e do Rio 2016, informou
Rodrigo Dienstmann, Presidente da
Cisco do Brasil. Como parte do acor-
concepção, suporte e gestão de redes e
data centers de missão crítica.
“Esta e uma oportunidade ímpar para
demonstrarmos o potencial da internet
de todas as coisas (IoE), conectando
pessoas e os mais diversos tipos de
dispositivos e máquinas”, disse Blair
Christie, Vice Presidente Sênior e Chief
Marketing Officer da Cisco, durante
o anúncio. “A revolução das redes
móveis está criando um novo mundo
amplamente conectado”, acrescentou.
Para ela, os Jogos podem se tornar
um “show case” de IoE, tanto do ponto
do, a Cisco fornecerá infraestrutura de
rede, incluindo redes LAN cabeadas
e sem fio, roteadores IP, os servidores
UCS para o data center, assim como os
equipamentos necessários para segu-
rança de rede, redes para data center
e sistemas de gestão de rede.
A fabricante apoiará o Rio 2016 e
seus demais parceiros de tecnologia
durante todo o ciclo de vida do projeto
de rede e dos servidores corporativos,
desde o planejamento e desenho até a
implementação e operação, aproveitando
sua experiência mundial de serviços na
“O desafio será levar a
experiência da cerimônia
de abertura para toda
a cidade do Rio e não
apenas para as pessoas
que estarão no estádio
do Maracanã”
Renato Ciuchini,
do Comitê Rio 2016,
(à esq.) Rodrigo Dienstmann,
presidente da
Cisco do Brasil
30-33_MATCAPA_[Olimpiadas].indd 31 17/04/2014 16:42:21
32. capa
32
veu com a oferta de infraestrutura.
“Naquela oportunidade foram criadas
14 startups”, mencionou.
Para a Cisco, um componente-chave
da parceria com o Rio 2016 é a oportu-
nidade de ajudar a impulsionar a inova-
ção. Trabalhando em colaboração com
autoridades do Governo Municipal do
Rio de Janeiro, a Cisco está ajudando
a desenvolver uma infraestrutura tec-
nológica que servirá, além dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos, à cidade e
aos cidadãos do Rio de Janeiro.
Áreas-alvo
A fabricante e o Comitê Organizador
dos Jogos Rio 2016 estão focados nas
áreas de educação e inovação, com
base em programas da Cisco já exis-
tentes na região, incluindo o Cisco
Networking Academy e o Centro de
Inovação do Rio de Janeiro.
“Será o evento mais conectado da
história e uma oportunidade para de-
monstrar como a tecnologia funciona e
conecta o mundo”, disse Lloyd. “Para
a Cisco do Brasil é uma parceria ex-
tremamente importante, porque abrirá
novas oportunidades, inclusive para
o Brasil se tornar um hub regional de
inovação”, reforçou.
O executivo lembrou que o Centro
de Inovação deve motivar a criação
de novos negócios no Brasil. Também
disse que a empresa não poupará es-
forços e investimentos em hardware,
software e serviços.
Renato Ciuchini, do Comitê Rio 2016,
reforçou que a cerimônia de abertura,
por exemplo, não deve ser um evento
disponível apenas àqueles que estiverem
na arena Maracanã ou assistindo pela
TV. “O desafio será levar a cerimônia
para o público externo”, destacou.
Pós-evento
O executivo também ressaltou que
todo o projeto de infraestrutura para
o Rio 2016 está sendo pensado de for-
“Os Jogos Rio 2016 podem
se tornar um ‘show case’ de
Internet de Todas as Coisas,
tanto do ponto de vista de
conectividade quanto de
desempenho da rede na
transmissão integrada de
imagens, dados, voz e vídeo”
Blair Christie,
vice presidente
sênior e
Chief Marketing
Officer da Cisco
de vista de conectividade de diferentes
dispositivos, quanto de desempenho
da rede na transmissão de imagens,
dados e voz integrados e rodando com
excelente experiência do usuário.
“Vamos criar um novo modelo de
mobilidade e conteúdo, integrando
qualquer dispositivo em qualquer lu-
gar”, desafiou, dizendo que o acesso
WiFi estará amplamente disponível.
Novos negócios
Rob Lloyd, presidente global de De-
senvolvimento e vendas da companhia,
comemorou a conquista e disse que
“o impacto econômico” dos Jogos
Olímpicos e Paralímpicos é muito
grande e atrai empresas para a região.
Como exemplo, ele citou a os Jogos de
Londres, em 2012, dos quais a Cisco
também foi patrocinadora e se envol-
Robert Lloyd e Blair Christie, ambos
da Cisco Corp., participaram da coletiva de
imprensa para anúncio da parceria com o
Comitê Olímpico, via telepresença
30-33_MATCAPA_[Olimpiadas].indd 32 17/04/2014 16:42:23
33. 33
ma a deixar um legado importante à
sociedade brasileira.
Em TIC, o tema pode ser traduzido,
entre outras questões, na formação de
mão de obra, já que será necessário
um grande contingente para operacio-
nalizar a infraestrutura. “A execução
do projeto, por si só, vai deixar um
conhecimento importante para o País”,
comentou Elly Resende, diretor de
tecnologia da informação do Comitê.
Rodrigo Dienstmann acrescentou
que boa parte dos equipamentos uti-
lizados no projeto serão produzidos
em solo nacional, o que deve gerar
novos negócios e empregos. A Cisco já
produz switches e roteadores no País,
e em dezembro iniciou a fabricação
de acess points, para a composição
de redes WiFi. n
“A realização do projeto
de tecnologia, por si só,
vai deixar um legado de
conhecimento importante
para o Rio de Janeiro e
para o País” Elly Resende,
diretor de
tecnologia da
informação do
Comitê Rio 2016
30-33_MATCAPA_[Olimpiadas].indd 33 17/04/2014 16:42:24
34. infraestrutura
34
Internet de todas as coisas, vídeo e mobilidade desafiam provedores
de serviços a investirem sem limite em infraestrutura de rede
E
ntre as áreas de maior in-
vestimento em inovação nos
próximos anos, o setor de
telecomunicações vai receber
atenção especial da Cisco ao longo de
2014, não apenas sob o ponto de vista
de inovação tecnológica, mas também
em relação ao negócio. A companhia
traçou um modelo no qual mobiliza-
rá todo seu ecossistema para prover
soluções de valor agregado a prove-
dores de serviços de todos os portes
e especialidades, informa Anderson
A. André, diretor geral do Segmento
de Operadoras de Telecomunicações,
Provedores de Serviço e Novas Mídias.
“Vamos unir tecnologia e modelo de
negócio, e mover todo o ecossistema
Cisco para adicionar valor ao negócio
dos service providers, tornando-nos
mais que parceiros, quase sócios do
negócio”, diz. A lista de empresas que
se enquadram na categoria “service
providers” é vasta e vai desde as gran-
des operadoras de telecomunicações
– Vivo, Embratel, etc –, passando
pelos provedores de acesso a inter-
net e aqueles que se posicionam no
segmento “new media”, oferecendo
novos serviços baseados em nuvem,
como Amazon, UOL Diveo, Google,
Facebook, e outros.
Os negócios dessas empresas, se-
gundo André, sofrerão forte impacto à
medida que cresce a conectividade, não
apenas entre pessoas – algo que deve
intensificar o uso da rede quanto mais
crescerem as transmissões de fotos e
vídeos; e a conectividade dos objetos
– a internet de todas as coisas (IoE).
“A internet de todas as coisas muda
DE MÃOS DADAS PARA O FUTURO
“Vamos unir tecnologia
e modelo de negócio,
e mover todo o
ecossistema Cisco a
adicionar valor
ao negócio dos
Service Providers”
o contexto dos services providers,
principalmente as operadoras, por-
que não há a ligação apenas de dados
com coisas, mas o envolvimento de
pessoas e processos”, explica André.
A segunda mudança no contexto
das telecomunicações, segundo ele,
é o aumento do tráfego de vídeo,
categoria que já ocupa mais de 50%
das redes IP no Brasil, segundo pes-
quisa encomendada pela Cisco, e em
2017 será mais de 70%. E, diferente
do tráfego de voz e dados, que pode
sofrer pequenos atrasos na transmissão,
com certa tolerância, a interferência
em vídeo, impacta diretamente na
satisfação do usuário.
Anderson André classifica o fenô-
meno “vídeo” como o segundo tsu-
nami, depois da internet de todas as
coisas. E diz que para que as empresas
de telecom sobrevivam a esses dois
movimentos, será preciso atender a
três prioridades: otimização dos re-
cursos de rede; aceleração da entrega
de novos produtos (time to market); e
monetização da rede, com o objetivo
não só de aumentar a receita, mas de
dar-lhe longevidade.
“A primeira coisa que fazemos é
trabalhar com a operadora mudando a
abordagem de produto para aplicação”,
conta André, ao enumerar que a Cisco
também oferece “combustível” para
inovação; uma espécie de consultoria
estratégica para aumento da eficiência;
além de colaborar para a conquista
de novos mercados; e estimular o
uso de recursos de inteligência nas
redes das operadoras, para aumentar
as chances de negócios. n
Anderson A. André,
diretor da CISCO DO Brasil
à Questão de
sobrevivência
Para atender às novas
necessidades de negócio,
as operadoras precisam
atentar a três prioridades:
• Otimizar recursos de rede
• Acelerar a entrega de novos
produtos (time to market)
• Monetizar a rede
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35. Anuncio Vortex_Ok.pdf 1 2/20/14 2:53 PM
carreira
Brasil é o segundo país
da América Latina com
maior dificuldade de
encontrar profissionais
capacitados
HÁ VAGAS
NA ÁREA DE
REDES
A
falta de mão de obra qualifi-
cada em TICs (Tecnologia da
Informação e Comunicação) na
América Latina é um gargalo reconhe-
cido. E o estudo “Habilidades em Redes
e Conectividade na América Latina”
(Networking Skills in Latin America),
conduzido pela IDC sob encomenda da
Cisco, mostrou que na área de redes e
conectividade a questão é ainda mais
preocupante, com a possibilidade de
haver quase 300 mil vagas em aberto,
em 2015, se nada for feito para mudar
o atual cenário.
A partir de entrevistas feitas na
Argentina, Brasil, Chile, Colômbia,
Costa Rica, México, Peru e Vene-
zuela, o relatório constatou que em
2011 sobraram cerca de 140 mil vagas
para áreas de redes e conectividade.
E a projeção é que esta lacuna aumente
para 296 mil em 2015, representando
uma carência de mão de obra de 35%
no período, frente aos 27% de 2011.
Somente no Brasil, haverá demanda
por mais de 117 mil profissionais es-
pecializados em redes e conectividade.
Os conhecimentos básicos em redes
como segurança, telefonia IP e redes
sem fio representaram 55% do total da
lacuna de profissionais capacitados em
2011 na América Latina, e representarão
44% em 2015. A escassez de 76,8 mil
profissionais (2011) aumentará para
129 mil em 2015.
O domínio das tecnologias de redes
emergentes, como comunicações uni-
ficadas, vídeo, computação em nuvem,
mobilidade, data center e virtualização,
representaram 45% do total de lacuna
em 2011, com uma carência de 63 mil
profissionais, número que pode aumen-
tar para 167 mil, em 2015.
O Brasil é apontado no estudo como
o segundo país com maior dificuldade
de encontrar candidatos qualificados,
atrás apenas do México. n
35_CARREIRA_v2.indd 35 17/04/2014 16:44:45
36. infraestrutura
36
Cisco oferece soluções para gerenciamento
do tráfego de vídeo na internet, visando
melhora do desempenho e aumento da vida
útil da infraestrutura de telecom
DE OLHO NA TELINHA
A
importância do gerencia-
mento da experiência dos
clientes ainda é uma disci-
plina pouco aplicada pelas
empresas brasileiras. Embora reconhe-
çam e acreditem que estão orientadas
ao cliente, a maioria das corporações
não promove o gerenciamento desta
à TIM TPC
A TIM adotou a plataforma Cisco Videoscape Distribution Suite
Transparent Caching (VDS-TC) para otimizar a entrega de vídeos
em suas redes. A operadora mantém servidores instalados estrate-
gicamente em sua rede para caching, no Brasil, de conteúdos popu-
lares originários do exterior ou por terceiros.
Com isso, a operadora espera obter redução de 20% a 30% nos
custos operacionais relacionados, além de melhorar a experiência
de seus usuários.
A TIM trabalha com a estimativa de que até 2016 os vídeos repre-
sentarão cerca de 60% de todo o tráfego da internet e que, com a
VDS-TC, possa obter um impacto no crescimento de tráfego entre
30% e 40% menor.
André Neiva, gerente da
área de Service Providers da
Cisco do Brasil
“Quando uma
operadora instala tanto a
plataforma CDN quanto
a Transparent Caching,
otimiza os investimentos
em infraestrutura de
rede e melhora muito a
experiência do usuário”
disciplina como uma efetiva ferra-
menta de gestão. Esta é a conclusão
do estudo realizado, pela Brain Trust
CS, em parceria com a IE Business
School de Madri.
A pesquisa ouviu gestores e executivos
das 100 principais empresas que ope-
ram no País e identificou que somente
14% delas implantaram efetivamente o
o conceito Customer Experience Ma-
nagement ou gestão da experiência do
cliente (CEM).
Como pontapé para o desenvolvi-
mento estratégico dessa disciplina no
setor de telecomunicações, a Cisco ofe-
rece duas ferramentas particularmente
posicionadas para contribuir com a
melhoria da experiência no consu-
mo de vídeo. São elas: a plataforma
CDN (Content Delivery Network) e a
Transparent Caching, ambas dedicadas
ao gerenciamento do tráfego de vídeo
nas redes das operadoras, porém cada
uma com um alvo específico.
“É preciso diferenciar o vídeo ge-
renciado do serviço não gerenciado,
porque na oferta não gerenciada a
operadora não tem controle sobre o
que está passando na sua rede”, res-
salta André Neiva, gerente da Área de
Service Providers da Cisco do Brasil.
A companhia aposta alto no geren-
ciamento do tráfego de vídeo, porque
esta já é a aplicação que mais consome
banda nas redes de telecomunicações,
segundo estudos. “Quando uma ope-
radora instala tanto a plataforma CDN
quanto a Transparent Caching, otimiza
os investimentos em infraestrutura de
rede e melhora muito a experiência
do usuário”, acrescenta o executivo.
As duas soluções, segundo ele, oti-
mizam a infraestrutura de roteamento
no backbone da operadora e também
proporcionam redução de gastos com
o tráfego internacional – origem da
maioria dos vídeos que estão na web,
atualmente.
O Transparent Caching, afirma Nei-
va, permite economias de algo entre
20% e 35%, dependendo do tipo de
tráfego. “Quando a operadora tem
o Caching, além de economizar os
links para conexões internacionais,
melhora a experiência do usuário,
porque pega o vídeo que está em um
site internacional e traz para próximo
do cliente”, explica. n
36_INFRAESTRUTURA_[Video]_v3.indd 36 17/04/2014 16:45:32
37. 37
CONEXÃO AO ALCANCE
DA COMUNIDADE
UNIFIEO
Centro Universitário instala
rede WiFi e leva conectividade
para dentro das salas de aula;
benefício atende a mais de
13 mil pessoas, incluindo
alunos e funcionários
A
ntecipartendênciaséogrande
diferencial de quem sai na
frente. Enquanto se discute
o conceito de trazer os pró-
prios dispositivos para o ambiente de
trabalho (BYOD – Bring Your Own
Device em inglês), o UNIFIEO – Centro
Universitário FIEO – se preocupou em
construir uma rede wireless constante
e segura que atendesse à comunidade
acadêmica. Esse foi o principal moti-
vador para a instalação da rede wire-
less (WiFi baseada na proposta Cisco
Mobility Solution e BYOD).
O UNIFIEO conta com três campi
universitários, todos localizados na
cidade de Osasco, na Grande São Paulo.
São eles: campus Vila Yara, Narciso
e Jd. Wilson. Juntos, eles atendem a
cerca de 11 mil alunos. Entre fun-
cionários e professores contabilizam,
aproximadamente, mil pessoas.
Ao somar esses números com o total
de visitantes que participam dos eventos
realizados na universidade e também
com as comissões do Ministério da
Educação (MEC), a solução instalada
beneficia mais de 13 mil pessoas.
De acordo com o gestor de Tecnologia
da Informação do UNIFIEO, Eduardo
Martins Garcia, o cenário anterior à insta-
lação do projeto era muito problemático,
sendo que poucos alunos conseguiam
se conectar aos pontos de acesso sem
fio. “A rede não funcionava e hoje tem
disponibilidade 24X7”, comemora.
Etapas
A instalação da rede foi dividida em
três fases. A primeira, já concluída,
conta com 66 Access Points Cisco,
tecnologia Clean Air e Cisco Prime In-
frastructure, e foi instalada no campus
Vila Yara. A segunda fase, no campus
Narciso, contemplou mais 22 Access
Points. A terceira fase, prevista para
ocorrer entre junho e julho, prevê a
instalação de softwares integrados às
duas primeiras soluções, como o Cisco
à Certificação Cisco
Fabio de Souza, da InfraPrime, parceira da Cisco e responsável pelo
projeto no UNIFIEO, indica que, durante a instalação da rede WiFi, a
reitoria manifestou o desejo de contar, em um futuro próximo, com a
oferta Cisco Networking Academy (CNAP).
Trata-se de um programa destinado a formar profissionais na
área de redes de computadores que, além da qualificação, tem
por objetivo prover ao aluno um certificado de qualidade, com
reconhecimento internacional.
MSE (Mobility Services Engine) e
a nova tecnologia CMX (Connected
Mobile Experiences).
“Já chegamos a ter 1400 acessos
simultâneos”, revela Garcia. Ele co-
menta que “as soluções já entraram
em operação estabilizadas” e lembra
que, uma semana após a instalação, a
Universidade promoveu o evento “PHP
Conference Brasil 2013”, que recebeu
mais de 1600 pessoas de diversas partes
do Brasil e da América Latina.
“Tivemos um evento aberto, com
gente de diversas partes, e a rede fun-
cionou como se estivesse instalada há
mais de cinco meses. Não precisou
estabilizar, já foi instalado estabili-
zado”, conclui o gestor. n
voz do cliente
37_VOZ DO CLIENTE_[Unifieo].indd 37 17/04/2014 16:46:32
40. voz do cliente
40
Provedora especializada em serviços gerenciados de Infraestrutura
de TI para ERP, CRM, BI e cloud computing, migra infraestrutura
para ganhar robustez e aumentar a disponibilidade dos sistemas
dora Vortex TI, parceira da Cisco, a
CorpFlex implementou em sua operação
o Data Center Verizon/Terremark, uma
nova infraestrutura de conectividade
(hoje com 50 switches), o que também
levou à substituição dos servidores
convencionais por Servidores Blade
Cisco UCS (UCS - Unified Computing
System), além de expandir a plataforma
de armazenamento e gerenciamento.
O investimento visa intensificar a
presença da CorpFlex no mercado
corporativo e atender às expectativas
dos clientes de grande porte. Afinal, a
C
om o equivalente a 150 mi-
lhões de reais em carteira
e a meta de chegar a 500
milhões de reais ao final
de 2017, a partir de contratos de lon-
go prazo, a CorpFlex – provedora de
serviços gerenciados de data center
baseado em nuvem privada (private
cloud) – vem promovendo sistemáticos
investimentos em infraestrutura de TI,
o que culminou com a substituição dos
dispositivos de rede e dos servidores
de data center pela tecnologia Cisco.
Contando com o apoio da integra-
companhia se especializou na oferta de
serviços gerenciados de Infraestrutura
de TI para software de gestão empre-
sarial (ERP), gestão do relacionamento
com clientes (CRM) e de inteligência
de mercado (BI) e presta serviços a
clientes de médio e grande porte, como
o Grupo Abril, CGG Trading, Fadel
Transportes, São Camilo entre outras.
“Um ERP não pode parar, porque
qualquer problema compromete a
operação de uma empresa inteira”,
diz Edivaldo Rocha, vice-presidente
da CorpFlex. Por isso, a garantia de alta
disponibilidade (99,5%,), desenhada
pela empresa, é sustentada pela redun-
dância criada por meio dos últimos
investimentos feitos em infraestrutura.
Servidores UCS
Alexandre Tagliari De Rosis, dire-
tor Comercial da Vortex TI, recorda:
“com a reestruturação do Data Center,
tivemos a oportunidade de apresentar
os benefícios operacionais dos servi-
dores Cisco UCS funcionando com os
switches Nexus”.
“Hoje, tanto a conectividade quan-
to os Servidores Blade são Cisco”,
confirma Jefferson Vieira, diretor de
Operações da CorpFlex. Ele revela que
o investimento de 20 milhões de reais
em infraestrutura tecnológica, feito
“Um ERP não pode
parar, porque qualquer
problema compromete
a operação de uma
empresa inteira”
Edivaldo Rocha,
vice-presidente da CorpFlex
SERVIDORES CISCO UCS
SIMPLIFICAM OPERAÇÃO DE
DATA CENTER DA CORPFLEX
40-41_VOZ DO CLIENTE_[Corpflex].indd 40 17/04/2014 16:49:23
41. 41
nos últimos 30 meses, foi dedicado à
melhoria da operação no data center.
“Trocamos toda a base de switches por
Cisco e depois vieram os Blades UCS”,
completa Marco Ferreira, diretor de
Telecomunicações.
A substituição foi definida quando
a CorpFlex registrou aumento acen-
tuado das transações no data center,
o que potencializou a necessidade de
investimentos em tecnologias mais
robustas, proporcionando ainda mais
disponibilidade ao ambiente. Neste
momento, a experiência da Vortex TI,
juntamente com os conhecimentos e as
certificações profissionais do diretor de
Telecomunicações da CorpFlex, Marco
Ferreira, levaram, inicialmente, à esco-
lha da linha Cisco Catalyst, mas, após a
avaliação do desempenho conjunto da
linha Nexus com os servidores UCS,
mudaram os rumos do investimento.
“Mostramos que os sistemas integra-
dos permitem colocar mais máquinas
virtuais por ambiente, o que reduz os
custos da operação”, declara De Rosis.
Segundo ele, outro ganho obtido pela
CorpFlex no projeto foi a redução da
complexidade do ambiente, juntamen-
te com a agilidade e a facilidade de
“Hoje tanto a rede
quanto os servidores
blade são Cisco”
“Praticamente
quintuplicamos o
desempenho dos
switches, com a
substituição”
Jefferson Vieira, diretor
de Operações de Data
Center da CorpFlex
Marco Ferreira,
diretor de Telecomunicações
da CorpFlex
implementação de novos servidores.
“Praticamente quintuplicamos o
desempenho com esta substituição”,
comenta Ferreira, ao completar que
a mudança também simplificou o ge-
renciamento.
Novos investimentos
Jefferson Vieira, diretor de Operações
da empresa, revela que está prevista a
aquisição de novas soluções de stora-
ge para o primeiro trimestre de 2014,
mais um componente da plataforma que
combina sistemas de armazenamento
(storage), servidores UCS, virtualização
e a malha de conectividade Cisco Nexus
em uma arquitetura única e flexível. “A
integração das plataformas foi projetada
para reduzir os riscos e aumentar a
eficiência de TI”, informa Vieira.
Ao longo do ano, o investimento deve
variar entre 8 milhões e 12 milhões de
reais na aquisição de novos ativos de
blade, storage, rede SAN e software
de gestão e automação de TI.
De acordo com Vieira, o novo am-
biente também tem o objetivo de ge-
rar ganho de escala. “Uma plataforma
automatizada e flexível nos permite
fazer provisionamento automático”,
afirma. “A infraestrutura Cisco nos
trouxe robustez, confiabilidade e se-
gurança”, completa.
Expansão
Para atingir a meta de 500 milhões
de reais em contrato em três anos, a
empresa tem plano de crescimento anual
de algo entre 30% e 35%, e particu-
larmente em 2014, espera expandir a
carteira em 47%.
“Criamos uma política de meri-
tocracia para acelerar o cumpri-
mento das nossas metas. Pessoas
boas trabalhando como um time
e com objetivos comuns é o ativo
mais importante e diferenciador de
uma companhia. Encontrar, treinar
e manter gente boa é um esforço
constante e permanente de todos”,
conclui Edivaldo Rocha. n
40-41_VOZ DO CLIENTE_[Corpflex].indd 41 17/04/2014 16:49:26
42. voz do cliente
42
Infraestrutura corporativa suporta sistemas
de várias empresas do Grupo
flexibilidade compatíveis à necessidade
de cada uma das dezenas de negócios
do conglomerado de empresas.
Três data centers, instalados em
países diferentes, suportam os serviços
de IaaS (infraestrutura como serviço)
desse gigante brasileiro, que faturou
40 bilhões de dólares em 2012. São
empresas de diversos tamanhos atu-
S
obreviver, crescer e perpetuar.
Uma espécie de mantra dentro
do Grupo Odebrecht, o tripé
é levado à risca pelo departa-
mento de infraestrutura de tecnologia
da informação e comunicação (TIC).
Tanto que é constante a busca por re-
dução de custos, sem obviamente perda
da qualidade e com disponibilidade e
ando em diferentes áreas, entre elas
Engenharia e Construção.
A filosofia de independência dada aos
negócios se perpetua nas decisões das
empresas em relação aos investimentos
em TIC. Porém, uma área, de alcance
global, se dedica à oferta de serviços
gerenciados de TIC, como infraestrutura
de servidores de email, banco de dados,
ODEBRECHT CRIA CLOUD
PRIVADA COM CISCO UCS
42-43_VOZ DO CLIENTE_[Odebrechet].indd 42 17/04/2014 16:51:09
43. 43
ERP e outros sistemas e aplicativos que
as unidades de negócio considerarem
competitivamente interessantes para
contratar como IaaS.
“Os sistemas de backoffice, como
email e ERP, podem rodar tanto na
TI corporativa quanto ser operacio-
nalizados pela unidade de negócio”,
explica Dario Meneghel, responsável
pela Área de Infraestrutura de TIC do
Grupo Odebrecht, ao lembrar que, desde
2008, todos os sistemas de gestão em-
presarial (ERP) estão sendo migrados
para o ambiente Oracle.
Foi nesse processo migratório que a
área de infraestrutura de TIC identi-
ficou um gargalo: nem mesmo a vir-
tualização física dos servidores e o
particionamento do sistema suportaria
o ERP da Construtora. E, além disso,
era preciso estar disponível para aten-
der à demanda opcional das demais
empresas do conglomerado.
“Vimos que esse modelo seria
inviável, porque precisaríamos ocu-
par um país inteiro com o data center
principal”, brinca Dario Meneghel, ao
justificar a substituição, em 2011, dos
servidores convencionais pela platafor-
ma Cisco Unified Computing System
(UCS), nos três data centers globais
da companhia (dois produtivos e um
backup).
“Precisávamos acompanhar o dina-
mismo dos negócios do Grupo, que, por
sua vez, agrega valor ao cliente, gerando
lucro para o acionista”, acrescenta.
Vocação
O foco do UCS é o gerenciamento
unificado e incorporado de todos os
componentes de software e hardwa-
re de uma infraestrutura baseada em
cloud computing. O sistema controla
vários chassis e gerencia recursos para
milhares de máquinas virtuais. Um
perfil que permitiu acomodar, além
do ERP da Construtora, sistemas es-
pecíficos de engenharia; ponto eletrô-
“Se olhar a tranquilidade
que o ambiente nos
trouxe, repito, eu não
troco de equipamento”
Dario Meneghel, responsável
pela área de infraestrutura de TIC
do Grupo Odebrecht
nico; e também o Cisco Call Manager,
responsável pelo gerenciamento de
16 mil dispositivos de voz sobre IP
(VoIP), sendo 12 mil ramais.
A opção pelos servidores UCS levou,
naturalmente, à aquisição das platafor-
mas de storage da EMC e de virtuali-
zação da VMware, para implantação
e gerenciamento de infraestrutura de
cloud computing.
“No final de 2011, decidimos criar
nossa cloud privada”, lembra Mene-
ghel. “A virtualização feita em 2010
acomodava apenas o ambiente de de-
senvolvimento. Não tinha recursos de
gerenciamento. Era apenas para eco-
nomizar um pouco de espaço”, explica
o executivo.
Segundo ele, a Cisco se mostrou o
parceiro mais adequado ao forneci-
mento da infraestrutura, porque “é
uma empresa de tecnologia de ponta,
reconhecida internacionalmente e com
representação forte onde a Odebrecht
tem presença”.
Economia
Dimensionado para, no mínimo, dois
anos, o ambiente foi construído para
atender a todas as empresas do Grupo
em menor ou maior grau de necessidade.
“Há empresas que transferiram 100% da
operação para este ambiente”, destaca
Meneghel. Segundo ele, o processo de
configuração e entrega da infraestrutura
de TIC, que demandava 90 dias, passou
a ser executado em duas semanas.
Os 23 racks instalados nos data centers
da Odebrecht e dimensionados para o
ERP da Construtora foram reduzidos
para 20 racks, que agora atendem a
cinco ambientes similares, ou quatro
novos ambientes de diferentes empresas
– ERP e todos seus sistemas satélites.
“No modelo anterior precisaríamos de,
no mínimo, o dobro disso para atender
a atual demanda. Estamos ocupando
espaço menor, além de termos mais se-
gurança após a consolidação do ambiente
em uma única sala”, aponta Meneghel.
Ele antecipa que a meta é chegar a 17
racks na próxima consolidação.
Como benefícios do projeto, ele
cita o pouco tempo de implementação
(apenas dois meses); a segurança; e a
alta disponibilidade do sistema. “Te-
mos segurança de que o equipamento
não vai falhar”, comenta. “Se olhar
a tranquilidade que o ambiente nos
trouxe, repito, eu não troco de equi-
pamento. Estamos muito à vontade,
inclusive, para replicar o modelo em
qualquer lugar do mundo”, conclui
o executivo. n
42-43_VOZ DO CLIENTE_[Odebrechet].indd 43 17/04/2014 16:51:10
44. voz do cliente
44
ALPARGATAS AVANÇA NO
USO DA TELEFONIA IP
Unidade de produção de sandálias Havaianas, em Montes Claros
(MG), gerencia rede integrada de voz e vídeo remotamente e
agiliza a tomada de decisões com videoconferência multiponto
U
m par de sandálias Havaianas
já faz o verão. Milhões de
pares de sandálias Havaianas
produzidos ao ano fazem
o verão de milhões de pessoas, em
todo o mundo. Consciente deste fato,
a Alpargatas – uma empresa do grupo
Camargo Correa que, em 2012, faturou
3 bilhões de reais – acaba de inaugurar
uma nova fábrica em Montes Claros,
Minas Gerais. A unidade é a primeira
fábrica da Alpargatas em que a infra-
estrutura de TI e Comunicação é toda
baseada em rede IP, o que elimina a
necessidade de manter uma rede para
dados e outra para voz.
A infraestrutura deve contribuir com
o objetivo de preparar a empresa para
melhor atender às demandas do negócio,
acrescentando à capacidade produtiva
mais de 100 milhões de sandálias ao
ano, uma ampliação de 40% da capa-
cidade produtiva atual.
“Nós já usávamos esse ambiente na
sede da empresa, em São Paulo; nossa
meta, agora, é começar a levar esta
tecnologia para todas as fábricas – a
unidade em Montes Claros representa
um novo modelo que, aos poucos, será
aplicado também em outras localidades”,
destaca José Carlos Martins, gerente
de TI da Alpargatas.
O projeto da rede IP da fábrica em
Montes Claros foi desenvolvido pela
integradora de soluções Go2neXt a partir
de requisitos colocados pela própria
Alpargatas. “Escolhemos a Go2neXt
pela qualidade na prestação do serviço
e por sua comprovada experiência em
outros casos de sucesso”, detalha Nelson
Do Val Júnior, gerente de infraestrutura
da Alpargatas.
Interoperabilidade
A rede deveria ser híbrida, pro-
44-45_VOZ DO CLIENTE_[Alpargatas].indd 44 17/04/2014 16:53:09
45. 45
vendo alta qualidade de serviços
a partir da soma de equipamentos
Cisco e de outro fabricante. “A in-
teroperabilidade entre as soluções
IP de dois fornecedores diferentes
era essencial para o sucesso da em-
preitada”, detalha Do Val. Caberia
ao integrador ajudar a equipe de TI
da Alpargatas, na sede e na fábrica,
a atingir os objetivos de gestão do
ambiente e oferta de qualidade de
serviços aos usuários.
Para aumentar ainda mais a con-
sistência do ambiente, a fábrica de
Montes Claros tem sua rede IP geren-
ciada pelo NOC (Network Operation
Center, centro de operações de rede)
da Go2neXt. Uma VPN (virtual pri-
vate network, rede virtual privada) foi
configurada na nuvem para conectar
o ambiente da fábrica com o NOC,
localizado em São Paulo.
Trata-se de um ambiente seguro que
explora a flexibilidade e o alcance da
nuvem para garantir o gerenciamento
realizado remotamente sobre tudo o
que se passa na infraestrutura IP da
fábrica Alpargatas de Montes Claros.
Na unidade, que deve gerar cerca de
2500 empregos diretos e 3000 indiretos,
a rede IP espalha-se por todo o ambiente,
do chão de fábrica à diretoria. Cada
ponto pode receber simultaneamente
e com a mesma qualidade de serviço
computadores e telefones IP.
A porta de entrada da rede é a solução
Cisco Unified Communications Mana-
ger Express rodando em um roteador
Cisco 3925, plataforma responsável pela
compressão de voz, algo essencial em
uma rede IP. O Communication Mana-
ger Express gerencia 150 telefones IP
Cisco – a grande maioria, equipamentos
Cisco IP Phone CP 3905.
Videoconferência
A rede inclui, também, dispositivos
com mais recursos, caso do IP Phone
CP-7962, instalado na recepção da
fábrica. Outro modelo diferenciado
é o Video IP Phone CP-8941. “Esse
equipamento permite que o gerente
geral da fábrica de Montes Claros
possa realizar, de sua mesa, sessões
de videoconferência ponto a ponto”,
detalha José Carlos Martins.
A nova fábrica conta, também, com
a sala de videoconferência multiponto,
de onde um grupo de pessoas pode
interagir com outros grupos em loca-
lidades remotas. Neste ambiente entra
em ação o terminal de videoconfe-
rência Cisco CTS-SX20. “Enquanto
a videoconferência suportada pelo
telefone IP na mesa do gerente geral
da fábrica é one-on-one, a infraestru-
tura da sala permite interações em
grupo; o uso de um ou outro recurso
depende dos tópicos a serem tratados
e do número de pessoas que precisam
se envolver na reunião”.
Comemorando a adesão dos usuários
à rede de telefonia IP na fábrica de
Monte Carlos, Martins ensina: “uma
grande empresa vive diariamente o
desafio de levar para as pontas da
corporação os mesmos padrões de
excelência encontrados na sede”.
Para ele, estender a rede de Telefonia
IP por todo o universo Alpargatas é
apenas parte da solução. “É fundamen-
tal, também, apostar em programas de
integração entre pessoas – incluindo
profissionais trabalhando a milhares
de quilômetros uns dos outros – para
consolidar os valores que fazem da
Alpargatas uma empresa centenária”. n
44-45_VOZ DO CLIENTE_[Alpargatas].indd 45 17/04/2014 16:53:14
46. voz do parceiro
46
DUPLA DE ATAQUE
Composição de serviços NEC com tecnologia
Cisco conecta arenas brasileiras
E
m entrevista à Cisco Live
Magazine, Pedro Panos
Mouradian, diretor da
Unidade de Negócios de
soluções em serviços na NEC, fala
sobre a relação entre as duas empresas,
os grandes projetos de conectividade
e o potencial de expansão da aliança.
Live Magazine: Como é a
parceria entre a NEC e a Cisco?
Pedro Panos Mouradian: A Cisco
e a NEC têm uma parceria bastante
longa, principalmente aqui no Brasil.
Vemos a importância da Cisco, líder
no setor, com um amplo portfólio de
produtos e soluções, e a NEC, como
uma empresa centenária, com 45 anos
de Brasil, e com experiência adqui-
rida por meio da participação em
projetos pioneiros de infraestrutura
de TI e Telecom.
Com o crescimento dos serviços
suportados pelas redes IP essa par-
ceria tem se mostrado cada vez mais
virtuosa.
LM: Pode detalhar um pouco
esse relacionamento?
PPM: A NEC ganhou um importante
prêmio global da Cisco, de melhor em-
presa de inovação e modelo de negócio
inovador, ratificando nossa trajetória
de inovação e pioneirismo. Ficamos
ainda mais orgulhosos pelo fato dessa
inovação ter sido desenvolvida pelo
grupo brasileiro.
LM: O que levou a esse prêmio
foi o projeto das arenas?
PPM: Sim. O desenvolvimento da
parceria com o cliente, a seleção de
um modelo de negócios adequado e
a busca de solução sob medida para o
sucesso do empreendimento. Entender
as necessidades do cliente, encontrar
a melhor solução, arquitetura, produto
e serviços são fatores críticos para o
sucesso de um empreendimento. Neste
sentido, o apoio da Cisco foi de funda-
mental importância na concretização
das soluções ofertadas.
LM: O que pode ser interpretado
como inovação nessa área?
PPM: Mobilidade, volume e varie-
dade de dados passam a demandar
cada vez mais serviços com maior
inteligência. Neste sentido, a NEC tem
se engajado no desenvolvimento de
soluções conjuntas com a Cisco, ofe-
recendo aos clientes ampla gama de
serviços inteligentes que favorecem a
realização do potencial de inovações
que o segmento requer.
LM: Quais são os diferenciais
da Cisco, da NEC e de ambas
em conjunto?
PPM: Na Cisco, a liderança e so-
lidez aliada ao seu amplo portfólio
de soluções inovadoras. Na NEC, o
compromisso com soluções e serviços
que viabilizem o melhor entendimento
entre a sociedade e as pessoas. Não se
trata apenas de uma parceria que visa
simplesmente entregar uma solução
para o cliente. Temos um compromisso:
identificar e conhecer as necessida-
des do cliente, desenvolver a melhor
solução, colocá-la em operação com
qualidade e disponibilidade por meio
de serviços inteligentes que suportem
a mesma em todo o seu ciclo de vida.
LM: Em que outros campos vocês
têm colaboração com a Cisco?
PPM: Temos contado com a Cisco em
tudo que envolve uma grande massa
de dados e soluções de rede, e isso,
além de criar um diferencial, nos dei-
xa à vontade para fazer o desenho
adequado do projeto.
Temos casos de trabalho conjunto
em operadoras, no segmento corpo-
rativo e no setor público, no qual a
NEC tem dedicado grandes esforços
ultimamente. E também nas arenas,
em cinco projetos importantes, par-
ticipando da troca de conhecimento
e toda a infraestrutura de TI, telecom
e redes de alta velocidade.
LM: Você falou sobre o trabalho
com o setor público, pode nos
contar um pouco?
PPM: Temos trabalhos com aeroportos,
prefeituras, governos e várias outras
iniciativas. Em todas elas estamos
trabalhando com a Cisco para ofere-
cer soluções e serviços inteligentes
que possibilitem ao cliente extrair da
tecnologia o máximo de benefícios. n
46_VOZ DO PARCEIRO_[Nec].indd 46 17/04/2014 16:54:18
47. 47
SDN: uma nova era
para as redes
Grandes data centers, além de provedores de
serviços e corporações com variação sazonal
da demanda, terão os maiores benefícios ao
adotar o novo paradigma
E
m um futuro cada vez mais
próximo, tendências muito
comentadas atualmente –
como internet das coisas
(IoT), computação em nuvem e big
data – serão parte do dia a dia e dos
negócios em todo o mundo. Nes-
se contexto, um elemento invisível
torna-se extremamente relevante: as
redes. Alicerce para que este cenário
se concretize, a infraestrutura terá que
atender a demandas crescentes por
desempenho, disponibilidade, velo-
cidade e flexibilidade.
Nesse cenário, um novo conceito
desponta como resposta às novas ne-
cessidades das corporações. As redes
definidas por software – as chamadas
SDN, na sigla em inglês (software-
-defined networks), com sua flexibi-
lidade e programabilidade, chegam
para atender às demandas do mundo
hiperconectado e que se desenha para
as próximas décadas.
Tecnicamente, a principal mudança
é uma alteração na camada da rede
em que se dá o controle do tráfego.
Enquanto na arquitetura tradicional os
controles estão no nível dos elementos
de rede, o conceito SDN separa os
planos de controle e de dados. Estes
passam a ser responsáveis principal-
mente pelo encaminhamento físico
dos pacotes, enquanto uma parte sig-
nificativa do controle do roteamento
é definida de forma centralizada e
abstrata, por meio de software, em
uma camada superior.
O resultado antevisto são redes mais
ágeis, eficientes e flexíveis, cujas po-
líticas de tráfego podem ser redefini-
das rapidamente conforme surgem as
demandas de negócios, a partir de um
controle central, sem a necessidade de
configuração de cada switch e roteador
individualmente. Torna-se possível,
também, a interação dos aplicativos
com os elementos de rede, permitindo
que o comportamento da infraestrutura
seja definido com base na aplicação,
trazendo para o mundo de networking
conceitos que a virtualização já levou
aos data centers e às camadas de com-
putação e armazenamento.
As aplicações para as redes definidas
por software são as mais diversas possí-
veis. Inicialmente, grandes data centers,
que lidam com vultosos volumes de
dados, terão os maiores benefícios ao
adotar o novo paradigma. Além deles,
provedores de serviços e corporações
com variação sazonal da demanda (como
grandes varejistas, por exemplo) tendem
a se beneficiar do SDN devido à simpli-
cidade e à rapidez com que se consegue
alterar as rotas de encaminhamento de
pacotes e a arquitetura da rede em um
ambiente virtualizado.
Corporações com escritórios e filiais
distribuídos geograficamente, por sua
vez, têm no controle centralizado do
ambiente a principal vantagem da nova
arquitetura.
Nas redes de missão crítica (espe-
cialmente as redes de automação) e na
evolução desse ambiente - as chamadas
“redes de sensores” e/ou “redes de co-
municação entre máquinas (M2M)”,
que darão origem à internet de todas as
coisas (IoE, na sigla em inglês), a latên-
cia das redes deve ser a menor possível,
a disponibilidade deve ser próxima de
100% e os sistemas de segurança não
podem interferir na operação normal.
Nesse cenário, a migração para as redes
definidas por software parece ser um
caminho natural.
Apesar de ser uma quebra de paradig-
ma, o SDN é uma tendência não apenas
com enorme apelo técnico e tecnológico,
mas com fortes e significativos impactos
nos negócios. É preciso estar preparado
para essa nova realidade, porque sua
concretização é apenas uma questão
de tempo e, obviamente, sua adoção
deveria levar em conta uma estratégia
gradual e faseada, sempre buscando
a proteção dos investimentos já reali-
zados pelas grandes corporações em
suas infraestruturas legadas.
*CEO da Logicalis Latin America
Rodrigo Parreira*
47_VOZ DO PARCEIRO_[Promonlogicalis]_v2.indd 47 17/04/2014 16:55:48
48. CONEXÃO SOCIAL
48
à Projeto TETO conta com o apoio da CISCO
à A GRANDIOSIDADE DO NATAL
Construção contou com o apoio de empresas parceiras e pessoas físicas
Doações fizeram a festa de Natal das crianças na Camacc
E
m setembro do ano passado, foi reali-
zada a Construção de Setembro, quarta
construção massiva de 2013 do TETO.
Voluntários trabalharam em conjunto com as
famílias de cinco assentamentos precários no
estado de São Paulo, para a construção de 75
novos lares, dando mais dignidade às famílias
que vivem em condições de extrema pobreza.
A construção contou com o apoio primordial
de empresas parceiras e pessoas
físicas. Umas das companhias
colaboradoras com o projeto é
a Cisco do Brasil.
Cerca de 500 voluntários se
reuniram no Colégio Santa
Cruz, zona Oeste, e partiram
para as comunidades nos mu-
nicípios de São Paulo, Cara-
picuíba e Suzano.
U
ma iniciativa está fazendo a ca-
beça dos funcionários da Cis-
co do Brasil. O Civic Council
reúne voluntários, doadores de recur-
sos financeiros, tempo e talento, para
ajudar entidades carentes e fomentar
internamente o voluntariado.
As doações não se restringem ao apoio
financeiro. Fomenta, principalmente, a
dedicação de tempo traduzido em conta-
ção de histórias, aulas de línguas, música
ou qualquer outro talento e aptidão.
Um grupo interno gerencia as inicia-
tivas do Civic Council e recebe doações
mensais e esporádicas, que são reverti-
das em melhorias para as instituições.
Uma delas é a Camacc – Casa Modelo
de Apoio a Criança com Câncer que,
no Natal de 2013, recebeu uma festa
com direito a Papai Noel, piscina de
bolinha e a presença dos funcionários
que puderam reverter tempo em atenção
às crianças. A Camacc acolhe crianças
com câncer que vem de outras cidades
e estados para tratamento.
“Também já promovemos e parti-
cipamos da organização uma Festa
Junina na ONG Alquimia, voltada
ao atendimento, em tempo integral,
de crianças carentes”, conta Marina
Pinheiro Morando, representative client
service da Cisco do Brasil.
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