Serviço de atendimento pré hospitalar caminhos e perspectivas
Estresse da equipe de enfermagem em serviço de urgência
1. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
ESTRESSE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UM CENTRO DE
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Thaiana Crisley Harbs¹ | Silvia Terezinha Rodrigues¹ | Valdete Alves da S. de Quadros²
RESUMO
Objetivo: Identificar a exposição ao estresse nos trabalhadores de enfermagem em um serviço de urgência e
emergência.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa realizado em um Centro Municipal
de Urgências e emergências de Curitiba. Foi utilizado um questionário auto-aplicável para 70 profissionais de
enfermagem baseado na escala resumida da “job stress scale” adaptada e validada para o português. O mesmo
foi constituído em duas partes: a primeira teve a finalidade de caracterizar os trabalhadores de enfermagem, no
que diz respeito aos aspectos sócio-demográficos, e, a segunda parte, levantar dados para determinar a exposição
de estresse dos profissionais no trabalho. Os dados foram coletados nos meses de abril e maio de 2008.
Resultados: De acordo com o quadro de Karasek, a prevalência foi de alta exigência, ou seja, alta demanda e
baixo controle para 33,3% das enfermeiras e trabalho ativo, alta demanda e alto controle para 50% dos auxiliares
de enfermagem.
Conclusão: A pesquisa mostrou que o estresse está presente na atuação do enfermeiro nesta unidade de urgência
e emergência, porém, foi contraditório com os auxiliares de enfermagem. Os resultados reforçam que esses
profissionais têm que redimensionar os níveis de demanda psicológica e aumentar o de controle.
Palavras-chave: Estresse, Enfermagem, Urgência e Emergência.
ABSTRACT
Objective: To identify nursing professionals’ stress exposure at an emergency unit.
Methods: This is a descriptive study with a quantitative approach held at a Municipal Emergency and Rescue
Centre in Curitiba, Paraná State/ Brazil. A self-applied questionnaire was used with 70 nursing professionals
based on the summarized "job stress scale" adapted and validated for Portuguese. It entailed two parts: the first
one objectified to characterize the nursing team regarding socio-demographic aspects, and the second part aimed
to raise data in order to determine professionals’ stress exposure at work. Data were collected in April and May,
2008.
Results: According to Karasek’s framework, the prevalence was high demand, or high demand and low control
level for 33.3% of nurses, and active working, high demand and high control level for 50% of nursing aides.
Conclusions: Research has shown that stress is present in nurses’ job in this emergency and rescue unit,
however, it was inconsistent with nursing aides. The findings reinforce that these professionals have to adjust the
demand levels and increase psychological control.
Keywords: Stress, Nursing, Emergency and Rescue.
1. Graduandas do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti
do Paraná
2. Mestre em Distúrbios da Comunicação. Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências
Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná. UTP - Rua Sidney Antonio Rangel Santos, 238. E-
mail: valdete@sulbbs.com.br.
41
2. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
INTRODUÇÃO
Na última década houve mudanças significativas no atendimento à saúde e dentre elas
destacam-se os serviços de urgência e emergência, sendo essa uma principal porta de entrada
do usuário na rede pública de saúde. Além da revitalização da estrutura física dessas unidades,
o fluxo de atendimento também foi adequado para agilizar o atendimento aos usuários. O
Centro Municipal de Urgências Médicas – CMUM - funciona 24 horas ininterruptamente
sendo considerado apto a prestar atendimento resolutivo aos pacientes acometidos por
quadros agudos ou crônicos agudizados, dando assim retaguarda às unidades de saúde básica
e da família, reduzindo também a sobrecarga dos hospitais de maior complexidade (CENTRO
MUNICIPAL DE URGÊNCIAS MÉDICAS..., 2006).
Para a maioria da população, ainda há o pensamento de que essa unidade é um meio
mais rápido e alternativo, pois não há restrição de marcação de consultas, onde exames
laboratoriais e de imagem, assim como o diagnóstico, são obtidos em um mesmo dia sem
grande tempo de espera. Tal atitude ocasiona aumento da demanda de atendimentos, gerando
filas intermináveis, morosidade no resultado de diagnósticos, ausência de especialistas,
acarretando aumento da carga de trabalho aos profissionais de saúde, falta de leitos e falta de
equipamentos e materiais, dificultando o atendimento de casos realmente emergenciais.
Conseqüentemente, essa situação agrava a existência de estressores ao profissional de saúde,
pois prestam assistência aos pacientes em condições críticas além de atender aqueles que
poderiam ser assistidos nos níveis ambulatoriais (MENZANI, 2006).
Diante dessa problemática, observa-se também um número reduzido de profissionais
que nem sempre estão preparados para atender essa grande demanda o que pode gerar
sentimentos de tensão, angústia, frustração e desgaste. Como conseqüência, as condições do
ambiente de trabalho influenciam significativamente na saúde do trabalhador, podendo
comprometer sua saúde mental e o seu desempenho profissional, em decorrência de um
cotidiano estressante e exigente (BATISTA; BIANCHI, 2006).
Stacciarini e Trócolli (2001) referem que o estresse geralmente é visto como algo
negativo que ocasiona prejuízo global ao indivíduo. Porém, Coronetti et al. (2006) afirmam
que um determinado nível de estresse se faz necessário ao organismo, pois colabora para o
bom desempenho das funções orgânicas e psíquicas como crescimento e criatividade.
O tema estresse apresenta várias definições, sendo um dos fatores responsáveis por
alterações do estado de saúde e de bem-estar do indivíduo podendo levar à doença ou à morte.
42
3. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
O referencial adotado neste estudo define o estresse como desgaste geral do organismo,
causado pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando o indivíduo é forçado a
enfrentar situações que o irritem, excite, amedrontem, ou mesmo que o façam imensamente
feliz (LIPP; MALAGRIS, 2001 apud. MALAGRIS; FIORITO, 2006).
Devido o estresse estar presente em nosso cotidiano, segundo os dados da Organização
Mundial de Saúde, 90% da população mundial é afetada. Diante deste fato, especialistas e
instituições unem esforços para propor meios que visem controlar os aspectos negativos no
trabalho (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE apud. PAFARO; MARTINO, 2004).
O médico endocrinologista canadense, Hans Selye, utilizou a palavra estresse pela
primeira vez na área da saúde em 1936. Tal preocupação despertou o estudo de estresse entre
os profissionais de enfermagem nos anos 60, surgindo vários referenciais teóricos nos
diversos campos de atuação destes trabalhadores (BIANCHI, 2000).
A vulnerabilidade do indivíduo ao estresse depende da sua capacidade para trabalhar
com os eventos estressores. O trabalho deve ser prazeroso, na sua atuação e na qualidade de
vida dos indivíduos, possibilitando desenvolvimento, mudanças, identificação e autonomia
pessoal, porém pode causar problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e irritação
(BATISTA; BIANCHI, 2006).
“A enfermagem foi classificada pela Health Education Authority, como a quarta
profissão mais estressante, no setor público. São poucas as pesquisas que procuram
investigar os problemas associados ao exercício da profissão do enfermeiro no
Brasil. A história da enfermagem revela que desde sua implementação no Brasil ela
é uma categoria marginalizada e assim, o enfermeiro vem tentando afirmar-se
profissionalmente sem contar com apoio e compreensão de outros profissionais”
(STACCIARINI; TRÓCCOLI, p. 2. 2001).
Vários autores consideraram a Enfermagem como uma profissão estressante, devido à
vivência direta e ininterrupta do processo de dor, morte, sofrimento, desespero,
incompreensão, irritabilidade e tantos outros sentimentos e reações desencadeadas pelo
processo doença (BATISTA; BIANCHI, 2006).
Nas unidades de emergência é exigido do enfermeiro, aumento da carga de trabalho e
maior especificidade nas suas ações na prestação de suas tarefas. Os maiores estressores
citados nesta área são: número reduzido de funcionários; falta de respaldo institucional e
profissional; carga de trabalho; necessidade de realização de tarefas em tempo reduzido;
indefinição do papel do profissional; descontentamento com o trabalho; falta de experiência
por parte dos supervisores; falta de comunicação e compreensão por parte da supervisão de
43
4. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
serviço; relacionamento com os familiares; ambiente físico das unidades; tecnologia de
equipamentos; assistência ao paciente e situação de alerta constante, devido à dinâmica do
setor (BATISTA; BIANCHI, 2006).
Ainda existe a dupla jornada de trabalho, os profissionais da enfermagem se obrigam a
trabalhar em mais de uma instituição para aumento da renda familiar, além disso, o trabalho
em turnos é uma característica da enfermagem, uma vez que a assistência é prestada 24 horas.
Essa condição obriga que o profissional trabalhe a noite, nos fins de semana e feriados,
limitando assim, sua vida social (PAFARO; MARTINO, 2004).
Os profissionais que trabalham na área de saúde apresentam acentuado risco
ocupacional, considerando o estresse, por conviver constantemente com situações de
sofrimento, depressão, dor, tragédia etc. A enfermagem vive uma realidade de trabalho
cansativo e desgastante gerada pela diversidade, intensidade e simultaneidade de exposição a
cargas físicas, químicas, mecânicas, fisiológicas e psíquicas. Este ambiente de trabalho
turbulento e conflitante colabora para o aparecimento do estresse que geralmente o
profissional demora em perceber seu adoecimento. Por vezes, envolvido pela rotina do setor,
a qualidade do atendimento torna-se insatisfatório pelo paciente (SANTOS, 1995). Dessa
forma esse estudo irá avaliar a possível exposição de estresse nos trabalhadores de
enfermagem.
OBJETIVOS
Identificar a exposição e a presença de estresse no trabalho da equipe de enfermagem
que atua em um Centro Municipal de Urgências Médicas.
Caracterizar o perfil da equipe de enfermagem.
METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa descritiva de caráter quantitativo, pois de acordo com Cervo
e Bervian (1996), esta pesquisa registra, analisa e correlacionam fatos ou fenômenos.
Oliveira (2000) refere que o método quantitativo significa quantificar opiniões, dados,
nas formas de coleta de informações, assim como também o emprego de recursos e técnicas
estatísticas desde a mais simples até o uso mais complexo. O estudo foi realizado no Centro
44
5. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
Municipal de Urgências Médicas Boa Vista, localizado na cidade de Curitiba. Esse serviço
presta atendimento à pacientes em situações de urgência/emergência.
A população estudada foi constituída por 70 profissionais de enfermagem, enfermeiros
e auxiliares de enfermagem de todos os turnos, com exceção de 1 profissional que se recusou
a participar. Foram excluídos da pesquisa os profissionais que estavam de férias e em licença
médica.
A coleta de dados ocorreu no período de março a abril de 2008, após assinatura do
termo de consentimento Livre e Esclarecido pós-informado. Foi aplicado um questionário aos
participantes da pesquisa, respeitando a dinâmica de trabalho da unidade para que não
houvesse interferência na atuação destes profissionais.
O pesquisador Robert Karasek, segundo Alves et al. (2004), foi um dos pioneiros a
procurar nas relações sociais do ambiente de trabalho fontes geradoras de estresse e suas
influências sobre a saúde. No questionário original elaborado por Karasek constavam 49
perguntas, mas foi reformulado numa versão reduzida na Suécia por Töres Theorell, em 1988,
contendo 17 questões e avalia demanda psicológica, controle e apoio social no trabalho.
Karasek organizou o chamado Modelo Demanda-Controle (DC). Este modelo diferencia 4
tipos básicos de experiências no trabalho, desenvolvidos pela interação dos níveis de demanda
psicológica e de controle: alta exigência do trabalho (caracterizado como alta demanda e
baixo controle), trabalho ativo (alta demanda e alto controle), trabalho passivo (baixa
demanda e baixo controle) e baixa exigência (baixa demanda e alto controle) (KARASEK;
THEORELL, 1990 apud. ARAUJO et al., 2003).
De acordo com esse modelo (figura 1), os escores são alocados em quatro quadrantes
explicitando as relações entre demanda e controle.
45
6. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
FIGURA 1- ESQUEMA DO MODELO DE DEMANDA–CONTROLE DE KARASEK
Demanda Psicológica
BAIXA ALTA
Aprendizado e
Motivação para
desenvolver novos
padrões de
comportamento
ALTO
Baixo Ativo
desgaste
Controle
Risco de desgaste
BAIXO
psicológico e
Alto sofrimento físico.
Passivo desgaste
Adaptado de Karasek et al. (1981) e Theorell (1996)
“Demandas psicológicas referem-se ao ritmo do trabalho, o quanto ele é excessivo e
difícil de ser realizado bem como à quantidade de conflito existente nas relações de
trabalho. Controle pode ser definido como a amplitude ou margem de decisão que o
trabalhador possui em relação a dois aspectos: a autonomia para tomar decisões
sobre seu próprio trabalho, incluindo o ritmo em que esse é executado, e a
possibilidade de ser criativo, usar suas habilidades e desenvolvê-las, bem como
adquirir novos conhecimentos. O sentido das setas diagonais na figura 1 indica a
repercussão que a combinação entre exposição a diferentes níveis de demanda e
controle acarreta nos indivíduos” (KARASEK; THEORELL, 1990, p. 61;
THEORELL, 1996 apud. ALVES, 2004, p.37).
O questionário auto-aplicável foi inserido na escala resumida da “job stress scale” após sua
adaptação para o português previamente testado e validado por Alves et al. (2004). O mesmo foi
constituído em duas partes sendo a 1ª com a finalidade de caracterizar os trabalhadores de
enfermagem, no que diz respeito aos aspectos sócio-demográfico. E a segunda parte tendo como
objetivo levantar dados para determinar a exposição de estresse dos profissionais no trabalho. Após a
compilação dos dados calculados individualmente esses foram analisados e apresentados em tabelas e
gráficos.
O parâmetro adotado para avaliar a escala resumida da “job stress scale”, teve uma variação
na pontuação de 1 a 4 (freqüentemente a nunca/quase nunca e concordo totalmente a discordo
totalmente), sendo a seguinte: Para as escalas de demanda psicológica e controle, as questões 5, 6, 7,
9, 11, 12 e 13, freqüentemente têm valor 4. E as questões 8, 10, 14 e 15 freqüentemente têm valor 1. Já
46
7. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
no apoio social as questões 16 a 21 têm valor 1 para concordo totalmente. Não foi utilizado peso para
determinar o escore total. Na demanda psicológica, o escore total pode variar entre 5 e 20; no controle
e apoio social o escore total pode variar entre 6 e 24.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tabela 1. Características sócio-demográficas dos profissionais do CMUM, Curitiba, 2008.
Características sócio-demográficas Nº %
Idade (anos)
20├┤ 30 10 14,5
31├┤40 14 20,3
41├┤50 38 55,1
51├┤60 7 10,1
Total 69 100,0
Sexo
Feminino 60 87,0
Masculino 9 13,0
Total 69 100,0
Ocupação
Auxiliar de Enfermagem 54 78,3
Enfermeiro 15 21,8
Total 69 100,0
Tempo de trabalho na enfermagem
0 a 1 ano 2 2,9
2 a 3 anos 5 7,2
3 a 4 anos 2 2,9
Mais de 5 anos 60 87,0
Total 69 100,0
Tempo de trabalho em urgência/emergência
0 a 1 ano 11 15,9
2 a 3 anos 9 13,0
3 a 4 anos 5 7,3
4 a 5 anos 3 4,4
Mais de 5 anos 41 59,4
Total 69 100,0
Mais de um vínculo empregatício
Sim 29 42,0
Não 40 58,0
Total 69 100,0
A tabela 1 apresenta o perfil da equipe de enfermagem que participaram do estudo,
onde a relação da idade variou de 24 a 58 anos. É uma população jovem-adulta, que seria o
perfil esperado para essa unidade de atendimento e para a saúde coletiva. Quanto ao gênero
dos profissionais entrevistados, evidenciou-se que a maioria (87%) trata-se de trabalhadoras
do sexo feminino. Esses dados confirmam que as mulheres são a maioria na profissão, pois
culturalmente a mulher tem ocupado funções relacionadas com o cuidado. Segundo Haddad
(2000), o trabalho de enfermagem era executado por religiosas, viúvas, virgens, e nobres até o
final da idade média com o objetivo de caridade. Com as revoluções sociais ocorridas nesse
47
8. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
período, foram incorporadas as prostitutas, nesse grupo que buscavam redimir-se prestando
assistência aos enfermos.
Observou-se em relação à categoria profissional, que o contingente maior é de auxiliar
de enfermagem (78,3%) absorvido na área de saúde, e que cumpre a necessidade da
organização, que necessita de profissional com conhecimento e treinamento do trabalho,
executando o plano assistencial voltado para a cura e à reabilitação do indivíduo
(BELANCIERI; BIANCO, 2004).
A maioria dos trabalhadores (87%) tem um período relativamente longo de
permanência na profissão: 80% referiram mais de 10 anos na ocupação atual.
Com relação ao vínculo empregatício, dos (58%) desses profissionais apenas um,
observa fator positivo na qualidade do trabalho e vida dos mesmos. Porém, para Miranda et
al. (2005) a política atual mantém o achatamento e a inexistência de reajuste salarial, levando
a maioria dos profissionais à dupla ou tripla jornada de trabalho, somada à sobrecarga de
trabalho, cansaço e estresse, pode prejudicar a prestação de serviço ao paciente.
Tabela 2. Distribuição com relação à demanda da Job Stress Scale, Curitiba, 2008.
Job Stress Scale Nº %
Com que freqüência o trabalho é realizado com
muita rapidez
Freqüentemente 61 88,4
Às vezes 7 10,1
Raramente 1 1,4
Total 69 100,0
Com que freqüência é trabalhado intensamente
(produzir muito em pouco tempo)
Freqüentemente 59 85,5
Às vezes 9 13,0
Raramente 1 1,4
Total 69 100,0
O trabalho exige demais
Freqüentemente 50 72,5
Às vezes 18 26,1
Raramente 1 1,4
Total 69 100,0
Tempo suficiente para cumprir todas as tarefas
Freqüentemente 22 31,9
Às vezes 35 50,8
Raramente 6 8,7
Quase nunca ou Nunca 6 8,6
Total 69 100,0
Apresenta exigências discordantes ou
contraditórias
Freqüentemente 25 36,3
Às vezes 34 49,3
Raramente 6 8,7
Quase nunca ou Nunca 4 5,7
Total 69 100,0
48
9. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
Segundo Coronetti et al. (2006), a sobrecarga de tarefas e a falta de recursos humanos
requerem dos trabalhadores que suas atividades sejam desenvolvidas num ritmo acelerado e
intenso, inviabilizando a realização de muitas atividades, tornando impossível à realização de
um trabalho de qualidade, podendo gerar o estresse físico ou mental.
De acordo com Bulhões (1994) apud. Miranda et al. (2005), o ritmo de trabalho
intenso da enfermagem exige grande esforço físico, e para o profissional não estar sujeito a
qualquer tipo de adoecimento é preciso um planejamento que assegure à equipe o repouso
necessário, ambiente de trabalho seguro, insalubre, adequado para as realizações da prática de
enfermagem e com um programa alimentar adequado para a reposição da energia gasta
durante a jornada de trabalho.
Tabela 3. Distribuição quanto ao controle da Job Stress Scale, Curitiba, 2008.
Job Stress Scale Nº %
Possibilidade de aprender coisas novas no trabalho
Freqüentemente
Às vezes 22 31,9
Raramente 37 53,6
Quase nunca ou Nunca 8 11,6
Total 2 2,9
Exige habilidade ou conhecimentos especializados 69 100,0
Freqüentemente 63 91,3
Às vezes 4 5,8
Raramente 2 2,9
Total 69 100,0
Exige que tome iniciativa
Freqüentemente 62 89,9
Às vezes 7 10,1
Total 69 100,0
Repetição de tarefas
Freqüentemente 55 79,7
Às vezes 14 20,3
Total 69 100,0
Escolha de COMO fazer o trabalho
Freqüentemente 6 8,7
Às vezes 35 50,7
Raramente 14 20,3
Quase nunca ou Nunca 14 20,3
Total 69 100,0
Escolha DO QUE fazer no trabalho
Freqüentemente 3 4,3
Às vezes 25 36,2
Raramente 12 17,4
Quase nunca ou Nunca 29 42,1
Total 69 100,0
Observou-se na tabela 3 que 2,9% dos profissionais nunca ou quase nunca aprendem
coisas novas no trabalho. Menzani (2006) refere que a realidade de funcionamento de uma
unidade de urgência/emergência faz com que esse local seja provedor de muitos ensinamentos
49
10. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
pela diversidade de casos e procedimentos. Com relação em ter conhecimentos especializados
ou habilidade, 91,3% dos profissionais responderam freqüentemente. Segundo Lopes (1997),
se o profissional de saúde (enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem) assumir o saber
que já tem, não lhe será difícil alcançar o “poder” que lhe permita intervir, como é seu direito,
na área da saúde e de conquistar o reconhecimento social que merece.
A maioria dos pesquisados (89,9%), freqüentemente, tem que tomar iniciativa no seu
trabalho. Conforme Menzani (2006), a responsabilidade do profissional em desempenhar seu
cargo é o sucesso para o procedimento terapêutico prestado.
Por ser um local onde a quantidade de pacientes e atividades normalmente é elevada,
percebe-se que a repetição de tarefas 79,7% é freqüente. Para Lautert (1997), essa constatação
leva a crer que o profissional pode desenvolver um desgaste emocional originado pela
sobrecarga de trabalho, estresse laboral, por natureza monótona de algumas tarefas como
rotinas meticulosas e procedimentos repetitivos.
Tabela 4. Distribuição com relação ao apoio da Job Stress Scale, Curitiba, 2008.
Job Stress Scale Nº %
Ambiente calmo e tranqüilo
Concordo totalmente 1 1,4
Concordo mais que discordo 10 14,5
Discordo mais que concordo 26 37,7
Discordo totalmente 32 46,4
Total 69 100,0
Relacionamento interpessoal
Concordo totalmente 19 27,6
Concordo mais que discordo 40 58,0
Discordo mais que concordo 9 13,0
Discordo totalmente 1 1,4
Total 69 100,0
Apoio entre colegas
Concordo totalmente 19 27,5
Concordo mais que discordo 45 65,4
Discordo mais que concordo 5 7,1
Total 69 100,0
Compreensão dos colegas quando estou num mau dia
Concordo totalmente 11 16,0
Concordo mais que discordo 33 47,8
Discordo mais que concordo 19 27,5
Discordo totalmente 6 8,7
Total 69 100,0
Relacionamento com o (a) chefe
Concordo totalmente 23 33,3
Concordo mais que discordo 37 53,6
Discordo mais que concordo 5 7,3
Discordo totalmente 4 5,8
Total 69 100,0
Gosto de trabalhar com meus colegas
Concordo totalmente 40 58,0
Concordo mais que discordo 28 40,6
Discordo mais que concordo 1 1,4
Total 69 100,0
50
11. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
O CMUM por ser um ambiente conturbado devido à alta rotatividade, grande demanda
de usuários, procedimentos técnicos e restrição da estrutura física, propicia que os
profissionais sejam abordados por familiares e acompanhantes alterados por seu problema
(paciente) e carentes de informações. Logo, a maioria dos profissionais estudados discorda
totalmente 46,4% que é um ambiente calmo e tranqüilo.
Vários artigos apontaram que o relacionamento interpessoal é um fator estressante,
mas neste estudo um aspecto relevante foi que, os pesquisados apresentam bom
relacionamento interpessoal (58%). Para Coronetti et al. (2006), o coleguismo é um pré-
requisito fundamental para a colaboração e apoio mútuo, estimulando o enfrentamento de
riscos. Compreensão, cooperação, cumplicidade, tolerância e espírito de auto-ajuda favorecem
uma relação gratificante e contribuem para um bom ambiente de trabalho. Para que a
Enfermagem alcance o objetivo que se propõe, é necessário que exista um trabalho em
equipe. Segundo Shimizu e Ciampone (2004), o trabalho em equipe envolve esforços de todos
os profissionais em busca do alcance de um único objetivo: prestar assistência de qualidade,
sobretudo, como salvar a vida dos indivíduos internados, além de respeitar a hierarquia, a
divisão de funções entre os elementos da equipe e ter disposição para contribuir e
compartilhar os conhecimentos adquiridos com os colegas, tendo uma parceria verdadeira.
Isto foi demonstrado por 65,4%, que concordam mais com esse apoio entre os colegas.
Chama a atenção (5,8%) dos entrevistados que discordam totalmente que têm um bom
relacionamento com a chefia. Para Shimizu e Ciampone (2004), mesmo num setor onde existe
maior número de enfermeiras assistenciais, essas profissionais não estão suficientemente
próximas aos pacientes. Isso as deixam inseguras nas resoluções dos problemas, visto que as
funções gerenciais distanciam a enfermeira da equipe por proporcioná-las sensação de poder e
ascensão social.
Pereira e Fávero (2001) afirmam que o líder despreparado que executa uma chefia
inadequada proporciona à equipe danos impedindo a criação de um ambiente motivacional.
Conforme Haddad (2000), para um bom relacionamento entre chefia e subordinado, o
importante é uma boa comunicação e parceria no trabalho, pois quando o trabalhador é ouvido
e respeitado pelos seus superiores, o profissional realiza suas tarefas com mais envolvimento
e responsabilidade, aumentando a produtividade e qualidade do serviço.
Para a maioria (58%) dos entrevistados a concordância é total, pois gostam de
trabalhar com seus colegas. Esses profissionais permanecem, grande parte do tempo, juntos,
51
12. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
prestando cuidados aos pacientes, logo, há um vínculo, integração e interação nesse grupo,
podendo ter características de relacionamento familiar (SHIMIZU; CIAMPONE, 2004).
DEMANDA
GRÁFICO 1 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORES DE
DEMANDA NA POPULAÇÃO DE ESTUDO,
CURITIBA, 2008
70
60
50
40
30 23
18
20
8 8 8
10 3 5
1 1 2
0
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Os valores de tendência central do escore de demanda foram 16,53 (média), 17
(mediana) e 17 (moda) . Valores mais altos quando comparados com o estudo realizado por
Alves (2004) Pressão no trabalho: estresse no trabalho e hipertensão arterial em mulheres no
estudo pró-saúde, em que os escores de demanda foram 13,81 (média), 14 (mediana) e 14
(moda).
CONTROLE
GRÁFICO 2 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORES
DE CONTROLE NA POPULAÇÃO DE
70 ESTUDO, CURITIBA, 2008
60
50
40
30
20 13 13 13
11 10
10 2 3 1
1
0
15 16 17 18 19 20 21 22 23
Os valores de tendência central dos escores de controle foram 18,66 (média), 19
(mediana) e 17, 19 e 20 (moda) .
52
13. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
APOIO PSICOLÓGICO
GRÁFICO 3 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORES DE
APOIO PSICOLÓGICO NA POPULAÇÃO DE ESTUDO,
CURITIBA, 2008
70
60
50
40
30
20 13
9 9
9
10 6 5 4 4 3
3 2
1 1
0
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Os valores de tendência central dos escores de apoio psicológico foram 12,56 (média),
13 (mediana) e 13 (moda) .
Tabela 5. Análise dos escores dos enfermeiros do CMUM, Curitiba, 2008.
Quadro de Karasek Nº %
Alta demanda e baixo controle 5 33,3
Baixa demanda e baixo controle 4 26,7
Alta demanda e alto controle 4 26,7
Baixa demanda e alto controle 2 13,3
Total 15 100,0
Tabela 6. Análise dos escores dos auxiliares de enfermagem do CMUM, Curitiba, 2008.
Quadro de Karasek Nº %
Alta demanda e baixo controle 7 13,0
Baixa demanda e baixo controle 12 22,2
Alta demanda e alto controle 27 50,0
Baixa demanda e alto controle 8 14,8
Total 54 100,0
Segundo Karasek e Theorell (1990) apud Alves (2004), pessoas com risco de trabalhos
com alta demanda e baixo controle, considerados de alto desgaste, apresentam as reações mais
hostis de desgaste psicológico (como fadiga, ansiedade, depressão e enfermidade física) e
quando estão expostos de maneira contínua a uma situação de estresse, o organismo apresenta
uma resposta física e psicológica imediata para evitar danos. Então, se o indivíduo apresentar
pouco controle sobre as circunstâncias ambientais que o rege e o tempo dessa exposição for
53
14. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
curto seu organismo terá uma recuperação rápida. Se ocorrer o contrário o desgaste
psicológico se acumulará.
Na tabela 5, verifica-se que um terço (33,3%) dos enfermeiros apresentaram alta
demanda e baixo controle . Segundo Menzani (2006), não faz parte da realidade de toda
instituição hospitalar ou da saúde pública possuir um enfermeiro apenas para tarefas
burocráticas e administrativas em todos os períodos. Este profissional, exerce o papel de
alicerce e deve buscar o equilíbrio da equipe, pois tem autonomia e poder de decisão.
Assumem várias responsabilidades, sendo uma delas, o trabalho assistencial acumulando
assim pontos de tensão, tendo maior exposição ao estresse profissional que os auxiliares de
enfermagem (ARAÚJO et al., 2003).
Os trabalhos passivos são aqueles com baixa demanda e baixo controle, produzindo
um desinteresse gradual de aprendizagem de habilidades devido à ausência de desafios
significantes ou rejeição às suas iniciativas no trabalho podendo repercutir na sua vida social
(ALVES, 2004; LAUTERT et al., 1999).
Na tabela 6 , quando se analisa os escores dos auxiliares de enfermagem observa-se
que 50,0% dos pesquisados encontravam-se na categoria de alta demanda e alto controle que
conforme Alves (2004) seriam considerados trabalhos ativos pois possuem altas
demandas psicológicas, mas permitem ao trabalhador ter uma ampla possibilidade de decisão
sobre como e quando desenvolver suas tarefas, criando estratégias de como usar toda a sua
potencialidade intelectual.
Lautert (1997) afirma que, com o passar do tempo, o indivíduo vai obtendo segurança
em sua profissão tornando-se menos vulnerável ao desgaste .
Finalizando, trabalhos de baixo desgaste são os que possuem poucas demandas
psicológicas, porém muito controle por quem o executa, ou seja, é um estado altamente
almejado, ideal (ALVES, 2004).
CONCLUSÃO
A pesquisa realizada mostrou que o estresse está presente na atuação do enfermeiro
(alta exigência do trabalho) como foi relatado: sobrecarga de trabalho, alta cobrança, pouco
tempo para atendimento de qualidade, condições técnicas e materiais inadequados, isso
acarreta problemas de saúde físicos e mentais repercutindo no atendimento ao paciente,
54
15. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
família e equipe. Porém foi contraditório com os auxiliares de enfermagem (trabalho ativo –
fase intermediária), por ainda não apresentar um quadro ideal de nível de estresse, pois quanto
maior o tempo de exposição aos agressores citados e encontrados como “freqüentemente” nos
questionários, maior o nível, como existe um número considerável de funcionários com idade
menor que 40 anos (20,3%), supõe-se que o tempo de trabalho desses profissionais é longo e
se esses problemas continuarem o nível de estresse pode aumentar.
O trabalhador da área de enfermagem está imerso em um ambiente onde esta presente
as relações de poder determinadas pela hierarquia vigente na força de trabalho, subordinados
a regras, normas e ordens médicas e sendo confrontados, controlados e vigiados pela
instituição, não havendo lugar para as atividade cognitivas e intelectuais. Isso demonstra que
há necessidade de espaços onde o funcionário possa criar maior interação com a equipe e
exteriorizar os sentimentos (medo, angústia, insatisfação, tristeza, euforia, alegria e etc.)
gerados ao se relacionarem com os colegas, instituição, chefia, pacientes e familiares. Por
isso é importante que se conheça a realidade vivida por estes profissionais.
A utilização da escala adaptada de medida de estresse contemplou somente os aspectos
inerentes ao trabalho, não explicitando outras dimensões do trabalhador, mas se esse estudo
fosse repetido com uma escala mais completa, talvez confirmasse o alto nível de estresse. Esta
constatação não invalida a pesquisa e sim sugere novos estudos contribuindo para obter
substrato para promover estratégias de evitar ou enfrentar o estresse. É fato que a enfermagem
é uma profissão estressante por exercer inúmeras e estafantes atividades diariamente, às
vezes, com recursos humanos e materiais escassos repercutindo na saúde do profissional e até
na qualidade à assistência ao paciente inviabilizando sua recuperação. Para a realização do
trabalho do profissional de enfermagem não é importante somente seu conhecimento teórico e
sua habilidade técnica, mas também o seu bem-estar biopsicofisiológico. O grande segredo
para o equilíbrio do organismo é o respeito aos seus ritmos, ou seja, cuidar de quem cuida,
potencializando sua qualidade de vida e no trabalho.
55
16. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56
REFERÊNCIAS
ALVES, M. G. M.; CHOR, D.; FAERSTEIN, E.; LOPES, C. S.; WERNECK, G. L. Versão resumida da “job
stress scale”: adaptação para o português. Short version of the “job stress scale”: a Portuguese-language
adaptation.. Rev. Saúde Pública , 38(2):164-71, 2004.
ALVES, M. G. M. Pressão no trabalho: estresse no trabalho e hipertensão arterial em mulheres no estudo pró-
saúde. Rio de Janeiro, 2004. 259 p. Tese de Doutorado em Ciências da Saúde. Esc. Nacional de Saúde Pública.
ARAÚJO, T. M; AQUINO, E.; MENEZES, G.; SANTOS, C. O.; AGUIAR, L. Aspectos psicossociais do
trabalho e distúrbios psíquicos entre trabalhadoras de enfermagem. Rev. Saúde Pública, 37(4):424-33, 2003.
BATISTA, K. M.; BIANCHI, R.F. Estresse do enfermeiro em uma unidade de emergência. Rev. Latino-
Americana. Enfermagem, vol.14, n°4. p 534-9. julho-agosto 2006
BELANCIERI, M.F.; BIANCO, M. H. B. C. Estresse e repercussões psicossomáticas em trabalhadores da área
de enfermagem de um hospital universitário. Texto e Contexto de Enfermagem, v.13(1): 124-31, jan.-mar., 2004.
BIANCHI, E.R.F. Enfermeiro hospitalar e o stress. Rev.Esc. Enf. USP, v. 34,n.4, p.399-4, dez., 2000.
CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Cientifica. 4ª ed., São Paulo: Afiliada,1996.
CORONETTI, A.; NASCIMENTO, E.R.P.; BARRA, D.C.C.; MARTINS, J.J. O estresse da equipe de
enfermagem na unidade de terapia intensiva: O enfermeiro como mediador. Arquivos Catarinenses de Medicina
vol.35, n. 4, 2006.
HADDAD, M. C. L. Qualidade de vida dos profissionais de enfermagem. Rev. Espaço para a Saúde, Londrina,
vol.1, n.2, p 75-88, jun -2000.
LAUTERT, L. O desgaste profissional: estudo empírico com enfermeiras que trabalham em hospitais. Rev.
Gaúcha Enfermagem., v.18, n. 2, p.133-44, 1997.
LAUTERT, L.; CHAVES, E. H. B.; MOURA, G. M. S. S. O estresse na atividade gerencial do enfermeiro. Rev.
Panam Salud Publica, v.6, n. 6, dez., 1999.
LOPES, P. Formação em enfermagem e cidadania. Enfermagem em foco, SEP, (26):p.37-42, 1997.
MALAGRIS L. E. N; FIORITO, A. C. C. Avaliação do nível de stress de técnicos da área de saúde. Estudos de
psicologia , 23(4): 391-398, out-dez, 2006.
MENZANI, G. Stress entre enfermeiros brasileiros que atuam em pronto socorro.São Paulo-SP, 2006. 112 p.
Dissertação de Mestrado em Enfermagem. Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo.
MIRANDA G.; MAIA L. M. A.; LIMA M. P. Adoecimento dos Enfermeiros da Rede Hospitalar de Rio Branco
- Acre – Brasil. Acre- 2005. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade
Federal do Acre.
Moradores da CIC conhecerão centros de urgências médicas. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba.
Disponível em: http://:www.curitiba.pr.gov.br/Multimidias/NoticiaDOC/00008635.doc e
http://www.curitiba.pr.gov.br/saude/sms/index.htm“Acesso em”: 18 out. 2007
OLIVEIRA, S. L. Tratado de Metodologia Cientifica. 2ª ed., São Paulo: Pioneira, 2000.
PAFARO, R. C.; MARTINO, M. M. F. Estudo do estresse do enfermeiro com dupla jornada de trabalho em um
hospital de oncologia de Campinas. Rev. Esc. Enferm. USP ; 38(2):152-60, 2004.
PEREIRA, M.C.A.; FÁVERO, N. A motivação no trabalho da equipe de enfermagem. Rev. Latino-Americana
Enfermagem, 9(4):7-12, 2001
SANTOS, O. A. Ninguém morre de trabalhar: o mito do estresse. 3 ed. São Paulo: Texto novo, 1995.
SHIMIZU, H.E.; CIAMPONE, M. H .T. As representações dos técnicos e auxiliares de enfermagem acerca do
trabalho em equipe na unidade de terapia intensiva. Rev. Latino-am Enfermagem, 12(4):623-30, jul-ago, 2004.
STACCIARINI, J.M.R.; TRÓCCOLI, B. T. O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. Rev.Latino-
Americana Enfermagem, vol.9, nº 2, p 17-25.” mar-abr., 2001
56