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Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


        ESTRESSE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UM CENTRO DE
                      URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

        Thaiana Crisley Harbs¹ | Silvia Terezinha Rodrigues¹ | Valdete Alves da S. de Quadros²


RESUMO

Objetivo: Identificar a exposição ao estresse nos trabalhadores de enfermagem em um serviço de urgência e
emergência.
Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa realizado em um Centro Municipal
de Urgências e emergências de Curitiba. Foi utilizado um questionário auto-aplicável para 70 profissionais de
enfermagem baseado na escala resumida da “job stress scale” adaptada e validada para o português. O mesmo
foi constituído em duas partes: a primeira teve a finalidade de caracterizar os trabalhadores de enfermagem, no
que diz respeito aos aspectos sócio-demográficos, e, a segunda parte, levantar dados para determinar a exposição
de estresse dos profissionais no trabalho. Os dados foram coletados nos meses de abril e maio de 2008.
Resultados: De acordo com o quadro de Karasek, a prevalência foi de alta exigência, ou seja, alta demanda e
baixo controle para 33,3% das enfermeiras e trabalho ativo, alta demanda e alto controle para 50% dos auxiliares
de enfermagem.
Conclusão: A pesquisa mostrou que o estresse está presente na atuação do enfermeiro nesta unidade de urgência
e emergência, porém, foi contraditório com os auxiliares de enfermagem. Os resultados reforçam que esses
profissionais têm que redimensionar os níveis de demanda psicológica e aumentar o de controle.

Palavras-chave: Estresse, Enfermagem, Urgência e Emergência.

ABSTRACT
Objective: To identify nursing professionals’ stress exposure at an emergency unit.
Methods: This is a descriptive study with a quantitative approach held at a Municipal Emergency and Rescue
Centre in Curitiba, Paraná State/ Brazil. A self-applied questionnaire was used with 70 nursing professionals
based on the summarized "job stress scale" adapted and validated for Portuguese. It entailed two parts: the first
one objectified to characterize the nursing team regarding socio-demographic aspects, and the second part aimed
to raise data in order to determine professionals’ stress exposure at work. Data were collected in April and May,
2008.
Results: According to Karasek’s framework, the prevalence was high demand, or high demand and low control
level for 33.3% of nurses, and active working, high demand and high control level for 50% of nursing aides.
Conclusions: Research has shown that stress is present in nurses’ job in this emergency and rescue unit,
however, it was inconsistent with nursing aides. The findings reinforce that these professionals have to adjust the
demand levels and increase psychological control.
Keywords: Stress, Nursing, Emergency and Rescue.




1. Graduandas do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti
do Paraná
2. Mestre em Distúrbios da Comunicação. Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências
Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná. UTP - Rua Sidney Antonio Rangel Santos, 238. E-
mail: valdete@sulbbs.com.br.



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Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


INTRODUÇÃO

       Na última década houve mudanças significativas no atendimento à saúde e dentre elas
destacam-se os serviços de urgência e emergência, sendo essa uma principal porta de entrada
do usuário na rede pública de saúde. Além da revitalização da estrutura física dessas unidades,
o fluxo de atendimento também foi adequado para agilizar o atendimento aos usuários. O
Centro Municipal de Urgências Médicas – CMUM - funciona 24 horas ininterruptamente
sendo considerado apto a prestar atendimento resolutivo aos pacientes acometidos por
quadros agudos ou crônicos agudizados, dando assim retaguarda às unidades de saúde básica
e da família, reduzindo também a sobrecarga dos hospitais de maior complexidade (CENTRO
MUNICIPAL DE URGÊNCIAS MÉDICAS..., 2006).
       Para a maioria da população, ainda há o pensamento de que essa unidade é um meio
mais rápido e alternativo, pois não há restrição de marcação de consultas, onde exames
laboratoriais e de imagem, assim como o diagnóstico, são obtidos em um mesmo dia sem
grande tempo de espera. Tal atitude ocasiona aumento da demanda de atendimentos, gerando
filas intermináveis, morosidade no resultado de diagnósticos, ausência de especialistas,
acarretando aumento da carga de trabalho aos profissionais de saúde, falta de leitos e falta de
equipamentos e materiais, dificultando o atendimento de casos realmente emergenciais.
Conseqüentemente, essa situação agrava a existência de estressores ao profissional de saúde,
pois prestam assistência aos pacientes em condições críticas além de atender aqueles que
poderiam ser assistidos nos níveis ambulatoriais (MENZANI, 2006).
       Diante dessa problemática, observa-se também um número reduzido de profissionais
que nem sempre estão preparados para atender essa grande demanda o que pode gerar
sentimentos de tensão, angústia, frustração e desgaste. Como conseqüência, as condições do
ambiente de trabalho influenciam significativamente na saúde do trabalhador, podendo
comprometer sua saúde mental e o seu desempenho profissional, em decorrência de um
cotidiano estressante e exigente (BATISTA; BIANCHI, 2006).
       Stacciarini e Trócolli (2001) referem que o estresse geralmente é visto como algo
negativo que ocasiona prejuízo global ao indivíduo. Porém, Coronetti et al. (2006) afirmam
que um determinado nível de estresse se faz necessário ao organismo, pois colabora para o
bom desempenho das funções orgânicas e psíquicas como crescimento e criatividade.
       O tema estresse apresenta várias definições, sendo um dos fatores responsáveis por
alterações do estado de saúde e de bem-estar do indivíduo podendo levar à doença ou à morte.

                                                   42
Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


O referencial adotado neste estudo define o estresse como desgaste geral do organismo,
causado pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando o indivíduo é forçado a
enfrentar situações que o irritem, excite, amedrontem, ou mesmo que o façam imensamente
feliz (LIPP; MALAGRIS, 2001 apud. MALAGRIS; FIORITO, 2006).
       Devido o estresse estar presente em nosso cotidiano, segundo os dados da Organização
Mundial de Saúde, 90% da população mundial é afetada. Diante deste fato, especialistas e
instituições unem esforços para propor meios que visem controlar os aspectos negativos no
trabalho (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE apud. PAFARO; MARTINO, 2004).
       O médico endocrinologista canadense, Hans Selye, utilizou a palavra estresse pela
primeira vez na área da saúde em 1936. Tal preocupação despertou o estudo de estresse entre
os profissionais de enfermagem nos anos 60, surgindo vários referenciais teóricos nos
diversos campos de atuação destes trabalhadores (BIANCHI, 2000).
       A vulnerabilidade do indivíduo ao estresse depende da sua capacidade para trabalhar
com os eventos estressores. O trabalho deve ser prazeroso, na sua atuação e na qualidade de
vida dos indivíduos, possibilitando desenvolvimento, mudanças, identificação e autonomia
pessoal, porém pode causar problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e irritação
(BATISTA; BIANCHI, 2006).


                      “A enfermagem foi classificada pela Health Education Authority, como a quarta
                      profissão mais estressante, no setor público. São poucas as pesquisas que procuram
                      investigar os problemas associados ao exercício da profissão do enfermeiro no
                      Brasil. A história da enfermagem revela que desde sua implementação no Brasil ela
                      é uma categoria marginalizada e assim, o enfermeiro vem tentando afirmar-se
                      profissionalmente sem contar com apoio e compreensão de outros profissionais”
                      (STACCIARINI; TRÓCCOLI, p. 2. 2001).


       Vários autores consideraram a Enfermagem como uma profissão estressante, devido à
vivência direta e ininterrupta do processo de dor, morte, sofrimento, desespero,
incompreensão, irritabilidade e tantos outros sentimentos e reações desencadeadas pelo
processo doença (BATISTA; BIANCHI, 2006).
       Nas unidades de emergência é exigido do enfermeiro, aumento da carga de trabalho e
maior especificidade nas suas ações na prestação de suas tarefas. Os maiores estressores
citados nesta área são: número reduzido de funcionários; falta de respaldo institucional e
profissional; carga de trabalho; necessidade de realização de tarefas em tempo reduzido;
indefinição do papel do profissional; descontentamento com o trabalho; falta de experiência
por parte dos supervisores; falta de comunicação e compreensão por parte da supervisão de

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Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


serviço; relacionamento com os familiares; ambiente físico das unidades; tecnologia de
equipamentos; assistência ao paciente e situação de alerta constante, devido à dinâmica do
setor (BATISTA; BIANCHI, 2006).
       Ainda existe a dupla jornada de trabalho, os profissionais da enfermagem se obrigam a
trabalhar em mais de uma instituição para aumento da renda familiar, além disso, o trabalho
em turnos é uma característica da enfermagem, uma vez que a assistência é prestada 24 horas.
Essa condição obriga que o profissional trabalhe a noite, nos fins de semana e feriados,
limitando assim, sua vida social (PAFARO; MARTINO, 2004).
       Os profissionais que trabalham na área de saúde apresentam acentuado risco
ocupacional, considerando o estresse, por conviver constantemente com situações de
sofrimento, depressão, dor, tragédia etc. A enfermagem vive uma realidade de trabalho
cansativo e desgastante gerada pela diversidade, intensidade e simultaneidade de exposição a
cargas físicas, químicas, mecânicas, fisiológicas e psíquicas. Este ambiente de trabalho
turbulento e conflitante colabora para o aparecimento do estresse que geralmente o
profissional demora em perceber seu adoecimento. Por vezes, envolvido pela rotina do setor,
a qualidade do atendimento torna-se insatisfatório pelo paciente (SANTOS, 1995). Dessa
forma esse estudo irá avaliar a possível exposição de estresse nos trabalhadores de
enfermagem.


OBJETIVOS

       Identificar a exposição e a presença de estresse no trabalho da equipe de enfermagem
que atua em um Centro Municipal de Urgências Médicas.
       Caracterizar o perfil da equipe de enfermagem.


METODOLOGIA

       Trata-se de uma pesquisa descritiva de caráter quantitativo, pois de acordo com Cervo
e Bervian (1996), esta pesquisa registra, analisa e correlacionam fatos ou fenômenos.
       Oliveira (2000) refere que o método quantitativo significa quantificar opiniões, dados,
nas formas de coleta de informações, assim como também o emprego de recursos e técnicas
estatísticas desde a mais simples até o uso mais complexo. O estudo foi realizado no Centro




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Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


Municipal de Urgências Médicas Boa Vista, localizado na cidade de Curitiba. Esse serviço
presta atendimento à pacientes em situações de urgência/emergência.
       A população estudada foi constituída por 70 profissionais de enfermagem, enfermeiros
e auxiliares de enfermagem de todos os turnos, com exceção de 1 profissional que se recusou
a participar. Foram excluídos da pesquisa os profissionais que estavam de férias e em licença
médica.
       A coleta de dados ocorreu no período de março a abril de 2008, após assinatura do
termo de consentimento Livre e Esclarecido pós-informado. Foi aplicado um questionário aos
participantes da pesquisa, respeitando a dinâmica de trabalho da unidade para que não
houvesse interferência na atuação destes profissionais.
       O pesquisador Robert Karasek, segundo Alves et al. (2004), foi um dos pioneiros a
procurar nas relações sociais do ambiente de trabalho fontes geradoras de estresse e suas
influências sobre a saúde. No questionário original elaborado por Karasek constavam 49
perguntas, mas foi reformulado numa versão reduzida na Suécia por Töres Theorell, em 1988,
contendo 17 questões e avalia demanda psicológica, controle e apoio social no trabalho.
Karasek organizou o chamado Modelo Demanda-Controle (DC). Este modelo diferencia 4
tipos básicos de experiências no trabalho, desenvolvidos pela interação dos níveis de demanda
psicológica e de controle: alta exigência do trabalho (caracterizado como alta demanda e
baixo controle), trabalho ativo (alta demanda e alto controle), trabalho passivo (baixa
demanda e baixo controle) e baixa exigência (baixa demanda e alto controle) (KARASEK;
THEORELL, 1990 apud. ARAUJO et al., 2003).
       De acordo com esse modelo (figura 1), os escores são alocados em quatro quadrantes
explicitando as relações entre demanda e controle.




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FIGURA 1- ESQUEMA DO MODELO DE DEMANDA–CONTROLE DE KARASEK
        Demanda Psicológica

                                           BAIXA                         ALTA
                                                                                                        Aprendizado e
                                                                                                       Motivação para
                                                                                                      desenvolver novos
                                                                                                         padrões de
                                                                                                       comportamento
                         ALTO



                                              Baixo                       Ativo
                                             desgaste
              Controle




                                                                                                       Risco de desgaste
                         BAIXO




                                                                                                         psicológico e
                                                                          Alto                         sofrimento físico.
                                               Passivo                  desgaste




                                    Adaptado de Karasek et al. (1981) e Theorell (1996)


                                 “Demandas psicológicas referem-se ao ritmo do trabalho, o quanto ele é excessivo e
                                 difícil de ser realizado bem como à quantidade de conflito existente nas relações de
                                 trabalho. Controle pode ser definido como a amplitude ou margem de decisão que o
                                 trabalhador possui em relação a dois aspectos: a autonomia para tomar decisões
                                 sobre seu próprio trabalho, incluindo o ritmo em que esse é executado, e a
                                 possibilidade de ser criativo, usar suas habilidades e desenvolvê-las, bem como
                                 adquirir novos conhecimentos. O sentido das setas diagonais na figura 1 indica a
                                 repercussão que a combinação entre exposição a diferentes níveis de demanda e
                                 controle acarreta nos indivíduos” (KARASEK; THEORELL, 1990, p. 61;
                                 THEORELL, 1996 apud. ALVES, 2004, p.37).


        O questionário auto-aplicável foi inserido na escala resumida da “job stress scale” após sua
adaptação para o português previamente testado e validado por Alves et al. (2004). O mesmo foi
constituído em duas partes sendo a 1ª com a finalidade de caracterizar os trabalhadores de
enfermagem, no que diz respeito aos aspectos sócio-demográfico. E a segunda parte tendo como
objetivo levantar dados para determinar a exposição de estresse dos profissionais no trabalho. Após a
compilação dos dados calculados individualmente esses foram analisados e apresentados em tabelas e
gráficos.
        O parâmetro adotado para avaliar a escala resumida da “job stress scale”, teve uma variação
na pontuação de 1 a 4 (freqüentemente a nunca/quase nunca e concordo totalmente a discordo
totalmente), sendo a seguinte: Para as escalas de demanda psicológica e controle, as questões 5, 6, 7,
9, 11, 12 e 13, freqüentemente têm valor 4. E as questões 8, 10, 14 e 15 freqüentemente têm valor 1. Já


                                                             46
Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


no apoio social as questões 16 a 21 têm valor 1 para concordo totalmente. Não foi utilizado peso para
determinar o escore total. Na demanda psicológica, o escore total pode variar entre 5 e 20; no controle
e apoio social o escore total pode variar entre 6 e 24.


RESULTADOS E DISCUSSÃO

Tabela 1. Características sócio-demográficas dos profissionais do CMUM, Curitiba, 2008.
Características sócio-demográficas                Nº                 %
Idade (anos)
20├┤ 30                                                 10                            14,5
31├┤40                                                  14                            20,3
41├┤50                                                  38                            55,1
51├┤60                                                  7                             10,1
  Total                                                 69                            100,0
Sexo
Feminino                                                60                            87,0
Masculino                                               9                             13,0
Total                                                   69                            100,0
Ocupação
Auxiliar de Enfermagem                                  54                            78,3
Enfermeiro                                              15                            21,8
Total                                                   69                            100,0
Tempo de trabalho na enfermagem
0 a 1 ano                                               2                             2,9
2 a 3 anos                                              5                             7,2
3 a 4 anos                                              2                             2,9
Mais de 5 anos                                          60                            87,0
Total                                                   69                            100,0
Tempo de trabalho em urgência/emergência
0 a 1 ano                                               11                            15,9
2 a 3 anos                                              9                             13,0
3 a 4 anos                                              5                             7,3
4 a 5 anos                                              3                             4,4
Mais de 5 anos                                          41                            59,4
   Total                                                69                            100,0
Mais de um vínculo empregatício
Sim                                                     29                            42,0
Não                                                     40                            58,0
Total                                                   69                            100,0


        A tabela 1 apresenta o perfil da equipe de enfermagem que participaram do estudo,
onde a relação da idade variou de 24 a 58 anos. É uma população jovem-adulta, que seria o
perfil esperado para essa unidade de atendimento e para a saúde coletiva. Quanto ao gênero
dos profissionais entrevistados, evidenciou-se que a maioria (87%) trata-se de trabalhadoras
do sexo feminino. Esses dados confirmam que as mulheres são a maioria na profissão, pois
culturalmente a mulher tem ocupado funções relacionadas com o cuidado. Segundo Haddad
(2000), o trabalho de enfermagem era executado por religiosas, viúvas, virgens, e nobres até o
final da idade média com o objetivo de caridade. Com as revoluções sociais ocorridas nesse

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Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


período, foram incorporadas as prostitutas, nesse grupo que buscavam redimir-se prestando
assistência aos enfermos.
       Observou-se em relação à categoria profissional, que o contingente maior é de auxiliar
de enfermagem (78,3%) absorvido na área de saúde, e que cumpre a necessidade da
organização, que necessita de profissional com conhecimento e treinamento do trabalho,
executando o plano assistencial voltado para a cura e à reabilitação do indivíduo
(BELANCIERI; BIANCO, 2004).
       A maioria dos trabalhadores (87%) tem um período relativamente longo de
permanência na profissão: 80% referiram mais de 10 anos na ocupação atual.
       Com relação ao vínculo empregatício, dos (58%) desses profissionais apenas um,
observa fator positivo na qualidade do trabalho e vida dos mesmos. Porém, para Miranda et
al. (2005) a política atual mantém o achatamento e a inexistência de reajuste salarial, levando
a maioria dos profissionais à dupla ou tripla jornada de trabalho, somada à sobrecarga de
trabalho, cansaço e estresse, pode prejudicar a prestação de serviço ao paciente.
Tabela 2. Distribuição com relação à demanda da Job Stress Scale, Curitiba, 2008.
 Job Stress Scale                             Nº                   %
Com que freqüência o trabalho é realizado com
muita rapidez
Freqüentemente                                          61                         88,4
Às vezes                                                7                          10,1
Raramente                                               1                          1,4
Total                                                   69                         100,0
Com que freqüência é trabalhado intensamente
(produzir muito em pouco tempo)
Freqüentemente                                          59                         85,5
Às vezes                                                9                          13,0
Raramente                                               1                          1,4
Total                                                   69                         100,0
O trabalho exige demais
Freqüentemente                                          50                         72,5
Às vezes                                                18                         26,1
Raramente                                               1                          1,4
Total                                                   69                         100,0
Tempo suficiente para cumprir todas as tarefas
Freqüentemente                                          22                         31,9
Às vezes                                                35                         50,8
Raramente                                               6                          8,7
Quase nunca ou Nunca                                    6                          8,6
Total                                                   69                         100,0
Apresenta      exigências    discordantes      ou
contraditórias
Freqüentemente                                          25                         36,3
Às vezes                                                34                         49,3
Raramente                                               6                          8,7
Quase nunca ou Nunca                                    4                          5,7
Total                                                   69                         100,0


                                                      48
Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


          Segundo Coronetti et al. (2006), a sobrecarga de tarefas e a falta de recursos humanos
  requerem dos trabalhadores que suas atividades sejam desenvolvidas num ritmo acelerado e
  intenso, inviabilizando a realização de muitas atividades, tornando impossível à realização de
  um trabalho de qualidade, podendo gerar o estresse físico ou mental.
          De acordo com Bulhões (1994) apud. Miranda et al. (2005), o ritmo de trabalho
  intenso da enfermagem exige grande esforço físico, e para o profissional não estar sujeito a
  qualquer tipo de adoecimento é preciso um planejamento que assegure à equipe o repouso
  necessário, ambiente de trabalho seguro, insalubre, adequado para as realizações da prática de
  enfermagem e com um programa alimentar adequado para a reposição da energia gasta
  durante a jornada de trabalho.


  Tabela 3. Distribuição quanto ao controle da Job Stress Scale, Curitiba, 2008.
  Job Stress Scale                                  Nº                       %
Possibilidade de aprender coisas novas no trabalho
Freqüentemente
Às vezes                                                      22                            31,9
Raramente                                                     37                            53,6
Quase nunca ou Nunca                                          8                             11,6
Total                                                         2                             2,9
Exige habilidade ou conhecimentos especializados              69                            100,0
Freqüentemente                                                63                            91,3
Às vezes                                                      4                             5,8
Raramente                                                     2                             2,9
Total                                                         69                            100,0
Exige que tome iniciativa
Freqüentemente                                                62                            89,9
Às vezes                                                      7                             10,1
Total                                                         69                            100,0
Repetição de tarefas
Freqüentemente                                                55                            79,7
Às vezes                                                      14                            20,3
Total                                                         69                            100,0
Escolha de COMO fazer o trabalho
Freqüentemente                                                6                             8,7
Às vezes                                                      35                            50,7
Raramente                                                     14                            20,3
Quase nunca ou Nunca                                          14                            20,3
Total                                                         69                            100,0
Escolha DO QUE fazer no trabalho
Freqüentemente                                                3                             4,3
Às vezes                                                      25                            36,2
Raramente                                                     12                            17,4
Quase nunca ou Nunca                                          29                            42,1
Total                                                         69                            100,0
          Observou-se na tabela 3 que 2,9% dos profissionais nunca ou quase nunca aprendem
  coisas novas no trabalho. Menzani (2006) refere que a realidade de funcionamento de uma
  unidade de urgência/emergência faz com que esse local seja provedor de muitos ensinamentos

                                                        49
Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


  pela diversidade de casos e procedimentos. Com relação em ter conhecimentos especializados
  ou habilidade, 91,3% dos profissionais responderam freqüentemente. Segundo Lopes (1997),
  se o profissional de saúde (enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem) assumir o saber
  que já tem, não lhe será difícil alcançar o “poder” que lhe permita intervir, como é seu direito,
  na área da saúde e de conquistar o reconhecimento social que merece.
          A maioria dos pesquisados (89,9%), freqüentemente, tem que tomar iniciativa no seu
  trabalho. Conforme Menzani (2006), a responsabilidade do profissional em desempenhar seu
  cargo é o sucesso para o procedimento terapêutico prestado.
          Por ser um local onde a quantidade de pacientes e atividades normalmente é elevada,
  percebe-se que a repetição de tarefas 79,7% é freqüente. Para Lautert (1997), essa constatação
  leva a crer que o profissional pode desenvolver um desgaste emocional originado pela
  sobrecarga de trabalho, estresse laboral, por natureza monótona de algumas tarefas como
  rotinas meticulosas e procedimentos repetitivos.

  Tabela 4. Distribuição com relação ao apoio da Job Stress Scale, Curitiba, 2008.
Job Stress Scale                                               Nº                                    %
Ambiente calmo e tranqüilo
Concordo totalmente                                            1                                     1,4
Concordo mais que discordo                                     10                                    14,5
Discordo mais que concordo                                     26                                    37,7
Discordo totalmente                                            32                                    46,4
Total                                                          69                                    100,0
Relacionamento interpessoal
Concordo totalmente                                            19                                    27,6
Concordo mais que discordo                                     40                                    58,0
Discordo mais que concordo                                     9                                     13,0
Discordo totalmente                                            1                                     1,4
Total                                                          69                                    100,0
Apoio entre colegas
Concordo totalmente                                            19                                    27,5
Concordo mais que discordo                                     45                                    65,4
Discordo mais que concordo                                     5                                     7,1
Total                                                          69                                    100,0
Compreensão dos colegas quando estou num mau dia
Concordo totalmente                                            11                                    16,0
Concordo mais que discordo                                     33                                    47,8
Discordo mais que concordo                                     19                                    27,5
Discordo totalmente                                            6                                     8,7
Total                                                          69                                    100,0
Relacionamento com o (a) chefe
Concordo totalmente                                            23                                    33,3
Concordo mais que discordo                                     37                                    53,6
Discordo mais que concordo                                     5                                     7,3
Discordo totalmente                                            4                                     5,8
Total                                                          69                                    100,0
Gosto de trabalhar com meus colegas
Concordo totalmente                                            40                                    58,0
Concordo mais que discordo                                     28                                    40,6
Discordo mais que concordo                                     1                                     1,4
Total                                                          69                                    100,0



                                                         50
Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


       O CMUM por ser um ambiente conturbado devido à alta rotatividade, grande demanda
de usuários, procedimentos técnicos e restrição da estrutura física, propicia que os
profissionais sejam abordados por familiares e acompanhantes alterados por seu problema
(paciente) e carentes de informações. Logo, a maioria dos profissionais estudados discorda
totalmente 46,4% que é um ambiente calmo e tranqüilo.
       Vários artigos apontaram que o relacionamento interpessoal é um fator estressante,
mas neste estudo um aspecto relevante foi que, os pesquisados apresentam bom
relacionamento interpessoal (58%). Para Coronetti et al. (2006), o coleguismo é um pré-
requisito fundamental para a colaboração e apoio mútuo, estimulando o enfrentamento de
riscos. Compreensão, cooperação, cumplicidade, tolerância e espírito de auto-ajuda favorecem
uma relação gratificante e contribuem para um bom ambiente de trabalho. Para que a
Enfermagem alcance o objetivo que se propõe, é necessário que exista um trabalho em
equipe. Segundo Shimizu e Ciampone (2004), o trabalho em equipe envolve esforços de todos
os profissionais em busca do alcance de um único objetivo: prestar assistência de qualidade,
sobretudo, como salvar a vida dos indivíduos internados, além de respeitar a hierarquia, a
divisão de funções entre os elementos da equipe e ter disposição para contribuir e
compartilhar os conhecimentos adquiridos com os colegas, tendo uma parceria verdadeira.
Isto foi demonstrado por 65,4%, que concordam mais com esse apoio entre os colegas.
       Chama a atenção (5,8%) dos entrevistados que discordam totalmente que têm um bom
relacionamento com a chefia. Para Shimizu e Ciampone (2004), mesmo num setor onde existe
maior número de enfermeiras assistenciais, essas profissionais não estão suficientemente
próximas aos pacientes. Isso as deixam inseguras nas resoluções dos problemas, visto que as
funções gerenciais distanciam a enfermeira da equipe por proporcioná-las sensação de poder e
ascensão social.
       Pereira e Fávero (2001) afirmam que o líder despreparado que executa uma chefia
inadequada proporciona à equipe danos impedindo a criação de um ambiente motivacional.
       Conforme Haddad (2000), para um bom relacionamento entre chefia e subordinado, o
importante é uma boa comunicação e parceria no trabalho, pois quando o trabalhador é ouvido
e respeitado pelos seus superiores, o profissional realiza suas tarefas com mais envolvimento
e responsabilidade, aumentando a produtividade e qualidade do serviço.
       Para a maioria (58%) dos entrevistados a concordância é total, pois gostam de
trabalhar com seus colegas. Esses profissionais permanecem, grande parte do tempo, juntos,


                                                   51
Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


prestando cuidados aos pacientes, logo, há um vínculo, integração e interação nesse grupo,
podendo ter características de relacionamento familiar (SHIMIZU; CIAMPONE, 2004).


DEMANDA
                          GRÁFICO 1 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORES DE
                            DEMANDA NA POPULAÇÃO DE ESTUDO,
                                        CURITIBA, 2008
           70
           60
           50
           40
           30                                                 23
                                                                   18
           20
                                              8         8               8
           10         3              5
                1            1                                                2
            0
                11    12    13       14       15        16    17   18   19    20

       Os valores de tendência central do escore de demanda foram 16,53 (média), 17
(mediana) e 17 (moda) . Valores mais altos quando comparados com o estudo realizado por
Alves (2004) Pressão no trabalho: estresse no trabalho e hipertensão arterial em mulheres no
estudo pró-saúde, em que os escores de demanda foram 13,81 (média), 14 (mediana) e 14
(moda).


CONTROLE
                     GRÁFICO 2 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORES
                        DE CONTROLE NA POPULAÇÃO DE
                70          ESTUDO, CURITIBA, 2008
                60
                50
                40
                30
                20                       13                  13    13
                                                   11                    10
                10               2                                                 3   1
                      1
                 0
                      15     16          17        18        19    20   21        22   23

       Os valores de tendência central dos escores de controle foram 18,66 (média), 19
(mediana) e 17, 19 e 20 (moda) .



                                                              52
Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


APOIO PSICOLÓGICO
                GRÁFICO 3 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORES DE
              APOIO PSICOLÓGICO NA POPULAÇÃO DE ESTUDO,
                              CURITIBA, 2008

            70
            60
            50
            40
            30
            20                                               13
                                                        9         9
                                         9
            10                     6                                   5      4     4     3
                             3                 2
                   1    1
              0
                  6    7     8    9     10    11    12       13   14   15   16     17     18


        Os valores de tendência central dos escores de apoio psicológico foram 12,56 (média),
13 (mediana) e 13 (moda) .


Tabela 5. Análise dos escores dos enfermeiros do CMUM, Curitiba, 2008.
Quadro de Karasek                         Nº                   %
Alta demanda e baixo controle                      5                              33,3
Baixa demanda e baixo controle                     4                              26,7
Alta demanda e alto controle                       4                              26,7
Baixa demanda e alto controle                      2                              13,3
Total                                              15                             100,0


Tabela 6. Análise dos escores dos auxiliares de enfermagem do CMUM, Curitiba, 2008.
Quadro de Karasek                          Nº                   %
Alta demanda e baixo controle                      7                              13,0
Baixa demanda e baixo controle                     12                             22,2
Alta demanda e alto controle                       27                             50,0
Baixa demanda e alto controle                      8                              14,8
Total                                              54                             100,0


        Segundo Karasek e Theorell (1990) apud Alves (2004), pessoas com risco de trabalhos
com alta demanda e baixo controle, considerados de alto desgaste, apresentam as reações mais
hostis de desgaste psicológico (como fadiga, ansiedade, depressão e enfermidade física) e
quando estão expostos de maneira contínua a uma situação de estresse, o organismo apresenta
uma resposta física e psicológica imediata para evitar danos. Então, se o indivíduo apresentar
pouco controle sobre as circunstâncias ambientais que o rege e o tempo dessa exposição for

                                                        53
Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


curto seu organismo terá uma recuperação rápida. Se ocorrer o contrário o desgaste
psicológico se acumulará.
        Na tabela 5, verifica-se que um terço (33,3%) dos enfermeiros apresentaram alta
demanda e baixo controle . Segundo Menzani (2006), não faz parte da realidade de toda
instituição hospitalar ou da saúde pública possuir um enfermeiro                       apenas para tarefas
burocráticas e administrativas em todos os períodos. Este profissional, exerce o papel de
alicerce e deve buscar o equilíbrio da equipe, pois tem autonomia e poder de decisão.
Assumem várias responsabilidades, sendo uma delas, o trabalho assistencial acumulando
assim pontos de tensão, tendo maior exposição ao estresse profissional que os auxiliares de
enfermagem (ARAÚJO et al., 2003).
       Os trabalhos passivos são aqueles com baixa demanda e baixo controle, produzindo
um desinteresse gradual de aprendizagem de habilidades devido à ausência de desafios
significantes ou rejeição às suas iniciativas no trabalho podendo repercutir na sua vida social
(ALVES, 2004; LAUTERT et al., 1999).
       Na tabela 6 , quando se analisa os escores dos auxiliares de enfermagem observa-se
que 50,0% dos pesquisados encontravam-se na categoria de alta demanda e alto controle que
       conforme Alves (2004) seriam considerados trabalhos ativos pois possuem altas
demandas psicológicas, mas permitem ao trabalhador ter uma ampla possibilidade de decisão
sobre como e quando desenvolver suas tarefas, criando estratégias de como usar toda a sua
potencialidade intelectual.
       Lautert (1997) afirma que, com o passar do tempo, o indivíduo vai obtendo segurança
em sua profissão tornando-se menos vulnerável ao desgaste .
       Finalizando, trabalhos de baixo desgaste são os que possuem poucas demandas
psicológicas, porém muito controle por quem o executa, ou seja, é um estado altamente
almejado, ideal (ALVES, 2004).



CONCLUSÃO

       A pesquisa realizada mostrou que o estresse está presente na atuação do enfermeiro
(alta exigência do trabalho) como foi relatado: sobrecarga de trabalho, alta cobrança, pouco
tempo para atendimento de qualidade, condições técnicas e materiais inadequados, isso
acarreta problemas de saúde físicos e mentais repercutindo no atendimento ao paciente,


                                                    54
Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


família e equipe. Porém foi contraditório com os auxiliares de enfermagem (trabalho ativo –
fase intermediária), por ainda não apresentar um quadro ideal de nível de estresse, pois quanto
maior o tempo de exposição aos agressores citados e encontrados como “freqüentemente” nos
questionários, maior o nível, como existe um número considerável de funcionários com idade
menor que 40 anos (20,3%), supõe-se que o tempo de trabalho desses profissionais é longo e
se esses problemas continuarem o nível de estresse pode aumentar.
       O trabalhador da área de enfermagem está imerso em um ambiente onde esta presente
as relações de poder determinadas pela hierarquia vigente na força de trabalho, subordinados
a regras, normas e ordens médicas e sendo confrontados, controlados e vigiados pela
instituição, não havendo lugar para as atividade cognitivas e intelectuais. Isso demonstra que
há necessidade de espaços onde o funcionário possa criar maior interação com a equipe e
exteriorizar os sentimentos (medo, angústia, insatisfação, tristeza, euforia, alegria e etc.)
gerados ao se relacionarem com os colegas, instituição, chefia, pacientes e familiares. Por
isso é importante que se conheça a realidade vivida por estes profissionais.
       A utilização da escala adaptada de medida de estresse contemplou somente os aspectos
inerentes ao trabalho, não explicitando outras dimensões do trabalhador, mas se esse estudo
fosse repetido com uma escala mais completa, talvez confirmasse o alto nível de estresse. Esta
constatação não invalida a pesquisa e sim sugere novos estudos contribuindo para obter
substrato para promover estratégias de evitar ou enfrentar o estresse. É fato que a enfermagem
é uma profissão estressante por exercer inúmeras e estafantes atividades diariamente, às
vezes, com recursos humanos e materiais escassos repercutindo na saúde do profissional e até
na qualidade à assistência ao paciente inviabilizando sua recuperação. Para a realização do
trabalho do profissional de enfermagem não é importante somente seu conhecimento teórico e
sua habilidade técnica, mas também o seu bem-estar biopsicofisiológico. O grande segredo
para o equilíbrio do organismo é o respeito aos seus ritmos, ou seja, cuidar de quem cuida,
potencializando sua qualidade de vida e no trabalho.




                                                   55
Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56


REFERÊNCIAS

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stress scale”: adaptação para o português. Short version of the “job stress scale”: a Portuguese-language
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ALVES, M. G. M. Pressão no trabalho: estresse no trabalho e hipertensão arterial em mulheres no estudo pró-
saúde. Rio de Janeiro, 2004. 259 p. Tese de Doutorado em Ciências da Saúde. Esc. Nacional de Saúde Pública.
ARAÚJO, T. M; AQUINO, E.; MENEZES, G.; SANTOS, C. O.; AGUIAR, L. Aspectos psicossociais do
trabalho e distúrbios psíquicos entre trabalhadoras de enfermagem. Rev. Saúde Pública, 37(4):424-33, 2003.
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MIRANDA G.; MAIA L. M. A.; LIMA M. P. Adoecimento dos Enfermeiros da Rede Hospitalar de Rio Branco
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Moradores da CIC conhecerão centros de urgências médicas. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba.
Disponível         em:          http://:www.curitiba.pr.gov.br/Multimidias/NoticiaDOC/00008635.doc  e
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Estresse da equipe de enfermagem em serviço de urgência

  • 1. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 ESTRESSE DA EQUIPE DE ENFERMAGEM EM UM CENTRO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA Thaiana Crisley Harbs¹ | Silvia Terezinha Rodrigues¹ | Valdete Alves da S. de Quadros² RESUMO Objetivo: Identificar a exposição ao estresse nos trabalhadores de enfermagem em um serviço de urgência e emergência. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa realizado em um Centro Municipal de Urgências e emergências de Curitiba. Foi utilizado um questionário auto-aplicável para 70 profissionais de enfermagem baseado na escala resumida da “job stress scale” adaptada e validada para o português. O mesmo foi constituído em duas partes: a primeira teve a finalidade de caracterizar os trabalhadores de enfermagem, no que diz respeito aos aspectos sócio-demográficos, e, a segunda parte, levantar dados para determinar a exposição de estresse dos profissionais no trabalho. Os dados foram coletados nos meses de abril e maio de 2008. Resultados: De acordo com o quadro de Karasek, a prevalência foi de alta exigência, ou seja, alta demanda e baixo controle para 33,3% das enfermeiras e trabalho ativo, alta demanda e alto controle para 50% dos auxiliares de enfermagem. Conclusão: A pesquisa mostrou que o estresse está presente na atuação do enfermeiro nesta unidade de urgência e emergência, porém, foi contraditório com os auxiliares de enfermagem. Os resultados reforçam que esses profissionais têm que redimensionar os níveis de demanda psicológica e aumentar o de controle. Palavras-chave: Estresse, Enfermagem, Urgência e Emergência. ABSTRACT Objective: To identify nursing professionals’ stress exposure at an emergency unit. Methods: This is a descriptive study with a quantitative approach held at a Municipal Emergency and Rescue Centre in Curitiba, Paraná State/ Brazil. A self-applied questionnaire was used with 70 nursing professionals based on the summarized "job stress scale" adapted and validated for Portuguese. It entailed two parts: the first one objectified to characterize the nursing team regarding socio-demographic aspects, and the second part aimed to raise data in order to determine professionals’ stress exposure at work. Data were collected in April and May, 2008. Results: According to Karasek’s framework, the prevalence was high demand, or high demand and low control level for 33.3% of nurses, and active working, high demand and high control level for 50% of nursing aides. Conclusions: Research has shown that stress is present in nurses’ job in this emergency and rescue unit, however, it was inconsistent with nursing aides. The findings reinforce that these professionals have to adjust the demand levels and increase psychological control. Keywords: Stress, Nursing, Emergency and Rescue. 1. Graduandas do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná 2. Mestre em Distúrbios da Comunicação. Docente do Curso de Enfermagem da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná. UTP - Rua Sidney Antonio Rangel Santos, 238. E- mail: valdete@sulbbs.com.br. 41
  • 2. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 INTRODUÇÃO Na última década houve mudanças significativas no atendimento à saúde e dentre elas destacam-se os serviços de urgência e emergência, sendo essa uma principal porta de entrada do usuário na rede pública de saúde. Além da revitalização da estrutura física dessas unidades, o fluxo de atendimento também foi adequado para agilizar o atendimento aos usuários. O Centro Municipal de Urgências Médicas – CMUM - funciona 24 horas ininterruptamente sendo considerado apto a prestar atendimento resolutivo aos pacientes acometidos por quadros agudos ou crônicos agudizados, dando assim retaguarda às unidades de saúde básica e da família, reduzindo também a sobrecarga dos hospitais de maior complexidade (CENTRO MUNICIPAL DE URGÊNCIAS MÉDICAS..., 2006). Para a maioria da população, ainda há o pensamento de que essa unidade é um meio mais rápido e alternativo, pois não há restrição de marcação de consultas, onde exames laboratoriais e de imagem, assim como o diagnóstico, são obtidos em um mesmo dia sem grande tempo de espera. Tal atitude ocasiona aumento da demanda de atendimentos, gerando filas intermináveis, morosidade no resultado de diagnósticos, ausência de especialistas, acarretando aumento da carga de trabalho aos profissionais de saúde, falta de leitos e falta de equipamentos e materiais, dificultando o atendimento de casos realmente emergenciais. Conseqüentemente, essa situação agrava a existência de estressores ao profissional de saúde, pois prestam assistência aos pacientes em condições críticas além de atender aqueles que poderiam ser assistidos nos níveis ambulatoriais (MENZANI, 2006). Diante dessa problemática, observa-se também um número reduzido de profissionais que nem sempre estão preparados para atender essa grande demanda o que pode gerar sentimentos de tensão, angústia, frustração e desgaste. Como conseqüência, as condições do ambiente de trabalho influenciam significativamente na saúde do trabalhador, podendo comprometer sua saúde mental e o seu desempenho profissional, em decorrência de um cotidiano estressante e exigente (BATISTA; BIANCHI, 2006). Stacciarini e Trócolli (2001) referem que o estresse geralmente é visto como algo negativo que ocasiona prejuízo global ao indivíduo. Porém, Coronetti et al. (2006) afirmam que um determinado nível de estresse se faz necessário ao organismo, pois colabora para o bom desempenho das funções orgânicas e psíquicas como crescimento e criatividade. O tema estresse apresenta várias definições, sendo um dos fatores responsáveis por alterações do estado de saúde e de bem-estar do indivíduo podendo levar à doença ou à morte. 42
  • 3. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 O referencial adotado neste estudo define o estresse como desgaste geral do organismo, causado pelas alterações psicofisiológicas que ocorrem quando o indivíduo é forçado a enfrentar situações que o irritem, excite, amedrontem, ou mesmo que o façam imensamente feliz (LIPP; MALAGRIS, 2001 apud. MALAGRIS; FIORITO, 2006). Devido o estresse estar presente em nosso cotidiano, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde, 90% da população mundial é afetada. Diante deste fato, especialistas e instituições unem esforços para propor meios que visem controlar os aspectos negativos no trabalho (ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE apud. PAFARO; MARTINO, 2004). O médico endocrinologista canadense, Hans Selye, utilizou a palavra estresse pela primeira vez na área da saúde em 1936. Tal preocupação despertou o estudo de estresse entre os profissionais de enfermagem nos anos 60, surgindo vários referenciais teóricos nos diversos campos de atuação destes trabalhadores (BIANCHI, 2000). A vulnerabilidade do indivíduo ao estresse depende da sua capacidade para trabalhar com os eventos estressores. O trabalho deve ser prazeroso, na sua atuação e na qualidade de vida dos indivíduos, possibilitando desenvolvimento, mudanças, identificação e autonomia pessoal, porém pode causar problemas de insatisfação, desinteresse, apatia e irritação (BATISTA; BIANCHI, 2006). “A enfermagem foi classificada pela Health Education Authority, como a quarta profissão mais estressante, no setor público. São poucas as pesquisas que procuram investigar os problemas associados ao exercício da profissão do enfermeiro no Brasil. A história da enfermagem revela que desde sua implementação no Brasil ela é uma categoria marginalizada e assim, o enfermeiro vem tentando afirmar-se profissionalmente sem contar com apoio e compreensão de outros profissionais” (STACCIARINI; TRÓCCOLI, p. 2. 2001). Vários autores consideraram a Enfermagem como uma profissão estressante, devido à vivência direta e ininterrupta do processo de dor, morte, sofrimento, desespero, incompreensão, irritabilidade e tantos outros sentimentos e reações desencadeadas pelo processo doença (BATISTA; BIANCHI, 2006). Nas unidades de emergência é exigido do enfermeiro, aumento da carga de trabalho e maior especificidade nas suas ações na prestação de suas tarefas. Os maiores estressores citados nesta área são: número reduzido de funcionários; falta de respaldo institucional e profissional; carga de trabalho; necessidade de realização de tarefas em tempo reduzido; indefinição do papel do profissional; descontentamento com o trabalho; falta de experiência por parte dos supervisores; falta de comunicação e compreensão por parte da supervisão de 43
  • 4. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 serviço; relacionamento com os familiares; ambiente físico das unidades; tecnologia de equipamentos; assistência ao paciente e situação de alerta constante, devido à dinâmica do setor (BATISTA; BIANCHI, 2006). Ainda existe a dupla jornada de trabalho, os profissionais da enfermagem se obrigam a trabalhar em mais de uma instituição para aumento da renda familiar, além disso, o trabalho em turnos é uma característica da enfermagem, uma vez que a assistência é prestada 24 horas. Essa condição obriga que o profissional trabalhe a noite, nos fins de semana e feriados, limitando assim, sua vida social (PAFARO; MARTINO, 2004). Os profissionais que trabalham na área de saúde apresentam acentuado risco ocupacional, considerando o estresse, por conviver constantemente com situações de sofrimento, depressão, dor, tragédia etc. A enfermagem vive uma realidade de trabalho cansativo e desgastante gerada pela diversidade, intensidade e simultaneidade de exposição a cargas físicas, químicas, mecânicas, fisiológicas e psíquicas. Este ambiente de trabalho turbulento e conflitante colabora para o aparecimento do estresse que geralmente o profissional demora em perceber seu adoecimento. Por vezes, envolvido pela rotina do setor, a qualidade do atendimento torna-se insatisfatório pelo paciente (SANTOS, 1995). Dessa forma esse estudo irá avaliar a possível exposição de estresse nos trabalhadores de enfermagem. OBJETIVOS Identificar a exposição e a presença de estresse no trabalho da equipe de enfermagem que atua em um Centro Municipal de Urgências Médicas. Caracterizar o perfil da equipe de enfermagem. METODOLOGIA Trata-se de uma pesquisa descritiva de caráter quantitativo, pois de acordo com Cervo e Bervian (1996), esta pesquisa registra, analisa e correlacionam fatos ou fenômenos. Oliveira (2000) refere que o método quantitativo significa quantificar opiniões, dados, nas formas de coleta de informações, assim como também o emprego de recursos e técnicas estatísticas desde a mais simples até o uso mais complexo. O estudo foi realizado no Centro 44
  • 5. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 Municipal de Urgências Médicas Boa Vista, localizado na cidade de Curitiba. Esse serviço presta atendimento à pacientes em situações de urgência/emergência. A população estudada foi constituída por 70 profissionais de enfermagem, enfermeiros e auxiliares de enfermagem de todos os turnos, com exceção de 1 profissional que se recusou a participar. Foram excluídos da pesquisa os profissionais que estavam de férias e em licença médica. A coleta de dados ocorreu no período de março a abril de 2008, após assinatura do termo de consentimento Livre e Esclarecido pós-informado. Foi aplicado um questionário aos participantes da pesquisa, respeitando a dinâmica de trabalho da unidade para que não houvesse interferência na atuação destes profissionais. O pesquisador Robert Karasek, segundo Alves et al. (2004), foi um dos pioneiros a procurar nas relações sociais do ambiente de trabalho fontes geradoras de estresse e suas influências sobre a saúde. No questionário original elaborado por Karasek constavam 49 perguntas, mas foi reformulado numa versão reduzida na Suécia por Töres Theorell, em 1988, contendo 17 questões e avalia demanda psicológica, controle e apoio social no trabalho. Karasek organizou o chamado Modelo Demanda-Controle (DC). Este modelo diferencia 4 tipos básicos de experiências no trabalho, desenvolvidos pela interação dos níveis de demanda psicológica e de controle: alta exigência do trabalho (caracterizado como alta demanda e baixo controle), trabalho ativo (alta demanda e alto controle), trabalho passivo (baixa demanda e baixo controle) e baixa exigência (baixa demanda e alto controle) (KARASEK; THEORELL, 1990 apud. ARAUJO et al., 2003). De acordo com esse modelo (figura 1), os escores são alocados em quatro quadrantes explicitando as relações entre demanda e controle. 45
  • 6. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 FIGURA 1- ESQUEMA DO MODELO DE DEMANDA–CONTROLE DE KARASEK Demanda Psicológica BAIXA ALTA Aprendizado e Motivação para desenvolver novos padrões de comportamento ALTO Baixo Ativo desgaste Controle Risco de desgaste BAIXO psicológico e Alto sofrimento físico. Passivo desgaste Adaptado de Karasek et al. (1981) e Theorell (1996) “Demandas psicológicas referem-se ao ritmo do trabalho, o quanto ele é excessivo e difícil de ser realizado bem como à quantidade de conflito existente nas relações de trabalho. Controle pode ser definido como a amplitude ou margem de decisão que o trabalhador possui em relação a dois aspectos: a autonomia para tomar decisões sobre seu próprio trabalho, incluindo o ritmo em que esse é executado, e a possibilidade de ser criativo, usar suas habilidades e desenvolvê-las, bem como adquirir novos conhecimentos. O sentido das setas diagonais na figura 1 indica a repercussão que a combinação entre exposição a diferentes níveis de demanda e controle acarreta nos indivíduos” (KARASEK; THEORELL, 1990, p. 61; THEORELL, 1996 apud. ALVES, 2004, p.37). O questionário auto-aplicável foi inserido na escala resumida da “job stress scale” após sua adaptação para o português previamente testado e validado por Alves et al. (2004). O mesmo foi constituído em duas partes sendo a 1ª com a finalidade de caracterizar os trabalhadores de enfermagem, no que diz respeito aos aspectos sócio-demográfico. E a segunda parte tendo como objetivo levantar dados para determinar a exposição de estresse dos profissionais no trabalho. Após a compilação dos dados calculados individualmente esses foram analisados e apresentados em tabelas e gráficos. O parâmetro adotado para avaliar a escala resumida da “job stress scale”, teve uma variação na pontuação de 1 a 4 (freqüentemente a nunca/quase nunca e concordo totalmente a discordo totalmente), sendo a seguinte: Para as escalas de demanda psicológica e controle, as questões 5, 6, 7, 9, 11, 12 e 13, freqüentemente têm valor 4. E as questões 8, 10, 14 e 15 freqüentemente têm valor 1. Já 46
  • 7. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 no apoio social as questões 16 a 21 têm valor 1 para concordo totalmente. Não foi utilizado peso para determinar o escore total. Na demanda psicológica, o escore total pode variar entre 5 e 20; no controle e apoio social o escore total pode variar entre 6 e 24. RESULTADOS E DISCUSSÃO Tabela 1. Características sócio-demográficas dos profissionais do CMUM, Curitiba, 2008. Características sócio-demográficas Nº % Idade (anos) 20├┤ 30 10 14,5 31├┤40 14 20,3 41├┤50 38 55,1 51├┤60 7 10,1 Total 69 100,0 Sexo Feminino 60 87,0 Masculino 9 13,0 Total 69 100,0 Ocupação Auxiliar de Enfermagem 54 78,3 Enfermeiro 15 21,8 Total 69 100,0 Tempo de trabalho na enfermagem 0 a 1 ano 2 2,9 2 a 3 anos 5 7,2 3 a 4 anos 2 2,9 Mais de 5 anos 60 87,0 Total 69 100,0 Tempo de trabalho em urgência/emergência 0 a 1 ano 11 15,9 2 a 3 anos 9 13,0 3 a 4 anos 5 7,3 4 a 5 anos 3 4,4 Mais de 5 anos 41 59,4 Total 69 100,0 Mais de um vínculo empregatício Sim 29 42,0 Não 40 58,0 Total 69 100,0 A tabela 1 apresenta o perfil da equipe de enfermagem que participaram do estudo, onde a relação da idade variou de 24 a 58 anos. É uma população jovem-adulta, que seria o perfil esperado para essa unidade de atendimento e para a saúde coletiva. Quanto ao gênero dos profissionais entrevistados, evidenciou-se que a maioria (87%) trata-se de trabalhadoras do sexo feminino. Esses dados confirmam que as mulheres são a maioria na profissão, pois culturalmente a mulher tem ocupado funções relacionadas com o cuidado. Segundo Haddad (2000), o trabalho de enfermagem era executado por religiosas, viúvas, virgens, e nobres até o final da idade média com o objetivo de caridade. Com as revoluções sociais ocorridas nesse 47
  • 8. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 período, foram incorporadas as prostitutas, nesse grupo que buscavam redimir-se prestando assistência aos enfermos. Observou-se em relação à categoria profissional, que o contingente maior é de auxiliar de enfermagem (78,3%) absorvido na área de saúde, e que cumpre a necessidade da organização, que necessita de profissional com conhecimento e treinamento do trabalho, executando o plano assistencial voltado para a cura e à reabilitação do indivíduo (BELANCIERI; BIANCO, 2004). A maioria dos trabalhadores (87%) tem um período relativamente longo de permanência na profissão: 80% referiram mais de 10 anos na ocupação atual. Com relação ao vínculo empregatício, dos (58%) desses profissionais apenas um, observa fator positivo na qualidade do trabalho e vida dos mesmos. Porém, para Miranda et al. (2005) a política atual mantém o achatamento e a inexistência de reajuste salarial, levando a maioria dos profissionais à dupla ou tripla jornada de trabalho, somada à sobrecarga de trabalho, cansaço e estresse, pode prejudicar a prestação de serviço ao paciente. Tabela 2. Distribuição com relação à demanda da Job Stress Scale, Curitiba, 2008. Job Stress Scale Nº % Com que freqüência o trabalho é realizado com muita rapidez Freqüentemente 61 88,4 Às vezes 7 10,1 Raramente 1 1,4 Total 69 100,0 Com que freqüência é trabalhado intensamente (produzir muito em pouco tempo) Freqüentemente 59 85,5 Às vezes 9 13,0 Raramente 1 1,4 Total 69 100,0 O trabalho exige demais Freqüentemente 50 72,5 Às vezes 18 26,1 Raramente 1 1,4 Total 69 100,0 Tempo suficiente para cumprir todas as tarefas Freqüentemente 22 31,9 Às vezes 35 50,8 Raramente 6 8,7 Quase nunca ou Nunca 6 8,6 Total 69 100,0 Apresenta exigências discordantes ou contraditórias Freqüentemente 25 36,3 Às vezes 34 49,3 Raramente 6 8,7 Quase nunca ou Nunca 4 5,7 Total 69 100,0 48
  • 9. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 Segundo Coronetti et al. (2006), a sobrecarga de tarefas e a falta de recursos humanos requerem dos trabalhadores que suas atividades sejam desenvolvidas num ritmo acelerado e intenso, inviabilizando a realização de muitas atividades, tornando impossível à realização de um trabalho de qualidade, podendo gerar o estresse físico ou mental. De acordo com Bulhões (1994) apud. Miranda et al. (2005), o ritmo de trabalho intenso da enfermagem exige grande esforço físico, e para o profissional não estar sujeito a qualquer tipo de adoecimento é preciso um planejamento que assegure à equipe o repouso necessário, ambiente de trabalho seguro, insalubre, adequado para as realizações da prática de enfermagem e com um programa alimentar adequado para a reposição da energia gasta durante a jornada de trabalho. Tabela 3. Distribuição quanto ao controle da Job Stress Scale, Curitiba, 2008. Job Stress Scale Nº % Possibilidade de aprender coisas novas no trabalho Freqüentemente Às vezes 22 31,9 Raramente 37 53,6 Quase nunca ou Nunca 8 11,6 Total 2 2,9 Exige habilidade ou conhecimentos especializados 69 100,0 Freqüentemente 63 91,3 Às vezes 4 5,8 Raramente 2 2,9 Total 69 100,0 Exige que tome iniciativa Freqüentemente 62 89,9 Às vezes 7 10,1 Total 69 100,0 Repetição de tarefas Freqüentemente 55 79,7 Às vezes 14 20,3 Total 69 100,0 Escolha de COMO fazer o trabalho Freqüentemente 6 8,7 Às vezes 35 50,7 Raramente 14 20,3 Quase nunca ou Nunca 14 20,3 Total 69 100,0 Escolha DO QUE fazer no trabalho Freqüentemente 3 4,3 Às vezes 25 36,2 Raramente 12 17,4 Quase nunca ou Nunca 29 42,1 Total 69 100,0 Observou-se na tabela 3 que 2,9% dos profissionais nunca ou quase nunca aprendem coisas novas no trabalho. Menzani (2006) refere que a realidade de funcionamento de uma unidade de urgência/emergência faz com que esse local seja provedor de muitos ensinamentos 49
  • 10. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 pela diversidade de casos e procedimentos. Com relação em ter conhecimentos especializados ou habilidade, 91,3% dos profissionais responderam freqüentemente. Segundo Lopes (1997), se o profissional de saúde (enfermeiro, técnico ou auxiliar de enfermagem) assumir o saber que já tem, não lhe será difícil alcançar o “poder” que lhe permita intervir, como é seu direito, na área da saúde e de conquistar o reconhecimento social que merece. A maioria dos pesquisados (89,9%), freqüentemente, tem que tomar iniciativa no seu trabalho. Conforme Menzani (2006), a responsabilidade do profissional em desempenhar seu cargo é o sucesso para o procedimento terapêutico prestado. Por ser um local onde a quantidade de pacientes e atividades normalmente é elevada, percebe-se que a repetição de tarefas 79,7% é freqüente. Para Lautert (1997), essa constatação leva a crer que o profissional pode desenvolver um desgaste emocional originado pela sobrecarga de trabalho, estresse laboral, por natureza monótona de algumas tarefas como rotinas meticulosas e procedimentos repetitivos. Tabela 4. Distribuição com relação ao apoio da Job Stress Scale, Curitiba, 2008. Job Stress Scale Nº % Ambiente calmo e tranqüilo Concordo totalmente 1 1,4 Concordo mais que discordo 10 14,5 Discordo mais que concordo 26 37,7 Discordo totalmente 32 46,4 Total 69 100,0 Relacionamento interpessoal Concordo totalmente 19 27,6 Concordo mais que discordo 40 58,0 Discordo mais que concordo 9 13,0 Discordo totalmente 1 1,4 Total 69 100,0 Apoio entre colegas Concordo totalmente 19 27,5 Concordo mais que discordo 45 65,4 Discordo mais que concordo 5 7,1 Total 69 100,0 Compreensão dos colegas quando estou num mau dia Concordo totalmente 11 16,0 Concordo mais que discordo 33 47,8 Discordo mais que concordo 19 27,5 Discordo totalmente 6 8,7 Total 69 100,0 Relacionamento com o (a) chefe Concordo totalmente 23 33,3 Concordo mais que discordo 37 53,6 Discordo mais que concordo 5 7,3 Discordo totalmente 4 5,8 Total 69 100,0 Gosto de trabalhar com meus colegas Concordo totalmente 40 58,0 Concordo mais que discordo 28 40,6 Discordo mais que concordo 1 1,4 Total 69 100,0 50
  • 11. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 O CMUM por ser um ambiente conturbado devido à alta rotatividade, grande demanda de usuários, procedimentos técnicos e restrição da estrutura física, propicia que os profissionais sejam abordados por familiares e acompanhantes alterados por seu problema (paciente) e carentes de informações. Logo, a maioria dos profissionais estudados discorda totalmente 46,4% que é um ambiente calmo e tranqüilo. Vários artigos apontaram que o relacionamento interpessoal é um fator estressante, mas neste estudo um aspecto relevante foi que, os pesquisados apresentam bom relacionamento interpessoal (58%). Para Coronetti et al. (2006), o coleguismo é um pré- requisito fundamental para a colaboração e apoio mútuo, estimulando o enfrentamento de riscos. Compreensão, cooperação, cumplicidade, tolerância e espírito de auto-ajuda favorecem uma relação gratificante e contribuem para um bom ambiente de trabalho. Para que a Enfermagem alcance o objetivo que se propõe, é necessário que exista um trabalho em equipe. Segundo Shimizu e Ciampone (2004), o trabalho em equipe envolve esforços de todos os profissionais em busca do alcance de um único objetivo: prestar assistência de qualidade, sobretudo, como salvar a vida dos indivíduos internados, além de respeitar a hierarquia, a divisão de funções entre os elementos da equipe e ter disposição para contribuir e compartilhar os conhecimentos adquiridos com os colegas, tendo uma parceria verdadeira. Isto foi demonstrado por 65,4%, que concordam mais com esse apoio entre os colegas. Chama a atenção (5,8%) dos entrevistados que discordam totalmente que têm um bom relacionamento com a chefia. Para Shimizu e Ciampone (2004), mesmo num setor onde existe maior número de enfermeiras assistenciais, essas profissionais não estão suficientemente próximas aos pacientes. Isso as deixam inseguras nas resoluções dos problemas, visto que as funções gerenciais distanciam a enfermeira da equipe por proporcioná-las sensação de poder e ascensão social. Pereira e Fávero (2001) afirmam que o líder despreparado que executa uma chefia inadequada proporciona à equipe danos impedindo a criação de um ambiente motivacional. Conforme Haddad (2000), para um bom relacionamento entre chefia e subordinado, o importante é uma boa comunicação e parceria no trabalho, pois quando o trabalhador é ouvido e respeitado pelos seus superiores, o profissional realiza suas tarefas com mais envolvimento e responsabilidade, aumentando a produtividade e qualidade do serviço. Para a maioria (58%) dos entrevistados a concordância é total, pois gostam de trabalhar com seus colegas. Esses profissionais permanecem, grande parte do tempo, juntos, 51
  • 12. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 prestando cuidados aos pacientes, logo, há um vínculo, integração e interação nesse grupo, podendo ter características de relacionamento familiar (SHIMIZU; CIAMPONE, 2004). DEMANDA GRÁFICO 1 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORES DE DEMANDA NA POPULAÇÃO DE ESTUDO, CURITIBA, 2008 70 60 50 40 30 23 18 20 8 8 8 10 3 5 1 1 2 0 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Os valores de tendência central do escore de demanda foram 16,53 (média), 17 (mediana) e 17 (moda) . Valores mais altos quando comparados com o estudo realizado por Alves (2004) Pressão no trabalho: estresse no trabalho e hipertensão arterial em mulheres no estudo pró-saúde, em que os escores de demanda foram 13,81 (média), 14 (mediana) e 14 (moda). CONTROLE GRÁFICO 2 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORES DE CONTROLE NA POPULAÇÃO DE 70 ESTUDO, CURITIBA, 2008 60 50 40 30 20 13 13 13 11 10 10 2 3 1 1 0 15 16 17 18 19 20 21 22 23 Os valores de tendência central dos escores de controle foram 18,66 (média), 19 (mediana) e 17, 19 e 20 (moda) . 52
  • 13. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 APOIO PSICOLÓGICO GRÁFICO 3 - DISTRIBUIÇÃO DOS ESCORES DE APOIO PSICOLÓGICO NA POPULAÇÃO DE ESTUDO, CURITIBA, 2008 70 60 50 40 30 20 13 9 9 9 10 6 5 4 4 3 3 2 1 1 0 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Os valores de tendência central dos escores de apoio psicológico foram 12,56 (média), 13 (mediana) e 13 (moda) . Tabela 5. Análise dos escores dos enfermeiros do CMUM, Curitiba, 2008. Quadro de Karasek Nº % Alta demanda e baixo controle 5 33,3 Baixa demanda e baixo controle 4 26,7 Alta demanda e alto controle 4 26,7 Baixa demanda e alto controle 2 13,3 Total 15 100,0 Tabela 6. Análise dos escores dos auxiliares de enfermagem do CMUM, Curitiba, 2008. Quadro de Karasek Nº % Alta demanda e baixo controle 7 13,0 Baixa demanda e baixo controle 12 22,2 Alta demanda e alto controle 27 50,0 Baixa demanda e alto controle 8 14,8 Total 54 100,0 Segundo Karasek e Theorell (1990) apud Alves (2004), pessoas com risco de trabalhos com alta demanda e baixo controle, considerados de alto desgaste, apresentam as reações mais hostis de desgaste psicológico (como fadiga, ansiedade, depressão e enfermidade física) e quando estão expostos de maneira contínua a uma situação de estresse, o organismo apresenta uma resposta física e psicológica imediata para evitar danos. Então, se o indivíduo apresentar pouco controle sobre as circunstâncias ambientais que o rege e o tempo dessa exposição for 53
  • 14. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 curto seu organismo terá uma recuperação rápida. Se ocorrer o contrário o desgaste psicológico se acumulará. Na tabela 5, verifica-se que um terço (33,3%) dos enfermeiros apresentaram alta demanda e baixo controle . Segundo Menzani (2006), não faz parte da realidade de toda instituição hospitalar ou da saúde pública possuir um enfermeiro apenas para tarefas burocráticas e administrativas em todos os períodos. Este profissional, exerce o papel de alicerce e deve buscar o equilíbrio da equipe, pois tem autonomia e poder de decisão. Assumem várias responsabilidades, sendo uma delas, o trabalho assistencial acumulando assim pontos de tensão, tendo maior exposição ao estresse profissional que os auxiliares de enfermagem (ARAÚJO et al., 2003). Os trabalhos passivos são aqueles com baixa demanda e baixo controle, produzindo um desinteresse gradual de aprendizagem de habilidades devido à ausência de desafios significantes ou rejeição às suas iniciativas no trabalho podendo repercutir na sua vida social (ALVES, 2004; LAUTERT et al., 1999). Na tabela 6 , quando se analisa os escores dos auxiliares de enfermagem observa-se que 50,0% dos pesquisados encontravam-se na categoria de alta demanda e alto controle que conforme Alves (2004) seriam considerados trabalhos ativos pois possuem altas demandas psicológicas, mas permitem ao trabalhador ter uma ampla possibilidade de decisão sobre como e quando desenvolver suas tarefas, criando estratégias de como usar toda a sua potencialidade intelectual. Lautert (1997) afirma que, com o passar do tempo, o indivíduo vai obtendo segurança em sua profissão tornando-se menos vulnerável ao desgaste . Finalizando, trabalhos de baixo desgaste são os que possuem poucas demandas psicológicas, porém muito controle por quem o executa, ou seja, é um estado altamente almejado, ideal (ALVES, 2004). CONCLUSÃO A pesquisa realizada mostrou que o estresse está presente na atuação do enfermeiro (alta exigência do trabalho) como foi relatado: sobrecarga de trabalho, alta cobrança, pouco tempo para atendimento de qualidade, condições técnicas e materiais inadequados, isso acarreta problemas de saúde físicos e mentais repercutindo no atendimento ao paciente, 54
  • 15. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 família e equipe. Porém foi contraditório com os auxiliares de enfermagem (trabalho ativo – fase intermediária), por ainda não apresentar um quadro ideal de nível de estresse, pois quanto maior o tempo de exposição aos agressores citados e encontrados como “freqüentemente” nos questionários, maior o nível, como existe um número considerável de funcionários com idade menor que 40 anos (20,3%), supõe-se que o tempo de trabalho desses profissionais é longo e se esses problemas continuarem o nível de estresse pode aumentar. O trabalhador da área de enfermagem está imerso em um ambiente onde esta presente as relações de poder determinadas pela hierarquia vigente na força de trabalho, subordinados a regras, normas e ordens médicas e sendo confrontados, controlados e vigiados pela instituição, não havendo lugar para as atividade cognitivas e intelectuais. Isso demonstra que há necessidade de espaços onde o funcionário possa criar maior interação com a equipe e exteriorizar os sentimentos (medo, angústia, insatisfação, tristeza, euforia, alegria e etc.) gerados ao se relacionarem com os colegas, instituição, chefia, pacientes e familiares. Por isso é importante que se conheça a realidade vivida por estes profissionais. A utilização da escala adaptada de medida de estresse contemplou somente os aspectos inerentes ao trabalho, não explicitando outras dimensões do trabalhador, mas se esse estudo fosse repetido com uma escala mais completa, talvez confirmasse o alto nível de estresse. Esta constatação não invalida a pesquisa e sim sugere novos estudos contribuindo para obter substrato para promover estratégias de evitar ou enfrentar o estresse. É fato que a enfermagem é uma profissão estressante por exercer inúmeras e estafantes atividades diariamente, às vezes, com recursos humanos e materiais escassos repercutindo na saúde do profissional e até na qualidade à assistência ao paciente inviabilizando sua recuperação. Para a realização do trabalho do profissional de enfermagem não é importante somente seu conhecimento teórico e sua habilidade técnica, mas também o seu bem-estar biopsicofisiológico. O grande segredo para o equilíbrio do organismo é o respeito aos seus ritmos, ou seja, cuidar de quem cuida, potencializando sua qualidade de vida e no trabalho. 55
  • 16. Estresse da equipe de enfermagem no Centro Municipal de Urgências Médicas... – pp. 41-56 REFERÊNCIAS ALVES, M. G. M.; CHOR, D.; FAERSTEIN, E.; LOPES, C. S.; WERNECK, G. L. Versão resumida da “job stress scale”: adaptação para o português. Short version of the “job stress scale”: a Portuguese-language adaptation.. Rev. Saúde Pública , 38(2):164-71, 2004. ALVES, M. G. M. Pressão no trabalho: estresse no trabalho e hipertensão arterial em mulheres no estudo pró- saúde. Rio de Janeiro, 2004. 259 p. Tese de Doutorado em Ciências da Saúde. Esc. Nacional de Saúde Pública. ARAÚJO, T. M; AQUINO, E.; MENEZES, G.; SANTOS, C. O.; AGUIAR, L. Aspectos psicossociais do trabalho e distúrbios psíquicos entre trabalhadoras de enfermagem. Rev. Saúde Pública, 37(4):424-33, 2003. BATISTA, K. M.; BIANCHI, R.F. Estresse do enfermeiro em uma unidade de emergência. Rev. Latino- Americana. Enfermagem, vol.14, n°4. p 534-9. julho-agosto 2006 BELANCIERI, M.F.; BIANCO, M. H. B. C. Estresse e repercussões psicossomáticas em trabalhadores da área de enfermagem de um hospital universitário. Texto e Contexto de Enfermagem, v.13(1): 124-31, jan.-mar., 2004. BIANCHI, E.R.F. Enfermeiro hospitalar e o stress. Rev.Esc. Enf. USP, v. 34,n.4, p.399-4, dez., 2000. CERVO, A. L.; BERVIAN, P. A. Metodologia Cientifica. 4ª ed., São Paulo: Afiliada,1996. CORONETTI, A.; NASCIMENTO, E.R.P.; BARRA, D.C.C.; MARTINS, J.J. O estresse da equipe de enfermagem na unidade de terapia intensiva: O enfermeiro como mediador. Arquivos Catarinenses de Medicina vol.35, n. 4, 2006. HADDAD, M. C. L. Qualidade de vida dos profissionais de enfermagem. Rev. Espaço para a Saúde, Londrina, vol.1, n.2, p 75-88, jun -2000. LAUTERT, L. O desgaste profissional: estudo empírico com enfermeiras que trabalham em hospitais. Rev. Gaúcha Enfermagem., v.18, n. 2, p.133-44, 1997. LAUTERT, L.; CHAVES, E. H. B.; MOURA, G. M. S. S. O estresse na atividade gerencial do enfermeiro. Rev. Panam Salud Publica, v.6, n. 6, dez., 1999. LOPES, P. Formação em enfermagem e cidadania. Enfermagem em foco, SEP, (26):p.37-42, 1997. MALAGRIS L. E. N; FIORITO, A. C. C. Avaliação do nível de stress de técnicos da área de saúde. Estudos de psicologia , 23(4): 391-398, out-dez, 2006. MENZANI, G. Stress entre enfermeiros brasileiros que atuam em pronto socorro.São Paulo-SP, 2006. 112 p. Dissertação de Mestrado em Enfermagem. Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo. MIRANDA G.; MAIA L. M. A.; LIMA M. P. Adoecimento dos Enfermeiros da Rede Hospitalar de Rio Branco - Acre – Brasil. Acre- 2005. Trabalho de Conclusão do Curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Federal do Acre. Moradores da CIC conhecerão centros de urgências médicas. Curitiba: Prefeitura Municipal de Curitiba. Disponível em: http://:www.curitiba.pr.gov.br/Multimidias/NoticiaDOC/00008635.doc e http://www.curitiba.pr.gov.br/saude/sms/index.htm“Acesso em”: 18 out. 2007 OLIVEIRA, S. L. Tratado de Metodologia Cientifica. 2ª ed., São Paulo: Pioneira, 2000. PAFARO, R. C.; MARTINO, M. M. F. Estudo do estresse do enfermeiro com dupla jornada de trabalho em um hospital de oncologia de Campinas. Rev. Esc. Enferm. USP ; 38(2):152-60, 2004. PEREIRA, M.C.A.; FÁVERO, N. A motivação no trabalho da equipe de enfermagem. Rev. Latino-Americana Enfermagem, 9(4):7-12, 2001 SANTOS, O. A. Ninguém morre de trabalhar: o mito do estresse. 3 ed. São Paulo: Texto novo, 1995. SHIMIZU, H.E.; CIAMPONE, M. H .T. As representações dos técnicos e auxiliares de enfermagem acerca do trabalho em equipe na unidade de terapia intensiva. Rev. Latino-am Enfermagem, 12(4):623-30, jul-ago, 2004. STACCIARINI, J.M.R.; TRÓCCOLI, B. T. O estresse na atividade ocupacional do enfermeiro. Rev.Latino- Americana Enfermagem, vol.9, nº 2, p 17-25.” mar-abr., 2001 56