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Universidade do Minho
1ºano da Licenciatura em Educação (2013-2014)
Unidade Curricular: Tecnologia e Comunicação Educacional II
Docente: Dr.ª Lia Raquel Oliveira
Discentes: Bruna Pereira A72391
Cláudia Silva A71606
Carla Oliveira A66264
João Cardoso A72912
Capítulo 4. Transgressão e o corpo localizado: género, sexo e o
professor homossexual.
:: Eric Roffes
“Pensar Queer aceita os desafios da teoria queer na educação interrogando os efeitos da
representação pela voz e pela visibilidade, a interação de conhecimentos e de ignorâncias académicas
e sociais e os aspetos performativos das identidades e práticas queer.”
Sinopse do livro Pensar QUEER, 2007
“Possuo atributos chave que ecoam na masculinidade tradicional da cultura americana: meço cerca de 19,93
cm, tenho pelos e barba e tenho a compleição de um defesa.” – página 121.
“(…) tenho uma barba espessa, uma voz grossa, uso cabelo curto e ando num ginásio. Consigo facilmente
representar a masculinidade da etnia branca comum entre os homens da classe trabalhadora e da classe
média-baixa.” – página 121122.
“Interesso-me, principalmente, pelos aspetos da liberalização homossexual.” – página 108.
“(…) eu estou interessado em desenvolver, explorar e afirmar modelos de parentesco que não se baseiam
em estruturas familiares nucleares ou em casais tradicionais, «comprometidos» com o sexo.” – página 108.
“O meu interesse pela reforma educativa é motivado por um desejo de ver as escolas urbanas tornarem-se
espaços para a expansão de consciência crítica de jovens pobres e proporcionar-lhes ferramentas de
mudança política e social.” – página 110.
“Interesso-me (…) também em encontrar formas de continuar a envolver-me no ativismo transgressivo e em
práticas sociais durante a meia-idade (…)” – página 111.
“O meu objetivo é ilustrar como os homossexuais se representam no discurso público: o que diz, como se
diz e o que não se diz.” – página 112.
“(…) o meu objetivo é oferecer uma possibilidade de entre muitas que permita que as identidades do
professor homossexual se manifestem libertas do fardo de estigma e de vergonha, conseguindo
desempenhar um papel transformativo na mudança social da educação.” – página 112.
“Quando dizemos que “valorizamos a diversidade”,
será isto que significa que procuramos criar
lugares onde pessoas de diferentes géneros, raças,
classes e identidades sexuais se podem juntar “e
trazer com elas os contributos sociais e culturais
que as carateriza como diferentes, invulgares,
transgressivas? (…) ou (…) pretendemos encobrir,
silenciar, castrar, ajustar ou ignorar as diferenças
culturais?”
“(…) alguns de nós acreditam que,
apenas pelo empenho num trabalho
sustentado transversal às autênticas
diferenças, poderá ocorrer uma
mudança social” – Pharr, 1996;
Reagon, 1983.
“(…) os grandes desafios que os
professores homossexuais enfrentam
(…) sobreviver em escolas do ensino
básico e secundário.” – página 115.
“Acreditamos que as lutas históricas
entre grupos distintos produziram
modelos sociais e efeitos culturais
singulares que têm muito para
oferecer ao mundo.” – página 114.
“(…) os professores queer – são um grupo notoriamente conservador (Lortie, 1975), mas também
porque o campo da educação se centra manifestamente na reprodução social, que são poucos e raros
os grupos de resistência (McLaren, 1995).”
A Educação baseia-se na união de
pessoas heterossexuais, e não de
pessoas homossexuais porque vai contra
as normas estabelecidas pela reprodução
social.
“O meu tema tem sido um individuo, ferido pelo abandono, relutante a correr riscos. Penso que não é
surpresa que alguns de nós, indivíduos homossexuais, estejam hesitantes em correr o risco de se
revelarem, uma vez que frequentemente enfrentamos situações ameaçadoras.
Os professores homossexuais, em especial, sentem que são vulneráveis; os professores enquanto
grupo são, provavelmente, o segmento da comunidade homossexual que menos se assume.
Tememos que, se o fizermos, perderemos senão o nosso emprego pelo menos o apoio e o respeito
dos nossos colegas, superiores hierárquicos, alunos e da comunidade. (pág. 93)”
“Tal como John Pikala, um professor de Inglês e de Latim em Saint Paul, no
Minnesota, escreveu no volume de Jennings:
≠
“(…) os professores homossexuais não fazem parte do panorama dos couros, não têm relações sexuais em
parques ou áreas de descanso das autoestradas e não se embelezam aos sábados à noite para irem a bares”
contudo, estas ações servem para “silenciar atos transgressivos, porque a vergonha sexual pode ser outro
aspeto que delimita e restringe a discussão em torno do sexo.” – página 116.
Um professor de uma escola secundária de São
Francisco regista (…):
“Penso que nenhum professor deseja iniciar
uma discussão que leva os seus alunos a
imaginá-oa fazer sexo, em especial um tipo de
sexo, que muitos ainda consideram
compulsivo.” – página 116.
“Um professor de Biologia em Cincinnati relembra as perguntas dos seus alunos
como resposta à assunção espontânea da sua orientação sexual:
“Nos trinta minutos que se seguiram relatei a minha história e respondi às imensas perguntas dos
meus alunos. “Quando é que soube era homossexual?”… “O Diretor sabe?”… “Como é que o professor
e o seu parceiro ‘o fazem’?”… As perguntas, na sua maioria, era uma tentativa honesta de obter
respostas concretas. Fui sincero com eles, mas delimitei a minha privacidade bem como dos outros.
Relativamente a perguntas de cariz sexual, expliquei-lhes que eram questões pessoais, mas o que se
passa entre duas pessoas do mesmo sexo não difere do que se passa com um casal heterossexual.
Expliquei-lhes que o mais importante é o amor e o carinho que existe dois indivíduos“. (pp. 229-
230)”
“Muitos alunos heterossexuais e docentes universitários continuam (…) a considerar o sexo entre
homossexuais repugnante, mas os próprios professores homossexuais podem também ocultar sentimentos
de revolta contra as suas práticas sexuais” segundo Pierre Bourdieu (…) “a repugnância deveria ser
«desembrulhada».”– página 117
“Hoje em dia, fico impressionado com os
silêncios contínuos sobre o sexo e o
género, que continuam a dominar os
discursos dos professores
homossexuais.” – página 120.
“Em várias ocasiões da minha carreira de professor senti-me praticamente paralisado pela indecisão de
saber o que vestir, como falar, como andar, como me sentar e como me mover.” – página 121.
“Energias
de macho”
“Energias
de mulher”
“Energias
de macho”
“(…) meço cerca de 1,93cm, tenho pelos e barba.” –
página 121.
“Posso simular (…) o grande e valente machão, que está
num bar da subcultura de couro num sábado à noite,
como uma estratégia sexual, que indicam um conjunto de
atividades eróticas e de papéis possíveis aos homens que
desejo.” – página 122.
“Energias
de mulher”
“(…) posso cruzar as pernas, utilizar uma voz mais suave e fazer
gestos mais expressivos (…).” – página 122.
“(…) os professores homossexuais têm apenas duas opções: ter um amante e representar um tipo de casal
que se aproxima do padrão heteronormativo, ou a dessexualização, a repressão das nossas energias
eróticas e a refutação dos estereótipos do homossexual obcecado pelo sexo” – página 125126
“Estou sempre consciente de como interajo com
o meu amante quando os alunos estão por
perto: quero ser “adequado”, mas não reprimo
completamente a atração existente entre nós
nem exalto o elemento erótico da relação” –
página 127.
“(…) acredito que os estigmas, os silêncios, os bodes-
expiatórios e os ataques que geralmente rodeiam o
aparecimento do sexo na sala de aula são práticas sociais
produtoras de um populacho, que experimenta o sexo e o
desejo que melhor se caraterizam por confusão, frustração,
dor e abuso.” – página 130.
“Manter o sexo na esfera privada e silenciar as discussões sobre o desejo, o corpo e as práticas eróticas no
discurso de sala de aula garantem a continuidade do sexo enquanto uma forma de controlo social.” – página
130
“Os professores homossexuais (…) pode ser uma fonte surpreende de novas aprendizagens.” – página 131.
“(…) homens homossexuais lutam por serem aceites e admitidos na sala de aula como educadores
assumidamente homossexuais.” – página 131.
“(…) os alunos queer de todos os géneros e sexualidades têm trabalhado para alcançar um relativo grau de
segurança nas escolas públicas americanas.” – página 131.
Transgressão e o corpo localizado: género, sexo e o professor homossexual

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  • 1. Universidade do Minho 1ºano da Licenciatura em Educação (2013-2014) Unidade Curricular: Tecnologia e Comunicação Educacional II Docente: Dr.ª Lia Raquel Oliveira Discentes: Bruna Pereira A72391 Cláudia Silva A71606 Carla Oliveira A66264 João Cardoso A72912 Capítulo 4. Transgressão e o corpo localizado: género, sexo e o professor homossexual. :: Eric Roffes
  • 2. “Pensar Queer aceita os desafios da teoria queer na educação interrogando os efeitos da representação pela voz e pela visibilidade, a interação de conhecimentos e de ignorâncias académicas e sociais e os aspetos performativos das identidades e práticas queer.” Sinopse do livro Pensar QUEER, 2007
  • 3. “Possuo atributos chave que ecoam na masculinidade tradicional da cultura americana: meço cerca de 19,93 cm, tenho pelos e barba e tenho a compleição de um defesa.” – página 121. “(…) tenho uma barba espessa, uma voz grossa, uso cabelo curto e ando num ginásio. Consigo facilmente representar a masculinidade da etnia branca comum entre os homens da classe trabalhadora e da classe média-baixa.” – página 121122.
  • 4. “Interesso-me, principalmente, pelos aspetos da liberalização homossexual.” – página 108. “(…) eu estou interessado em desenvolver, explorar e afirmar modelos de parentesco que não se baseiam em estruturas familiares nucleares ou em casais tradicionais, «comprometidos» com o sexo.” – página 108. “O meu interesse pela reforma educativa é motivado por um desejo de ver as escolas urbanas tornarem-se espaços para a expansão de consciência crítica de jovens pobres e proporcionar-lhes ferramentas de mudança política e social.” – página 110.
  • 5. “Interesso-me (…) também em encontrar formas de continuar a envolver-me no ativismo transgressivo e em práticas sociais durante a meia-idade (…)” – página 111. “O meu objetivo é ilustrar como os homossexuais se representam no discurso público: o que diz, como se diz e o que não se diz.” – página 112. “(…) o meu objetivo é oferecer uma possibilidade de entre muitas que permita que as identidades do professor homossexual se manifestem libertas do fardo de estigma e de vergonha, conseguindo desempenhar um papel transformativo na mudança social da educação.” – página 112.
  • 6. “Quando dizemos que “valorizamos a diversidade”, será isto que significa que procuramos criar lugares onde pessoas de diferentes géneros, raças, classes e identidades sexuais se podem juntar “e trazer com elas os contributos sociais e culturais que as carateriza como diferentes, invulgares, transgressivas? (…) ou (…) pretendemos encobrir, silenciar, castrar, ajustar ou ignorar as diferenças culturais?”
  • 7. “(…) alguns de nós acreditam que, apenas pelo empenho num trabalho sustentado transversal às autênticas diferenças, poderá ocorrer uma mudança social” – Pharr, 1996; Reagon, 1983. “(…) os grandes desafios que os professores homossexuais enfrentam (…) sobreviver em escolas do ensino básico e secundário.” – página 115. “Acreditamos que as lutas históricas entre grupos distintos produziram modelos sociais e efeitos culturais singulares que têm muito para oferecer ao mundo.” – página 114.
  • 8. “(…) os professores queer – são um grupo notoriamente conservador (Lortie, 1975), mas também porque o campo da educação se centra manifestamente na reprodução social, que são poucos e raros os grupos de resistência (McLaren, 1995).” A Educação baseia-se na união de pessoas heterossexuais, e não de pessoas homossexuais porque vai contra as normas estabelecidas pela reprodução social.
  • 9. “O meu tema tem sido um individuo, ferido pelo abandono, relutante a correr riscos. Penso que não é surpresa que alguns de nós, indivíduos homossexuais, estejam hesitantes em correr o risco de se revelarem, uma vez que frequentemente enfrentamos situações ameaçadoras. Os professores homossexuais, em especial, sentem que são vulneráveis; os professores enquanto grupo são, provavelmente, o segmento da comunidade homossexual que menos se assume. Tememos que, se o fizermos, perderemos senão o nosso emprego pelo menos o apoio e o respeito dos nossos colegas, superiores hierárquicos, alunos e da comunidade. (pág. 93)” “Tal como John Pikala, um professor de Inglês e de Latim em Saint Paul, no Minnesota, escreveu no volume de Jennings:
  • 10. ≠ “(…) os professores homossexuais não fazem parte do panorama dos couros, não têm relações sexuais em parques ou áreas de descanso das autoestradas e não se embelezam aos sábados à noite para irem a bares” contudo, estas ações servem para “silenciar atos transgressivos, porque a vergonha sexual pode ser outro aspeto que delimita e restringe a discussão em torno do sexo.” – página 116. Um professor de uma escola secundária de São Francisco regista (…): “Penso que nenhum professor deseja iniciar uma discussão que leva os seus alunos a imaginá-oa fazer sexo, em especial um tipo de sexo, que muitos ainda consideram compulsivo.” – página 116.
  • 11. “Um professor de Biologia em Cincinnati relembra as perguntas dos seus alunos como resposta à assunção espontânea da sua orientação sexual: “Nos trinta minutos que se seguiram relatei a minha história e respondi às imensas perguntas dos meus alunos. “Quando é que soube era homossexual?”… “O Diretor sabe?”… “Como é que o professor e o seu parceiro ‘o fazem’?”… As perguntas, na sua maioria, era uma tentativa honesta de obter respostas concretas. Fui sincero com eles, mas delimitei a minha privacidade bem como dos outros. Relativamente a perguntas de cariz sexual, expliquei-lhes que eram questões pessoais, mas o que se passa entre duas pessoas do mesmo sexo não difere do que se passa com um casal heterossexual. Expliquei-lhes que o mais importante é o amor e o carinho que existe dois indivíduos“. (pp. 229- 230)”
  • 12. “Muitos alunos heterossexuais e docentes universitários continuam (…) a considerar o sexo entre homossexuais repugnante, mas os próprios professores homossexuais podem também ocultar sentimentos de revolta contra as suas práticas sexuais” segundo Pierre Bourdieu (…) “a repugnância deveria ser «desembrulhada».”– página 117 “Hoje em dia, fico impressionado com os silêncios contínuos sobre o sexo e o género, que continuam a dominar os discursos dos professores homossexuais.” – página 120.
  • 13. “Em várias ocasiões da minha carreira de professor senti-me praticamente paralisado pela indecisão de saber o que vestir, como falar, como andar, como me sentar e como me mover.” – página 121. “Energias de macho” “Energias de mulher”
  • 14. “Energias de macho” “(…) meço cerca de 1,93cm, tenho pelos e barba.” – página 121. “Posso simular (…) o grande e valente machão, que está num bar da subcultura de couro num sábado à noite, como uma estratégia sexual, que indicam um conjunto de atividades eróticas e de papéis possíveis aos homens que desejo.” – página 122. “Energias de mulher” “(…) posso cruzar as pernas, utilizar uma voz mais suave e fazer gestos mais expressivos (…).” – página 122.
  • 15. “(…) os professores homossexuais têm apenas duas opções: ter um amante e representar um tipo de casal que se aproxima do padrão heteronormativo, ou a dessexualização, a repressão das nossas energias eróticas e a refutação dos estereótipos do homossexual obcecado pelo sexo” – página 125126 “Estou sempre consciente de como interajo com o meu amante quando os alunos estão por perto: quero ser “adequado”, mas não reprimo completamente a atração existente entre nós nem exalto o elemento erótico da relação” – página 127.
  • 16. “(…) acredito que os estigmas, os silêncios, os bodes- expiatórios e os ataques que geralmente rodeiam o aparecimento do sexo na sala de aula são práticas sociais produtoras de um populacho, que experimenta o sexo e o desejo que melhor se caraterizam por confusão, frustração, dor e abuso.” – página 130.
  • 17. “Manter o sexo na esfera privada e silenciar as discussões sobre o desejo, o corpo e as práticas eróticas no discurso de sala de aula garantem a continuidade do sexo enquanto uma forma de controlo social.” – página 130 “Os professores homossexuais (…) pode ser uma fonte surpreende de novas aprendizagens.” – página 131. “(…) homens homossexuais lutam por serem aceites e admitidos na sala de aula como educadores assumidamente homossexuais.” – página 131. “(…) os alunos queer de todos os géneros e sexualidades têm trabalhado para alcançar um relativo grau de segurança nas escolas públicas americanas.” – página 131.