2. 1. A “lei da ficha limpa” pode ser aplicada a
quem já tenha sido condenado ou somente se
aplica as condenações novas?
2. É juridicamente admissível aplicar a “lei
ficha limpa” às eleições de 2.010?
3. A "lei ficha limpa“ viola o princípio
constitucional da presunção de inocência, ao
tornar inelegíveis pessoas condenadas em
processos criminais sem que tenha ocorrido o
trânsito em julgado?
3. Retroatividade?
Leis podem retroagir?
Qual o fato jurídico abrangido pela norma de
inelegibilidade?
4. “Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral
entrará em vigor na data de sua publicação,
não se aplicando à eleição que ocorra até um
ano da data de sua vigência”.
O que é “processo eleitoral”?
5. “(a) fase pré-eleitoral, que, iniciando-se com a
realização das convenções partidárias e a
escolha de candidaturas, estende-se até a
propaganda eleitoral respectiva; (b) fase
eleitoral propriamente dita, que compreende o
início, a realização e o encerramento da
votação e (c) fase pós-eleitoral, que principia
com a apuração e contagem de votos e termina
com a diplomação dos candidatos eleitos, bem
assim dos seus respectivos suplentes”.
6. RE 129.392: aplicação da LC 64/90.
ADIn 354: normas de apuração de votos.
ADIn 4.307: composição das câmaras de
vereadores.
ADIn 3.685: coligações eleitorais.
7. “...cuidando-se de diploma exigido
pelo art. 14, § 9º, da Carta Magna,
para complementar o regime
constitucional de inelegibilidades, à
sua vigência imediata não se pode
opor o art. 16 da mesma
Constituição.” (RE 129.392, Rel. Min.
Sepúlveda Pertence, j. em 17-6-1992)
9. "A norma consubstanciada no art. 16 da
Constituição da República, que consagra o
postulado da anterioridade eleitoral (...),
vincula-se, em seu sentido teleológico, à
finalidade ético-jurídica de obstar a
deformação do processo eleitoral
mediante modificações que,
casuisticamente introduzidas pelo
Parlamento, culminem por romper a
necessária igualdade de participação dos
que nele atuam como protagonistas
relevantes
(ADI 3.345, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento
em 25-8-2005, Plenário, DJE de 20-8-2010.)
10. Presunção de inocência.
Inelegibilidade é pena?
Presunção de inocência absoluta?
11. IMPOSSIBILIDADE, CONTUDO, DE A LEI COMPLEMENTAR,
MESMO COM APOIO NO § 9º DO ART. 14 DA
CONSTITUIÇÃO, TRANSGREDIR A PRESUNÇÃO
CONSTITUCIONAL DE INOCÊNCIA, QUE SE QUALIFICA
COMO VALOR FUNDAMENTAL, VERDADEIRO
"CORNERSTONE" EM QUE SE ESTRUTURA O SISTEMA QUE
A NOSSA CARTA POLÍTICA CONSAGRA EM RESPEITO AO
REGIME DAS LIBERDADES E EM DEFESA DA PRÓPRIA
PRESERVAÇÃO DA ORDEM DEMOCRÁTICA - PRIVAÇÃO DA
CAPACIDADE ELEITORAL PASSIVA E PROCESSOS, DE
NATUREZA CIVIL, POR IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA -
NECESSIDADE, TAMBÉM EM TAL HIPÓTESE, DE
CONDENAÇÃO IRRECORRÍVEL - COMPATIBILIDADE DA LEI
Nº 8.429/92 (ART. 20, "CAPUT") COM A CONSTITUIÇÃO
FEDERAL (ART. 15, V, c/c O ART. 37, § 4º)
12. Critério de desempate: analogia com norma
sobre o mandado de segurança.
Análise: alínea “k” do artigo 1o.
E as demais causas de inelegibilidade?
13. Lei não comina sanções.
Fixa requisitos para se candidatar.
Momento de análise: registro da candidatura.
Presunção de inocência: não absoluta.
Artigo 16: aplicável.