3. "A criança chega ao médico pelo
encaminhamento escolar (ou familiar) a partir
de duas queixas básicas: déficit de
aprendizado ou alterações de conduta.
Nenhuma delas aponta, obrigatoriamente,
para a presença de psicopatologia infantil."
Psiquiatria, Associação Brasileira de. PROPSIQ Ciclo 2 Volume 1. SEMCAD, 10/2012. <vbk:223744260201#page(87)>.
4. Onde pode estar o problema?
Criança
• Doenças clínicas;
• Transtornos mentais;
Família
• Disfuncional;
• Negligência, maus tratos;
Escola
• Adequação.
6. O Normal e o Patológico
• Ausência de
doença;
• Ideal;
• Estatística;
• Bem estar (WHO);
• Funcional;
• Processo;
• Subjetiva;
• Liberdade;
• Operacional;
7. "O psiquiatra só pode conceber e
investigar o que se nos tornou
objetivo. A alma não é de forma
nenhuma objeto, torna-se objeto
através daquilo em que ela se
mostra perceptível no mundo:
fenômenos somáticos
concomitantes, nas expressões
inteligíveis, no comportamento,
nas ações. ” (Dalgalarrondo,
2011)
8. Diagnóstico Psicopatológico
O diagnóstico psicopatológico
repousa na totalidade dos
dados clínicos, momentâneos
(exame psíquico) e evolutivos
(anamnese, história dos
sintomas e evolução dos
transtornos).
É essa totalidade clínica que,
detectada, avaliada e
interpretada com
conhecimento (teórico e
científico) e habilidade (clínica
e intuitiva) conduzem ao
diagnóstico psicopatológico.
9. Entrevista
“A primeira impressão
tem o seu valor próprio
e dificilmente poderá
ser recapturada em
ocasiões posteriores...”
(Mayer-Gross, Slater e
Roth, 1976).
12. Importante considerar
Os sintomas podem ser
confundidos facilmente
com o desenvolvimento
normal;
Extremamente sensíveis
a interferências do
ambiente;
13. Desenvolvimento Normal da Criança
Fatores determinantes
Genéticos
Ambientais
Nutricionais
Atividade física
Neuroendócrinos
17. “A criança não é um adulto em miniatura e a doença
não deve ser privilegiada em detrimento do
indivíduo” (ASSUMPÇÃO, 2012)
É importante lembrar que…
Aliviar o sofrimento da
criança é infinitamente
mais importante do que
insistir em enquadrá-la
em algum transtorno.
18. Transtornos Mentais na Infância e
Adolescência
São frequentes:
(20%, segundo
OMS);
São graves: suicídio
é a terceira causa
de morte entre os
adolescentes.
19. Idade e Sexo
A prevalência de transtornos
mentais aumenta com a idade;
Transtornos externalizantes são
mais comuns em meninos e
transtornos internalizantes mais
comuns em meninas;
Início precoce é fator prognóstico
de problemas crônicos e graves
na adolescência e idade adulta.
20. Comorbidades
38 – 68% com pelo menos 1
comorbidade
Homotípica: comorbidades
entre transtornos do mesmo
agrupamento diagnóstico (ex:
TAG e Pânico)
Heterotípica: comorbidade
entre transtornos de
agrupamentos diferentes (ex:
depressão e TC)
21. Transtornos Mentais na Infância e
Adolescência – DSM 5
• T. do Neurodesenvolvimento;
• T. Motores;
• Espectro da Esquizofrenia
e outros T. Psicóticos;
• T. Bipolar e T. relacionados;
• T. Depressivos;
• Transtornos da Ansiedade;
22. Transtornos Mentais na Infância e
Adolescência – DSM 5
• T. Obsessivo Compulsivo e
T. relacionados;
• T. Relacionados a Trauma
e a Estressores;
• T. Dissociativos;
• T. Sintomas Somáticos e T.
Relacionados;
23. Transtornos Mentais na Infância e
Adolescência – DSM 5
• T. Alimentares;
• T. Eliminação;
• T. Sono-Vigília;
• Disfunções Sexuais;
• Disforia de Gênero;
24. Transtornos Mentais na Infância e
Adolescência – DSM 5
• T. Disruptivos, do Controle
de Impulsos e da
Conduta;
• T. Relacionados a
Substâncias e T. Aditivos.
27. Déficit Intelectual
■Habilidades intelectuais abaixo da média
1 a 2% da população;
M>F
Leve: QI entre 50 e 70 (85%)
Moderada: QI entre 35 e 49(10%)
Grave: QI entre 20 e 34
Profunda: QI abaixo de 20
28. Transtornos da Comunicação
• T. Linguagem
• T. Fala
• T. Fluência com Início na Infância
• T. Comunicação Social
• T. Comunicação NE
29. Transtornos do Espectro Autista
1:68
Maior em meninos
Detecção precoce
Interação Social
Comunicação
Interesses restritos
30. Transtorno do déficit de atenção
e hiperatividade (TDAH)
2 a 5 %
Atenção
Hiperatividade
Impulsividade
31. Transtorno Específico da
Aprendizagem
■ Com prejuízo na leitura:
• Dislexia;
■ Com prejuízo na expressão escrita:
• Disortografia;
■ Com prejuízo na matemática
• Discalculia;
32. Dislexia
“O cachorro fugiu. A dona foi
procurar, mas não
encontrou.”
“O cajorro vugiu. A doma foi
pocurar, mas não encontou.”
“O cachoco fugio. A poua voi
porcurar, mas não encontorl.
38. Espectro da Esquizofrenia
e outros T. Psicóticos
Esquizofrenia;
Transtorno Psicótico Breve;
Pensamento desagregado
Delírios
Alucinações
Visuais
Auditivas
43. Depressão
1 % Pré escolar, 2% Escolar e 6% Adolescentes!
70% sem dx e tx!
Tristeza
Isolamento
Falta de motivação
Queixas físicas
Sentimentos de culpa
Irritabilidade
Pensamentos recorrentes de morte
44. Transtornos da Ansiedade
Fobias Específicas e Fobia Social
Ataques de Pânico
Síndrome do Pânico
Transtorno Obsessivo-Compulsivo
Transtorno de Ansiedade Generalizada
Transtorno de Estresse Pós-Traumático
Ansiedade de separação
47. Fobia Social
Raramente incapacitante
Mais comum em meninos
Evolução crônica
Mais frequente após a puberdade
Alto índice de comorbidade, inclusive depressão
e abuso de substâncias (Hovens, 1994)
Maior relação com a fobia social do adulto do
que com outros quadros de ansiedade
48. Transtorno De Ansiedade
Generalizada
Preocupação excessiva, com prejuízo funcional,
em vários aspectos como segurança pessoal,
interação social, eventos futuros e passados
Sintomas físicos com frequência estão
associados ( cefaléia, dor de estômago)
Prevalência entre 2 e 4%
Mais comum em meninas
49. Ansiedade De Separação
3 e 5%
Entre 7 e 9 anos
Ansiedade excessiva e
inapropriada quando
separada dos pais ou longe
de casa
50% das crianças apresentam
comorbidade psiquiátrica
50. Ansiedade De Separação
Relação com Síndrome
do Pânico no adulto;
Atitude dos pais é
fundamental para o
alívio ou piora dos
sintomas
51. Síndrome Do Pânico
0,7% F e 0,4% M
Recorrência inesperada de ataques de pânico,
durante pelo menos um mês
Pode vir acompanhado de agorafobia
Início entre 3 anos e adolescência
Hx familiar
Pronto Socorro
52. Transtorno Obsessivo-compulsivo
2,8 a 4%
Com frequência traz grandes
prejuízos no desempenho
escolar, vida social, familiar
Tempo médio entre o início dos
sintomas e diagnóstico: até 10
anos!
54. Transtorno De Estresse Pós -
Traumático
Após exposição ao estressor
Exemplos: ataques de
animais, assaltos, cenas de
violência, relatos de casos de
agressividade
Sintomas podem ser agudos
ou crônicos
55. Transtorno De Estresse Pós -
Traumático
Início tardio quando os
sintomas iniciam após 6
meses do evento traumático
Pode estar camuflado a
outros sintomas de
ansiedade
57. T. Sintomas Somáticos e T.
Relacionados
T. sintoma somático;
T. ansioso da doença;
T. conversivo (transtorno do
sintoma neurológico
funcional);
Fatores psicológicos que
afetam outras condições
médicas;
Transtorno factício;
66. Transtorno Opositor Desafiante
6%, M>F
Padrão recorrente de
comportamento
negativista, desafiador,
desobediente e hostil
para com figuras de
autoridade, que persiste
por pelo menos 6 meses.
Comorbidade
67. Transtorno Opositor Desafiante
perder a paciência
discutir com adultos
desafiar ativamente
recusar-se a obedecer a
solicitações ou regras dos
adultos
deliberadamente fazer coisas
que aborrecem outras
pessoas
68. Transtorno Opositor Desafiante
responsabilizar outras pessoas
por seus próprios erros
ser suscetível ou facilmente
aborrecido pelos outros
Enraivecido,
ressentido,
rancoroso ou
vingativo
69. Transtornos de Conduta
Desrespeitam os direitos
básicos dos outros, tais
como integridade física e a
propriedade (mentiras,
fuga de casa, roubo,
crueldade com animais e
pessoas, ausências não
autorizadas da escola,
abuso sexual).
70. TOD e TC
Importância das regras
Imponha limites
Castigo x Consequências
Ordens simples
Não discutir ou ameaçar
Reforçar bom comportamento
Identificar talentos
Ignorar comportamentos impróprios