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O ESTUDO DO LUGAR COMO POSSIBILIDADE PARA SE COMPREENDER O
MUNDO: A VISÃO DOS EDUCANDOS DO 5ª E 6ª ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL
                         SOBRE O LUGAR

                                            ARELI DA SILVA ANDRADE
                         Prefeitura Municipal de Gravatá/Secretaria de Educação/silvaareli@hotmail.com

                                       ALLAN RODRIGUES DE SIQUEIRA
                                     Licenciado em Geografia/allansiqueira@hotmail.com

                                        CLÉLIO CRISTIANO DOS SANTOS
                                     Universidade de Pernambuco/clegeo2@yahoo.com.br


RESUMO

Este trabalho reflete sobre a importância do emprego do conceito geográfico de lugar no 5ºe 6º ano do ensino
fundamental como ferramenta para se iniciar a leitura do mundo. Devido ao fato da Geografia ser uma ciência que
vem sendo solicitada para explicar os fatos que ocorrem tanto em nível local quanto global, é necessário que os
educandos aprendam a ler os acontecimentos que ocorrem em sua volta. Esse fato nos leva a analisar se os
educandos conseguem realizar uma leitura acerca do mundo. Concluímos que eles possuem dificuldade na leitura do
mundo, pois não conseguem ler seu próprio espaço. Diante dessa problemática temos como objetivo demonstrar que
este fato pode ser superado a partir do estudo do conceito de lugar, visando o desenvolvimento da aprendizagem da
leitura do seu cotidiano e consequentemente do mundo. Para alcançar nosso objetivo foi realizada uma pesquisa
onde verificamos o entendimento dos educandos acerca do conceito de lugar. Foi analisado que a partir do estudo do
lugar, partindo do seu cotidiano, o educando pode iniciar sua leitura do mundo. Também foi visto que os
conhecimentos prévios do educando contribui para a construção de uma aprendizagem significativa que o ajude na
leitura do mundo.
Palavras-chave: Ensino, Lugar, Alfabetização Geográfica, Aprendizagem Significativa.

ABSTRACT

This paper reflects on the importance of using the geographical concept of place on the 5th and 6th year
of primary education as a tool to start reading the world. Because geography is a science that has been
requested to explain the events that occur both locally and globally, it is necessary that students learn to
read the events that occur around you. This fact leads us to examine whether the students can do some
reading about the world. We conclude that they have difficulty in reading the world, because they can not
read your own space. Given this issue we aim to demonstrate that this fact can be overcome by studying
the concept of place, aiming at the development of learning to read your daily life and consequently the
world. To achieve our goal we conducted a survey which found the students' understanding about the
concept of place. It was considered that from the study of the place, from your daily routine, the student
can start your reading of the world. It was also seen that the prior knowledge of the student contributes to
building a meaningful learning that will help in reading the world.
Keywords: Teaching, Location, Geographic Reasoning, Meaningful Learning.

INTRODUÇÃO


        A Geografia exerce um importante papel na vida dos indivíduos, pois através dela é
possível compreender fatos e fenômenos que ocorrem no espaço geográfico.
        Compreender o mundo em que vivemos leva-nos ao exercício da cidadania. Contudo,
para que possamos compreender o mundo atual é necessário realizarmos a leitura dele.
Ler o mundo é ler o espaço geográfico, o espaço vivido pelo ser humano, onde
realizamos nossas atividades, é compreender que as paisagens que vemos são o resultado da vida
em sociedade do ser humano na busca pela sobrevivência.
       O estudo do lugar levará o educando a compreender o seu espaço, a analisar como este se
comporta e se relaciona com o global. Compreender o seu espaço é o primeiro passo para se
iniciar a leitura do mundo.


A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA


       A reflexão sobre a realidade dos povos é uma característica importante do ensino de
Geografia, pois essa reflexão possibilita o educando a pensar de maneira crítica sobre o seu
espaço, observando e analisado as transformações que nele ocorrem, para poder intervir de
maneira consciente.
       Com a globalização, o mundo passa a vivenciar novos conflitos e inquietações, pois esta
unificou o mundo através do capital. Neste momento percebe-se a importância do ensino de
Geografia, pois através dela é possível compreender as transformações que estão ocorrendo a
nossa volta.
       Sobre a importância de se ensinar Geografia, Cavalcanti (2003) nos diz que a Geografia
tem a finalidade de ajudar a formar um raciocínio geográfico e concepções mais estruturadas
sobre o espaço, fazendo com que o educando pense sobre os fatos de forma crítica, e
compreendam sua participação na vida em sociedade. Oliveira (1998) também ver que o ensino
de Geografia deve proporcionar ao educando a capacidade de interpretar, analisar e pensar a
realidade sabendo que esta é passível de transformação. Diante do exposto é possível notar que
para os autores, uma das funções do ensino de Geografia é justamente a de levar o educando a
pensar sobre seu espaço. Contudo, para que isso ocorra é necessário que os educandos possuam
um raciocínio geográfico que os possibilite fazer a leitura do seu espaço.
       Para ajudar na formação desse raciocínio, Foucher (2003, p. 21-23), aponta duas
perguntas: “aonde e por que ai?”. Essas perguntas possibilitarão o educando a ir além da
localização geográfica, despertando o interesse de se saber por que isso ou aquilo ocorreu em um
determinado lugar. A Cartografia associada às perguntas “aonde? E por que ai nesse lugar?”,
ajuda o educando a localizar os acontecimentos e fazer relações entre eles, contribuindo assim
para a formação de um raciocínio geográfico e formação do cidadão. Outra pergunta desta vez
apresentada por Cavalcanti (2002, p.14), é: “como é esse lugar?”. Essas três perguntas reunidas
ajudam a estimular o pensamento crítico do educando levando-o a realizar uma leitura da
realidade.
       Sobre a leitura da realidade, atualmente o ensino de Geografia tem dado ênfase para se
trabalhar com os conhecimentos prévios dos educandos como pode ser visto em Straforini
(2001), Cavalcanti (2002) e Callai (2005). As experiências dos educandos podem e devem ser
trabalhados em sala de aula, levando o educando a pensar sobre sua realidade, seu espaço, sobre
as transformações que ocorrem no seu lugar.


ALFABETIZAÇÃO GEOGRÁFICA E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA


       No universo acadêmico existem vários trabalhos que mostram a importância da
alfabetização geográfica nas séries iniciais, como por exemplo: Callai (2005) e Straforini (2001).
Nesses trabalhos é discutida a possibilidade dos educandos aprenderem a Geografia nas séries
iniciais a partir da leitura do mundo, do seu cotidiano.
       Toda criança ao ingressar na escola para aprender a ler, já traz consigo uma experiência
com o mundo a sua volta, essas experiências são os conhecimentos prévios que devem ser
utilizados pelo educador para que a aprendizagem seja significativa para o educando. Segundo a
teoria da aprendizagem significativa de Ausubel, Pelizzari et al (2002), diz que os conhecimentos
prévios dos educandos devem ser valorizados para que a aprendizagem se torne eficaz e
significativa para eles.


                           A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo
                           conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e
                           adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento
                           prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se
                           produziu menos essa incorporação e atribuição de significado, e o novo
                           conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de
                           associações arbitrárias na estrutura cognitiva. (PELIZZARI et al, 2002, p.
                           38).

       A construção da aprendizagem significativa dependerá da ligação dos conhecimentos do
aluno (conhecimento prévio) com os conhecimentos novos (conhecimento aprendido na escola).
       A partir do desenvolvimento de uma aprendizagem significativa a alfabetização
geográfica pode se tornar mais eficaz, pois levará em consideração os conhecimentos que os
educandos trazem consigo, desse modo a leitura do mundo terá início a partir do mundo
conhecido por eles.
Para se conseguir ler o espaço é necessário que também haja uma alfabetização
cartográfica, ou seja, além das letras, das palavras, dos números, os educandos precisam
aprender a ler a linguagem cartográfica, pois ela é a base para o ensino e aprendizagem da
Geografia. O processo de alfabetização através da linguagem cartográfica faz com que o ensino
de Geografia se torne mais significativo, pois cria condições para que as crianças façam a leitura
do mundo a partir de suas representações. Daí a necessidade de que essa alfabetização
cartográfica ocorra no início da escolaridade. Mas quando não ocorrer, cabe aos educadores das
séries posteriores que fiquem atentos a isso e identifiquem o problema para tentarem preencher a
lacuna existente.


O ESTUDO DO LUGAR


       Um importante conceito para se iniciar a leitura do mundo é o de lugar. Mas o que é o
lugar? O lugar é antes de tudo uma fração do espaço. Para a Geografia humanística o lugar é o
espaço que nos é familiar, é o nosso espaço vivido, porque “é no cotidiano da própria vivência
que as coisas vão acontecendo e, assim, configurando o espaço, dando feição ao lugar”
(CALLAI, 2005, p.235).
       Muitos livros didáticos utilizam essa abordagem para iniciar o estudo do lugar, visto que
ela é a que mais se aproxima da realidade do educando. No entanto os educandos não podem
ficar limitados apenas ao lugar que lhes é familiar, eles precisam compreender que o seu lugar
faz parte de um todo, que ele está interligado com outros lugares. O lugar não pode ser visto de
forma isolada, por isso é necessário que o estudo avance para uma concepção histórico-dialética1
onde os problemas, os fatos ocorridos sejam analisados de forma local e global, de maneira que
os educandos possam ver o seu lugar no mundo, pois é no lugar onde ocorrem transformações
geradas por estímulos internos e externos que ditam a vida das pessoas que o habitam.
       Através do estudo do lugar os educandos devem compreender que “o que se passa em um
lugar depende da totalidade de lugares que constroem o espaço” (SANTOS, 1986, p.122). No
atual estágio de desenvolvimento tecnológico, de economias interligadas, de globalização, não
cabe mais estudar os lugares de forma isolada.
       Para os educandos realizarem a leitura do mundo é necessário que eles conheçam o seu
lugar, com suas necessidades, sua administração, suas áreas de lazer. Ao estudar o lugar o



1
 Nessa concepção o lugar deve ser estudado levando em consideração que ele está inserido em um mundo
globalizado
educando estará se apropriando de sua história, estará entendendo os processos que contribuíram
para a formação do seu lugar.
       Segundo Pontuschka, 1999 (apud STRAFORINI 2001, p.48), o lugar vivido pelo
educando deve ser o ponto de partida para se estudar o mundo, pois o estudo pode passear do
local para o global e ao retornar ao local vim carregado de novas informações.


METODOLOGIA


       O estudo foi realizado na Escola Municipal Professor Mário Matos, no município de
Garanhuns. A pesquisa foi realiza no ano de 2008, no mês de outubro. Participaram desta
pesquisa quarenta (40) educandos, sendo dez (10) do 5º ano A e B, e dez (10) do 6º ano A e C.
       Visando alcançar o objetivo proposto, e assim confirmar ou não a nossa hipótese de que
os educandos possuem dificuldades para realizar a leitura do mundo em que vivem, realizamos
uma pesquisa a partir de uma análise direta, onde através de entrevistas e questionários buscamos
respostas sobre como os educandos compreendem o conceito de lugar. Os educandos envolvidos
na pesquisa foram divididos em dois grupos, sendo o primeiro grupo formado por educandos do
5º ano “A” e “B”, e o segundo por educandos do 6º ano “A” e “C”.
       A Escola campo de pesquisa possui duas turmas do 6º ano com 36 educandos cada, e três
turmas do 6º ano, sendo as turmas “A” e “B” composta de 34 educandos e a turma “C” por 35
educandos. Devido ao fato da 5ª série “A” ser muito semelhante com a 5ª série “B” em relação à
faixa etária, foi preferível trabalhar com as turmas “A” e “C”, pois diferentemente da “B”, a
turma “C” possui um número considerável de educandos fora da faixa etária.
       Foram aplicados questionários com o objetivo de apreender como os educandos
compreendiam o conceito de lugar. Também foi realizado cinco encontros para obtermos todas
as informações necessárias para esta pesquisa, cujo resultado está aqui presentes.


A VISÃO DOS EDUCANDOS SOBRE O LUGAR


       Diante do que foi exposto na primeira parte deste trabalho, é possível verificar que o
estudo do lugar pode ajudar o educando a iniciar a leitura do mundo e quando esse estudo é feito
a partir dos conhecimentos prévios dos educandos ele se torna mais significativo por isso, com o
objetivo de verificar a visão do educando sobre o lugar foi realizada uma pesquisa com
educandos do 5ª ano A e B e 6ª ano A e C do ensino fundamental de uma escola pública situada
no espaço urbano do município de Garanhuns, PE no ano de 2008.
Para sabermos qual era o entendimento dos educandos sobre o lugar, foi solicitado que
respondessem um questionário que tinha como objetivo verificar como eles compreendiam o
conceito de lugar. É importante ressaltar que esta pesquisa foi por amostragem, entretanto não
foi dado ênfase aos procedimentos estatísticos e os resultados devem ser vistos como guia para
uma reflexão da situação que foi apresentada.
         Na pesquisa realizada com os educandos do 5º ano foi solicitado que eles respondessem
ao questionário destinado a sabermos qual era o entendimento deles sobre o lugar onde vivem. A
maioria dos educandos tentou descrever o município de Garanhuns apontando apenas seus
pontos turísticos, outros procuraram descrever o lugar fornecendo pontos de referência de suas
casas.
         Ao serem indagados sobre que lugares de Garanhuns eles conheciam, os educandos
citaram respectivamente: Relógio das Flores, Parque Euclides Dourado e o Cinema, no entanto,
os educandos apresentaram dificuldades em apontar um ponto de referência e ensinar um
caminho para chegarmos nesses lugares. Provavelmente essa dificuldade se deu devido ao fato
dos educandos residirem longe dos lugares referidos, o que faz com que eles não os frequentem
com assiduidade. E um fato que pode ter contribuído para que esses lugares fossem bastante
citados, pode ser devido à frequência com que eles aparecem na mídia, já que são pontos
turísticos da cidade.
         Em relação ao entendimento de lugar, dos educandos do 6º ano muitos apresentaram
dificuldades, alguns chegaram a declarar que não sabiam, outros entendem o lugar como sendo
um ponto de localização no espaço. Contudo a maioria explicou o lugar aproximando-se com a
perspectiva da Geografia humanística2, pois percebemos que o educando mesmo de forma
precária, faz referência ao seu espaço vivido. Talvez pela experiência que já possuem com o seu
lugar.
         De forma geral eles associaram o lugar ao seu bairro e o caracterizaram como sendo
calmo, feliz, bonito, e com paisagens (arborizado), além de declararem gostar do lugar onde
vivem. Os educandos não conseguiram explicar os fatores externos e internos que dão tais
características ao bairro que é o seu lugar. Os educandos também não souberam traçar um


2
 Sobre o lugar, Cavalcanti (2004, p.89-90), nos apresenta três perspectivas que atualmente têm sido o foco das
discussões teórico-metodológicas. A primeira é a visão humanística, onde o lugar é o nosso espaço vivido,
experiênciado. A segunda é a concepção histórico-dialética, onde o lugar é considerado no contexto do processo da
globalização, nesse sentido o lugar sofreria os impactos providos pela globalização. O lugar não está só no espaço,
os seus problemas devem ser analisados em uma escala global. A terceira perspectiva coloca em questão a noção de
totalidade, pois o lugar é visto pela ótica do pensamento pós-moderno, ou seja, o lugar não é explicado pela sua
relação com o global, com a totalidade.
percurso para chegarem aos lugares por eles referidos, como também não souberam apontar
diferenças existentes entre o bairro que eles residem e o centro de Garanhuns, pois não possuem
concepção das funções específicas de ambos os lugares.
       Tanto os educandos do 5º ano como os do 6º ano, apresentaram dificuldades para explicar
o conceito de lugar e usa-lo para realizar a leitura no seu espaço de vivência e do mundo.
Embora esse conceito já tivesse sido estudado, muitos educandos agiram como se nunca
tivessem tido contato com o conceito de lugar, este fato demostra que a aprendizagem dos
educandos não foi internalizada e nem significativa.
       Na teoria da aprendizagem significativa, Pelizzari et al, diz que Ausubel “apresenta uma
aprendizagem [...] que conduza o aluno a imaginar-se como parte integrante desse novo
conhecimento através de elos, de termos familiares a ele”. (2002, p. 41). O elo entre o novo
conhecimento e velho torna-o mais próximo, aproveitável e significativo para o educando, pois
ele irá entender melhor sua realidade e refletir sobre ela.
       No caso dos educandos do 5º e 6º ano, eles demostraram não conhecer seu próprio lugar
de vivência, possivelmente o conceito de lugar foi trabalhado como algo muito distante da
realidade deles, logo pouco aproveitável e significativo.


CONCLUSÃO


       A Geografia pode despertar o interesse no educando de desejar compreender o lugar onde
ele vive, pois muitos assuntos abordados pela ciência geográfica fazem parte do dia-a-dia das
pessoas, e foi partindo desta premissa que desenvolvemos este trabalho para analisarmos como
os alunos realizam a leitura do mundo utilizando o conceito de lugar.
       Através deste estudo, foi possível constatar que realmente os educandos possuem certa
dificuldade em analisar o mundo onde eles vivem, mesmo que essa análise seja feita de um
ambiente mais próximo a eles. Percebemos que esse fato se dá na maioria das vezes porque os
educandos não conseguem formar um raciocínio geográfico e nem possuem uma aprendizagem
que os possibilite relacionar os conteúdos vistos em sala de aula com os fatos que ocorrem no
seu lugar de vivência, como também não conseguem identificar a relação entre o seu lugar e
outros lugares.
       De fato comprovamos que o conceito de lugar é essencial para se iniciar a leitura do
mundo, pois a maioria dos educandos relacionou este conceito com a perspectiva da Geografia
humanística, mas infelizmente não conseguiram ampliar esse entendimento para uma concepção
histórico-dialética, ou seja, não relacionaram seu espaço vivido com o global. Vimos também
que a teoria da aprendizagem significativa pode contribuir para o desenvolvimento da leitura do
mundo por parte dos educandos.
       Confirmamos nossa hipótese de que os educandos possuem dificuldades em realizar a
leitura do mundo, logo não conseguem ler o mundo e nem os espaços a sua volta.
       Diante do exposto esperamos que este trabalho possa contribuir para a melhoria do ensino
de Geografia e para a construção de novos trabalhos visto que a geografia é uma ciência
dinâmica e como tal, precisa ser vista e revista diariamente.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

CALLAI, H. C. O estudo do lugar como possibilidade de construção da identidade e
pertencimento. Disponível em: <http://www.ces.uc.pt/lab2004/pdfs/HelenaCallai.pdf>.
Acessadoem 03/04/08. As 9:35h

CALLAI, H. C. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino
fundamental. Cad. Cedes, Campinas, vol.25, n.66, p.227-247, maio/ago. 2005. Disponível em:
<http://www.cedes.unicamp.br>. Acessado em03/04/08. As 9:00h.

CAVALCANTI, L. S. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002. p 11-27.

CAVALCANTI, L. S. Geografia escolar e construção de conhecimentos. 5ª ed. São Paulo:
Papirus, 2003. 191p.

FOUCHER, M. Lecionar Geografia Apesar de Tudo. In. VESRNTINI. J. W. (org). Geografia
e Ensino: Textos críticos. 7ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. P.13-29

OLIVEIRA, A. U. Educação e Ensino de Geografia na Realidade Brasileira. In: OLIVEIRA,
A. U. (org). Para onde vai o Ensino e Geografia? 6ª Ed. São Paulo: Contexto 1998. p. 135-144.

PELIZZARI, A. KRIEGL, M. L. BARON, M. P. FINK, N. T. L. DOROCINSKI, S. I. Teoria da
Aprendizagem Significativa Segundo Ausubel. Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul.
2001-jul. 2002. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br>. Acessado em:
06/04/2012. As 15:00 h.

SANTOS, M. Por Uma Geografia Nova. 3ª Ed. São Paulo: Hucitec, 1986.

STRAFORINI, R. Ensinar geografia nas series iniciais: o desafio da totalidade mundo.
Dissertação de mestrado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2001. 155p.

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Estudo do lugar para compreender o mundo

  • 1. O ESTUDO DO LUGAR COMO POSSIBILIDADE PARA SE COMPREENDER O MUNDO: A VISÃO DOS EDUCANDOS DO 5ª E 6ª ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL SOBRE O LUGAR ARELI DA SILVA ANDRADE Prefeitura Municipal de Gravatá/Secretaria de Educação/silvaareli@hotmail.com ALLAN RODRIGUES DE SIQUEIRA Licenciado em Geografia/allansiqueira@hotmail.com CLÉLIO CRISTIANO DOS SANTOS Universidade de Pernambuco/clegeo2@yahoo.com.br RESUMO Este trabalho reflete sobre a importância do emprego do conceito geográfico de lugar no 5ºe 6º ano do ensino fundamental como ferramenta para se iniciar a leitura do mundo. Devido ao fato da Geografia ser uma ciência que vem sendo solicitada para explicar os fatos que ocorrem tanto em nível local quanto global, é necessário que os educandos aprendam a ler os acontecimentos que ocorrem em sua volta. Esse fato nos leva a analisar se os educandos conseguem realizar uma leitura acerca do mundo. Concluímos que eles possuem dificuldade na leitura do mundo, pois não conseguem ler seu próprio espaço. Diante dessa problemática temos como objetivo demonstrar que este fato pode ser superado a partir do estudo do conceito de lugar, visando o desenvolvimento da aprendizagem da leitura do seu cotidiano e consequentemente do mundo. Para alcançar nosso objetivo foi realizada uma pesquisa onde verificamos o entendimento dos educandos acerca do conceito de lugar. Foi analisado que a partir do estudo do lugar, partindo do seu cotidiano, o educando pode iniciar sua leitura do mundo. Também foi visto que os conhecimentos prévios do educando contribui para a construção de uma aprendizagem significativa que o ajude na leitura do mundo. Palavras-chave: Ensino, Lugar, Alfabetização Geográfica, Aprendizagem Significativa. ABSTRACT This paper reflects on the importance of using the geographical concept of place on the 5th and 6th year of primary education as a tool to start reading the world. Because geography is a science that has been requested to explain the events that occur both locally and globally, it is necessary that students learn to read the events that occur around you. This fact leads us to examine whether the students can do some reading about the world. We conclude that they have difficulty in reading the world, because they can not read your own space. Given this issue we aim to demonstrate that this fact can be overcome by studying the concept of place, aiming at the development of learning to read your daily life and consequently the world. To achieve our goal we conducted a survey which found the students' understanding about the concept of place. It was considered that from the study of the place, from your daily routine, the student can start your reading of the world. It was also seen that the prior knowledge of the student contributes to building a meaningful learning that will help in reading the world. Keywords: Teaching, Location, Geographic Reasoning, Meaningful Learning. INTRODUÇÃO A Geografia exerce um importante papel na vida dos indivíduos, pois através dela é possível compreender fatos e fenômenos que ocorrem no espaço geográfico. Compreender o mundo em que vivemos leva-nos ao exercício da cidadania. Contudo, para que possamos compreender o mundo atual é necessário realizarmos a leitura dele.
  • 2. Ler o mundo é ler o espaço geográfico, o espaço vivido pelo ser humano, onde realizamos nossas atividades, é compreender que as paisagens que vemos são o resultado da vida em sociedade do ser humano na busca pela sobrevivência. O estudo do lugar levará o educando a compreender o seu espaço, a analisar como este se comporta e se relaciona com o global. Compreender o seu espaço é o primeiro passo para se iniciar a leitura do mundo. A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE GEOGRAFIA A reflexão sobre a realidade dos povos é uma característica importante do ensino de Geografia, pois essa reflexão possibilita o educando a pensar de maneira crítica sobre o seu espaço, observando e analisado as transformações que nele ocorrem, para poder intervir de maneira consciente. Com a globalização, o mundo passa a vivenciar novos conflitos e inquietações, pois esta unificou o mundo através do capital. Neste momento percebe-se a importância do ensino de Geografia, pois através dela é possível compreender as transformações que estão ocorrendo a nossa volta. Sobre a importância de se ensinar Geografia, Cavalcanti (2003) nos diz que a Geografia tem a finalidade de ajudar a formar um raciocínio geográfico e concepções mais estruturadas sobre o espaço, fazendo com que o educando pense sobre os fatos de forma crítica, e compreendam sua participação na vida em sociedade. Oliveira (1998) também ver que o ensino de Geografia deve proporcionar ao educando a capacidade de interpretar, analisar e pensar a realidade sabendo que esta é passível de transformação. Diante do exposto é possível notar que para os autores, uma das funções do ensino de Geografia é justamente a de levar o educando a pensar sobre seu espaço. Contudo, para que isso ocorra é necessário que os educandos possuam um raciocínio geográfico que os possibilite fazer a leitura do seu espaço. Para ajudar na formação desse raciocínio, Foucher (2003, p. 21-23), aponta duas perguntas: “aonde e por que ai?”. Essas perguntas possibilitarão o educando a ir além da localização geográfica, despertando o interesse de se saber por que isso ou aquilo ocorreu em um determinado lugar. A Cartografia associada às perguntas “aonde? E por que ai nesse lugar?”, ajuda o educando a localizar os acontecimentos e fazer relações entre eles, contribuindo assim para a formação de um raciocínio geográfico e formação do cidadão. Outra pergunta desta vez apresentada por Cavalcanti (2002, p.14), é: “como é esse lugar?”. Essas três perguntas reunidas
  • 3. ajudam a estimular o pensamento crítico do educando levando-o a realizar uma leitura da realidade. Sobre a leitura da realidade, atualmente o ensino de Geografia tem dado ênfase para se trabalhar com os conhecimentos prévios dos educandos como pode ser visto em Straforini (2001), Cavalcanti (2002) e Callai (2005). As experiências dos educandos podem e devem ser trabalhados em sala de aula, levando o educando a pensar sobre sua realidade, seu espaço, sobre as transformações que ocorrem no seu lugar. ALFABETIZAÇÃO GEOGRÁFICA E APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA No universo acadêmico existem vários trabalhos que mostram a importância da alfabetização geográfica nas séries iniciais, como por exemplo: Callai (2005) e Straforini (2001). Nesses trabalhos é discutida a possibilidade dos educandos aprenderem a Geografia nas séries iniciais a partir da leitura do mundo, do seu cotidiano. Toda criança ao ingressar na escola para aprender a ler, já traz consigo uma experiência com o mundo a sua volta, essas experiências são os conhecimentos prévios que devem ser utilizados pelo educador para que a aprendizagem seja significativa para o educando. Segundo a teoria da aprendizagem significativa de Ausubel, Pelizzari et al (2002), diz que os conhecimentos prévios dos educandos devem ser valorizados para que a aprendizagem se torne eficaz e significativa para eles. A aprendizagem é muito mais significativa à medida que o novo conteúdo é incorporado às estruturas de conhecimento de um aluno e adquire significado para ele a partir da relação com seu conhecimento prévio. Ao contrário, ela se torna mecânica ou repetitiva, uma vez que se produziu menos essa incorporação e atribuição de significado, e o novo conteúdo passa a ser armazenado isoladamente ou por meio de associações arbitrárias na estrutura cognitiva. (PELIZZARI et al, 2002, p. 38). A construção da aprendizagem significativa dependerá da ligação dos conhecimentos do aluno (conhecimento prévio) com os conhecimentos novos (conhecimento aprendido na escola). A partir do desenvolvimento de uma aprendizagem significativa a alfabetização geográfica pode se tornar mais eficaz, pois levará em consideração os conhecimentos que os educandos trazem consigo, desse modo a leitura do mundo terá início a partir do mundo conhecido por eles.
  • 4. Para se conseguir ler o espaço é necessário que também haja uma alfabetização cartográfica, ou seja, além das letras, das palavras, dos números, os educandos precisam aprender a ler a linguagem cartográfica, pois ela é a base para o ensino e aprendizagem da Geografia. O processo de alfabetização através da linguagem cartográfica faz com que o ensino de Geografia se torne mais significativo, pois cria condições para que as crianças façam a leitura do mundo a partir de suas representações. Daí a necessidade de que essa alfabetização cartográfica ocorra no início da escolaridade. Mas quando não ocorrer, cabe aos educadores das séries posteriores que fiquem atentos a isso e identifiquem o problema para tentarem preencher a lacuna existente. O ESTUDO DO LUGAR Um importante conceito para se iniciar a leitura do mundo é o de lugar. Mas o que é o lugar? O lugar é antes de tudo uma fração do espaço. Para a Geografia humanística o lugar é o espaço que nos é familiar, é o nosso espaço vivido, porque “é no cotidiano da própria vivência que as coisas vão acontecendo e, assim, configurando o espaço, dando feição ao lugar” (CALLAI, 2005, p.235). Muitos livros didáticos utilizam essa abordagem para iniciar o estudo do lugar, visto que ela é a que mais se aproxima da realidade do educando. No entanto os educandos não podem ficar limitados apenas ao lugar que lhes é familiar, eles precisam compreender que o seu lugar faz parte de um todo, que ele está interligado com outros lugares. O lugar não pode ser visto de forma isolada, por isso é necessário que o estudo avance para uma concepção histórico-dialética1 onde os problemas, os fatos ocorridos sejam analisados de forma local e global, de maneira que os educandos possam ver o seu lugar no mundo, pois é no lugar onde ocorrem transformações geradas por estímulos internos e externos que ditam a vida das pessoas que o habitam. Através do estudo do lugar os educandos devem compreender que “o que se passa em um lugar depende da totalidade de lugares que constroem o espaço” (SANTOS, 1986, p.122). No atual estágio de desenvolvimento tecnológico, de economias interligadas, de globalização, não cabe mais estudar os lugares de forma isolada. Para os educandos realizarem a leitura do mundo é necessário que eles conheçam o seu lugar, com suas necessidades, sua administração, suas áreas de lazer. Ao estudar o lugar o 1 Nessa concepção o lugar deve ser estudado levando em consideração que ele está inserido em um mundo globalizado
  • 5. educando estará se apropriando de sua história, estará entendendo os processos que contribuíram para a formação do seu lugar. Segundo Pontuschka, 1999 (apud STRAFORINI 2001, p.48), o lugar vivido pelo educando deve ser o ponto de partida para se estudar o mundo, pois o estudo pode passear do local para o global e ao retornar ao local vim carregado de novas informações. METODOLOGIA O estudo foi realizado na Escola Municipal Professor Mário Matos, no município de Garanhuns. A pesquisa foi realiza no ano de 2008, no mês de outubro. Participaram desta pesquisa quarenta (40) educandos, sendo dez (10) do 5º ano A e B, e dez (10) do 6º ano A e C. Visando alcançar o objetivo proposto, e assim confirmar ou não a nossa hipótese de que os educandos possuem dificuldades para realizar a leitura do mundo em que vivem, realizamos uma pesquisa a partir de uma análise direta, onde através de entrevistas e questionários buscamos respostas sobre como os educandos compreendem o conceito de lugar. Os educandos envolvidos na pesquisa foram divididos em dois grupos, sendo o primeiro grupo formado por educandos do 5º ano “A” e “B”, e o segundo por educandos do 6º ano “A” e “C”. A Escola campo de pesquisa possui duas turmas do 6º ano com 36 educandos cada, e três turmas do 6º ano, sendo as turmas “A” e “B” composta de 34 educandos e a turma “C” por 35 educandos. Devido ao fato da 5ª série “A” ser muito semelhante com a 5ª série “B” em relação à faixa etária, foi preferível trabalhar com as turmas “A” e “C”, pois diferentemente da “B”, a turma “C” possui um número considerável de educandos fora da faixa etária. Foram aplicados questionários com o objetivo de apreender como os educandos compreendiam o conceito de lugar. Também foi realizado cinco encontros para obtermos todas as informações necessárias para esta pesquisa, cujo resultado está aqui presentes. A VISÃO DOS EDUCANDOS SOBRE O LUGAR Diante do que foi exposto na primeira parte deste trabalho, é possível verificar que o estudo do lugar pode ajudar o educando a iniciar a leitura do mundo e quando esse estudo é feito a partir dos conhecimentos prévios dos educandos ele se torna mais significativo por isso, com o objetivo de verificar a visão do educando sobre o lugar foi realizada uma pesquisa com educandos do 5ª ano A e B e 6ª ano A e C do ensino fundamental de uma escola pública situada no espaço urbano do município de Garanhuns, PE no ano de 2008.
  • 6. Para sabermos qual era o entendimento dos educandos sobre o lugar, foi solicitado que respondessem um questionário que tinha como objetivo verificar como eles compreendiam o conceito de lugar. É importante ressaltar que esta pesquisa foi por amostragem, entretanto não foi dado ênfase aos procedimentos estatísticos e os resultados devem ser vistos como guia para uma reflexão da situação que foi apresentada. Na pesquisa realizada com os educandos do 5º ano foi solicitado que eles respondessem ao questionário destinado a sabermos qual era o entendimento deles sobre o lugar onde vivem. A maioria dos educandos tentou descrever o município de Garanhuns apontando apenas seus pontos turísticos, outros procuraram descrever o lugar fornecendo pontos de referência de suas casas. Ao serem indagados sobre que lugares de Garanhuns eles conheciam, os educandos citaram respectivamente: Relógio das Flores, Parque Euclides Dourado e o Cinema, no entanto, os educandos apresentaram dificuldades em apontar um ponto de referência e ensinar um caminho para chegarmos nesses lugares. Provavelmente essa dificuldade se deu devido ao fato dos educandos residirem longe dos lugares referidos, o que faz com que eles não os frequentem com assiduidade. E um fato que pode ter contribuído para que esses lugares fossem bastante citados, pode ser devido à frequência com que eles aparecem na mídia, já que são pontos turísticos da cidade. Em relação ao entendimento de lugar, dos educandos do 6º ano muitos apresentaram dificuldades, alguns chegaram a declarar que não sabiam, outros entendem o lugar como sendo um ponto de localização no espaço. Contudo a maioria explicou o lugar aproximando-se com a perspectiva da Geografia humanística2, pois percebemos que o educando mesmo de forma precária, faz referência ao seu espaço vivido. Talvez pela experiência que já possuem com o seu lugar. De forma geral eles associaram o lugar ao seu bairro e o caracterizaram como sendo calmo, feliz, bonito, e com paisagens (arborizado), além de declararem gostar do lugar onde vivem. Os educandos não conseguiram explicar os fatores externos e internos que dão tais características ao bairro que é o seu lugar. Os educandos também não souberam traçar um 2 Sobre o lugar, Cavalcanti (2004, p.89-90), nos apresenta três perspectivas que atualmente têm sido o foco das discussões teórico-metodológicas. A primeira é a visão humanística, onde o lugar é o nosso espaço vivido, experiênciado. A segunda é a concepção histórico-dialética, onde o lugar é considerado no contexto do processo da globalização, nesse sentido o lugar sofreria os impactos providos pela globalização. O lugar não está só no espaço, os seus problemas devem ser analisados em uma escala global. A terceira perspectiva coloca em questão a noção de totalidade, pois o lugar é visto pela ótica do pensamento pós-moderno, ou seja, o lugar não é explicado pela sua relação com o global, com a totalidade.
  • 7. percurso para chegarem aos lugares por eles referidos, como também não souberam apontar diferenças existentes entre o bairro que eles residem e o centro de Garanhuns, pois não possuem concepção das funções específicas de ambos os lugares. Tanto os educandos do 5º ano como os do 6º ano, apresentaram dificuldades para explicar o conceito de lugar e usa-lo para realizar a leitura no seu espaço de vivência e do mundo. Embora esse conceito já tivesse sido estudado, muitos educandos agiram como se nunca tivessem tido contato com o conceito de lugar, este fato demostra que a aprendizagem dos educandos não foi internalizada e nem significativa. Na teoria da aprendizagem significativa, Pelizzari et al, diz que Ausubel “apresenta uma aprendizagem [...] que conduza o aluno a imaginar-se como parte integrante desse novo conhecimento através de elos, de termos familiares a ele”. (2002, p. 41). O elo entre o novo conhecimento e velho torna-o mais próximo, aproveitável e significativo para o educando, pois ele irá entender melhor sua realidade e refletir sobre ela. No caso dos educandos do 5º e 6º ano, eles demostraram não conhecer seu próprio lugar de vivência, possivelmente o conceito de lugar foi trabalhado como algo muito distante da realidade deles, logo pouco aproveitável e significativo. CONCLUSÃO A Geografia pode despertar o interesse no educando de desejar compreender o lugar onde ele vive, pois muitos assuntos abordados pela ciência geográfica fazem parte do dia-a-dia das pessoas, e foi partindo desta premissa que desenvolvemos este trabalho para analisarmos como os alunos realizam a leitura do mundo utilizando o conceito de lugar. Através deste estudo, foi possível constatar que realmente os educandos possuem certa dificuldade em analisar o mundo onde eles vivem, mesmo que essa análise seja feita de um ambiente mais próximo a eles. Percebemos que esse fato se dá na maioria das vezes porque os educandos não conseguem formar um raciocínio geográfico e nem possuem uma aprendizagem que os possibilite relacionar os conteúdos vistos em sala de aula com os fatos que ocorrem no seu lugar de vivência, como também não conseguem identificar a relação entre o seu lugar e outros lugares. De fato comprovamos que o conceito de lugar é essencial para se iniciar a leitura do mundo, pois a maioria dos educandos relacionou este conceito com a perspectiva da Geografia humanística, mas infelizmente não conseguiram ampliar esse entendimento para uma concepção histórico-dialética, ou seja, não relacionaram seu espaço vivido com o global. Vimos também
  • 8. que a teoria da aprendizagem significativa pode contribuir para o desenvolvimento da leitura do mundo por parte dos educandos. Confirmamos nossa hipótese de que os educandos possuem dificuldades em realizar a leitura do mundo, logo não conseguem ler o mundo e nem os espaços a sua volta. Diante do exposto esperamos que este trabalho possa contribuir para a melhoria do ensino de Geografia e para a construção de novos trabalhos visto que a geografia é uma ciência dinâmica e como tal, precisa ser vista e revista diariamente. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA CALLAI, H. C. O estudo do lugar como possibilidade de construção da identidade e pertencimento. Disponível em: <http://www.ces.uc.pt/lab2004/pdfs/HelenaCallai.pdf>. Acessadoem 03/04/08. As 9:35h CALLAI, H. C. Aprendendo a ler o mundo: a geografia nos anos iniciais do ensino fundamental. Cad. Cedes, Campinas, vol.25, n.66, p.227-247, maio/ago. 2005. Disponível em: <http://www.cedes.unicamp.br>. Acessado em03/04/08. As 9:00h. CAVALCANTI, L. S. Geografia e práticas de ensino. Goiânia: Alternativa, 2002. p 11-27. CAVALCANTI, L. S. Geografia escolar e construção de conhecimentos. 5ª ed. São Paulo: Papirus, 2003. 191p. FOUCHER, M. Lecionar Geografia Apesar de Tudo. In. VESRNTINI. J. W. (org). Geografia e Ensino: Textos críticos. 7ª Ed. Campinas, SP: Papirus, 2003. P.13-29 OLIVEIRA, A. U. Educação e Ensino de Geografia na Realidade Brasileira. In: OLIVEIRA, A. U. (org). Para onde vai o Ensino e Geografia? 6ª Ed. São Paulo: Contexto 1998. p. 135-144. PELIZZARI, A. KRIEGL, M. L. BARON, M. P. FINK, N. T. L. DOROCINSKI, S. I. Teoria da Aprendizagem Significativa Segundo Ausubel. Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.37-42, jul. 2001-jul. 2002. Disponível em: <http://portaldoprofessor.mec.gov.br>. Acessado em: 06/04/2012. As 15:00 h. SANTOS, M. Por Uma Geografia Nova. 3ª Ed. São Paulo: Hucitec, 1986. STRAFORINI, R. Ensinar geografia nas series iniciais: o desafio da totalidade mundo. Dissertação de mestrado. Campinas: Universidade Estadual de Campinas, 2001. 155p.