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MÉTODO: PESQUISA COM O
COTIDIANO
P.177
• METODOLOGIAS ABERTAS A
ITERÂNCIAS, INTERAÇÕES E
ERRÂNCIAS COTIDIANAS.

CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º
PERIODO
COTIDIANO
O QUE SE PODE COMPREENDER DESSA
COMPLEXIDADE A QUE CHAMAMOS
COTIDIANO?

• Cotidiano no sentido próprio, significa “cada
dia”, abertos a encontro e desencontros, ao
previsível e ao imprevisível, ao repetível e ao
irrepetível.
• Em sentido figurado, no entanto significa, “o
que é comum, habitual, familiar”.
CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º
PERIODO
• Vale dizer que metodologias do cotidiano
nos envolvem com nosso próprio objeto
de estudo e que o conhecimento por nós
recriado revela, por parte, quem somos o
que introduzimos no cotidiano por
termos aprendido dele e com ele.

CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º
PERIODO
• “...Não se deve esquecer este mundo
memória, segundo a expressão de Péguy. É o
mundo que amamos profundamente, memória
olfativa, memória dos lugares da infância, memória
do corpo, dos gestos da infância dos prazeres.”
(CERTEAU, 1996, p.31)

“O passado nem sempre é um cadáver a ser
sepultado”
CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º
PERIODO
• “para assumir a vida e habitar o mundo
memória, há que também se arriscar à vida
viva, tão repetida mas irrepetível...”.
• Entre idas, vindas e devires, também é
cotidiano
experimentar
errâncias
e, repentinamente, desvelar diferenças no que
repetidamente se mostra.
• “...assumir, habitar, arriscar, reinventar, experim
entar, desvelar- ocasionam a vida viva seu
movimento deixa marcas, entre cheios e vazios
na trama da vida que continuamente se urde.”
CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º
PERIODO
• ITERÂNCIAS
Trata-se de um processo realimentador a partir do que se
repete e que, produz uma diferença por mínima que seja.
FAZER TODO DIA TUDO SEMPRE IGUAL.
(Chico Buarque)
Ou seja: a repetição , na repetição, se diferencia nas
iterâncias realimentadoras.

CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º
PERIODO
DEFINIR O INDEFINÍVEL

• Cotidiano “é aquilo que nos é dado a cada dia(ou o
que nos cabe em partilha), nos pressiona dia após a
dia, nos oprime, pois existe uma opressão do
presente. Todo dia, pela manhã, aquilo que
assumimos ao despertar é o peso da vida, a
dificuldade de viver, ou de viver nesta noutra
condição, com esta fadiga, com este desejo.
• O cotidiano é aquilo que nos prende inteiramente a
partir do interior. É uma historia a meio caminho de
nós mesmos, quase em retirada, às vezes
revelada.[...].(ap.CERTEAU, 1996, p.31)
CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º
PERIODO
• O que interessa ao historiador do cotidiano é o
invisível”.
(ap.CERTEAU, 1996, p.31)

CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º
PERIODO
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Metodologias do cotidiano

  • 1. MÉTODO: PESQUISA COM O COTIDIANO P.177 • METODOLOGIAS ABERTAS A ITERÂNCIAS, INTERAÇÕES E ERRÂNCIAS COTIDIANAS. CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º PERIODO
  • 2. COTIDIANO O QUE SE PODE COMPREENDER DESSA COMPLEXIDADE A QUE CHAMAMOS COTIDIANO? • Cotidiano no sentido próprio, significa “cada dia”, abertos a encontro e desencontros, ao previsível e ao imprevisível, ao repetível e ao irrepetível. • Em sentido figurado, no entanto significa, “o que é comum, habitual, familiar”. CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º PERIODO
  • 3. • Vale dizer que metodologias do cotidiano nos envolvem com nosso próprio objeto de estudo e que o conhecimento por nós recriado revela, por parte, quem somos o que introduzimos no cotidiano por termos aprendido dele e com ele. CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º PERIODO
  • 4. • “...Não se deve esquecer este mundo memória, segundo a expressão de Péguy. É o mundo que amamos profundamente, memória olfativa, memória dos lugares da infância, memória do corpo, dos gestos da infância dos prazeres.” (CERTEAU, 1996, p.31) “O passado nem sempre é um cadáver a ser sepultado” CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º PERIODO
  • 5. • “para assumir a vida e habitar o mundo memória, há que também se arriscar à vida viva, tão repetida mas irrepetível...”. • Entre idas, vindas e devires, também é cotidiano experimentar errâncias e, repentinamente, desvelar diferenças no que repetidamente se mostra. • “...assumir, habitar, arriscar, reinventar, experim entar, desvelar- ocasionam a vida viva seu movimento deixa marcas, entre cheios e vazios na trama da vida que continuamente se urde.” CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º PERIODO
  • 6. • ITERÂNCIAS Trata-se de um processo realimentador a partir do que se repete e que, produz uma diferença por mínima que seja. FAZER TODO DIA TUDO SEMPRE IGUAL. (Chico Buarque) Ou seja: a repetição , na repetição, se diferencia nas iterâncias realimentadoras. CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º PERIODO
  • 7. DEFINIR O INDEFINÍVEL • Cotidiano “é aquilo que nos é dado a cada dia(ou o que nos cabe em partilha), nos pressiona dia após a dia, nos oprime, pois existe uma opressão do presente. Todo dia, pela manhã, aquilo que assumimos ao despertar é o peso da vida, a dificuldade de viver, ou de viver nesta noutra condição, com esta fadiga, com este desejo. • O cotidiano é aquilo que nos prende inteiramente a partir do interior. É uma historia a meio caminho de nós mesmos, quase em retirada, às vezes revelada.[...].(ap.CERTEAU, 1996, p.31) CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º PERIODO
  • 8. • O que interessa ao historiador do cotidiano é o invisível”. (ap.CERTEAU, 1996, p.31) CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º PERIODO
  • 9. CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º PERIODO
  • 10. CLEONEIDE DIOGO, CURSO DE LETRAS 6º PERIODO