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A presente proposta tem como base a ABNT NBR 16001 de 2004 e
visa provocar o debate na Unidade sobre a Gestão de Responsabilidade Soci-
al, a fim de organizar e implementar uma política com objetivos integrados à
missão da Unidade.
A política deve levar em conta os requisitos legais, os compromissos
éticos e a preocupação que qualquer empresa do porte da Embrapa Clima
Temperado tem com: a promoção da cidadania; a promoção do desenvolvi-
mento sustentável e a transparência das suas atividades.
A organização e implementação da Política de Gestão da Responsabili-
dade Social na Unidade busca a unificação de esforços e a integração dos ser-
viços e processos existentes, ainda sem uma diretriz para apoiarem-se entre si
e contribuir para o desenvolvimento sócio-econômico desta região.
A Embrapa já administra muito bem
os valores de Responsabilidade Social,
disponibilizando benefícios como os
coordenados pelo Departamento de Gestão de
Pessoas (DGP) e implementados nas Unidade
descentralizadas nos Setores Gestão de
Pessoas (SGP) são exemplos: seguro de vida,
auxílio excepcional, reembolso creche, vale-
alimentação,transporte, plano de assistência
médica e assistência funeral. Além de um
código de ética que deixa claro o padrão de
comportamento que se espera de todos os seus
empregados e colaboradores, e do balanço
social, disponível anualmente com a radiografia
do valores investidos no social, por meio de
seus produtos, serviços e tecnologias. Mas,
cresce o envolvimento com as pessoas do
entorno, a comunidade, que exige
comprometimento e apoio no controle de
indicadores sócio-ambientais, possível somente
com uma atuação em rede.
Embrapa Clima Temperado
Br 392 Km 78—Pelotas,RS
Sistema de Gestão de Responsabilidade
Social na Embrapa Clima Temperado
– Reflexões
Foto: Rui Madruga—Avicultura Colonial na Escola
O que é gestão social
―Não há fórmula universal na área social. As tendências recentes da gestão social nos obrigam a repen-
sar formas de organização social, a redefinir a relação entre o político, o econômico e o social... Trata-se
hoje, realmente de um universo em construção‖. Ladislau Dowbor - Fundação Vanzolini – USP
Gestão Social é responsabilidade de todos?
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Desenvolvimento
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Redes Sociais
As redes se estabelecem por relações de horizontalidade (ou seja, sem hierarquia e sem centralização de poder)
autonomia, flexibilidade, democracia, interconexão e em dinâmicas que supõem o trabalho colaborativo e partici-
pativo, voltado sobretudo para a transformação social em torno de objetivos comuns. O conceito de rede vem
sendo usado de maneira indiscriminada, fala-se em redes de lojas, de agências bancárias e digitais para se de-
signar formas de organização em que a distância
e a multiplicidade são características fundamen-
tais.
O conceito de rede transformou-se, nas últimas
duas décadas, em uma alternativa prática de or-
ganização, possibilitando processos capazes de
responder às demandas de flexibilidade, conectivi-
dade e descentralização das esferas contemporâ-
neas de atuação e articulação social.
Foto: Diná Bandeira—Visita Embrapa & Escola
A norma 16001 de 2004 estabelece as seguintes definições, que devem ser analisadas para melhor
entendimento na organização da ―Política da Gestão de Responsabilidade Social‖ na Unidade:
Ação Social
Atividade voluntária realizada pela organização em áreas tais como assistência social, alimentação, saúde, edu-
cação, esporte, cultura, meio ambiente e desenvolvimento comunitário. Abrange desde pequenas doações a
pessoas ou instituições até ações estruturadas com uso planejado e monitorado de recursos.
ConsensualIndividualDecisão
Resultado sustentávelResultado imediatoObjetivo
EstratégicaAssistencialistaVisão
CidadaniaCaridadeConceito
Responsabilidade
Social
Filantropia
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ços de uma organização que podem interagir com o
meio ambiente, contexto econômico e contexto social.
Desempenho da Responsabilidade Social
Síntese dos desempenhos ambientais, econômicos e
sociais da organização, de forma integrada, levando-
se em consideração todas as partes
Política de Responsabilidade Social
Intenções e diretrizes globais de uma organi-
zação, relativas à responsabilidade social,
formalmente expressas pela alta administra-
ção.
Responsabilidade Social
Relação ética e transparente da organização
com todas as suas partes interessadas, vi-
sando ao desenvolvimento sustentável.
A Política de Responsabilidade Social deve ser definida com a participação de todos os interessados, asse-
gurando:
 a natureza da organização;
 comprometimento com a promoção da ética;
 prevenção de impactos adversos;
 atendimento à legislação;
 estabelecimento de estrutura, metas e objetivos de Responsabilidade social;
 documentação, implementação e ampla divulgação.
Responsabilidade sócio-ambiental
Com base em ampla bibliografia, que contextualiza a evolução histórica da questão ambiental, gerada a
partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em 1971, em Estocolmo, na Suécia, sur-
gia estudos que aumentavam a consciência sobre os problemas ambientais. Relatórios sobre os limites de
crescimento dos efeitos catastróficos (aumento da taxa demográfica, industrialização e utilização dos recur-
sos naturais) e modelos mundiais para estabilização sugerem: reciclagem dos recursos naturais, controle
populacional e da poluição, e métodos de recuperação de solos com ênfase na alimentação.
O conceito de responsabilidade social está diretamente ligado ao de desenvolvimento sustentável, ou seja,
aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras
atenderem a suas próprias necessidades.
A humanidade enfrenta três grandes desafios para atingir o desenvolvimento sustentável: garantir a dispo-
nibilidade dos recursos naturais; respeitar os limites da biosfera para assimilar resíduos e a poluição; e re-
duzir a pobreza.
Responsabilidade Social Corporativa (RSC)
Cumprir as leis não faz uma empresa ser socialmen-
te responsável.
O Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvi-
mento Sustentável – CEMDS - realizou a partir de
1995 várias reuniões para discutir o conceito e os
limites da RSC das empresas. É definida como sen-
do o comprometimento permanente de adoção de
um comportamento ético que contribua para o desen-
volvimento econômico, melhorando simultaneamente
a qualidade de vida de empregados e familiares, da
comunidade e da sociedade como um todo. Atual-
mente, não bastam ações filantrópicas; o mercado
exige investimentos sociais. Diferente de uma ajuda
assistencialista, as empresas preocupam-se com o
resultado de seus investimentos, e exigem o monito-
ramento e a avaliação destas ações.
Responsabilidade Social Empresarial (RSE)
Este conceito, adotado pelo Instituto Ethos, de Em-
presas e Responsabilidade Social representa a for-
ma de conduzir os negócios tornando a empresa par-
ceira e co- responsável pelo desenvolvimento social.
Os conceitos que hoje norteiam uma gestão social-
mente responsável, relação ética e transparente com
todos os públicos que se relacionam com a empresa
para o desenvolvimento de seu negócio e da socie-
dade, preservando-se os recursos ambientais e hu-
manos para as gerações futuras, trouxeram vários
benefícios para as organizações.
A empresa socialmente responsável é aquela que
possui a capacidade de ouvir os anseios das partes
interessadas (interna e externa) e consegue incorpo-
rá-los ao planejamento de suas atividades.
Fotos: Ândria Halfen—Cursos de inclusão
Foto:Ândria Halfen-Natal da Cidadania
Indicadores sócio-ambientais
Instrumentos didáticos que visam a inserir as práticas socialmente responsá-
veis na agenda empresarial.
O Instituto Ethos disponibiliza ferramentas de apoio para empresas estabele-
cerem sua metodologia de controle e avaliação de suas ações sociais. Basei-
am-se em parâmetros de pesquisa de normas e certificações, nacionais e in-
ternacionais como:
ISO 9000 ( modelo de gestão de qualidade), ISO 14000 (28 normas internacio-
nais de gestão ambiental), SA 8000 ( gestão das relações humanas no traba-
lho), AA 1000 (gestão de responsabilidade social corporativa), que são ferra-
mentas fundamentais para a gestão de práticas de RSE.
Os indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial formam um
sistema que permite avaliar o estágio em que se encontram as práticas de
RSE nas empresas brasileiras, dividido em grandes temas, que fortalecem a
rede para a articulação social responsável: Público interno; Valores e transpa-
rência; Governo e sociedade; Consumidores e clientes; Meio ambiente; Forne-
cedores e Comunidade...
Vantagem
A política de uma gestão de responsabilidade social na Unidade além de organizar e implementar práticas
sociais, oferece um implacável instrumento para a tomada de decisão gerencial. Uma síntese do que a Uni-
dade considera importante focar na área de responsabilidade social hoje é uma urgência para o grupo de
empregados que, de uma forma ou outra, tem tentado fazer esta articulação fora e dentro da empresa.
Em uma rápida exemplificação, atualmente, para participar de um prêmio de responsabilidade social no es-
tado do Rio Grande do Sul, é preciso sistematizar informações como:
INDICADORES SOCIAIS INTERNOS:
Ações e Benefícios para os(as) funcionários(as) Alimentação,
Educação, Capacitação e Desenvolvimento Profissional, Cre-
che ou Auxílio Creche, Saúde, Segurança e Higiene no Traba-
lho,Transporte,Bolsas/Estágios, Participação nos resulta-
dos,etc.
INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS:
Projetos Sociais, Ações e Benefícios para a Sociedade, Segu-
rança Alimentar/Combate à Fome, Educação Popular / Alfabe-
tização, Saúde e Saneamento, Esporte, Cultura e Lazer, Com-
bate à violência, Educação infantil / Creches Comunitárias,
Geração de Emprego e Renda, Inclusão Digital.
INDICADORES SOBRE O CORPO FUNCIONAL:
Total de funcionários no final do exercício por faixa etária, Por-
tadores de necessidades especiais; Aposentados, Estagiários,
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AÇÕES AMBIENTAIS
Investimentos em Meio Ambiente / Desenvolvimento Sus-
tentável, Multas e indenizações pagas por infração à legis-
lação ambiental
INDICADORES EM RELAÇÃO À COMUNIDADE
Em sua ação voltada à comunidade, a empresa:
Realiza ações sociais pontuais sem foco definido;
Realiza ações sociais sistemáticas em projetos específicos
e com foco;
Desenvolve novas metodologias e práticas exemplares
entre instituições sociais, poder público e de iniciativa priva-
da ou o apoio com recursos financeiros ou humanos na
elaboração, aperfeiçoamento e execução de políticas públi-
cas universais;
Quanto à estrutura de suporte à ação social, a empresa:
Possui estrutura e orçamento voltado a este fim?
Principais critérios utilizados pelas empresas para
aprovação de Projetos Sociais
17,63% - Adequação à Empresa
12,5% - Custo X Benefício e Alcance Social/Foco na
Comunidade
9,72% - Qualidade
8,06% - Exposição da Marca
7,64% - Público Alvo adequado
6,25% – Credibilidade / Idoneidade do Proponente
6,25% - Enquadramento nas Leis de Incentivo
5,56% - Retorno de Mídia / Outros
4,86% - Criatividade / Inovação dos Projetos
3,47% - Não possui critérios definidos
Por que as empresas investem em Marketing
Sócio Cultural???
19,49% - Fortalecimento da Imagem Institucional
17,81% - Participação no Desenvolvimento Cultural / Apoio à Cultura
Local e Nacional
16,95 % - Responsabilidade Social
9,32% - Fixação da marca
8,47% - Público-alvo
7,63% - Associação a projetos de qualidade
6,78% - Retorno de mídia / Divulgação
5,93% - Não respondeu
5,08% - Benefício Fiscal
2,54% - Outros motivos
Sugestões Finais
Criação de uma comissão para estudar, analisar, estruturar, implemen-
tar e avaliar a gestão da política de responsabilidade social na Embrapa Clima
Temperado, vinculada a missão e metas estabelecidas em seu Plano Diretor.
Referências Bibliográficas
ETHOS, Instituto. Perguntas freqüentes. Disponível no site: www.ethos.org.br .
GRAJEW, Oded. Artigo publicado no jornal Valor Econômico, em 3 de setembro
de 2002.
COMISSÃO de Estudos Especiais Temporárias. Normas técnicas Brasileiras de
responsabilidade social: ABNT NBR 16001. Rio de Janeiro: 2004. (Edital nº4 de
30.04.2004- www.iadb.org/etica
LEVON. Yeganiantz; MACÊDO , Manoel Moacir Costa. Avaliação de impacto soci-
al de pesquisa agropecuária. A busca de uma metodologia baseada em indicado-
res.. — Brasília : Embrapa Informação Tecnológica, 2002. 59 p. ; (Texto para Dis-
cussão ; 13).
MOREIRA, José Fábio Rodrigues. Responsabilidade social das organizações na
era da globalização. São Paulo: USP, 2001. 38p.
MORENO, Jorge René Soto. Avaliação de Programa e Projetos Públicos. Brasília:
IESE, 1999. Digitalizado.
LOCKE, Richard M., CHEIBUB, Zairo B.. - 2002 - ―Valores ou interesses? Refle-
xões sobre a responsabilidade social das empresas‖, in KIRSCHNER ªM. ET ALII
(ORG) Empresa, Empresários e Globalização. Rio de Janeiro. Editora Relume
Dumará pp279-291
LIANZA, Sidney e outros. Implantando um núcleo de responsabilidade social em
uma empresa júnior. Rio de Janeiro: UFRJ,s.d. (lianza@ufrj.br)

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Sistema de gestão de responsabilidade social na embrapa clima temperado

  • 1. A presente proposta tem como base a ABNT NBR 16001 de 2004 e visa provocar o debate na Unidade sobre a Gestão de Responsabilidade Soci- al, a fim de organizar e implementar uma política com objetivos integrados à missão da Unidade. A política deve levar em conta os requisitos legais, os compromissos éticos e a preocupação que qualquer empresa do porte da Embrapa Clima Temperado tem com: a promoção da cidadania; a promoção do desenvolvi- mento sustentável e a transparência das suas atividades. A organização e implementação da Política de Gestão da Responsabili- dade Social na Unidade busca a unificação de esforços e a integração dos ser- viços e processos existentes, ainda sem uma diretriz para apoiarem-se entre si e contribuir para o desenvolvimento sócio-econômico desta região. A Embrapa já administra muito bem os valores de Responsabilidade Social, disponibilizando benefícios como os coordenados pelo Departamento de Gestão de Pessoas (DGP) e implementados nas Unidade descentralizadas nos Setores Gestão de Pessoas (SGP) são exemplos: seguro de vida, auxílio excepcional, reembolso creche, vale- alimentação,transporte, plano de assistência médica e assistência funeral. Além de um código de ética que deixa claro o padrão de comportamento que se espera de todos os seus empregados e colaboradores, e do balanço social, disponível anualmente com a radiografia do valores investidos no social, por meio de seus produtos, serviços e tecnologias. Mas, cresce o envolvimento com as pessoas do entorno, a comunidade, que exige comprometimento e apoio no controle de indicadores sócio-ambientais, possível somente com uma atuação em rede. Embrapa Clima Temperado Br 392 Km 78—Pelotas,RS Sistema de Gestão de Responsabilidade Social na Embrapa Clima Temperado – Reflexões Foto: Rui Madruga—Avicultura Colonial na Escola
  • 2. O que é gestão social ―Não há fórmula universal na área social. As tendências recentes da gestão social nos obrigam a repen- sar formas de organização social, a redefinir a relação entre o político, o econômico e o social... Trata-se hoje, realmente de um universo em construção‖. Ladislau Dowbor - Fundação Vanzolini – USP Gestão Social é responsabilidade de todos? 2º Setor = Resultado Financeiro 1º Setor Desenvolvimento 3º Setor = Resultado Social Resultado Financeiro Resultado Social Redes Sociais As redes se estabelecem por relações de horizontalidade (ou seja, sem hierarquia e sem centralização de poder) autonomia, flexibilidade, democracia, interconexão e em dinâmicas que supõem o trabalho colaborativo e partici- pativo, voltado sobretudo para a transformação social em torno de objetivos comuns. O conceito de rede vem sendo usado de maneira indiscriminada, fala-se em redes de lojas, de agências bancárias e digitais para se de- signar formas de organização em que a distância e a multiplicidade são características fundamen- tais. O conceito de rede transformou-se, nas últimas duas décadas, em uma alternativa prática de or- ganização, possibilitando processos capazes de responder às demandas de flexibilidade, conectivi- dade e descentralização das esferas contemporâ- neas de atuação e articulação social. Foto: Diná Bandeira—Visita Embrapa & Escola
  • 3. A norma 16001 de 2004 estabelece as seguintes definições, que devem ser analisadas para melhor entendimento na organização da ―Política da Gestão de Responsabilidade Social‖ na Unidade: Ação Social Atividade voluntária realizada pela organização em áreas tais como assistência social, alimentação, saúde, edu- cação, esporte, cultura, meio ambiente e desenvolvimento comunitário. Abrange desde pequenas doações a pessoas ou instituições até ações estruturadas com uso planejado e monitorado de recursos. ConsensualIndividualDecisão Resultado sustentávelResultado imediatoObjetivo EstratégicaAssistencialistaVisão CidadaniaCaridadeConceito Responsabilidade Social Filantropia Aspecto da Responsabilidade Social Elementos das relações, processos, produtos e servi- ços de uma organização que podem interagir com o meio ambiente, contexto econômico e contexto social. Desempenho da Responsabilidade Social Síntese dos desempenhos ambientais, econômicos e sociais da organização, de forma integrada, levando- se em consideração todas as partes Política de Responsabilidade Social Intenções e diretrizes globais de uma organi- zação, relativas à responsabilidade social, formalmente expressas pela alta administra- ção. Responsabilidade Social Relação ética e transparente da organização com todas as suas partes interessadas, vi- sando ao desenvolvimento sustentável. A Política de Responsabilidade Social deve ser definida com a participação de todos os interessados, asse- gurando:  a natureza da organização;  comprometimento com a promoção da ética;  prevenção de impactos adversos;  atendimento à legislação;  estabelecimento de estrutura, metas e objetivos de Responsabilidade social;  documentação, implementação e ampla divulgação.
  • 4. Responsabilidade sócio-ambiental Com base em ampla bibliografia, que contextualiza a evolução histórica da questão ambiental, gerada a partir da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em 1971, em Estocolmo, na Suécia, sur- gia estudos que aumentavam a consciência sobre os problemas ambientais. Relatórios sobre os limites de crescimento dos efeitos catastróficos (aumento da taxa demográfica, industrialização e utilização dos recur- sos naturais) e modelos mundiais para estabilização sugerem: reciclagem dos recursos naturais, controle populacional e da poluição, e métodos de recuperação de solos com ênfase na alimentação. O conceito de responsabilidade social está diretamente ligado ao de desenvolvimento sustentável, ou seja, aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades. A humanidade enfrenta três grandes desafios para atingir o desenvolvimento sustentável: garantir a dispo- nibilidade dos recursos naturais; respeitar os limites da biosfera para assimilar resíduos e a poluição; e re- duzir a pobreza. Responsabilidade Social Corporativa (RSC) Cumprir as leis não faz uma empresa ser socialmen- te responsável. O Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvi- mento Sustentável – CEMDS - realizou a partir de 1995 várias reuniões para discutir o conceito e os limites da RSC das empresas. É definida como sen- do o comprometimento permanente de adoção de um comportamento ético que contribua para o desen- volvimento econômico, melhorando simultaneamente a qualidade de vida de empregados e familiares, da comunidade e da sociedade como um todo. Atual- mente, não bastam ações filantrópicas; o mercado exige investimentos sociais. Diferente de uma ajuda assistencialista, as empresas preocupam-se com o resultado de seus investimentos, e exigem o monito- ramento e a avaliação destas ações. Responsabilidade Social Empresarial (RSE) Este conceito, adotado pelo Instituto Ethos, de Em- presas e Responsabilidade Social representa a for- ma de conduzir os negócios tornando a empresa par- ceira e co- responsável pelo desenvolvimento social. Os conceitos que hoje norteiam uma gestão social- mente responsável, relação ética e transparente com todos os públicos que se relacionam com a empresa para o desenvolvimento de seu negócio e da socie- dade, preservando-se os recursos ambientais e hu- manos para as gerações futuras, trouxeram vários benefícios para as organizações. A empresa socialmente responsável é aquela que possui a capacidade de ouvir os anseios das partes interessadas (interna e externa) e consegue incorpo- rá-los ao planejamento de suas atividades. Fotos: Ândria Halfen—Cursos de inclusão Foto:Ândria Halfen-Natal da Cidadania
  • 5. Indicadores sócio-ambientais Instrumentos didáticos que visam a inserir as práticas socialmente responsá- veis na agenda empresarial. O Instituto Ethos disponibiliza ferramentas de apoio para empresas estabele- cerem sua metodologia de controle e avaliação de suas ações sociais. Basei- am-se em parâmetros de pesquisa de normas e certificações, nacionais e in- ternacionais como: ISO 9000 ( modelo de gestão de qualidade), ISO 14000 (28 normas internacio- nais de gestão ambiental), SA 8000 ( gestão das relações humanas no traba- lho), AA 1000 (gestão de responsabilidade social corporativa), que são ferra- mentas fundamentais para a gestão de práticas de RSE. Os indicadores Ethos de Responsabilidade Social Empresarial formam um sistema que permite avaliar o estágio em que se encontram as práticas de RSE nas empresas brasileiras, dividido em grandes temas, que fortalecem a rede para a articulação social responsável: Público interno; Valores e transpa- rência; Governo e sociedade; Consumidores e clientes; Meio ambiente; Forne- cedores e Comunidade... Vantagem A política de uma gestão de responsabilidade social na Unidade além de organizar e implementar práticas sociais, oferece um implacável instrumento para a tomada de decisão gerencial. Uma síntese do que a Uni- dade considera importante focar na área de responsabilidade social hoje é uma urgência para o grupo de empregados que, de uma forma ou outra, tem tentado fazer esta articulação fora e dentro da empresa. Em uma rápida exemplificação, atualmente, para participar de um prêmio de responsabilidade social no es- tado do Rio Grande do Sul, é preciso sistematizar informações como: INDICADORES SOCIAIS INTERNOS: Ações e Benefícios para os(as) funcionários(as) Alimentação, Educação, Capacitação e Desenvolvimento Profissional, Cre- che ou Auxílio Creche, Saúde, Segurança e Higiene no Traba- lho,Transporte,Bolsas/Estágios, Participação nos resulta- dos,etc. INDICADORES SOCIAIS EXTERNOS: Projetos Sociais, Ações e Benefícios para a Sociedade, Segu- rança Alimentar/Combate à Fome, Educação Popular / Alfabe- tização, Saúde e Saneamento, Esporte, Cultura e Lazer, Com- bate à violência, Educação infantil / Creches Comunitárias, Geração de Emprego e Renda, Inclusão Digital. INDICADORES SOBRE O CORPO FUNCIONAL: Total de funcionários no final do exercício por faixa etária, Por- tadores de necessidades especiais; Aposentados, Estagiários, Acidentes de trabalho, Multas trabalhistas (quantidade), Quali- AÇÕES AMBIENTAIS Investimentos em Meio Ambiente / Desenvolvimento Sus- tentável, Multas e indenizações pagas por infração à legis- lação ambiental INDICADORES EM RELAÇÃO À COMUNIDADE Em sua ação voltada à comunidade, a empresa: Realiza ações sociais pontuais sem foco definido; Realiza ações sociais sistemáticas em projetos específicos e com foco; Desenvolve novas metodologias e práticas exemplares entre instituições sociais, poder público e de iniciativa priva- da ou o apoio com recursos financeiros ou humanos na elaboração, aperfeiçoamento e execução de políticas públi- cas universais; Quanto à estrutura de suporte à ação social, a empresa: Possui estrutura e orçamento voltado a este fim?
  • 6. Principais critérios utilizados pelas empresas para aprovação de Projetos Sociais 17,63% - Adequação à Empresa 12,5% - Custo X Benefício e Alcance Social/Foco na Comunidade 9,72% - Qualidade 8,06% - Exposição da Marca 7,64% - Público Alvo adequado 6,25% – Credibilidade / Idoneidade do Proponente 6,25% - Enquadramento nas Leis de Incentivo 5,56% - Retorno de Mídia / Outros 4,86% - Criatividade / Inovação dos Projetos 3,47% - Não possui critérios definidos Por que as empresas investem em Marketing Sócio Cultural??? 19,49% - Fortalecimento da Imagem Institucional 17,81% - Participação no Desenvolvimento Cultural / Apoio à Cultura Local e Nacional 16,95 % - Responsabilidade Social 9,32% - Fixação da marca 8,47% - Público-alvo 7,63% - Associação a projetos de qualidade 6,78% - Retorno de mídia / Divulgação 5,93% - Não respondeu 5,08% - Benefício Fiscal 2,54% - Outros motivos Sugestões Finais Criação de uma comissão para estudar, analisar, estruturar, implemen- tar e avaliar a gestão da política de responsabilidade social na Embrapa Clima Temperado, vinculada a missão e metas estabelecidas em seu Plano Diretor.
  • 7. Referências Bibliográficas ETHOS, Instituto. Perguntas freqüentes. Disponível no site: www.ethos.org.br . GRAJEW, Oded. Artigo publicado no jornal Valor Econômico, em 3 de setembro de 2002. COMISSÃO de Estudos Especiais Temporárias. Normas técnicas Brasileiras de responsabilidade social: ABNT NBR 16001. Rio de Janeiro: 2004. (Edital nº4 de 30.04.2004- www.iadb.org/etica LEVON. Yeganiantz; MACÊDO , Manoel Moacir Costa. Avaliação de impacto soci- al de pesquisa agropecuária. A busca de uma metodologia baseada em indicado- res.. — Brasília : Embrapa Informação Tecnológica, 2002. 59 p. ; (Texto para Dis- cussão ; 13). MOREIRA, José Fábio Rodrigues. Responsabilidade social das organizações na era da globalização. São Paulo: USP, 2001. 38p. MORENO, Jorge René Soto. Avaliação de Programa e Projetos Públicos. Brasília: IESE, 1999. Digitalizado. LOCKE, Richard M., CHEIBUB, Zairo B.. - 2002 - ―Valores ou interesses? Refle- xões sobre a responsabilidade social das empresas‖, in KIRSCHNER ªM. ET ALII (ORG) Empresa, Empresários e Globalização. Rio de Janeiro. Editora Relume Dumará pp279-291 LIANZA, Sidney e outros. Implantando um núcleo de responsabilidade social em uma empresa júnior. Rio de Janeiro: UFRJ,s.d. (lianza@ufrj.br)