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COLETIVO DE ABASTECIMENTO


Movidos pelo desejo comum de não delegar a escolha dos próprios alimentos, em seguida a uma
reunião em Milão da coordenação dos grupos que já se abasteciam da Urupia, deu-se partida, há
cerca de um ano atrás, aos Coletivos de Aquisição Libertários Autogeridos (COALA)


Atualmente somos uma dezena de núcleos familiares distribuídos ao longo do Vale Olana (entre
Varese e Milão) e nos abastecemos preferencialmente de produtos alimentares (vinho, azeite,
farinha, macarrão, carne, queijo,...) escolhidos em todo o território nacional segundo critérios que
descrevemos no documento que segue. Promovemos o consumo crítico e a formação de grupos
de aquisição através de encontros locais entre consumidores e produtores e o estudo de uma
economia doméstica alternativa (auto-produção de pão, cerveja, detergentes, energia térmica e
elétrica...). Tudo isto através de uma prática da não delegação.




Por que um grupo de aquisição coletivo?


Cada um de nós se encontra sempre mais desconfortável frente a um mercado onde se
encontram produtos dos quais sabemos pouco a respeito de sua qualidade, se sua proveniência, e
às formas de produção. Estamos sempre mais prostrados ante o poder de quem põe os seus
interesses em primeiro lugar em dano daqueles da coletividade e do meio ambiente. Não
suportamos a lógica do mercado capitalista, das multinacionais e de todas aquelas empresas que
na onda da globalização não fazem outra coisa além de incrementar as suas margens de lucro às
custas da exploração do homem pelo homem. Recusamos um modelo econômico em que os
ricos tornam-se cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, onde a desigualdade e a
desproporcional dos recursos tornam-se os pilares de um sistema que se apresenta como único e
não modificável.


Pensamos que organizando-nos coletivamente para encarar uma das operações que cotidianamente
cada um de nós cumpre, a escolha e a compra das mercadorias de que temos necessidade, possa
ser um pequeno passo em direção a uma alternativa que seja praticável aqui e agora. Estamos
conscientes que esta iniciativa isolada não representa nada mais que um grão de areia no
deserto, mas acreditamos que isto, junto a tantas outras, possa ser uma contribuição útil ao
processo de mudança radical da sociedade.


Quais escolhas?


Na busca de produtos e produtores, o grupo de aquisição aplica critérios gerais para casos
específicos. Os critérios gerais que são utilizados se referem a produtores que sejam:
Pequenos (para não concentrar o poder econômico nas mãos de grandes empresas e da grande
distribuição, para sustentar quem se coloca como alternativa à lógica do mercado);


Locais (para ter um contato direto verificando o respeito dos princípios em que se inspira o
grupo de aquisição e limitar o mais possível a transferência de produtos em longas distâncias);


Respeitadores do ser humano (atenção às condições de trabalho, recusa da exploração do homem
sobre o homem);


Respeitadores dos animais criados e das suas exigências naturais


Respeitadores do meio ambiente (através da utilização de técnicas que reduzam ao mínimo o
impacto com o ecossistema natural, contra a lógica da exploração-extinção dos recursos que nós
consideramos, em primeiro lugar, patrimônio da coletividade.


Queremos sublinhar a atenção que prestamos ao valor ético do produto, consideramos
importante desenvolver um critério de valoração do produto que supere o binômio qualidade-
preço e que tenha em conta também a sua “história”.


Retornando ao que já foi exposto anteriormente, é necessário considerar o impacto ambiental
que deriva de diferentes formas produtivas simultaneamente à relação que liga esse bem
produzido aos trabalhadores empenhados em sua produção.


Para as mercadorias de origem agrária localizamos nos métodos da agricultura orgânica a maior
correspondência com os nossos objetivos. Não damos porém importância à presença de um
simples certificado de qualidade orgânica do produto, preferimos estabelecer um contato direto
com os produtores que garantam pessoalmente seus produtos e que permitam uma verificação in
loco de seus métodos de cultura.



Esquematicamente listamos os princípios que, segundo nós, caracterizam o sistema de
produção da agricultura biológica:


Evitar o recurso a meios químicos de síntese (inseticidas, funguicidas, herbicidas), substituídos
por métodos de luta orgânica;


Utilizar variedades de plantas resistentes aos parasitas;


Defender o equilíbrio do terreno, sem explorar-lo exaustivamente;
Fertilizar o terreno somente com matéria orgânica e minerais de origem natural;


Trabalhar o terreno segundo técnicas não destrutivas;


Praticar a rotação das culturas;


Não utilizar organismos transgênicos;


Seguir práticas zootécnicas não intensivas, garantir espaços adequados e alimentação adequada aos
animais de criação.



Escolher produtos locais



Escolher produtos locais significa, em primeiro lugar, reduzir a poluição, o consumo de energia e
o tráfico veicular para o transporte da mercadoria. Na economia global, os bens viajam de um
lado a outro do planeta seguindo determinações de ordem econômica sobre o custo da mão-de-
obra e das matérias primas nos diversos lugares. Este cálculo econômico não leva em conta os
custos indiretos que são descarregados na coletividade. Mesmo sendo difícil quantificar
exatamente esses custos indiretos, fica claro que uma valorização complexa da “história” de um
produto não pode deixar de considerar esses aspectos.




Estabelecer uma relação direta com pequenos produtores


Outra vantagem como conseqüência à escolha de produtos locais é aquela de poder conhecer
melhor o comportamento de quem os produz. O grupo de aquisição procura um contato direto
com os produtores, indo visitá-los para conhece-los e verificar quais são os seus métodos de
trabalho. Deste modo, é bem mais difícil que um produtor adote comportamentos que não
admitimos.


Os produtos locais e tradicionais freqüentemente são acompanhados por trabalhos ligados às
condições ambientais e à cultura da zona; tanto as colheitas quanto as culturas correm o risco
de desaparecer debaixo do jogo de uniformidade da agroindústria. A redução da biodiversidade, o
empurrão em direção à uniformidade e à padronização do produto e do paladar são muito
interessantes ao interesse da indústria alimentícia cada vez mais controlada por multinacionais.


Com a prática das aquisições coletivas é possível oferecer uma possibilidade de escoamento a
muitos pequenos produtores que se encontram exclusivamente presos aos canais da grande
distribuição, que por sua natureza, prefere empresas médias ou grandes com possibilidade de
garantir uma determinada produção.
Será do nosso interesse verificar com os produtores a possibilidade de estabelecer preços que não
reservem a compra de produtos ecologicamente e eticamente sustentáveis apenas a uma elite
restrita.


Prestar atenção às condições de trabalho.



A economia mundial, na era da globalização, favorece a localização da produção onde os custos
são mais baixos, onde a mão-de-obra é pior paga, onde o nível de sindicalização é reduzido e
os direitos dos trabalhadores são mais facilmente cortados. A nossa posição não se limita a
condenar esta tendência mas quer superar a exploração do homem pelo homem em todos os
âmbitos na qual ela se apresenta; também esta idéia guia as nossas decisões na construção das
relações com os produtores.


Escolher produtos biológicos ou ecológicos



O grupo de aquisição coletiva em geral orienta-se para produtos biológicos, ecológicos ou, ainda,
com baixo impacto ambiental por duas razões. A primeira é ligada à tutela da saúde, seja a de
quem utiliza o produto, seja a de quem o produz.


A segunda sublinha a importância da manutenção dos equilíbrios naturais também em função do
respeito às gerações futuras Sustentamos, além disso, que a relação com o meio ambiente não
deve ser baseada na exploração irracional dos recursos somente com o fim de incrementar o
lucro de poucos, mas sobretudo pela utilização equilibrada e parcimoniosa dos recursos voltada
para um desenvolvimento da humanidade que elimine as diferenças na distribuição das riquezas
entre os povos para que haja uma qualidade de vida digna independentemente do lugar de
nascimento dos indivíduos.


Organizar- se coletivamente



Encontrar-se em grupo com um objetivo comum ajuda a reconstruir relações coletivas e favorece
o confronto de idéias. A troca de experiências entre os componentes é útil para definir o
critérios que guiam as escolhas comuns e para determinar as melhores soluções.


Não pensamos na criação de uma ilha de felicidade mas em um dos tantos instrumentos a serem
utilizados para alcançar os nossos objetivos.


Estamos conscientes do fato de que tudo que escrevemos até aqui corre o risco de permanecer
apenas um exercício de crítica formal ao consumismo, ao modelo econômico dominante fundado
no capital e no lucro, com a única utilidade de serenar as nossas consciências.
Por isto, sem supervalorizar as nossas forças, trabalharemos para difundir uma mentalidade
crítica, para estimular o nascimento de novos grupos, para desenvolver uma rede de
comportamentos conscientes a fim de determinar uma real mudança da sociedade em que
vivemos.


                        Para contatos E-mail: coalib@ ciaoweb. it

                                                  Tradução do original italiano por Carlo Romani

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Coletivo de abastecimento promove escolhas éticas e sustentáveis

  • 1. COLETIVO DE ABASTECIMENTO Movidos pelo desejo comum de não delegar a escolha dos próprios alimentos, em seguida a uma reunião em Milão da coordenação dos grupos que já se abasteciam da Urupia, deu-se partida, há cerca de um ano atrás, aos Coletivos de Aquisição Libertários Autogeridos (COALA) Atualmente somos uma dezena de núcleos familiares distribuídos ao longo do Vale Olana (entre Varese e Milão) e nos abastecemos preferencialmente de produtos alimentares (vinho, azeite, farinha, macarrão, carne, queijo,...) escolhidos em todo o território nacional segundo critérios que descrevemos no documento que segue. Promovemos o consumo crítico e a formação de grupos de aquisição através de encontros locais entre consumidores e produtores e o estudo de uma economia doméstica alternativa (auto-produção de pão, cerveja, detergentes, energia térmica e elétrica...). Tudo isto através de uma prática da não delegação. Por que um grupo de aquisição coletivo? Cada um de nós se encontra sempre mais desconfortável frente a um mercado onde se encontram produtos dos quais sabemos pouco a respeito de sua qualidade, se sua proveniência, e às formas de produção. Estamos sempre mais prostrados ante o poder de quem põe os seus interesses em primeiro lugar em dano daqueles da coletividade e do meio ambiente. Não suportamos a lógica do mercado capitalista, das multinacionais e de todas aquelas empresas que na onda da globalização não fazem outra coisa além de incrementar as suas margens de lucro às custas da exploração do homem pelo homem. Recusamos um modelo econômico em que os ricos tornam-se cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, onde a desigualdade e a desproporcional dos recursos tornam-se os pilares de um sistema que se apresenta como único e não modificável. Pensamos que organizando-nos coletivamente para encarar uma das operações que cotidianamente cada um de nós cumpre, a escolha e a compra das mercadorias de que temos necessidade, possa ser um pequeno passo em direção a uma alternativa que seja praticável aqui e agora. Estamos conscientes que esta iniciativa isolada não representa nada mais que um grão de areia no deserto, mas acreditamos que isto, junto a tantas outras, possa ser uma contribuição útil ao processo de mudança radical da sociedade. Quais escolhas? Na busca de produtos e produtores, o grupo de aquisição aplica critérios gerais para casos específicos. Os critérios gerais que são utilizados se referem a produtores que sejam:
  • 2. Pequenos (para não concentrar o poder econômico nas mãos de grandes empresas e da grande distribuição, para sustentar quem se coloca como alternativa à lógica do mercado); Locais (para ter um contato direto verificando o respeito dos princípios em que se inspira o grupo de aquisição e limitar o mais possível a transferência de produtos em longas distâncias); Respeitadores do ser humano (atenção às condições de trabalho, recusa da exploração do homem sobre o homem); Respeitadores dos animais criados e das suas exigências naturais Respeitadores do meio ambiente (através da utilização de técnicas que reduzam ao mínimo o impacto com o ecossistema natural, contra a lógica da exploração-extinção dos recursos que nós consideramos, em primeiro lugar, patrimônio da coletividade. Queremos sublinhar a atenção que prestamos ao valor ético do produto, consideramos importante desenvolver um critério de valoração do produto que supere o binômio qualidade- preço e que tenha em conta também a sua “história”. Retornando ao que já foi exposto anteriormente, é necessário considerar o impacto ambiental que deriva de diferentes formas produtivas simultaneamente à relação que liga esse bem produzido aos trabalhadores empenhados em sua produção. Para as mercadorias de origem agrária localizamos nos métodos da agricultura orgânica a maior correspondência com os nossos objetivos. Não damos porém importância à presença de um simples certificado de qualidade orgânica do produto, preferimos estabelecer um contato direto com os produtores que garantam pessoalmente seus produtos e que permitam uma verificação in loco de seus métodos de cultura. Esquematicamente listamos os princípios que, segundo nós, caracterizam o sistema de produção da agricultura biológica: Evitar o recurso a meios químicos de síntese (inseticidas, funguicidas, herbicidas), substituídos por métodos de luta orgânica; Utilizar variedades de plantas resistentes aos parasitas; Defender o equilíbrio do terreno, sem explorar-lo exaustivamente;
  • 3. Fertilizar o terreno somente com matéria orgânica e minerais de origem natural; Trabalhar o terreno segundo técnicas não destrutivas; Praticar a rotação das culturas; Não utilizar organismos transgênicos; Seguir práticas zootécnicas não intensivas, garantir espaços adequados e alimentação adequada aos animais de criação. Escolher produtos locais Escolher produtos locais significa, em primeiro lugar, reduzir a poluição, o consumo de energia e o tráfico veicular para o transporte da mercadoria. Na economia global, os bens viajam de um lado a outro do planeta seguindo determinações de ordem econômica sobre o custo da mão-de- obra e das matérias primas nos diversos lugares. Este cálculo econômico não leva em conta os custos indiretos que são descarregados na coletividade. Mesmo sendo difícil quantificar exatamente esses custos indiretos, fica claro que uma valorização complexa da “história” de um produto não pode deixar de considerar esses aspectos. Estabelecer uma relação direta com pequenos produtores Outra vantagem como conseqüência à escolha de produtos locais é aquela de poder conhecer melhor o comportamento de quem os produz. O grupo de aquisição procura um contato direto com os produtores, indo visitá-los para conhece-los e verificar quais são os seus métodos de trabalho. Deste modo, é bem mais difícil que um produtor adote comportamentos que não admitimos. Os produtos locais e tradicionais freqüentemente são acompanhados por trabalhos ligados às condições ambientais e à cultura da zona; tanto as colheitas quanto as culturas correm o risco de desaparecer debaixo do jogo de uniformidade da agroindústria. A redução da biodiversidade, o empurrão em direção à uniformidade e à padronização do produto e do paladar são muito interessantes ao interesse da indústria alimentícia cada vez mais controlada por multinacionais. Com a prática das aquisições coletivas é possível oferecer uma possibilidade de escoamento a muitos pequenos produtores que se encontram exclusivamente presos aos canais da grande distribuição, que por sua natureza, prefere empresas médias ou grandes com possibilidade de garantir uma determinada produção.
  • 4. Será do nosso interesse verificar com os produtores a possibilidade de estabelecer preços que não reservem a compra de produtos ecologicamente e eticamente sustentáveis apenas a uma elite restrita. Prestar atenção às condições de trabalho. A economia mundial, na era da globalização, favorece a localização da produção onde os custos são mais baixos, onde a mão-de-obra é pior paga, onde o nível de sindicalização é reduzido e os direitos dos trabalhadores são mais facilmente cortados. A nossa posição não se limita a condenar esta tendência mas quer superar a exploração do homem pelo homem em todos os âmbitos na qual ela se apresenta; também esta idéia guia as nossas decisões na construção das relações com os produtores. Escolher produtos biológicos ou ecológicos O grupo de aquisição coletiva em geral orienta-se para produtos biológicos, ecológicos ou, ainda, com baixo impacto ambiental por duas razões. A primeira é ligada à tutela da saúde, seja a de quem utiliza o produto, seja a de quem o produz. A segunda sublinha a importância da manutenção dos equilíbrios naturais também em função do respeito às gerações futuras Sustentamos, além disso, que a relação com o meio ambiente não deve ser baseada na exploração irracional dos recursos somente com o fim de incrementar o lucro de poucos, mas sobretudo pela utilização equilibrada e parcimoniosa dos recursos voltada para um desenvolvimento da humanidade que elimine as diferenças na distribuição das riquezas entre os povos para que haja uma qualidade de vida digna independentemente do lugar de nascimento dos indivíduos. Organizar- se coletivamente Encontrar-se em grupo com um objetivo comum ajuda a reconstruir relações coletivas e favorece o confronto de idéias. A troca de experiências entre os componentes é útil para definir o critérios que guiam as escolhas comuns e para determinar as melhores soluções. Não pensamos na criação de uma ilha de felicidade mas em um dos tantos instrumentos a serem utilizados para alcançar os nossos objetivos. Estamos conscientes do fato de que tudo que escrevemos até aqui corre o risco de permanecer apenas um exercício de crítica formal ao consumismo, ao modelo econômico dominante fundado no capital e no lucro, com a única utilidade de serenar as nossas consciências.
  • 5. Por isto, sem supervalorizar as nossas forças, trabalharemos para difundir uma mentalidade crítica, para estimular o nascimento de novos grupos, para desenvolver uma rede de comportamentos conscientes a fim de determinar uma real mudança da sociedade em que vivemos. Para contatos E-mail: coalib@ ciaoweb. it Tradução do original italiano por Carlo Romani