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Como realizar a
abordagem do
tabagismo?
Profa . Ângela Jornada Ben

Departamento de Saúde Pública UFCSPA
Médica de Família e Comunidade
Mestre em Epidemiologia
O que o profissional de saúde
pode fazer para ajudar um
paciente a parar de fumar?
Técnica dos 5 A's
1.
2.
3.
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Primária à Saúde (APS)

Atributos Essenciais

Acesso 1º Contato

Atributos Derivados

Orientação
Familiar

Longitudinalidade
Orientação
Comunitária
Coordenação
Integralidade

Competência
Cultural
Como fazer...
• O profissional de saúde pode investigar sobre o hábito
tabágico em qualquer cenário;
• A investigação deve informar sobre:
– a motivação do paciente em deixar de fumar;
– seu nível de dependência física à nicotina;
– se há indicação e/ou contraindicação de uso do apoio
medicamentoso;
– existência de comorbidades psiquiátricas;
– investigar a história clínica e a experiência de vida da pessoa em
relação à cessação do tabagismo.
Critérios de Inclusão na Abordagem
Cognitivo comportamental
A abordagem cognitivo comportamental deve ser
oferecida a todo fumante que deseja parar de fumar.
Ela fornece informações sobre:
–
–
–
–

a experiência da pessoa em relação ao tabagismo;
os riscos desse hábito;
os benefícios de parar de fumar, e
estimula o autocontrole e o automanejo para que o indivíduo
aprenda a escapar do ciclo da dependência e a tornar-se um
agente de mudança de seu próprio comportamento.
PORTARIA Nº 442 DE 13 DE AGOSTO DE 2004.
Abordagem cognitivo
comportamental
• As sessões podem ser individuais ou em grupo de
apoio, entre 10 a 15 participantes, coordenados
por 1 a 2 profissionais de saúde de nível superior,
seguindo o esquema abaixo:
– 4 sessões iniciais, estruturadas, preferencialmente
semanais, seguidas de:
– 2 sessões quinzenais, com os mesmos participantes,
seguidas de:
– 1 reunião mensal aberta, com a participação de
todos os grupos, para prevenção da recaída, até
completar 1 ano.

PORTARIA Nº 442 DE 13 DE AGOSTO DE 2004.
Critérios de Inclusão no Protocolo
de Tratamento Medicamentoso
•

Os fumantes que poderão se beneficiar da utilização do apoio
medicamentoso, serão os que, além de participarem
(obrigatoriamente) da abordagem cognitivo comportamental,
apresentem um grau elevado de dependência à nicotina, a saber:
a) fumantes pesados, ou seja, que fumam 20 ou mais cigarros por dia;
b) fumantes que fumam o 1º cigarro até 30 minutos após acordar e fumam no
mínimo 10 cigarros por dia;
c) fumantes com escore do teste de Fagerström, igual ou maior do que 5, ou
avaliação individual, a critério do profissional;
d) fumantes que já tentaram parar de fumar anteriormente apenas com a
abordagem cognitivo comportamental, mas não obtiveram êxito, devido aos
sintomas da síndrome de abstinência;
e) não haver contraindicações clínicas.
http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=parar&link=teste.htm
PORTARIA Nº 442 DE 13 DE AGOSTO DE 2004.
Tratamento Medicamentoso
•

No momento, os medicamentos considerados como 1ª linha no
tratamento da dependência à nicotina, e utilizados no Brasil são:
– Terapia de Reposição de Nicotina, através do adesivo
transdérmico e goma de mascar, e
– Cloridrato de bupropiona.

•

Não havendo contraindicações clínicas, o medicamento é escolhido
de acordo com a posologia e com a facilidade de administração, em
comum acordo com o paciente.

•

Os esquemas terapêuticos podem ser utilizados isoladamente ou
em combinação.
Goma de Mascar com Nicotina
•
•

•
•

Apresentação:

– goma de mascar em tabletes com 2 mg de nicotina.

Posologia:

– Semana 1 a 4: 1 tablete a cada 1 a 2 horas (máximo 15 tabletes por dia);
– Semana 5 a 8: 1 tablete a cada 2 a 4 horas;
– Semana 9 a 12: 1 tablete a cada 4 a 8 horas.

Duração total do tratamento 12 semanas.
Orientações para o uso da goma de mascar com nicotina:

– O paciente deve ser orientado a mascar 1 tablete por vez, por 30 minutos,
mascando e alternando períodos onde masca com força, até sentir sabor de
tabaco e a seguir repousar a goma entre a bochecha e a gengiva, repetindo a
operação sucessivamente. Oriente a não ingerir nenhum líquido, mesmo que
seja água, durante a mastigação da goma. A dose máxima recomendada é de 15
gomas de 2 mg por dia. Os pacientes devem ser orientados a não fumar após o
início do medicamento.
Adesivo Transdérmico de Nicotina
•

Apresentações:
–

•

Adesivos Transdérmicos de Nicotina com 7 mg, 14 mg e 21 mg.

Posologia:
–

Pacientes com escore do teste de Fagerström entre 8 a 10, e/ou fumante de mais de 20
cigarros por dia, utilizar o seguinte esquema:
•
•
•
•

•

Pacientes com escore do teste de Fagerström entre 5 a 7, e/ou fumante de 10 a 20
cigarros por dia e fumam seu 1º cigarro nos primeiros 30 minutos após acordar,
utilizar o seguinte esquema:
–
–
–

•

Semana 1 a 4: adesivo de 21mg a cada 24 horas;
Semana 5 a 8: adesivo de 14mg a cada 24 horas;
Semana 9 a 12: adesivo de 7mg a cada 24 horas.
Duração total do tratamento: 12 semanas.

semana 1 a 4: adesivo de 14mg a cada 24 horas;
semana 5 a 8: adesivo de 7mg a cada 24 horas.
Duração total do tratamento: 8 semanas.

Orientações para o uso do adesivo de nicotina:
–

–

O adesivo deve ser aplicado na pele, fazendo um rodízio do local da aplicação a cada 24
horas. Na mulher, evitar colocá-lo no seio, e no homem, evitar colocá-lo em região que
apresente pelos. A região deve estar protegida da exposição direta do sol, porém, não há
restrição quanto ao uso na água;
Deve-se parar de fumar ao iniciar o medicamento.
Cloridrato de Bupropiona
•

Apresentação:
– Bupropiona em comprimidos de 150 mg.

•

Posologia: A dosagem preconizada é a seguinte:
– 1 comprimido de 150mg pela manhã nos primeiros 3 dias de tratamento;
– 1 comprimido de 150mg pela manhã e outro comprimido de 150mg, oito horas
após, a partir do 4º dia de tratamento, até completar 12 semanas.

•

Orientações para o uso de Bupropiona:
– A dose máxima recomendada de Bupropiona é de 300mg por dia. Em caso de
intolerância à dose preconizada, ela pode sofrer ajuste posológico, a critério
clínico.
– Deve-se parar de fumar no 8º dia após o início da medicação.
Acompanhamento
• Todos os pacientes em uso de apoio medicamentoso
devem ser acompanhados e avaliados durante o
tratamento.
• Atenção especial deve ser dada às seguintes situações:
– monitorar os pacientes hipertensos e/ou cardiopatas em uso de
qualquer forma de Terapia de Reposição de Nicotina (goma de mascar
ou adesivo);
– monitorar a pressão arterial como rotina em pacientes em uso de
Bupropiona, pois alguns estudos mostram que a Bupropiona tende a
elevar os níveis de pressão arterial;
– a associação de goma de mascar ou adesivo de nicotina com
Bupropiona também pode elevar a pressão arterial. Nesses casos,
deve-se preferir a associação entre uma ou outra forma de Terapia de
Reposição de Nicotina.
Acompanhamento
• Quais os efeitos colaterais que devem ser sistematicamente
verificados?
– Goma de Mascar – vertigem, dor de cabeça, náuseas, vômitos,
desconforto gastrontestinal, soluços, dor de garganta, dor
bucal, aftas, dor muscular na mandíbula, hipersalivação.
– Adesivo Transdérmico de Nicotina - irritação local é o efeito
colateral mais comum. Pode ocorrer mais raramente, náuseas,
vômitos, hipersalivação, diarreia, palpitação, eritema e
urticária, fibrilação atrial reversível e reações alérgicas como o
angioedema.
– Cloridrato de Bupropiona – insônia, geralmente sono
entrecortado, além de boca seca, cefaleia e risco de convulsão.
Acompanhamento
• Quando suspender o tratamento
medicamentoso ou não utilizar tratamento
medicamentoso?
– Goma de Mascar:
a.
b.
c.
d.

hipersensibilidade conhecida a qualquer dos
componentes da fórmula;
incapacidade de mastigação ou em indivíduos com
afecções ativas da articulação temporomandibular;
pacientes que estejam no período de 15 dias após
episódio de infarto agudo do miocárdio;
pacientes portadores de úlcera péptica.
Acompanhamento
• Quando suspender o tratamento
medicamentoso ou não utilizar tratamento
medicamentoso?
– Adesivo Transdérmico de Nicotina:
a. hipersensibilidade conhecida a qualquer dos componentes da
fórmula;
b. doenças dermatológicas que impeçam a aplicação do adesivo;
c. pacientes que estejam no período de 15 dias após episódio de
infarto agudo do miocárdio;
d. gestação;
e. amamentação.
Acompanhamento
•

Quando suspender o tratamento medicamentoso ou não utilizar
tratamento medicamentoso?
– Cloridrato de Bupropiona:
a.
b.
c.
d.
e.
f.
g.
h.

hipersensibilidade conhecida a qualquer dos componentes da fórmula;
risco de convulsão: história pregressa de crise convulsiva, epilepsia, convulsão febril
na infância, anormalidades eletroencefalográficas conhecidas;
alcoolistas em fase de retirada de álcool;
uso de benzodiazepínico ou outro sedativo;
uso de outras formas de bupropirona;
doença cérebrovascular, tumor de sistema nervoso central, bulimia, anorexia
nervosa;
gestação;
amamentação.

– Para aqueles fumantes que estão fazendo uso de inibidor da MAO, há
necessidade de suspensão da medicação, por pelo menos 15 dias antes do início
da Bupropiona.
Referências
•

Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer – INCA. Coordenação de
Prevenção e Vigilância (CONPREV). Abordagem e Tratamento do Fumante - Consenso
2001. Rio de Janeiro: INCA, 2001.
http://www.inca.gov.br/tabagismo/publicacoes/tratamento_consenso.pdf

•

PREVALÊNCIA DE TABAGISMO NO BRASIL. Dados dos inquéritos epidemiológicos em
capitais brasileiras 2004.
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/tabaco_inquerito_nacional_070504.pdf

•

Plano de Implantação da Abordagem e Tratamento do Tabagismo na Rede SUS. Portaria
GM/MS 1.035/04 Portaria SAS/MS 442/04.
http://www.inca.gov.br/tabagismo/publicacoes/plano_abordagem_sus.pdf

•

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Básica. Rastreamento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde,
Departamento de Atenção Básica. – Brasília :Ministério da Saúde, 2010.
http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad29.pdf
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Como realizar a abordagem do tabagismo?

  • 1. Como realizar a abordagem do tabagismo? Profa . Ângela Jornada Ben Departamento de Saúde Pública UFCSPA Médica de Família e Comunidade Mestre em Epidemiologia
  • 2. O que o profissional de saúde pode fazer para ajudar um paciente a parar de fumar?
  • 3. Técnica dos 5 A's 1. 2. 3. 4. 5. Perguntar; Avaliar; Aconselhar; Preparar e Acompanhar.
  • 4. Como fazer... Atenção Primária à Saúde (APS) Atributos Essenciais Acesso 1º Contato Atributos Derivados Orientação Familiar Longitudinalidade Orientação Comunitária Coordenação Integralidade Competência Cultural
  • 5. Como fazer... • O profissional de saúde pode investigar sobre o hábito tabágico em qualquer cenário; • A investigação deve informar sobre: – a motivação do paciente em deixar de fumar; – seu nível de dependência física à nicotina; – se há indicação e/ou contraindicação de uso do apoio medicamentoso; – existência de comorbidades psiquiátricas; – investigar a história clínica e a experiência de vida da pessoa em relação à cessação do tabagismo.
  • 6. Critérios de Inclusão na Abordagem Cognitivo comportamental A abordagem cognitivo comportamental deve ser oferecida a todo fumante que deseja parar de fumar. Ela fornece informações sobre: – – – – a experiência da pessoa em relação ao tabagismo; os riscos desse hábito; os benefícios de parar de fumar, e estimula o autocontrole e o automanejo para que o indivíduo aprenda a escapar do ciclo da dependência e a tornar-se um agente de mudança de seu próprio comportamento. PORTARIA Nº 442 DE 13 DE AGOSTO DE 2004.
  • 7. Abordagem cognitivo comportamental • As sessões podem ser individuais ou em grupo de apoio, entre 10 a 15 participantes, coordenados por 1 a 2 profissionais de saúde de nível superior, seguindo o esquema abaixo: – 4 sessões iniciais, estruturadas, preferencialmente semanais, seguidas de: – 2 sessões quinzenais, com os mesmos participantes, seguidas de: – 1 reunião mensal aberta, com a participação de todos os grupos, para prevenção da recaída, até completar 1 ano. PORTARIA Nº 442 DE 13 DE AGOSTO DE 2004.
  • 8. Critérios de Inclusão no Protocolo de Tratamento Medicamentoso • Os fumantes que poderão se beneficiar da utilização do apoio medicamentoso, serão os que, além de participarem (obrigatoriamente) da abordagem cognitivo comportamental, apresentem um grau elevado de dependência à nicotina, a saber: a) fumantes pesados, ou seja, que fumam 20 ou mais cigarros por dia; b) fumantes que fumam o 1º cigarro até 30 minutos após acordar e fumam no mínimo 10 cigarros por dia; c) fumantes com escore do teste de Fagerström, igual ou maior do que 5, ou avaliação individual, a critério do profissional; d) fumantes que já tentaram parar de fumar anteriormente apenas com a abordagem cognitivo comportamental, mas não obtiveram êxito, devido aos sintomas da síndrome de abstinência; e) não haver contraindicações clínicas. http://www.inca.gov.br/tabagismo/frameset.asp?item=parar&link=teste.htm PORTARIA Nº 442 DE 13 DE AGOSTO DE 2004.
  • 9. Tratamento Medicamentoso • No momento, os medicamentos considerados como 1ª linha no tratamento da dependência à nicotina, e utilizados no Brasil são: – Terapia de Reposição de Nicotina, através do adesivo transdérmico e goma de mascar, e – Cloridrato de bupropiona. • Não havendo contraindicações clínicas, o medicamento é escolhido de acordo com a posologia e com a facilidade de administração, em comum acordo com o paciente. • Os esquemas terapêuticos podem ser utilizados isoladamente ou em combinação.
  • 10. Goma de Mascar com Nicotina • • • • Apresentação: – goma de mascar em tabletes com 2 mg de nicotina. Posologia: – Semana 1 a 4: 1 tablete a cada 1 a 2 horas (máximo 15 tabletes por dia); – Semana 5 a 8: 1 tablete a cada 2 a 4 horas; – Semana 9 a 12: 1 tablete a cada 4 a 8 horas. Duração total do tratamento 12 semanas. Orientações para o uso da goma de mascar com nicotina: – O paciente deve ser orientado a mascar 1 tablete por vez, por 30 minutos, mascando e alternando períodos onde masca com força, até sentir sabor de tabaco e a seguir repousar a goma entre a bochecha e a gengiva, repetindo a operação sucessivamente. Oriente a não ingerir nenhum líquido, mesmo que seja água, durante a mastigação da goma. A dose máxima recomendada é de 15 gomas de 2 mg por dia. Os pacientes devem ser orientados a não fumar após o início do medicamento.
  • 11. Adesivo Transdérmico de Nicotina • Apresentações: – • Adesivos Transdérmicos de Nicotina com 7 mg, 14 mg e 21 mg. Posologia: – Pacientes com escore do teste de Fagerström entre 8 a 10, e/ou fumante de mais de 20 cigarros por dia, utilizar o seguinte esquema: • • • • • Pacientes com escore do teste de Fagerström entre 5 a 7, e/ou fumante de 10 a 20 cigarros por dia e fumam seu 1º cigarro nos primeiros 30 minutos após acordar, utilizar o seguinte esquema: – – – • Semana 1 a 4: adesivo de 21mg a cada 24 horas; Semana 5 a 8: adesivo de 14mg a cada 24 horas; Semana 9 a 12: adesivo de 7mg a cada 24 horas. Duração total do tratamento: 12 semanas. semana 1 a 4: adesivo de 14mg a cada 24 horas; semana 5 a 8: adesivo de 7mg a cada 24 horas. Duração total do tratamento: 8 semanas. Orientações para o uso do adesivo de nicotina: – – O adesivo deve ser aplicado na pele, fazendo um rodízio do local da aplicação a cada 24 horas. Na mulher, evitar colocá-lo no seio, e no homem, evitar colocá-lo em região que apresente pelos. A região deve estar protegida da exposição direta do sol, porém, não há restrição quanto ao uso na água; Deve-se parar de fumar ao iniciar o medicamento.
  • 12. Cloridrato de Bupropiona • Apresentação: – Bupropiona em comprimidos de 150 mg. • Posologia: A dosagem preconizada é a seguinte: – 1 comprimido de 150mg pela manhã nos primeiros 3 dias de tratamento; – 1 comprimido de 150mg pela manhã e outro comprimido de 150mg, oito horas após, a partir do 4º dia de tratamento, até completar 12 semanas. • Orientações para o uso de Bupropiona: – A dose máxima recomendada de Bupropiona é de 300mg por dia. Em caso de intolerância à dose preconizada, ela pode sofrer ajuste posológico, a critério clínico. – Deve-se parar de fumar no 8º dia após o início da medicação.
  • 13. Acompanhamento • Todos os pacientes em uso de apoio medicamentoso devem ser acompanhados e avaliados durante o tratamento. • Atenção especial deve ser dada às seguintes situações: – monitorar os pacientes hipertensos e/ou cardiopatas em uso de qualquer forma de Terapia de Reposição de Nicotina (goma de mascar ou adesivo); – monitorar a pressão arterial como rotina em pacientes em uso de Bupropiona, pois alguns estudos mostram que a Bupropiona tende a elevar os níveis de pressão arterial; – a associação de goma de mascar ou adesivo de nicotina com Bupropiona também pode elevar a pressão arterial. Nesses casos, deve-se preferir a associação entre uma ou outra forma de Terapia de Reposição de Nicotina.
  • 14. Acompanhamento • Quais os efeitos colaterais que devem ser sistematicamente verificados? – Goma de Mascar – vertigem, dor de cabeça, náuseas, vômitos, desconforto gastrontestinal, soluços, dor de garganta, dor bucal, aftas, dor muscular na mandíbula, hipersalivação. – Adesivo Transdérmico de Nicotina - irritação local é o efeito colateral mais comum. Pode ocorrer mais raramente, náuseas, vômitos, hipersalivação, diarreia, palpitação, eritema e urticária, fibrilação atrial reversível e reações alérgicas como o angioedema. – Cloridrato de Bupropiona – insônia, geralmente sono entrecortado, além de boca seca, cefaleia e risco de convulsão.
  • 15. Acompanhamento • Quando suspender o tratamento medicamentoso ou não utilizar tratamento medicamentoso? – Goma de Mascar: a. b. c. d. hipersensibilidade conhecida a qualquer dos componentes da fórmula; incapacidade de mastigação ou em indivíduos com afecções ativas da articulação temporomandibular; pacientes que estejam no período de 15 dias após episódio de infarto agudo do miocárdio; pacientes portadores de úlcera péptica.
  • 16. Acompanhamento • Quando suspender o tratamento medicamentoso ou não utilizar tratamento medicamentoso? – Adesivo Transdérmico de Nicotina: a. hipersensibilidade conhecida a qualquer dos componentes da fórmula; b. doenças dermatológicas que impeçam a aplicação do adesivo; c. pacientes que estejam no período de 15 dias após episódio de infarto agudo do miocárdio; d. gestação; e. amamentação.
  • 17. Acompanhamento • Quando suspender o tratamento medicamentoso ou não utilizar tratamento medicamentoso? – Cloridrato de Bupropiona: a. b. c. d. e. f. g. h. hipersensibilidade conhecida a qualquer dos componentes da fórmula; risco de convulsão: história pregressa de crise convulsiva, epilepsia, convulsão febril na infância, anormalidades eletroencefalográficas conhecidas; alcoolistas em fase de retirada de álcool; uso de benzodiazepínico ou outro sedativo; uso de outras formas de bupropirona; doença cérebrovascular, tumor de sistema nervoso central, bulimia, anorexia nervosa; gestação; amamentação. – Para aqueles fumantes que estão fazendo uso de inibidor da MAO, há necessidade de suspensão da medicação, por pelo menos 15 dias antes do início da Bupropiona.
  • 18. Referências • Brasil. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer – INCA. Coordenação de Prevenção e Vigilância (CONPREV). Abordagem e Tratamento do Fumante - Consenso 2001. Rio de Janeiro: INCA, 2001. http://www.inca.gov.br/tabagismo/publicacoes/tratamento_consenso.pdf • PREVALÊNCIA DE TABAGISMO NO BRASIL. Dados dos inquéritos epidemiológicos em capitais brasileiras 2004. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/tabaco_inquerito_nacional_070504.pdf • Plano de Implantação da Abordagem e Tratamento do Tabagismo na Rede SUS. Portaria GM/MS 1.035/04 Portaria SAS/MS 442/04. http://www.inca.gov.br/tabagismo/publicacoes/plano_abordagem_sus.pdf • Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Rastreamento / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília :Ministério da Saúde, 2010. http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad29.pdf

Notas do Editor

  1. {"14":"Os efeitos colaterais mais comuns que podem ocorrer com o uso das medicações, utilizadas como apoio, são os seguintes:\n","3":"Aborde quanto ao uso de tabaco;\nAconselhe a abandonar o tabagismo por meio de uma mensagem clara e personalizada;\nAvalie a disposição em para de fumar (grau motivacional para mudança de hábito);\nAssista-o(a) a parar;\nArranje condições para o seguimento e suporte do paciente.\n","4":"Utilizando os princípios da APS como ferramenta de trabalho...\n"}