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A TESSITURA COLABORATIVA DE ATOS DE CURRÍCULO: RECORTES
DE UMA PESQUISA NA DISCIPLINA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO DO
CURSO SEMI-PRESENCIAL DE PEDAGOGIA DA UERJ

Cristiane Marcelino Sant´Anna - UERJ/PROPED
Tassiane Viana Nepomuceno -UERJ

1 - Considerações Iniciais

Este artigo é um recorte da pesquisa “A informática na educação no ensino
superior : do currículo em EAD para o currículo em Educação on line que é parte do
projeto de pesquisa, com apoio do edital Universal 2010 Cnpq e SELIC-UERJ 2011,
intitulado “A cibercultura na era das redes sociais e da mobilidade: novas
potencialidades para a formação de professores”. Tais pesquisas são desenvolvidas de
forma colaborativa pelos membros do Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura
(GPDOC)

tendo

como

fundamentos

os

pressupostos

epistemológicos

da

multirreferencialidade (ARDOINO, MACEDO) e metodológicos da pesquisa-formação
(MACEDO, JOSSO).
A opção por tais fundamentos e metodologias se dá por nosso compromisso com
a formação dos professores envolvidos e de que a pesquisa-formação multirreferencial
busca de forma intencional pesquisar com, e não sobre, os praticantes culturais a fim de
formá-los e nos formarmos nessa relação dialógica e complexa num processo
práticoteóricoprático.
A empiria se deu no âmbito do curso semi-presencial de licenciatura em Pedagogia
(UERJ) em um ambiente virtual de aprendizagem, mais especificamente na disciplina
informática na educação .Busca-se investigar a transição de um currículo de educação a
distância clássica , caracterizado por uma cultura massiva de transmissão e recepção de
conteúdos, para um currículo construído colaborativamente entre os praticantes culturais
2

envolvidos a partir de uma prática em Educação on line .Na perspectiva da pesquisaformação, nos interessa compreender como podemos instituir autorias colaborativas,
onde todos os praticantes envolvidos possam efetivamente tecer conhecimento em rede
e como a autoria e coautoria podem colaborar nesse processo .

A empiria: de que lugar estamos falando

O campo de pesquisa se deu no ambiente virtual de aprendizagem da disciplina
Informática na Educação inserido no curso de licenciatura em pedagogia que possui
disciplinas que têm como apoio tutores presenciais, que ficam disponíveis nos pólos, e
tutores a distância que fazem atendimento via ambiente virtual ou por telefone. Como
boa parte da equipe de tutores presenciais da disciplina Informatica na Educação não
tinham uma prática de docente on line, isto é, uma prática que não dicotomiza ambiente
virtual de sala de aula presencial interagindo em ambos os espaços, a coordenação optou
em realizar todas suas atividades a distancia.
Nesse ambiente coordenação e tutores lançam mão de vários recursos
comunicacionais, síncronos e assíncronos como chats, fóruns de discussão e emails,
como dispositivos1 que possibilitem a mediação de conversas e narrativas com os
alunos. Iniciado o debate as mediações vão sendo feitas de forma a motivar os alunos
não só a responderem as questões mas a trazerem novas inquietações, mediem e assim
contribuam para a construção do aprendizado de todos os praticantes envolvidos.
Concordamos com Santos (2003) que diz
ambiente virtual é um espaço fecundo de significação onde seres
humanos e objetos técnicos interagem potencializando assim, a
construção de conhecimentos, logo a aprendizagem. Então todo
ambiente virtual é um ambiente de aprendizagem? Se
entendermos aprendizagem como um processo sócio-técnico
onde os sujeitos interagem na e pela cultura sendo esta um campo
de luta, poder, diferença e significação, espaço para construção de
saberes e conhecimento, então podemos afirmar que sim. (Santos,
2003, pg. 2)
Por isso não abrimos mão de utilizar não só o ambiente virtual da disciplina mas
também , ao longo do processo, sofwares sociais como facebook, youtube, livestream
(software para transmissão de webconferências que utiliza facebook e twitter como
1

A noção que trazemos sobre dispositivo é baseada em Ardoino (1998), que entende o dispositivo como “uma organização de
meios materiais e/ou intelectuais, fazendo parte de uma estratégia de conhecimento de um objeto” (p. 48).
3

chats), interfaces para elaboração de blogs como blogger, repositórios de slides como
slideboom e slideshare como recursos que possibilitam a autoria e assim a construção
do conhecimento.
Buscando fugir da lógica de práticas pautadas em um currículo engessado,
tecemos de forma colaborativa atos de currículo (Macedo, 2011 ) a partir das discussões
sobre Cibercultura. É sobre esse tema que iremos nos debruçar a seguir.

Cibercultura: a potência do digital em debate

Os pressupostos metodológicos utilizados na pesquisa apresentam estratégias
onde os praticantes culturais envolvidos (tutores a distancia, alunos e coordenação)
discutem temas e tecem colaborativamente o currículo da disciplina
De forma descentralizada, todos contribuem mediando discussões, trazendo
inquietações e apontando questões nos recursos comunicacionais disponíveis (chats,
fóruns, sala de tutoria, email). Essa dinâmica é característica fundante da educação on
line, que não é uma nova Educação à distancia, mas um fenômeno da Cibercultura
(cultura mediada pelo digital em rede e em mobibilidade) (Santos, 2010). A
possibilidade de escrita colaborativa do currículo,

que acaba contribuindo

significativamente para construção coletiva do conhecimento, é possível devido a
liberação do pólo de emissão, isto é, não há mais a dicotomia comunicacional entre
emissor e receptor, todos tornam-se autores em potencial. Nessa perspectiva o melhor
uso que podemos fazer do ciberespaço, favorecendo a autoria, é colocando em sinergia
os saberes e as imaginações ( Lévy, 1999).
A pesquisa institucional “A cibercultura na era das redes sociais e da
mobilidade: novas potencialidades para a formação de professores” têm gerado no
GPDOC inúmeros artigos escritos a partir de nossas pesquisas com os praticantes
culturais no que se refere ao potencial do digital em rede e em mobilidade no uso
autoral da internet, mais especificamente nos softwares sociais.
Santos e Weber (2013) em seu artigo Caiu na rede é peixe: o currículo no
contexto das redes sociais tencionam sobre o senso comum de que currículo é uma
seleção de conteúdos apresentando uma investigação sobre como se dá a relação de
professores e alunos via facebook e a elaboração colaborativa de um currículo praticado
(Oliveira, ) via uso de dispositivos móveis apontando que
4

O uso de dispositivos comunicacionais do Facebook potencializa
a articulação dos saberes, rompe com a noção de que a sala de
aula é um lugar fixo, sendo o único espaçotempo possível de
construção de conhecimento (Santos, Weber & Santos, 2013, pg
68).
Gomes e Santos (2012) relatam no artigo Ciberativismo Surdo: em defesa da
educação bilíngue o movimento gerado a partir de vídeos postados no youtube por
surdos preocupados com a possibilidade de fechamento do Colégio de Aplicação do
Instituto Nacional de Educação para Surdos (INES). Tal fato gera protestos de outros
surdos do Brasil e de outros países que apoiam a causa e é o estopim que motiva a
discussão sobre a decisão pelo fim da instituição, uma decisão sem a consulta àqueles
que deveriam ser considerados os mais interessados – os Surdos - e a inclusão ou não
do surdo em classes regulares.
As mobilizações político-sociais articuladas por meio dos
softwares sociais são exemplos de como o acesso à informação e
possibilidade de comunicação, via internet, permite que os atores
sociais lutem em defesa de seus próprios direitos, autônoma e
democraticamente (Gomes & Santos, pg. 145).
Weber e Santos (2013) traz em seu texto Educação e cibercultura:
aprendizagem ubíqua no currículo da disciplina didática as possibilidades do digital
em rede e em mobilidade na educação superior, mais especificamente em um curso de
formação de professores (Pedagogia-UERJ) assim como também indica os entraves já
que se faz necessário internet de qualidade para todos afirmando que
mobilidade, ubiquidade e conectividade podem propiciar às
práticas pedagógicas, além da desvinculação do acesso às
tecnologias via laboratório de informática, a imersão na cultura
contemporânea, cibercultura, transformada por uma nova relação
com o espaço e com o tempo, promovendo uma nova forma de
estar em sociedade, permitindo, dessa maneira, que o aluno se
movimente carregando, produzindo e cocriando informações e
conhecimentos (Weber e Santos, 2013, pg 289).
Os três artigos apresentados acima são exemplos do que buscamos ao optarmos
por práticas em Educação on line: mostram o quanto o digital favorece a autoria e a
coautoria

possibilitada

pela

interatividade

entre

os

indivíduos

dispersos

geograficamente ou não tornando a aprendizagem mais significativa já que é
experiencial (MACEDO, 2011).
Assim o desafio da equipe de tutores e coordenação é pensar atividades que
proporcionem experiências significativas que contribuam para a formação dos
5

praticantes culturais a partir do contexto atual da cibercultura através de dispositivos do
ambiente virtual da disciplina e outros disponíveis na internet.
Dentre estas atividades aqui destacamos uma atividade de elaboração de vídeo
em que foram utilizados dois dispositivos utilizados como disparadores de conversas: o
fórum de discussão e uma webconferência.

Webconferência e fóruns de discussão, imagens e narrativas: fios que tecem o
currículo em Educação on line.

Os rastros que possibilitam a construção dos atos de currículo (MACEDO, 2011)
emergem das narrativas dos fóruns de discussão do ambiente virtual da disciplina. Um
dos atos que aqui destacamos foi a realização de uma oficina de vídeo por
webconferência, buscando responder a uma questão discutida no curso: como utilizar de
forma potente o digital suscitando autoria de professores e alunos frente ao problema da
inclusão/exclusão digital?
Planejando como poderia ser realizada a avaliação a distância (Ad)2 ficamos
pensando na realidade não só dos alunos que em alguns casos utilizavam os
computadores dos polos, que por sua vez possuem o sistema operacional Linux, mas
também na realidade das escolas onde poderão futuramente trabalhar. Por isso não
bastava apenas disponibilizar tutoriais, já que esses podem ser facilmente encontrados
na internet.
Assim planejamos uma webconferência que mostrasse que é possível criar
vídeos mesmo usando recursos simples, como um programa que cria slides, e que
desses slides é possível fazer uma animação. Foi gravado todo o processo anterior ao
evento: planejamento, criação do storyboard3, elaboração e separação de material para
elaboração da animação e produção.
A webconferência foi desenvolvida no software social livestream que utiliza
como chat o facebook e o twitter. Dessa forma enquanto a webconferência é
2

Os alunos semestralmente realizam dois tipos de avaliação: as avaliações a distância (Ad´s) que são realizadas em
casa e podem ser entregues no polo, pela plataforma ou pelo correio e as avaliações presenciais (Ap´s)que são
realizadas no pólo em um dia previsto em cronograma.
3
É um filme contado em quadros, um roteiro desenhado. Lembra uma história em quadrinhos sem balões. Mas existe
uma diferença fundamental: apesar da semelhança de linguagem e recursos gráficos, uma história em quadrinhos é a
realização definitiva de um projeto, enquanto que um storyboard é apenas uma etapa na visualização de algo que será
realizado em outro meio. O story é um desenho-ferramenta, um auxiliar do cineasta. Disponível em
http://www.spacca.com.br/educacao/storyboard.htm
6

apresentada, de forma síncrona todos os que estão assistindo podem interagir com o
interlocutor e com os outros participantes. Logo que termina a transmissão o vídeo fica
disponível e ainda é possível interagir de forma assíncrona ao evento, já que os rastros
das conversas permanecem on line.

Imagem 1: pré produção da Webconferência

Com isso, tentamos mostrar que uma aula pode ser rica, mesmo que não
tenhamos o acesso a internet, afinal a internet é só um recurso dentre outros que podem
potencializar a aula dependendo da maneira que vamos utilizar. Assim acreditamos que
os usos que fazemos dos recursos disponíveis são o que verdadeiramente enriquecem
uma aula.

Imagem 2: Interface do software Livestream

O evento foi aberto não havendo a condição para participação ser aluno regular
do curso semi-presencial de Pedagogia da UERJ o que possibilitou a troca com outros
praticantes, de outros lugares, inseridos ou não na escola, para além dos muros do
7

ambiente virtual da disciplina. Do evento o debate continuou no ambiente e terminado o
semestre ainda rende frutos em outras redes como o facebook, criando novas
transposições dessa mesma atividade, demonstrando que as narrativas criadas no
ambiente e na webconferências geraram novas imagens, novos conteúdos, novas
aprendizagem, novos saberes.

Imagem 3: A webconferência, a equipe de tutores no lócus do evento (UERJ) e o fórum de
discussão do ambiente virtual

Os achados

A webconferência nos mostrou o potencial que os softwares da Web 2.0 nos
oferece para instigar a autoria e coautoria dos alunos e tutores, favorecendo processo de
aprendizagem. E nos fez pensar como a disciplina informática na educação do curso de
pedagogia a distância da UERJ pode contribuir para fazer dessas práticas mais
frequentes ao longo ,dinâmicas e significativas.
As vivências nessa etapa demonstraram o quanto a interatividade (SILVA, 2010)
entre os tutores e alunos foi formativa e apontou algumas lacunas. Uma delas é a
formação da equipe no processo práticateoriaprática. Nossas práticas e oficinas ainda
são pouco autorais em relação aos recursos utilizados. Falta iniciativa nos tutores para
criarem seus próprios materiais e disponibilizarem no ciberespaço, compartilhando
assim com seus cursistas e, quem sabe, motivando-os a também produzirem os seus
próprios recursos. O intuito era mostrar novas possibilidades para criação de um vídeo,
e mostrar que todos somos autores em potencial, e estimular essa coautoria entre alunos
e tutores.
8

(In) Conclusões
Esse processo de escrita colaborativa é dinâmico e novo a cada semestre pois é
tecido por pessoas que trazem em si diferentes e complexas biografias que alimentam e
tornam cada curso algo imprevisível. O desenho didático desde o primeiro semestre de
2012, quando ocorreu a webconferência, vem sendo iniciado da mesma forma com um
debate sobre Cibercultura. Contudo a cada momento surgem novos movimentos que
retroalimento o debate como a Isadora e seu diário de Classe, a professora Amanda e
seu debate inflamado na Câmara de Vereadores, as batalhas do passinho, os
quadradinhos de oito e as passeatas durante a Copa das Confederações. Não é preciso
escrever nesse artigo uma nota para cada exemplo citado. Basta ir ao Google pelo
celular, pelo tablet, pelo notebook ou ainda no desktop e digitar que encontraremos
inúmeros rastros sobre cada um deles e os usos que muitos professores vêm fazendo
dessas produções, se apropriando e recriando novos objetos de aprendizagem. Rastros
de imagens e narrativas que criam e recriam novas imagens e novas narrativas que nos
formam, que nos constituem pela interatividade com o outro.
Hoje nos interessa pensar, em conjunto entre alunos, tutores e coordenação,
atividades que proporcionem autorias colaborativas onde o conhecimento possa ser
tecido em rede pelos praticantes envolvidos articulando o ambiente on line da disciplina
a outros softwares sociais, formando e nos formando pela experiência.

Referências:
ARDOINO, J. Abordagem multirreferencial (plural) das situações educativas e
formativas. In: BARBOSA, J. (Org.). Multirreferencialidade nas ciências e na
educação. São Carlos: EdUFSCar, 1998, p. 24-41.
GOMES, R.C; SANTOS, E.O. Ciberativismo Surdo: em defesa da educação bilíngue.
Revista Teias v. 13 • n. 30 • 143-166 • set./dez. 2012
LÉVY, P. Cibercultura. SP: Editora 34, 1999.
MACEDO, R.S. Atos de currículo formação em ato?: para compreender, entender
e problematizar currículo e formação. Ilhéus: Editus, 2011.
9

SANTOS, E. Educação on line para além da EAD: um fenômeno da cibercultura.
In: Educação on line: cenário, formação e questões didático-metodológicos. Rio de
Janeiro: Wak Ed., 2010.
SANTOS, E.O.,SANTOS, R.; ROCHA, A. A. W. N. Caiu na rede é peixe. O
currículo no contexto das redes sociais. Revista Conhecimento & Diversidade,
Niterói, n. 8, p. 56-75 jul./dez. 2012
SILVA, M.Sala de Aula Interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000.
WEBER, A., SANTOS, E.O. Educação e cibercultura: aprendizagem ubíqua no
currículo da disciplina didática. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 13, n. 38, p. 285303, jan./abr. 2013.

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A tessitura colaborativa do currículo em Educação on line

  • 1. A TESSITURA COLABORATIVA DE ATOS DE CURRÍCULO: RECORTES DE UMA PESQUISA NA DISCIPLINA INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO DO CURSO SEMI-PRESENCIAL DE PEDAGOGIA DA UERJ Cristiane Marcelino Sant´Anna - UERJ/PROPED Tassiane Viana Nepomuceno -UERJ 1 - Considerações Iniciais Este artigo é um recorte da pesquisa “A informática na educação no ensino superior : do currículo em EAD para o currículo em Educação on line que é parte do projeto de pesquisa, com apoio do edital Universal 2010 Cnpq e SELIC-UERJ 2011, intitulado “A cibercultura na era das redes sociais e da mobilidade: novas potencialidades para a formação de professores”. Tais pesquisas são desenvolvidas de forma colaborativa pelos membros do Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura (GPDOC) tendo como fundamentos os pressupostos epistemológicos da multirreferencialidade (ARDOINO, MACEDO) e metodológicos da pesquisa-formação (MACEDO, JOSSO). A opção por tais fundamentos e metodologias se dá por nosso compromisso com a formação dos professores envolvidos e de que a pesquisa-formação multirreferencial busca de forma intencional pesquisar com, e não sobre, os praticantes culturais a fim de formá-los e nos formarmos nessa relação dialógica e complexa num processo práticoteóricoprático. A empiria se deu no âmbito do curso semi-presencial de licenciatura em Pedagogia (UERJ) em um ambiente virtual de aprendizagem, mais especificamente na disciplina informática na educação .Busca-se investigar a transição de um currículo de educação a distância clássica , caracterizado por uma cultura massiva de transmissão e recepção de conteúdos, para um currículo construído colaborativamente entre os praticantes culturais
  • 2. 2 envolvidos a partir de uma prática em Educação on line .Na perspectiva da pesquisaformação, nos interessa compreender como podemos instituir autorias colaborativas, onde todos os praticantes envolvidos possam efetivamente tecer conhecimento em rede e como a autoria e coautoria podem colaborar nesse processo . A empiria: de que lugar estamos falando O campo de pesquisa se deu no ambiente virtual de aprendizagem da disciplina Informática na Educação inserido no curso de licenciatura em pedagogia que possui disciplinas que têm como apoio tutores presenciais, que ficam disponíveis nos pólos, e tutores a distância que fazem atendimento via ambiente virtual ou por telefone. Como boa parte da equipe de tutores presenciais da disciplina Informatica na Educação não tinham uma prática de docente on line, isto é, uma prática que não dicotomiza ambiente virtual de sala de aula presencial interagindo em ambos os espaços, a coordenação optou em realizar todas suas atividades a distancia. Nesse ambiente coordenação e tutores lançam mão de vários recursos comunicacionais, síncronos e assíncronos como chats, fóruns de discussão e emails, como dispositivos1 que possibilitem a mediação de conversas e narrativas com os alunos. Iniciado o debate as mediações vão sendo feitas de forma a motivar os alunos não só a responderem as questões mas a trazerem novas inquietações, mediem e assim contribuam para a construção do aprendizado de todos os praticantes envolvidos. Concordamos com Santos (2003) que diz ambiente virtual é um espaço fecundo de significação onde seres humanos e objetos técnicos interagem potencializando assim, a construção de conhecimentos, logo a aprendizagem. Então todo ambiente virtual é um ambiente de aprendizagem? Se entendermos aprendizagem como um processo sócio-técnico onde os sujeitos interagem na e pela cultura sendo esta um campo de luta, poder, diferença e significação, espaço para construção de saberes e conhecimento, então podemos afirmar que sim. (Santos, 2003, pg. 2) Por isso não abrimos mão de utilizar não só o ambiente virtual da disciplina mas também , ao longo do processo, sofwares sociais como facebook, youtube, livestream (software para transmissão de webconferências que utiliza facebook e twitter como 1 A noção que trazemos sobre dispositivo é baseada em Ardoino (1998), que entende o dispositivo como “uma organização de meios materiais e/ou intelectuais, fazendo parte de uma estratégia de conhecimento de um objeto” (p. 48).
  • 3. 3 chats), interfaces para elaboração de blogs como blogger, repositórios de slides como slideboom e slideshare como recursos que possibilitam a autoria e assim a construção do conhecimento. Buscando fugir da lógica de práticas pautadas em um currículo engessado, tecemos de forma colaborativa atos de currículo (Macedo, 2011 ) a partir das discussões sobre Cibercultura. É sobre esse tema que iremos nos debruçar a seguir. Cibercultura: a potência do digital em debate Os pressupostos metodológicos utilizados na pesquisa apresentam estratégias onde os praticantes culturais envolvidos (tutores a distancia, alunos e coordenação) discutem temas e tecem colaborativamente o currículo da disciplina De forma descentralizada, todos contribuem mediando discussões, trazendo inquietações e apontando questões nos recursos comunicacionais disponíveis (chats, fóruns, sala de tutoria, email). Essa dinâmica é característica fundante da educação on line, que não é uma nova Educação à distancia, mas um fenômeno da Cibercultura (cultura mediada pelo digital em rede e em mobibilidade) (Santos, 2010). A possibilidade de escrita colaborativa do currículo, que acaba contribuindo significativamente para construção coletiva do conhecimento, é possível devido a liberação do pólo de emissão, isto é, não há mais a dicotomia comunicacional entre emissor e receptor, todos tornam-se autores em potencial. Nessa perspectiva o melhor uso que podemos fazer do ciberespaço, favorecendo a autoria, é colocando em sinergia os saberes e as imaginações ( Lévy, 1999). A pesquisa institucional “A cibercultura na era das redes sociais e da mobilidade: novas potencialidades para a formação de professores” têm gerado no GPDOC inúmeros artigos escritos a partir de nossas pesquisas com os praticantes culturais no que se refere ao potencial do digital em rede e em mobilidade no uso autoral da internet, mais especificamente nos softwares sociais. Santos e Weber (2013) em seu artigo Caiu na rede é peixe: o currículo no contexto das redes sociais tencionam sobre o senso comum de que currículo é uma seleção de conteúdos apresentando uma investigação sobre como se dá a relação de professores e alunos via facebook e a elaboração colaborativa de um currículo praticado (Oliveira, ) via uso de dispositivos móveis apontando que
  • 4. 4 O uso de dispositivos comunicacionais do Facebook potencializa a articulação dos saberes, rompe com a noção de que a sala de aula é um lugar fixo, sendo o único espaçotempo possível de construção de conhecimento (Santos, Weber & Santos, 2013, pg 68). Gomes e Santos (2012) relatam no artigo Ciberativismo Surdo: em defesa da educação bilíngue o movimento gerado a partir de vídeos postados no youtube por surdos preocupados com a possibilidade de fechamento do Colégio de Aplicação do Instituto Nacional de Educação para Surdos (INES). Tal fato gera protestos de outros surdos do Brasil e de outros países que apoiam a causa e é o estopim que motiva a discussão sobre a decisão pelo fim da instituição, uma decisão sem a consulta àqueles que deveriam ser considerados os mais interessados – os Surdos - e a inclusão ou não do surdo em classes regulares. As mobilizações político-sociais articuladas por meio dos softwares sociais são exemplos de como o acesso à informação e possibilidade de comunicação, via internet, permite que os atores sociais lutem em defesa de seus próprios direitos, autônoma e democraticamente (Gomes & Santos, pg. 145). Weber e Santos (2013) traz em seu texto Educação e cibercultura: aprendizagem ubíqua no currículo da disciplina didática as possibilidades do digital em rede e em mobilidade na educação superior, mais especificamente em um curso de formação de professores (Pedagogia-UERJ) assim como também indica os entraves já que se faz necessário internet de qualidade para todos afirmando que mobilidade, ubiquidade e conectividade podem propiciar às práticas pedagógicas, além da desvinculação do acesso às tecnologias via laboratório de informática, a imersão na cultura contemporânea, cibercultura, transformada por uma nova relação com o espaço e com o tempo, promovendo uma nova forma de estar em sociedade, permitindo, dessa maneira, que o aluno se movimente carregando, produzindo e cocriando informações e conhecimentos (Weber e Santos, 2013, pg 289). Os três artigos apresentados acima são exemplos do que buscamos ao optarmos por práticas em Educação on line: mostram o quanto o digital favorece a autoria e a coautoria possibilitada pela interatividade entre os indivíduos dispersos geograficamente ou não tornando a aprendizagem mais significativa já que é experiencial (MACEDO, 2011). Assim o desafio da equipe de tutores e coordenação é pensar atividades que proporcionem experiências significativas que contribuam para a formação dos
  • 5. 5 praticantes culturais a partir do contexto atual da cibercultura através de dispositivos do ambiente virtual da disciplina e outros disponíveis na internet. Dentre estas atividades aqui destacamos uma atividade de elaboração de vídeo em que foram utilizados dois dispositivos utilizados como disparadores de conversas: o fórum de discussão e uma webconferência. Webconferência e fóruns de discussão, imagens e narrativas: fios que tecem o currículo em Educação on line. Os rastros que possibilitam a construção dos atos de currículo (MACEDO, 2011) emergem das narrativas dos fóruns de discussão do ambiente virtual da disciplina. Um dos atos que aqui destacamos foi a realização de uma oficina de vídeo por webconferência, buscando responder a uma questão discutida no curso: como utilizar de forma potente o digital suscitando autoria de professores e alunos frente ao problema da inclusão/exclusão digital? Planejando como poderia ser realizada a avaliação a distância (Ad)2 ficamos pensando na realidade não só dos alunos que em alguns casos utilizavam os computadores dos polos, que por sua vez possuem o sistema operacional Linux, mas também na realidade das escolas onde poderão futuramente trabalhar. Por isso não bastava apenas disponibilizar tutoriais, já que esses podem ser facilmente encontrados na internet. Assim planejamos uma webconferência que mostrasse que é possível criar vídeos mesmo usando recursos simples, como um programa que cria slides, e que desses slides é possível fazer uma animação. Foi gravado todo o processo anterior ao evento: planejamento, criação do storyboard3, elaboração e separação de material para elaboração da animação e produção. A webconferência foi desenvolvida no software social livestream que utiliza como chat o facebook e o twitter. Dessa forma enquanto a webconferência é 2 Os alunos semestralmente realizam dois tipos de avaliação: as avaliações a distância (Ad´s) que são realizadas em casa e podem ser entregues no polo, pela plataforma ou pelo correio e as avaliações presenciais (Ap´s)que são realizadas no pólo em um dia previsto em cronograma. 3 É um filme contado em quadros, um roteiro desenhado. Lembra uma história em quadrinhos sem balões. Mas existe uma diferença fundamental: apesar da semelhança de linguagem e recursos gráficos, uma história em quadrinhos é a realização definitiva de um projeto, enquanto que um storyboard é apenas uma etapa na visualização de algo que será realizado em outro meio. O story é um desenho-ferramenta, um auxiliar do cineasta. Disponível em http://www.spacca.com.br/educacao/storyboard.htm
  • 6. 6 apresentada, de forma síncrona todos os que estão assistindo podem interagir com o interlocutor e com os outros participantes. Logo que termina a transmissão o vídeo fica disponível e ainda é possível interagir de forma assíncrona ao evento, já que os rastros das conversas permanecem on line. Imagem 1: pré produção da Webconferência Com isso, tentamos mostrar que uma aula pode ser rica, mesmo que não tenhamos o acesso a internet, afinal a internet é só um recurso dentre outros que podem potencializar a aula dependendo da maneira que vamos utilizar. Assim acreditamos que os usos que fazemos dos recursos disponíveis são o que verdadeiramente enriquecem uma aula. Imagem 2: Interface do software Livestream O evento foi aberto não havendo a condição para participação ser aluno regular do curso semi-presencial de Pedagogia da UERJ o que possibilitou a troca com outros praticantes, de outros lugares, inseridos ou não na escola, para além dos muros do
  • 7. 7 ambiente virtual da disciplina. Do evento o debate continuou no ambiente e terminado o semestre ainda rende frutos em outras redes como o facebook, criando novas transposições dessa mesma atividade, demonstrando que as narrativas criadas no ambiente e na webconferências geraram novas imagens, novos conteúdos, novas aprendizagem, novos saberes. Imagem 3: A webconferência, a equipe de tutores no lócus do evento (UERJ) e o fórum de discussão do ambiente virtual Os achados A webconferência nos mostrou o potencial que os softwares da Web 2.0 nos oferece para instigar a autoria e coautoria dos alunos e tutores, favorecendo processo de aprendizagem. E nos fez pensar como a disciplina informática na educação do curso de pedagogia a distância da UERJ pode contribuir para fazer dessas práticas mais frequentes ao longo ,dinâmicas e significativas. As vivências nessa etapa demonstraram o quanto a interatividade (SILVA, 2010) entre os tutores e alunos foi formativa e apontou algumas lacunas. Uma delas é a formação da equipe no processo práticateoriaprática. Nossas práticas e oficinas ainda são pouco autorais em relação aos recursos utilizados. Falta iniciativa nos tutores para criarem seus próprios materiais e disponibilizarem no ciberespaço, compartilhando assim com seus cursistas e, quem sabe, motivando-os a também produzirem os seus próprios recursos. O intuito era mostrar novas possibilidades para criação de um vídeo, e mostrar que todos somos autores em potencial, e estimular essa coautoria entre alunos e tutores.
  • 8. 8 (In) Conclusões Esse processo de escrita colaborativa é dinâmico e novo a cada semestre pois é tecido por pessoas que trazem em si diferentes e complexas biografias que alimentam e tornam cada curso algo imprevisível. O desenho didático desde o primeiro semestre de 2012, quando ocorreu a webconferência, vem sendo iniciado da mesma forma com um debate sobre Cibercultura. Contudo a cada momento surgem novos movimentos que retroalimento o debate como a Isadora e seu diário de Classe, a professora Amanda e seu debate inflamado na Câmara de Vereadores, as batalhas do passinho, os quadradinhos de oito e as passeatas durante a Copa das Confederações. Não é preciso escrever nesse artigo uma nota para cada exemplo citado. Basta ir ao Google pelo celular, pelo tablet, pelo notebook ou ainda no desktop e digitar que encontraremos inúmeros rastros sobre cada um deles e os usos que muitos professores vêm fazendo dessas produções, se apropriando e recriando novos objetos de aprendizagem. Rastros de imagens e narrativas que criam e recriam novas imagens e novas narrativas que nos formam, que nos constituem pela interatividade com o outro. Hoje nos interessa pensar, em conjunto entre alunos, tutores e coordenação, atividades que proporcionem autorias colaborativas onde o conhecimento possa ser tecido em rede pelos praticantes envolvidos articulando o ambiente on line da disciplina a outros softwares sociais, formando e nos formando pela experiência. Referências: ARDOINO, J. Abordagem multirreferencial (plural) das situações educativas e formativas. In: BARBOSA, J. (Org.). Multirreferencialidade nas ciências e na educação. São Carlos: EdUFSCar, 1998, p. 24-41. GOMES, R.C; SANTOS, E.O. Ciberativismo Surdo: em defesa da educação bilíngue. Revista Teias v. 13 • n. 30 • 143-166 • set./dez. 2012 LÉVY, P. Cibercultura. SP: Editora 34, 1999. MACEDO, R.S. Atos de currículo formação em ato?: para compreender, entender e problematizar currículo e formação. Ilhéus: Editus, 2011.
  • 9. 9 SANTOS, E. Educação on line para além da EAD: um fenômeno da cibercultura. In: Educação on line: cenário, formação e questões didático-metodológicos. Rio de Janeiro: Wak Ed., 2010. SANTOS, E.O.,SANTOS, R.; ROCHA, A. A. W. N. Caiu na rede é peixe. O currículo no contexto das redes sociais. Revista Conhecimento & Diversidade, Niterói, n. 8, p. 56-75 jul./dez. 2012 SILVA, M.Sala de Aula Interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000. WEBER, A., SANTOS, E.O. Educação e cibercultura: aprendizagem ubíqua no currículo da disciplina didática. Rev. Diálogo Educ., Curitiba, v. 13, n. 38, p. 285303, jan./abr. 2013.