O documento descreve a segunda fase do Modernismo brasileiro entre 1930 e 1945. A prosa regionalista desta época se caracterizou pelo neorrealismo, radicalização ideológica e denúncia social. Importantes autores como Rachel de Queiroz, Graciliano Ramos e Jorge Amado retrataram a realidade brasileira e problemas sociais por meio do regionalismo em suas obras.
11oC_-_Mural_de_Portugues_4m35.pptxTrabalho do Ensino Profissional turma do 1...
Modernismo – 2ª fase – Romance de 30
1. Modernismo –Modernismo –
2ª Fase2ª Fase
(1930 a 1945)(1930 a 1945)
Prosa RegionalistaProsa Regionalista
Profª Mª Cristina A. BiagioProfª Mª Cristina A. Biagio
Cândido Portinari
3. Contexto Histórico:Contexto Histórico:
►Brasil – um país que cresce comBrasil – um país que cresce com
muitos problemas;muitos problemas;
►2ª Guerra Mundial;2ª Guerra Mundial;
►O Brasil e o mundoO Brasil e o mundo
vivem profundasvivem profundas
crises nas décadascrises nas décadas
de 30 e 40;de 30 e 40;
http://www.militaryphotos.net
4. ►Bomba Atômica sobre as cidades deBomba Atômica sobre as cidades de
Hiroshima e Nagasaki; crise da Bolsa deHiroshima e Nagasaki; crise da Bolsa de
Nova Iorque; crise Cafeeira; Comunismo.Nova Iorque; crise Cafeeira; Comunismo.
Em Agosto de 1945 os
Estados Unidos da América
entraram para a história
mundial por ser a primeira e
única nação a despejar o
terror atômico sobre
enormes populações de
civis.
5. Características da prosaCaracterísticas da prosa
neorrealista:neorrealista:
► Romances caracterizados pela denúncia social;Romances caracterizados pela denúncia social;
► Verdadeiro documento da realidade brasileira;Verdadeiro documento da realidade brasileira;
► O regionalismo ganha força – busca do homemO regionalismo ganha força – busca do homem
brasileiro nas diversas regiões;brasileiro nas diversas regiões;
► Os romances tratam do surgimento da realidadeOs romances tratam do surgimento da realidade
capitalista, a exploração das pessoas,capitalista, a exploração das pessoas,
movimentos migratórios, miséria, fome, a seca,movimentos migratórios, miséria, fome, a seca,
entre outros temas.entre outros temas.
6. Prosadores Modernistas- geração deProsadores Modernistas- geração de
30.30.
Primeiro Romance Publicado: A BagaceiraPrimeiro Romance Publicado: A Bagaceira
(1928) , de José Américo de Almeida.(1928) , de José Américo de Almeida.
7. Rachel de QueirozRachel de Queiroz
(1910-2003)(1910-2003)
Quebrou uma tradição ao tornar-se a primeira mulher aQuebrou uma tradição ao tornar-se a primeira mulher a
ingressar na Academia Brasileira de Letras.ingressar na Academia Brasileira de Letras.
“Na verdade, eu não gosto de escrever e se eu morrer agora, não vão
encontrar nada inédito na minha casa”.
8. ► Falou do Ceará; da seca; do povo que lá vive; da Terra.Falou do Ceará; da seca; do povo que lá vive; da Terra.
► O Quinze, de 1930: tem como tema a grande seca de 1915.O Quinze, de 1930: tem como tema a grande seca de 1915.
RomancesRomances ::
- O Quinze (1930)- O Quinze (1930)
- João Miguel (1932)- João Miguel (1932)
- Caminho de Pedras (1937)- Caminho de Pedras (1937)
- As Três Marias (1939)- As Três Marias (1939)
- Dôra, Doralina (1975)- Dôra, Doralina (1975)
- O Galo de Ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950)- O Galo de Ouro (1985) - folhetim na revista " O Cruzeiro", (1950)
- Obra Reunida (1989)- Obra Reunida (1989)
- Memorial de Maria Moura (1992)- Memorial de Maria Moura (1992)
Escreveu também: Peças de Teatro, Literatura Infantil, Crônicas, alémEscreveu também: Peças de Teatro, Literatura Infantil, Crônicas, além
de inúmeras traduções de obras da literatura universal.de inúmeras traduções de obras da literatura universal.
Características de sua obra:Características de sua obra:
9. GRACILIANO RAMOS (1892 – 1953) -
O MESTRE DO
REGIONALISMO NORDESTINO.
“Nada existe fora dos acontecimentos.”
Graciliano Ramos
10. "O cinema e a televisão
criam imagens,
a literatura cria
imaginação."
JORGE FURTADO
11. Características da obra deCaracterísticas da obra de
Graciliano RamosGraciliano Ramos
► Estilo conciso, linguagem despojada e seca;Estilo conciso, linguagem despojada e seca;
► Regionalismo universal;Regionalismo universal;
► O homem e a sociedade em constanteO homem e a sociedade em constante
desequilíbrio;desequilíbrio;
► Análise social e psicológica das personagens;Análise social e psicológica das personagens;
► Animalização do homem versus a humanizaçãoAnimalização do homem versus a humanização
dos animais (Vidas Secas);dos animais (Vidas Secas);
► Fidelidade ao real.Fidelidade ao real.
12. Autobiografias:Autobiografias:
► Infância e Memórias do Cárcere: o autorInfância e Memórias do Cárcere: o autor
problematiza a si mesmo com temáticaproblematiza a si mesmo com temática
humana.humana.
Palavras chave : Sensações de LiberdadePalavras chave : Sensações de Liberdade
Outras Obras: São Bernardo , Angústia,Outras Obras: São Bernardo , Angústia,
Vidas Secas.Vidas Secas.
13. Jorge Amado (1912- 2001)Jorge Amado (1912- 2001)
► Regionalismo baiano, zonasRegionalismo baiano, zonas
rurais do cacau e zona urbanarurais do cacau e zona urbana
de Salvador;de Salvador;
► Tipos marginalizados;Tipos marginalizados;
► Análise da sociedade;Análise da sociedade;
► Utilização em suas obras da “fala do povo”;Utilização em suas obras da “fala do povo”;
► Valorização da figura feminina.Valorização da figura feminina.
15. Romances Proletários: mostram a vida emRomances Proletários: mostram a vida em
Salvador com um retrato social - Suor, O PaísSalvador com um retrato social - Suor, O País
do Carnaval e Capitães da Areia.do Carnaval e Capitães da Areia.
Ciclo do Cacau: a vida nas fazendas nasCiclo do Cacau: a vida nas fazendas nas
regiões de Ilhéus e Itabuna - Cacau, Terras doregiões de Ilhéus e Itabuna - Cacau, Terras do
Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus.Sem-Fim, São Jorge dos Ilhéus.
Crônicas de Costumes e depoimentos líricos:Crônicas de Costumes e depoimentos líricos:
novelas, romances com temáticas amorosas.novelas, romances com temáticas amorosas.
-Mar Morto, Gabriela Cravo e Canela, A Morte-Mar Morto, Gabriela Cravo e Canela, A Morte
e a Morte de Quincas Berro D’água.e a Morte de Quincas Berro D’água.
16. José Lins do Rego (1901- 1957)José Lins do Rego (1901- 1957)
► Decadência dos engenhos de cana-de-açúcar;Decadência dos engenhos de cana-de-açúcar;
► Ciclo da cana-de-açúcar: sua vivência noCiclo da cana-de-açúcar: sua vivência no
engenho;engenho;
► O narrador de Menino de Engenho, Carlinhos, é oO narrador de Menino de Engenho, Carlinhos, é o
reflexo do próprio autor em alguns momentos;reflexo do próprio autor em alguns momentos;
► Fogo Morto (1943) sintetiza o ciclo e conta aFogo Morto (1943) sintetiza o ciclo e conta a
história de um engenho chamado Santa Fé.história de um engenho chamado Santa Fé.
17. Menino de Engenho – O FilmeMenino de Engenho – O Filme
Que fascínio e poder de sedução teve
o filme Menino de Engenho, rodado na
Paraíba em 1965, para atrair cerca de
2 milhões de espectadores, acumular
prêmios no Brasil e reconhecimento no
exterior? O que explica o
encantamento arrebatador de suas
imagens e narrativa, 40 anos depois?
Onde anda o menino de engenho
Sávio Rolim, símbolo do filme que já
nasceu clássico? Leia o livro..
18. Érico Veríssimo (1905-1975)Érico Veríssimo (1905-1975)
““Em geral quando termino um livro encontro-meEm geral quando termino um livro encontro-me
numa confusão de sentimentos, um misto denuma confusão de sentimentos, um misto de
alegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obraalegria, alívio e vaga tristeza. Relendo a obra
mais tarde, quase sempre penso ‘Não era bemmais tarde, quase sempre penso ‘Não era bem
isto o que queria dizer’.”isto o que queria dizer’.”
(O escritor diante do espelho)(O escritor diante do espelho)
19. Obras:Obras:
1) Romances urbanos: Clarissa, Caminhos cruzados, Um1) Romances urbanos: Clarissa, Caminhos cruzados, Um
lugar ao sol, Olhai os lírios do campo, Saga e o Resto élugar ao sol, Olhai os lírios do campo, Saga e o Resto é
silêncio.silêncio.
2) Romances históricos: O tempo e o vento. A trilogia de2) Romances históricos: O tempo e o vento. A trilogia de
Érico Veríssimo procura abranger duzentos anos daÉrico Veríssimo procura abranger duzentos anos da
história do Rio Grande do Sul, de 1745 a 1945.história do Rio Grande do Sul, de 1745 a 1945.
3) Romances políticos: denunciam os males do3) Romances políticos: denunciam os males do
autoritarismo e as violações dos direitos humanos - Oautoritarismo e as violações dos direitos humanos - O
senhor embaixador, O prisioneiro e Incidente emsenhor embaixador, O prisioneiro e Incidente em
Antares.Antares.
20. Homenagem de Carlos DrummondHomenagem de Carlos Drummond
de Andrade ao amigode Andrade ao amigo
A falta de Erico VerissimoA falta de Erico Verissimo
Falta alguma coisa no BrasilFalta alguma coisa no Brasil
depois da noite de sexta-feira.depois da noite de sexta-feira.
Falta aquele homem no escritórioFalta aquele homem no escritório
a tirar da máquina elétricaa tirar da máquina elétrica
o destino dos seres,o destino dos seres,
a explicação antiga da terra.a explicação antiga da terra.
Falta uma tristeza de menino bomFalta uma tristeza de menino bom
caminhando entre adultoscaminhando entre adultos
na esperança da justiçana esperança da justiça
que tarda - como tarda!que tarda - como tarda!
a clarear o mundo.a clarear o mundo.
Falta um boné, aquele jeito manso,Falta um boné, aquele jeito manso,
aquela ternura contida, óleoaquela ternura contida, óleo
a derramar-se lentamente.a derramar-se lentamente.
Falta o casal passeando no trigal.Falta o casal passeando no trigal.
Falta um solo de clarineta.Falta um solo de clarineta.
www.releituras.com
21. Dionélio MachadoDionélio Machado
““O que nos cerca e aprisiona é oO que nos cerca e aprisiona é o
infinito, a falta de horizonte próximo, queinfinito, a falta de horizonte próximo, que
marque uma etapa, como quem diz: umamarque uma etapa, como quem diz: uma
finalidade... A ansiedade, porém é afinalidade... A ansiedade, porém é a
mesma.”mesma.”
Dionélio MachadoDionélio Machado
22. Esquecido pelos historiadores e pela críticaEsquecido pelos historiadores e pela crítica
literária durante décadas.literária durante décadas.
Em suas narrativas, a análise dos problemasEm suas narrativas, a análise dos problemas
humanos é feita a partir das pequenas coisashumanos é feita a partir das pequenas coisas
massacrantes que envolvem o cotidiano dasmassacrantes que envolvem o cotidiano das
pessoas comuns e as anulam.pessoas comuns e as anulam.
A obraA obra Os RatosOs Ratos (1935) talvez seja uma das mais(1935) talvez seja uma das mais
profundas experiências de introspecção naprofundas experiências de introspecção na
literatura brasileira.literatura brasileira.