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Poluição da Água
CIÊNCIAS DO AMBIENTE
Distribuição da água
Disponibilidade da água no Brasil
• O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito
à quantidade de água.
• Porém, sua distribuição não é uniforme em todo o
território nacional.
• Cerca de 47% dos recursos hídricos do planeta estão na América do Sul;
• Grande parte concentrada no Rio Amazonas, o maior rio do mundo em
extensão e volume d’água, que corta seis países: Brasil, Peru, Equador,
Colômbia, Venezuela e Bolívia.
Floresta amazônica
O Brasil possui cerca de 13 % da
água doce disponível no mundo
73% está na bacia
Amazônica
27% no resto do país
Atendem 95% da
população
Atendem 5 % da
população
Bacias Hidrográficas do Brasil
Bacia Hidrográfica
• É um conjunto de terras
banhadas por um rio
principal e seus
tributários (afluentes,
subafluentes etc.);
• Formação: dá-se através
dos desníveis dos
terrenos que direcionam
os cursos da água,
sempre das áreas mais
altas para as mais baixas.
Fonte: Ministério de Minas e Energia
Usos da água
– abastecimento humano
– dessedentação de animais
– indústria
– irrigação
– geração de energia elétrica -
hidroelétricas
– recreação/lazer
– harmonia paisagística
– conservação da flora e fauna
– navegação
– pesca
– diluição de despejos
Água no corpo humano
• A água representa 70% da massa do corpo
humano;
• Sintomas de desidratação:
– Perda de 1% a 5% de água
 Sede, pulso acelerado, fraqueza
– Perda de 6% a 10% de água
 Dor de cabeça, fala confusa, visão turva
– Perda de 11% a 12% de água
 Delírio, língua inchada, morte
• Uma pessoa pode suportar até 28 dias sem comer,
mas apenas 3 dias sem beber água.
Principais problemas relacionados
com a água
• Quantidade – distribuição;
• Qualidade – poluição;
 População Mundial: crescimento populacional;
• Vários países já enfrentam escassez crônica de água:
 Oriente Médio (Israel, Jordânia, Arábia Saudita e Kuwait),
China, Índia e o norte da África (região abrange países
situados no deserto do Saara, como Argélia e Líbia);
 No Brasil: Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Rio Grande
do Norte, Distrito Federal e mais recentemente, a grande São
Paulo.
Resumo do saneamento no Brasil
• De acordo com o IBGE, um quarto da população do Brasil não
conta com água potável e quase metade não têm serviço de
esgoto;
• Apenas 6% dos esgotos são tratados no Brasil. Mais de 90% são
lançados nos rios, nos solos e nos mares;
• A falta de água potável e de saneamento é causa de 80%
das doenças e 65% das internações hospitalares no Brasil,
implicando gastos de US$ 2,5 bilhões, de acordo com a
Organização Mundial da Saúde (OMS).
Principais problemas relacionados
com a água
• Problemas:
 Proliferação de doenças transmitidas pela água, como cólera e
diarréias;
 Grande parte da população não dispõem de abastecimento
adequado de água potável;
 Imprópria para os diversos usos.
• Fonte de conflitos internacionais:
 Guerras mundiais pela água: em 1967, um dos motivos da
guerra entre Israel e seus vizinhos foi justamente a ameaça,
por parte dos árabes, de desviar o fluxo do rio Jordão. Países
como a Síria também depende desse rio;
 Crescimento populacional exige cada vez mais dos recursos
naturais, principalmente a água.
Quantidade de água
Estados Unidos: 600 L por habitante
dia
Sertão:
10 L por habitante
dia
Qualidade da água
• Recursos hídricos  condições físicas e químicas adequadas para
sua utilização;
• Devem conter substâncias essenciais à vida e estar isentos de
outras substâncias que possam produzir efeitos nocivos aos
organismos;
• Devido às suas propriedades de solvente e à sua capacidade de
transportar partículas, incorpora a si diversas impurezas.
Padrões de qualidade
• Padrões são teores máximos de impurezas permitidos na água,
estabelecidos em função dos seus usos;
• São fixados por entidades públicas, de acordo com uma legislação,
com o objetivo de garantir que a água a ser utilizada para um
determinado fim não contenha impurezas que venham a prejudicá-lo;
• Em termos práticos, há 3 tipos de padrões de interesse direto dentro
da Engenharia Ambiental referentes a qualidade da água:
– Padrões de lançamento no corpo receptor;
– Padrões de qualidade do corpo receptor;
– Padrões de qualidade para determinado uso imediato (ex.:
padrões de potabilidade, irrigação);
• Padrões de lançamento no corpo receptor:
– Tem como objetivo a preservação da qualidade do corpo d´água;
– Os padrões de lançamento existem apenas por uma questão
prática, já que é difícil se manter o controle efetivo das fontes
poluidoras com base apenas na qualidade do corpo receptor;
• Além de satisfazer os padrões de lançamento, deve proporcionar
condições tais no corpo receptor, de tal forma que a qualidade do
mesmo se enquadre dentro dos padrões para corpos receptores;
Padrões de qualidade
Padrões de lançamento e qualidade do
corpo receptor
• Estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser alcançado e/ou
mantido em um segmento de corpo d´água ao longo do tempo;
• No Brasil o dispositivo legal em vigor é a Resolução CONAMA nº.
357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA – de 2005,
que apresenta:
– padrões de qualidade dos corpos receptores;
– padrões para o lançamento de efluentes nos corpos receptores;
– padrões de balneabilidade;
– e classifica as águas de acordo com seus usos predominantes.
Padrões de lançamento e qualidade do
corpo receptor
• A resolução CONAMA n°. 357/05, dividiu as águas do território
nacional em:
– Águas doces  salinidade ≤ 0,5%;
– Salobras  0,5 < salinidade < 30%;
– Salinas  salinidade ≥ 30%;
• Em função dos usos previstos, foram criadas classes para águas
superficiais brasileiras;
• Águas doces  Classe especial e classes 1, 2, 3, 4;
• Águas salinas  Classe especial e classes 1, 2, 3;
• Águas salobras  Classe especial e classes 1, 2, 3;
• A cada uma dessas classes corresponde uma determinada qualidade a
ser mantida no corpo d´água, são os Padrões de Qualidade.
Legislação
• Cabe aos órgãos ambientais dos estados, territórios e Distrito
Federal efetuar, não só o enquadramento dos corpos de água
no âmbito das classes preconizadas pela Resolução CONAMA n0.
357/05, como exercer atividade orientadora, fiscalizadora
e punitiva junto às fontes de poluição que possam alterar os
valores dos padrões de qualidade das águas da classe
estabelecida para o corpo d’água receptor.
Poluição hídrica
• “É qualquer alteração nas características físicas, químicas
e/ou biológicas das águas, que possa constituir prejuízo à
saúde, à segurança e ao bem estar da população e, ainda,
possa comprometer a fauna ictiológica e a utilização das
águas para fins recreativos, comerciais, industriais e de
geração de energia” (CONAMA).
• POLUIÇÃO = f (uso);
• USO = f(qualidade da água);
• QUALIDADE = f(características físicas, químicas e/ou
biológicas das águas).
Causas da poluição
• Alto grau de urbanização aliado à falta de saneamento
básico;
• Desenvolvimento da indústria e seus despejos complexos;
• Aumento da produção agrícola, que resulta numa carga mais
pesada de pesticidas e fertilizantes no ambiente.
Fontes poluidoras
Águas superficiais:
• Esgoto doméstico;
• Efluentes industriais;
• Águas pluviais, carreando impurezas do solo
ou contendo esgotos lançados nas galerias;
• Resíduos sólidos (lixo);
• Pesticidas;
• Fertilizantes;
• Detergentes;
• Precipitação de poluentes atmosféricos
(sobre o solo ou a água);
• Alteração nas margens dos mananciais,
provocando carreamento do solo, como
conseqüências da erosão.
Águas subterrâneas:
– Infiltração de:
• esgotos a partir de sumidouros ou
valas de infiltração (fossas sépticas);
• esgotos depositados em lagoas de
estabilização ou em outros sistemas
de tratamento usando disposição no
solo;
• esgotos aplicados no solo em
sistemas de irrigação;
• águas contendo pesticidas,
Percolação do chorume resultante de
depósitos de lixo no solo;
• fertilizantes, detergentes e poluentes
atmosféricos depositados no solo;
• outras impurezas presentes no solo;
• águas superficiais poluídas;
– Vazamento de tubulações ou depósitos
subterrâneos;
– Injeção de esgoto no subsolo;
– Intrusão de água salgada;
– Resíduos de outras fontes: cemitérios, minas,
depósitos de materiais radioativos.
• As águas subterrâneas e superficiais muitas vezes se interligam, e assim os mananciais
da superfície proporcionam a recargas dos reservatórios subterrâneos, ou, vice-versa,
podendo servir de fontes poluidoras;
• A poluição das águas também estão ligadas com alterações (poluições) provocadas no
solo e ar - Ex. uso de fertilizantes e chuva ácida.
Fontes poluidoras
ouPontual
Descarga de efluentes a partir
de indústrias e de estações
de tratamento de esgoto
São bem localizadas, fáceis
de identificar e de monitorar
Difusa
Escoamento superficial urbano,
escoamento superficial de áreas
agrícolas e deposição atmosférica
Espalham-se por toda a cidade,
são difíceis de identificar e tratar
Fontes poluidoras
Principais poluentes e indicadores
• Mat. Orgânica - DBO, DQO e OD (mg/l);
• Sólidos - SS e RS (ml/l); turbidez (unt);
• Ácidos e Álcalis - pH;
• Bactérias - IC (coli/100 ml);
• Óleos e Gorduras - OG (mg/l);
• Nitratos - NO3 (mg/l);
• Fosfatos - PO4 (mg/l);
• Temperatura - T (°C);
• Metais – Metais (mg/l).
Principais formas de poluição
Reservas de água
Poluição
BiológicaSedimentar Térmica Despejo de substâncias
Poluição sedimentar
• Acúmulo de partículas em suspensão (solo, produtos químicos
insolúveis).
Qual a origem? O que causam?
Extração mineral
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e na capacidade dos animais
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Extração mineral
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Adsorvem e concentram os
poluentes biológicos e os
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Partículas do solo
Produtos químicos
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Poluição biológica
• Presença de microorganismos patogênicos, especialmente na água
potável:
 4 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável
tratada;
 2,9 bilhões de pessoas vivem em áreas sem coleta ou tratamento
de esgoto.
Controle simples
Apesar disso
250 milhões de casos de doenças (cólera, febre tifóide,
diarréia, hepatite A) são transmitidas pela água por ano
10 milhões desses casos resultam em mortes (50% são crianças)
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sódio
Fervura da água
Poluição térmica
• Descarte de grandes volumes de água aquecida em rios e oceanos.
Diminui a quantidade de oxigênio dissolvido
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Aumenta a quantidade de gás carbônico na atmosfera
(0,86 L de CO2/L de H2O a 20 °C)
Potencializa a ação nociva dos poluentes
Poluição por despejo de substâncias
• Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de
identificar nem de remover;
• Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para
serem sentidos;
• Os poluentes mais comuns das águas são:
 Fertilizantes agrícolas;
 Esgotos doméstico e industrial;
 Compostos orgânicos sintéticos;
 Plásticos;
 Petróleo;
 Metais pesados.
Poluição por
fertilizantes agrícolas
Poluição por
esgotos domésticos
e industriais
Poluição por compostos orgânicos sintéticos
Poluição por plásticos
Alta produção
Longo tempo para degradação
Causam a morte de animais por sufocamento
Alta velocidade de uso e descarte
Poluição por petróleo
Grandes acidentes
Vazamentos em poços
de petróleo, superpetroleiros,
rompimentos de dutos
Exxon Valdez: 42 milhões de litros
Kuwait: 200.000 t no Golfo Pérsico
Rio Barigüi: 4 milhões de litros
Baia de Guanabara: 1,3 milhão de litros
5% dos danos
Pequenos acidentes
Vazamentos de óleo
de motor de barcos
e de carros
Somente no Canadá:
300 milhões de litros/ano
95% dos danos
Poluição por petróleo
• O petróleo vaza e se espalha no mar ou no rio;
• A mancha recobre a superfície das águas;
• Sem a luz do sol as algas param de fazer fotossíntese.
Poluição por metais
pesados
Poluição por metais pesados
Cu, Zn, Pb, Cd, Hg, Ni e Sn
Bioacumulação
Mineração (garimpo)Pilhas e baterias
Rios e maresAterro sanitário
Os oceanos recebem por ano
400.000 t de metais pesados
(80.000 t só de mercúrio)
Contaminação de águas
subterrâneas, córregos
e riachos
Poluição orgânica
• Resultante do lançamento de esgotos domésticos e industriais
ricos em matéria orgânica;
• Forma de poluição mais presente no dia-a-dia dos brasileiros;
• Carência do sistema de esgotamento sanitário;
• Esse tipo de poluição é causada por matérias orgânicas
suscetíveis de degradação bacteriana:
– Degradação aeróbia  água rica em oxigênio dissolvido e
matéria orgânica pouco abundante (formam-se gás carbônico,
água e nitratos);
– Degradação anaeróbia  água não contém oxigênio suficiente
(produção de gás carbônico, metano, amônia, ácidos graxos,
etc.);
• Morte do corpo d’água  quantidade de esgotos lançada >>
volume do corpo receptor e capacidade de de oxigenação 
proliferação de bactérias  consumo de todo oxigênio dissolvido.
Estimativa da poluição
• Poluição orgânica  acarreta grande consumo de oxigênio;
• Estimativa da poluição  DBO5 e DQO;
• DBO5 
corresponde à quantidade de oxigênio necessária para que as bactérias
possam oxidar a matéria orgânica (biodegradável):
– Águas limpas  DBO5 na ordem de 2 a 4 mg/l;
– Águas poluídas  várias dezenas de miligramas;
– Esgoto doméstico  chega a 300 mg/l;
• DQO 
representa a quantidade de oxigênio dissolvido, cedido por via química, para
oxidação de matéria orgânica biodegradável e não-biodegradável;
• DQO/DBO5 
dá uma idéia do tipo de matéria orgânica que predomina na poluição:
– Água poluída  DQO/DBO5 é pouca elevada (2 a 3).
Carga poluidora (ou carga de DBO)
• DBO5  dá uma idéia do grau de poluição;
• Avaliação da poluição  necessidade de correlacionar esse
indicador com a quantidade de despejos;
• Representa a quantidade de oxigênio que vai ser requerida
do corpo d’água na unidade de tempo;
• CP = Concentração (DBO5) x Vazão
• Superávit ou déficit de oxigênio;
Equivalente populacional
• Poluição orgânica  f (quantidade média de detritos
produzidos diariamente por uma pessoa);
• EP  corresponde à carga poluidora ou carga de DBO5
produzida por uma pessoa diariamente.Indústria Quant./dia EP (hab)
Cerveja 1000 litros de cerv. 1.500
Curtume 1 ton de peles 2.500
Matadouro 1 ton de bovino 300
Celulose 1 ton de celulose 5.000
Álcool 65 litros de álcool 400
Granja de Aves 10 aves abatidas 2
Laticínios 1.000 litros de leite 200
Lavanderia 1 ton de roupas 700
Manual de Tratamento de Águas Residuárias.
Autodepuração
• Zona de Degradação
• Zona de Decomposição Ativa
• Zona de Recuperação
• Zona de Águas Limpas
Características das zonas de autodepuração
Zona de Degradação:
• Início  ponto de lançamento dos despejos;
• Água turva (cor acinzentada);
• Precipitação de partículas  lodo no leito do corpo d’água;
• Proliferação de bactérias (consumo de matéria orgânica);
• Redução da concentração de oxigênio dissolvido;
• Limite da 1ª zona  concentração de oxigênio atinge 40% da
concentração inicial;
• Não há odor;
• Presença de oxigênio não permite a decomposição anaeróbia.
Autodepuração
• Zona de Degradação
• Zona de Decomposição
Ativa
• Zona de Recuperação
• Zona de Águas Limpas
Características das zonas de autodepuração
Zona de Decomposição Ativa:
• Início  oxigênio atinge valores inferiores a 40% da concentração de
saturação;
• Água  cor cinza-escura, quase negra;
• Bancos de lodos no fundo em ativa decomposição anaeróbia;
• Desprendimento de gases mal cheirosos (amônia, gás sulfídrico, etc);
• Oxigênio dissolvido  pode zerar ou “ficar negativo”;
• Biota aeróbia é substituída por outra anaeróbia;
• Ambiente fétido e escuro;
• Oxigênio passa a ser reposto  ar atmosférico ou fotossíntese;
• População de bactérias  decresce;
• Água começa a ficar mais clara (ainda impróprio p/ os peixes);
• Fim da 2ª zona  oxigênio elevar-se a 40% da conc. inicial.
Autodepuração
• Zona de Degradação
• Zona de Decomposição Ativa
• Zona de Recuperação
• Zona de Águas Limpas
Características das zonas de autodepuração
Zona de Recuperação:
• Início  40% de oxigênio inicial;
• Término  água saturada de oxigênio;
• Água  mais clara e límpida;
• Proliferação de algas que reoxigenam o meio;
• Amônia  oxidada a nitritos e nitratos (+ fosfatos fertilizam o meio,
favorecendo a proliferação de algas);
• Cor esverdeada intensa (alimento p/ crustáceos, larvas de insetos,
vermes, etc., que servem de alimentos p/ os peixes);
• Diversificação da biocenose.
Autodepuração
• Zona de Degradação
• Zona de Decomposição Ativa
• Zona de Recuperação
• Zona de Águas Limpas
Características das zonas de autodepuração
Zona de Águas Limpas:
• Água  características diferentes das águas poluídas;
• Água encontra-se “eutrófica”;
• Não é limpa, devido a presença das algas (cor verde);
• Água  recuperou-se, melhorou suas capacidade de produzir
alimento protéico (piorou no quesito de potabilidade);
• Péssimo aspecto estético;
• Grande assoreamento nas margens;
• Invasão de plantas aquáticas indesejáveis.
Eutroficação e eutrofização
• Eutroficação 
resultante da fertilização das águas por despejos orgânicos
domésticos ou industriais, despejos de resíduos da agricultura,
poluição do ar ou por afogamento da vegetação em represas
(processo desencadeado pelo homem);
• Eutrofização 
resultante da fertilização das águas pelo escoamento das águas
de chuva nos solos, que arrasta nutrientes para os corpos
d’água (origem natural);
• Ambos os processos caracterizam-se pelo envelhecimento
precoce de um corpo d’água, devido a grande quantidade de
nutrientes.
• Causa: lançamento de nutrientes na água, principalmente nitrogênio e
fósforo (oriundos, principalmente, de esgoto doméstico, efluentes
industriais e fertilizantes);
• Reação em cadeia: crescimento excessivo de algas e plantas aquáticas
em um corpo d’água  aumento de oxigênio  proliferação de pequenos
animais que utiliza as algas como alimentos  proliferação de peixes que
se alimentam desses pequenos animais;
• Quebra do equilíbrio ecológico  mais produção de matéria orgânica do
que o sistema é capaz de assimilar;
• Aumento das algas  alterações qualitativas  surgimento de novas
espécies e desaparecimentos de outras;
• Estágio final (ecossistema agonizante)  pouca profundidade, altos déficits
de oxigênio, organismos mortos flutuantes e grande quantidade de
colchões de algas.
Eutroficação e eutrofização
• É mais comum em águas paradas (lagos, lagoas represas), pois não serem
favorecidas pelas conduções de cursos d’água como a velocidade de
escoamento e turbidez;
• Problemas devido a proliferação excessiva de algas:
 Sabor e odor;
 Toxicidade;
 Turbidez e cor;
 Aderência às paredes dos reservatórios e tubulações (lodo);
 Prejuízos no tratamento da água;
• Uso de técnicas modernas para controle e correção dos efeitos da
eutroficação  alto investimento.
Eutroficação e eutrofização
• Problemas devido às plantas aquáticas:
 Prejuízos aos usos – navegação e recreação;
 Assoreamento;
 Redução gradual do reservatório;
 Cobertura da água com diminuição da penetração da luz solar;
 Entupimento de canalizações e grades;
 Danos à bombas e turbinas hidrelétricas.
Eutroficação e eutrofização
Medidas de Controle
 Regularização da Vazão – estabilização do Volume Hídrico;
 Aumento da turbulência – acelera o processo de absorção de O2;
 Adição de Uma Fonte Química Suplementar – combate mal odores;
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FIM

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Poluição água

  • 3. Disponibilidade da água no Brasil • O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade de água. • Porém, sua distribuição não é uniforme em todo o território nacional. • Cerca de 47% dos recursos hídricos do planeta estão na América do Sul; • Grande parte concentrada no Rio Amazonas, o maior rio do mundo em extensão e volume d’água, que corta seis países: Brasil, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Bolívia. Floresta amazônica O Brasil possui cerca de 13 % da água doce disponível no mundo 73% está na bacia Amazônica 27% no resto do país Atendem 95% da população Atendem 5 % da população
  • 4. Bacias Hidrográficas do Brasil Bacia Hidrográfica • É um conjunto de terras banhadas por um rio principal e seus tributários (afluentes, subafluentes etc.); • Formação: dá-se através dos desníveis dos terrenos que direcionam os cursos da água, sempre das áreas mais altas para as mais baixas. Fonte: Ministério de Minas e Energia
  • 5. Usos da água – abastecimento humano – dessedentação de animais – indústria – irrigação – geração de energia elétrica - hidroelétricas – recreação/lazer – harmonia paisagística – conservação da flora e fauna – navegação – pesca – diluição de despejos
  • 6. Água no corpo humano • A água representa 70% da massa do corpo humano; • Sintomas de desidratação: – Perda de 1% a 5% de água  Sede, pulso acelerado, fraqueza – Perda de 6% a 10% de água  Dor de cabeça, fala confusa, visão turva – Perda de 11% a 12% de água  Delírio, língua inchada, morte • Uma pessoa pode suportar até 28 dias sem comer, mas apenas 3 dias sem beber água.
  • 7. Principais problemas relacionados com a água • Quantidade – distribuição; • Qualidade – poluição;  População Mundial: crescimento populacional; • Vários países já enfrentam escassez crônica de água:  Oriente Médio (Israel, Jordânia, Arábia Saudita e Kuwait), China, Índia e o norte da África (região abrange países situados no deserto do Saara, como Argélia e Líbia);  No Brasil: Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Norte, Distrito Federal e mais recentemente, a grande São Paulo.
  • 8. Resumo do saneamento no Brasil • De acordo com o IBGE, um quarto da população do Brasil não conta com água potável e quase metade não têm serviço de esgoto; • Apenas 6% dos esgotos são tratados no Brasil. Mais de 90% são lançados nos rios, nos solos e nos mares; • A falta de água potável e de saneamento é causa de 80% das doenças e 65% das internações hospitalares no Brasil, implicando gastos de US$ 2,5 bilhões, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
  • 9. Principais problemas relacionados com a água • Problemas:  Proliferação de doenças transmitidas pela água, como cólera e diarréias;  Grande parte da população não dispõem de abastecimento adequado de água potável;  Imprópria para os diversos usos. • Fonte de conflitos internacionais:  Guerras mundiais pela água: em 1967, um dos motivos da guerra entre Israel e seus vizinhos foi justamente a ameaça, por parte dos árabes, de desviar o fluxo do rio Jordão. Países como a Síria também depende desse rio;  Crescimento populacional exige cada vez mais dos recursos naturais, principalmente a água.
  • 10. Quantidade de água Estados Unidos: 600 L por habitante dia Sertão: 10 L por habitante dia
  • 11. Qualidade da água • Recursos hídricos  condições físicas e químicas adequadas para sua utilização; • Devem conter substâncias essenciais à vida e estar isentos de outras substâncias que possam produzir efeitos nocivos aos organismos; • Devido às suas propriedades de solvente e à sua capacidade de transportar partículas, incorpora a si diversas impurezas.
  • 12. Padrões de qualidade • Padrões são teores máximos de impurezas permitidos na água, estabelecidos em função dos seus usos; • São fixados por entidades públicas, de acordo com uma legislação, com o objetivo de garantir que a água a ser utilizada para um determinado fim não contenha impurezas que venham a prejudicá-lo; • Em termos práticos, há 3 tipos de padrões de interesse direto dentro da Engenharia Ambiental referentes a qualidade da água: – Padrões de lançamento no corpo receptor; – Padrões de qualidade do corpo receptor; – Padrões de qualidade para determinado uso imediato (ex.: padrões de potabilidade, irrigação);
  • 13. • Padrões de lançamento no corpo receptor: – Tem como objetivo a preservação da qualidade do corpo d´água; – Os padrões de lançamento existem apenas por uma questão prática, já que é difícil se manter o controle efetivo das fontes poluidoras com base apenas na qualidade do corpo receptor; • Além de satisfazer os padrões de lançamento, deve proporcionar condições tais no corpo receptor, de tal forma que a qualidade do mesmo se enquadre dentro dos padrões para corpos receptores; Padrões de qualidade
  • 14. Padrões de lançamento e qualidade do corpo receptor • Estabelecimento do nível de qualidade (classe) a ser alcançado e/ou mantido em um segmento de corpo d´água ao longo do tempo; • No Brasil o dispositivo legal em vigor é a Resolução CONAMA nº. 357 do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA – de 2005, que apresenta: – padrões de qualidade dos corpos receptores; – padrões para o lançamento de efluentes nos corpos receptores; – padrões de balneabilidade; – e classifica as águas de acordo com seus usos predominantes.
  • 15. Padrões de lançamento e qualidade do corpo receptor • A resolução CONAMA n°. 357/05, dividiu as águas do território nacional em: – Águas doces  salinidade ≤ 0,5%; – Salobras  0,5 < salinidade < 30%; – Salinas  salinidade ≥ 30%; • Em função dos usos previstos, foram criadas classes para águas superficiais brasileiras; • Águas doces  Classe especial e classes 1, 2, 3, 4; • Águas salinas  Classe especial e classes 1, 2, 3; • Águas salobras  Classe especial e classes 1, 2, 3; • A cada uma dessas classes corresponde uma determinada qualidade a ser mantida no corpo d´água, são os Padrões de Qualidade.
  • 16. Legislação • Cabe aos órgãos ambientais dos estados, territórios e Distrito Federal efetuar, não só o enquadramento dos corpos de água no âmbito das classes preconizadas pela Resolução CONAMA n0. 357/05, como exercer atividade orientadora, fiscalizadora e punitiva junto às fontes de poluição que possam alterar os valores dos padrões de qualidade das águas da classe estabelecida para o corpo d’água receptor.
  • 17. Poluição hídrica • “É qualquer alteração nas características físicas, químicas e/ou biológicas das águas, que possa constituir prejuízo à saúde, à segurança e ao bem estar da população e, ainda, possa comprometer a fauna ictiológica e a utilização das águas para fins recreativos, comerciais, industriais e de geração de energia” (CONAMA). • POLUIÇÃO = f (uso); • USO = f(qualidade da água); • QUALIDADE = f(características físicas, químicas e/ou biológicas das águas).
  • 18. Causas da poluição • Alto grau de urbanização aliado à falta de saneamento básico; • Desenvolvimento da indústria e seus despejos complexos; • Aumento da produção agrícola, que resulta numa carga mais pesada de pesticidas e fertilizantes no ambiente.
  • 19. Fontes poluidoras Águas superficiais: • Esgoto doméstico; • Efluentes industriais; • Águas pluviais, carreando impurezas do solo ou contendo esgotos lançados nas galerias; • Resíduos sólidos (lixo); • Pesticidas; • Fertilizantes; • Detergentes; • Precipitação de poluentes atmosféricos (sobre o solo ou a água); • Alteração nas margens dos mananciais, provocando carreamento do solo, como conseqüências da erosão. Águas subterrâneas: – Infiltração de: • esgotos a partir de sumidouros ou valas de infiltração (fossas sépticas); • esgotos depositados em lagoas de estabilização ou em outros sistemas de tratamento usando disposição no solo; • esgotos aplicados no solo em sistemas de irrigação; • águas contendo pesticidas, Percolação do chorume resultante de depósitos de lixo no solo; • fertilizantes, detergentes e poluentes atmosféricos depositados no solo; • outras impurezas presentes no solo; • águas superficiais poluídas; – Vazamento de tubulações ou depósitos subterrâneos; – Injeção de esgoto no subsolo; – Intrusão de água salgada; – Resíduos de outras fontes: cemitérios, minas, depósitos de materiais radioativos. • As águas subterrâneas e superficiais muitas vezes se interligam, e assim os mananciais da superfície proporcionam a recargas dos reservatórios subterrâneos, ou, vice-versa, podendo servir de fontes poluidoras; • A poluição das águas também estão ligadas com alterações (poluições) provocadas no solo e ar - Ex. uso de fertilizantes e chuva ácida.
  • 20. Fontes poluidoras ouPontual Descarga de efluentes a partir de indústrias e de estações de tratamento de esgoto São bem localizadas, fáceis de identificar e de monitorar Difusa Escoamento superficial urbano, escoamento superficial de áreas agrícolas e deposição atmosférica Espalham-se por toda a cidade, são difíceis de identificar e tratar
  • 22. Principais poluentes e indicadores • Mat. Orgânica - DBO, DQO e OD (mg/l); • Sólidos - SS e RS (ml/l); turbidez (unt); • Ácidos e Álcalis - pH; • Bactérias - IC (coli/100 ml); • Óleos e Gorduras - OG (mg/l); • Nitratos - NO3 (mg/l); • Fosfatos - PO4 (mg/l); • Temperatura - T (°C); • Metais – Metais (mg/l).
  • 23. Principais formas de poluição Reservas de água Poluição BiológicaSedimentar Térmica Despejo de substâncias
  • 24. Poluição sedimentar • Acúmulo de partículas em suspensão (solo, produtos químicos insolúveis). Qual a origem? O que causam? Extração mineral Desmatamentos Erosões Interferem na fotossíntese e na capacidade dos animais encontrarem alimentos Extração mineral Esgotos e efluentes Adsorvem e concentram os poluentes biológicos e os poluentes químicos Partículas do solo Produtos químicos insolúveis
  • 25. Poluição biológica • Presença de microorganismos patogênicos, especialmente na água potável:  4 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável tratada;  2,9 bilhões de pessoas vivem em áreas sem coleta ou tratamento de esgoto. Controle simples Apesar disso 250 milhões de casos de doenças (cólera, febre tifóide, diarréia, hepatite A) são transmitidas pela água por ano 10 milhões desses casos resultam em mortes (50% são crianças) Adição de cloreto de sódio Fervura da água
  • 26. Poluição térmica • Descarte de grandes volumes de água aquecida em rios e oceanos. Diminui a quantidade de oxigênio dissolvido (43,39 mg de O2/kg de H20 a 20 °C) Diminui do tempo de vida de algumas espécies aquáticas Altera os ciclos de reprodução Aumenta a velocidade das reações entre os poluentes presentes na água Aumenta a quantidade de gás carbônico na atmosfera (0,86 L de CO2/L de H2O a 20 °C) Potencializa a ação nociva dos poluentes
  • 27. Poluição por despejo de substâncias • Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de identificar nem de remover; • Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para serem sentidos; • Os poluentes mais comuns das águas são:  Fertilizantes agrícolas;  Esgotos doméstico e industrial;  Compostos orgânicos sintéticos;  Plásticos;  Petróleo;  Metais pesados.
  • 28. Poluição por fertilizantes agrícolas Poluição por esgotos domésticos e industriais
  • 29. Poluição por compostos orgânicos sintéticos
  • 30. Poluição por plásticos Alta produção Longo tempo para degradação Causam a morte de animais por sufocamento Alta velocidade de uso e descarte
  • 31. Poluição por petróleo Grandes acidentes Vazamentos em poços de petróleo, superpetroleiros, rompimentos de dutos Exxon Valdez: 42 milhões de litros Kuwait: 200.000 t no Golfo Pérsico Rio Barigüi: 4 milhões de litros Baia de Guanabara: 1,3 milhão de litros 5% dos danos Pequenos acidentes Vazamentos de óleo de motor de barcos e de carros Somente no Canadá: 300 milhões de litros/ano 95% dos danos
  • 32. Poluição por petróleo • O petróleo vaza e se espalha no mar ou no rio; • A mancha recobre a superfície das águas; • Sem a luz do sol as algas param de fazer fotossíntese.
  • 34. Poluição por metais pesados Cu, Zn, Pb, Cd, Hg, Ni e Sn Bioacumulação Mineração (garimpo)Pilhas e baterias Rios e maresAterro sanitário Os oceanos recebem por ano 400.000 t de metais pesados (80.000 t só de mercúrio) Contaminação de águas subterrâneas, córregos e riachos
  • 35. Poluição orgânica • Resultante do lançamento de esgotos domésticos e industriais ricos em matéria orgânica; • Forma de poluição mais presente no dia-a-dia dos brasileiros; • Carência do sistema de esgotamento sanitário; • Esse tipo de poluição é causada por matérias orgânicas suscetíveis de degradação bacteriana: – Degradação aeróbia  água rica em oxigênio dissolvido e matéria orgânica pouco abundante (formam-se gás carbônico, água e nitratos); – Degradação anaeróbia  água não contém oxigênio suficiente (produção de gás carbônico, metano, amônia, ácidos graxos, etc.); • Morte do corpo d’água  quantidade de esgotos lançada >> volume do corpo receptor e capacidade de de oxigenação  proliferação de bactérias  consumo de todo oxigênio dissolvido.
  • 36. Estimativa da poluição • Poluição orgânica  acarreta grande consumo de oxigênio; • Estimativa da poluição  DBO5 e DQO; • DBO5  corresponde à quantidade de oxigênio necessária para que as bactérias possam oxidar a matéria orgânica (biodegradável): – Águas limpas  DBO5 na ordem de 2 a 4 mg/l; – Águas poluídas  várias dezenas de miligramas; – Esgoto doméstico  chega a 300 mg/l; • DQO  representa a quantidade de oxigênio dissolvido, cedido por via química, para oxidação de matéria orgânica biodegradável e não-biodegradável; • DQO/DBO5  dá uma idéia do tipo de matéria orgânica que predomina na poluição: – Água poluída  DQO/DBO5 é pouca elevada (2 a 3).
  • 37. Carga poluidora (ou carga de DBO) • DBO5  dá uma idéia do grau de poluição; • Avaliação da poluição  necessidade de correlacionar esse indicador com a quantidade de despejos; • Representa a quantidade de oxigênio que vai ser requerida do corpo d’água na unidade de tempo; • CP = Concentração (DBO5) x Vazão • Superávit ou déficit de oxigênio;
  • 38. Equivalente populacional • Poluição orgânica  f (quantidade média de detritos produzidos diariamente por uma pessoa); • EP  corresponde à carga poluidora ou carga de DBO5 produzida por uma pessoa diariamente.Indústria Quant./dia EP (hab) Cerveja 1000 litros de cerv. 1.500 Curtume 1 ton de peles 2.500 Matadouro 1 ton de bovino 300 Celulose 1 ton de celulose 5.000 Álcool 65 litros de álcool 400 Granja de Aves 10 aves abatidas 2 Laticínios 1.000 litros de leite 200 Lavanderia 1 ton de roupas 700 Manual de Tratamento de Águas Residuárias.
  • 39. Autodepuração • Zona de Degradação • Zona de Decomposição Ativa • Zona de Recuperação • Zona de Águas Limpas
  • 40. Características das zonas de autodepuração Zona de Degradação: • Início  ponto de lançamento dos despejos; • Água turva (cor acinzentada); • Precipitação de partículas  lodo no leito do corpo d’água; • Proliferação de bactérias (consumo de matéria orgânica); • Redução da concentração de oxigênio dissolvido; • Limite da 1ª zona  concentração de oxigênio atinge 40% da concentração inicial; • Não há odor; • Presença de oxigênio não permite a decomposição anaeróbia.
  • 41. Autodepuração • Zona de Degradação • Zona de Decomposição Ativa • Zona de Recuperação • Zona de Águas Limpas
  • 42. Características das zonas de autodepuração Zona de Decomposição Ativa: • Início  oxigênio atinge valores inferiores a 40% da concentração de saturação; • Água  cor cinza-escura, quase negra; • Bancos de lodos no fundo em ativa decomposição anaeróbia; • Desprendimento de gases mal cheirosos (amônia, gás sulfídrico, etc); • Oxigênio dissolvido  pode zerar ou “ficar negativo”; • Biota aeróbia é substituída por outra anaeróbia; • Ambiente fétido e escuro; • Oxigênio passa a ser reposto  ar atmosférico ou fotossíntese; • População de bactérias  decresce; • Água começa a ficar mais clara (ainda impróprio p/ os peixes); • Fim da 2ª zona  oxigênio elevar-se a 40% da conc. inicial.
  • 43. Autodepuração • Zona de Degradação • Zona de Decomposição Ativa • Zona de Recuperação • Zona de Águas Limpas
  • 44. Características das zonas de autodepuração Zona de Recuperação: • Início  40% de oxigênio inicial; • Término  água saturada de oxigênio; • Água  mais clara e límpida; • Proliferação de algas que reoxigenam o meio; • Amônia  oxidada a nitritos e nitratos (+ fosfatos fertilizam o meio, favorecendo a proliferação de algas); • Cor esverdeada intensa (alimento p/ crustáceos, larvas de insetos, vermes, etc., que servem de alimentos p/ os peixes); • Diversificação da biocenose.
  • 45. Autodepuração • Zona de Degradação • Zona de Decomposição Ativa • Zona de Recuperação • Zona de Águas Limpas
  • 46. Características das zonas de autodepuração Zona de Águas Limpas: • Água  características diferentes das águas poluídas; • Água encontra-se “eutrófica”; • Não é limpa, devido a presença das algas (cor verde); • Água  recuperou-se, melhorou suas capacidade de produzir alimento protéico (piorou no quesito de potabilidade); • Péssimo aspecto estético; • Grande assoreamento nas margens; • Invasão de plantas aquáticas indesejáveis.
  • 47. Eutroficação e eutrofização • Eutroficação  resultante da fertilização das águas por despejos orgânicos domésticos ou industriais, despejos de resíduos da agricultura, poluição do ar ou por afogamento da vegetação em represas (processo desencadeado pelo homem); • Eutrofização  resultante da fertilização das águas pelo escoamento das águas de chuva nos solos, que arrasta nutrientes para os corpos d’água (origem natural); • Ambos os processos caracterizam-se pelo envelhecimento precoce de um corpo d’água, devido a grande quantidade de nutrientes.
  • 48. • Causa: lançamento de nutrientes na água, principalmente nitrogênio e fósforo (oriundos, principalmente, de esgoto doméstico, efluentes industriais e fertilizantes); • Reação em cadeia: crescimento excessivo de algas e plantas aquáticas em um corpo d’água  aumento de oxigênio  proliferação de pequenos animais que utiliza as algas como alimentos  proliferação de peixes que se alimentam desses pequenos animais; • Quebra do equilíbrio ecológico  mais produção de matéria orgânica do que o sistema é capaz de assimilar; • Aumento das algas  alterações qualitativas  surgimento de novas espécies e desaparecimentos de outras; • Estágio final (ecossistema agonizante)  pouca profundidade, altos déficits de oxigênio, organismos mortos flutuantes e grande quantidade de colchões de algas. Eutroficação e eutrofização
  • 49. • É mais comum em águas paradas (lagos, lagoas represas), pois não serem favorecidas pelas conduções de cursos d’água como a velocidade de escoamento e turbidez; • Problemas devido a proliferação excessiva de algas:  Sabor e odor;  Toxicidade;  Turbidez e cor;  Aderência às paredes dos reservatórios e tubulações (lodo);  Prejuízos no tratamento da água; • Uso de técnicas modernas para controle e correção dos efeitos da eutroficação  alto investimento. Eutroficação e eutrofização
  • 50. • Problemas devido às plantas aquáticas:  Prejuízos aos usos – navegação e recreação;  Assoreamento;  Redução gradual do reservatório;  Cobertura da água com diminuição da penetração da luz solar;  Entupimento de canalizações e grades;  Danos à bombas e turbinas hidrelétricas. Eutroficação e eutrofização
  • 51. Medidas de Controle  Regularização da Vazão – estabilização do Volume Hídrico;  Aumento da turbulência – acelera o processo de absorção de O2;  Adição de Uma Fonte Química Suplementar – combate mal odores;  Diagnóstico Ambiental – conhecer a realidade e planejar ajustes;  Aplicação de Uma Legislação Eficaz;  Tratamento dos Despejos.
  • 52. FIM