1. Referencial de Bibliotecas Escolares - 2009Trabalho realizado por Cristina Maria Lopes Coelho, no âmbito do mestrado em Bibliotecas Escolares e Literacias do Séc. XXI, para a disciplina de Professor Bibliotecário: desenvolvimento de novas competências, leccionada pela Mestre Maria José Vitorino.28/07/2010<br />Referencial de Formação Contínua 2009Princípios orientadores que norteiam a realização das acções de formação. Referencial de Formação Contínua Bibliotecas Escolares – 2009<br />O referencial da formação contínua proposto no site da RBE, assenta em princípios basilares como:<br />Proporcionar um conjunto de acções de formação contínua que visem todos os docentes da escola/agrupamento, de forma a produzir conhecimento sobre o valor dos recursos físicos e virtuais de que as BE dispõem;<br />Promover acções de formação destinadas a órgãos de gestão e gestão pedagógica, perspectivando a gestão dos recursos e serviços da BE na lógica da sua rentabilização a toda a escola/agrupamento;<br />Disponibilizar acções de formação estruturantes para o professor bibliotecário e equipa, atendendo às suas necessidades de formação;<br />Oferecer diferentes níveis de formação;<br />Dar resposta às necessidades de formação, utilizando as potencialidades do E – Learning;<br />Proporcionar acções de formação para actualização dos percursos profissionais do PB e equipa em áreas emergentes;<br />Associar as componentes: trabalho presencial/online/trabalho autónomo; <br />Articular com as instituições de formação no que concerne aos temas e modalidades.<br />Formação Pessoal Docente<br />O plano de formação contínua compreende o plano de formação em BE, o perfil de apoio à construção de acções de formação (ANs) pelos centros de formação ou outras instituições e a acreditação junto do Conselho Científico – Pedagógico de Formação de Professores com um período de acreditação de três anos.<br />Em 2007 foi elaborado o plano de formação pelo GRBE e define quatro áreas de actuação que abordam os seguintes temas:<br />A área “A” relaciona-se com a integração da BE no Projecto Educativo de Escola.<br />ÁREA A – 1 - Esta acção de formação visava reflectir sobre os objectivos da escola actual e das necessidades da sua organização no contexto da sociedade da informação, potenciando todos os recursos, designadamente a BE, tendo em atenção a melhoria do processo e ensino/aprendizagem. O público-alvo são os órgãos de gestão, presidentes de assembleia de escola, membros do conselho pedagógico, coordenadores de departamento e das áreas não disciplinares, directores de turma e professores em geral. Observamos que esta é uma acção de formação que tem público preferencial as estruturas de direcção e gestão da escola.<br />ÁREA A – 2 - Esta acção de formação tem como tema central o papel da BE no processo de ensino aprendizagem. De facto, refere-se como objectivo proporcionar uma visão sobre a missão e objectivos da BE, enquanto estrutura capaz de produzir alterações em todos os sectores da escola, como instrumento facilitador de metodologias inovadoras e desenvolvimento de competências dos alunos. Esta, destina-se a todos os docentes porque se pretende que a biblioteca seja considerada efectivamente como um espaço de todos e esteja presente nas planificações curriculares, PCT e restantes documentos da escola numa perspectiva de articulação.<br />A área “B” pretende tratar temas como e desenvolvimento da BE na escola e trabalhar temas como a organização da Informação e gestão da BE e destinam-se a coordenadores e equipa da BE.<br />Assim, na ÁREA B – 1 – são tratadas perspectivadas formas de organização de espaço e de recursos com vista à obtenção e optimização das mais-valias potenciadas pela BE, dotando os formandos de um conjunto de competências e planeamento e da gestão da BE. <br />ÁREA B – 2 – Esta tem como objectivo sensibilizar os formandos para a necessidade de adoptar um conjunto de procedimentos e regras que facilitem o acesso dos utilizadores à informação adquirindo competências na área do tratamento técnico. Assim, pretende-se trabalhar temas como o tratamento biblioteconómico do documento (catalogação, classificação e indexação…). <br />ÁREA B – 3 – Esta acção de formação centra-se na gestão das colecções em diferentes suportes no contexto da escola actual, elaboração de um documento institucional e orientador de política documental. <br />ÁREA B – 4 – A área B 4 visa sensibilizar os formandos para a necessidade de uma prática sistemática de avaliação enquanto ferramenta de melhoria contínua da execução, permitindo introduzir correcções e ajustamentos decorrentes de um processo “on going”, traduzindo-se num instrumento de promoção da qualidade e de integração/valorização do papel da BE na escola. <br />A área “C” também se destina preferencialmente aos coordenadores e equipa da BE e visa reflectir sobre a problemática da leitura na sociedade contemporânea. Esta divide-se em C1 e C2, no entanto enquanto a primeira se centra na leitura e literacia nos jardins-de-infância e escolas de 1.º CEB a segunda desenvolve-se tendo por base o segundo e terceiro ciclos do ensino básico e secundário. De facto, a leitura é uma competência transversal a outros conhecimentos, pelo que, se for estimulada desde os níveis mais elementares de ensino reflecte-se de forma positiva nos resultados escolares, na forma de ser e de estar dos alunos, ou seja, promove a formação integral dos alunos.<br />A área “D”, tem como público preferencial coordenadores e equipa da BE e pretende abordar temas como a BE e os ambientes digitais, permitindo-lhes adquirir conhecimentos e competências que possibilitam o uso de informação e produção de conteúdos a diferentes públicos, desenvolvendo redes.<br /> As ANs são elaboradas pelo GBRE e são acreditadas pela DGIC em 2008 com um prazo de acreditação até 2011. Esta modalidade visa a realização de acções de formação à distância/online e aborda temas como: a missão da BE; organização e gestão da BE; gestão de colecções; BE e currículo: promoção da leitura e das literacias, e, BE e a Web 2.0. <br />No que respeita ao plano tecnológico de educação apenas apresenta a informação de que o processo de acreditação está em curso.<br />O número quatro diz respeito à formação de formadores: DGIC/RBE, prevendo oficinas de formação.<br />O número cinco remete para a Auto-avaliação das BE e refere-se às práticas e modelos na Auto-avaliação das BE.<br />Formação Pessoal Não Docente<br />Este plano de formação destina-se a auxiliares de acção educativa a exercer funções nas bibliotecas. Estas podem ser de tipo I, quando são de 150h, ou, tipo II quando as mesmas são de 250h. <br />Os formadores de ambas as acções de formação têm de ser acreditados pelo Concelho Científico Pedagógico de Formação Contínua, estar inscritos na bolsa de formadores do Gabinete Rede Bibliotecas Escolares /Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e possuir experiência de formação no âmbito das BE e outras áreas associadas. <br />As instituições de formação (Centro de Formação e Associação de Escolas, Centros de Formação de Professores de Associações Profissionais; Organizações Científicas e outras entidades acreditadas, Instituições de Ensino Superior) autorizadas a realizar acções de formação têm de ser acreditadas pelo Concelho Científico Pedagógico de Formação Contínua.<br />Para concluir, podemos afirmar que se pretendemos «garantir que a BE se assume, no novo modelo organizacional das escolas, como estrutura inovadora, funcionando dentro e para fora da escola, capaz de acompanhar e impulsionar as mudanças nas práticas educativas, necessárias para proporcionar o acesso à informação e ao conhecimento e o seu uso, exigidos pelas sociedades actuais» como se refere no preâmbulo da Portaria nº 755/2009 de 14 de Julho, será importante garantir uma formação adequada aos docentes e não docentes, quer no que respeita aos aspectos que se relacionam com organização, gestão e funcionamento da própria BE, que é assegurada por uma equipa formada para o feito; quer no que concerne à sensibilização dos restantes docentes para as potencialidades da utilização regular deste recurso na sua prática docente. Neste sentido, podemos afirmar que o referencial de formação contínua constitui um excelente projecto orientador no sentido de que as acções propostas visam garantir e tornar a BE um serviço dinâmico e com reconhecida qualidade no panorama educativo.<br />BIBLIOGRAFIA:<br />Portaria nº 756/2009.D.R. 1º Série. 134 (14-07-2009).4488-4491p.<br />RBE Referencial de Formação Contínua. [Em linha].[Consult. 16-07- 2010]. Disponível em http://WWW.rbe.min-edu.pt <br />