O documento descreve a evolução urbana da cidade do Rio de Janeiro desde sua fundação em 1565. Apresenta três principais mudanças na paisagem natural do centro da cidade: 1) Aterros que permitiram o crescimento da malha urbana sobre a planície; 2) Remoção do Morro do Castelo no início do século XX; 3) Construção de edifícios e infraestrutura de transporte que substituíram as antigas ruas e morros.
1. Evolução Urbana da cidade do Rio de Janeiro
Rua Direita atual 1º de Março /aquarela
de Jean Baptiste Debret/ 1820
1º de Março hoje
A mesma rua ao final do séc. XIX
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3. O estado do Rio de Janeiro
O estado do Rio de Janeiro possui 92 municípios
e divide-se em sub-regiões a saber:
Região Norte Fluminense
Região Noroeste Fluminense
Região Centro-Sul
Região Serrana
Região da baixada Litorânea
região Metropolitana
Região do Médio-Paraíba
Região da Costa Verde.
Espíirito
Santoo
Minas Gerais
N
E
O
Oceano
Atlântico
São Paulo
Cidade Rio de
janeiro
S
Área 43 mil Km ( 24º ) em extensão
4. O relevo do estado do Rio de janeiro
Pico da s Agulhas
Negras
Rio Paraíba
do Sul
Baixada de campos
dos Goitacazes
Serra do mar
Baixada fluminense
Baixada de Araruama
cidade do Rio de Janeiro
Baía da
Ilha grande
Baía de
Sepetiba
Baía de
Guanabara
Predominam as Serras e as planícies conhecidas como Baixadas
5. Clima e Vegetação
Predomina o tipo climático Tropical Litorâneo ou Tropical Úmido. Nas áreas mais
elevadas e de Serras onde a temperatura cai em média 5º, aparece o Tropical de
Altitude. O estado sofre a ação direta da mTa ( massa tropical Atlântica), que
provoca chuvas o ano todo e da mpa ( massa polar atlântica) que ao chegar na
região provoca o fenômeno da Frente Fria .
A Mata Atlântica (floresta perenifólia higrófila
costeira) é a vegetação característica da região,
hoje intensamente devastada por causa da
urbanização e da agropecuária. Nas áreas
litorâneas e praias aparecem as vegetações de
Mangues, Dunas e Restingas.
Floresta da Tijuca
As fortes chuvas de verão que caem nas áreas serranas
ou nas vertentes íngremes traz o desequilíbrio das
encostas provocando desmoronamentos e tragédias
frequentes .
Após intenso desmatamento por conta da cafeicultura na
floresta da tijuca e forte crise de abastecimento de água, o
Imperador D. Pedro II através do major Ascher promove
o mais bem sucedido projeto de reflorestamento urbano
ainda no século XIX. Durante 13 anos foram plantadas
cerca de 80 mil mudas de espécies nativas retiradas das
fazendas vizinhas de matas virgens
6. Hidrografia
O estado do Rio de janeiro é banhado ao sul e nordeste pelo Oceano Atlântico.
Apresenta três baías e inúmeras lagoas do tipo barragem, isto é, resultam do
aprisionamento de enseadas e baías por restingas que se formaram paralelas ao
litoral. Marapendi, Jacarepaguá/Camorim e Rodrigo de Freitas são exemplos na
cidade do Rio de janeiro. Na região dos lagos destacam-se: Maricá, Araruama e
Saquarema. A Lagoa Feia, a maior de todas, está localizada na baixada de Campos
Lagoa Feia
Antigas restingas
As lagoas enfrentam impactos
ambientais decorrentes da
urbanização e exploração
turística. Lixo e esgoto são
jogados em natura além de
sofrer com o processo natural
de assoreamento agravado
ainda mais pela ação humana.
7. População e urbanização
O estado do Rio de janeiro é o mais urbanizado do Brasil com 96,7%. As cidades
mais populosas são: Rio ( capital), São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu
e Niterói.
# População 16 milhões (3ª)
# Renda per capita 25 500 dólares/ano (3ª)
# Taxa de Analfabetismo 4,4% (3º)
# IDH 0,782 (3º)
# Esperança de vida 75 anos(10º)
# Mortalidade infantil 13%( 7º)
# Etnia: B 54,5%, P 12,65 %, Mestiços
32,4% e Amarelos/indígenas 0,4%
# Taxa de escolaridade 45,6% (oito anos ou
mais de estudos) ( 2ª)
# Apresenta uma região metropolitana
composta de 19 municípios conurbados
com uma população aproximada de 11
milhões de pessoas.
Principais problemas urbanos : poluições ( ar, solo, água, sonora), engarrafamentos
enchentes, violência, desemprego, custo de vida elevado, desigualdade social,
locais inadequados para moradia, saúde, educação e problemas de infraestrutura
como os transportes públicos, coleta de lixo, abastecimento de água , etc.
8. O estado do Rio de janeiro possui o segundo maior PIB (407 bilhões de
dólares/ano) do país. Composição por setores: Secundário 37,5% /Terciário 62%
e Primário 0,5% (é apoiada quase integralmente na produção de hortaliças da Região Serrana e do
Norte Fluminense)
Açúcar/álcool
Automobilística
Turismo/ind. Têxtil
ind. Siderúrgica
petroleo
Extração- bacia de
campos e refino / REDUC
turismo
Energia nuclear
Ind. Salineira
e Turismo
Turismo
centro
Financeiro
Ind. Naval
Comercio
9. Petróleo no estado do Rio de janeiro
A bacia de Campos é responsável por mais de 80% da produção de petróleo no país
O município de Macaé,
cresce hoje,
impulsionado pela
riqueza gerada da
exploração de petróleo
na sua plataforma
continental
Com os novos poços do présal as reservas brasileiras
passam a 23,9 bilhões de
barris
10. O Município / cidade de São Sebastião
do Rio de Janeiro
Zona
Norte
Centro
Zona Oeste
Zona
Sul
11. A cidade Hoje....
A cidade de São Sebastião do Rio de janeiro está assentada em um sítio com
1 182 quilômetros quadrados e abriga uma população aproximada de 6,3
milhões de habitantes. De acordo com as funções desempenhadas e sua
importância urbana é classificada como Metrópole ( categoria Nacional segundo
IBGE). É considerada também uma Megacidade e de acordo com a ONU
encontra-se na categoria Cidade Global nível Beta
A região Metropolitana do Rio ou Grande Rio é a união de 19 municípios
conurbados com uma população total de mais de 10 milhões de habitantes
Região Metropolitana/ conjunto de municípios conurbados contendo uma
metropole . Apresenta infraestrutura e serviços em comum
Metrópole- cidade centro de atração das regiões vizinhas que desempenha
inúmeras funções
Megacidade – mais de 10 milhões/hab na região metropolitana
14. Evolução urbana do centro da
cidade do rio de janeiro.
Onde tudo começou....
Observe as imagens acima e indique, no mínimo, três grandes mudanças na
paisagem natural da região do centro da cidade do Rio de hoje.
15. O princípio...
Em janeiro de 1502, os portugueses passando pela entrada da baía
de Guanabara, nomearam o acidente geográfico como: existem
diferentes versões....
Rio de Janeiro. Os navegadores pensaram estar
na foz de um rio.
Ria de Janeiro. Ria significa entrada estreita de
baía. O termo teria sido copiado e reproduzido
erradamente em mapas posteriores.
O termo Rio era usado indistintamente para
diversos acidentes como rios, baías, etc...
A baía de Guanabara em
antigo mapa do século XVI.
Os Tamoios chamavam esta baía de Guaá-mbará que significava
“enseada de rio-mar “
16. A região desperta cobiça...
Em 1555 os franceses, chefiados por Nicolau
Duram de Villegagnon, invadiram a região e
ocuparam a ilha de Seregipe que ficava dentro da
baía de Guanabara. Tinham como objetivo fundar
a “França Antártica ”, um local onde pudessem
praticar em liberdade o Protestantismo além de
comercializar (contrabandear) pau-brasil.
Fortaleza de Villegagnon / I. Seregipe
1555
hoje
O termo carioca Kari’oka significa casa
de branco em tupi, referência a uma
casa de pedras construída antes da fundação da cidade nas proximidades do
Morro da Viúva.
17. A fundação da cidade....
Em 1º de março de 1565, Estácio de Sá chega a Guanabara sob ordens do rei de
Portugal , com um destacamento militar a fim de combater e expulsar os
invasores franceses da região.
O dia de sua chegada é considerado o dia da fundação da cidade que se deu
entre os morros Cara-de-Cão e Pão- de- Açúcar. A cidade recebeu o nome de São
Sebastião, em homenagem ao jovem príncipe herdeiro do trono português
Dom Sebastião.
O atual forte de São João foi construído
no local do primitivo forte de defesa
português.
“ A tarefa de erguer uma cidade do nada é caótica. As coisas vão sendo feitas
conforme a necessidade. Portanto no início foi cerca, poço e igreja que estas
são as prioridades.” Pedro Dória em 1565 Enquanto o Brasil Nascia
18. A expulsão definitiva ....
Após dois anos de lutas, os franceses são derrotados em numa batalha no dia
20 de janeiro de 1567 e expulsos definitivamente.
Estácio de Sá morre vítima de ferimento do combate um mês depois . No
comando de Men de Sá a cidade é transferida, ainda neste ano, para o alto do
Morro do Castelo, com o nome de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Monumento a
Estácio de Sá no
Aterro o
Flamengo
Morte de Estácio de Sá,
óleo de Antônio Parreiras.
Cripta de Estácio de
Sá na Igreja dos
Capuchinhos /Tijuca
19. A cidade no século XVII ...
o Morro do Castelo
“As primeiras cidades do Brasil começam pelos morros
e só tarde descem à planície (...). Essa é a prudência
dos fundadores no século XVI e no seguinte que foram
uma luta pela posse da terra”. (Márcia Frota Sigaud)
O núcleo urbano seguia o modelo romano e mulçumano de cidade edificada no alto dos
morros e murada na base. De lá de cima era possível avistar grande parte da baía e o
movimento de entrada e saída de navios, facilitando a defesa do povoado. Além disso, no
alto do morro era mais fresco e ainda havia uma nascente de água potável que
abastecia a população, na época, de 600 pessoas entre colonos portugueses, jesuítas,
Índios catequizados, mamelucos, uns poucos franceses e poucas mulheres
20. O Rio no século XVII ... O povoado cresce e desce do morro
No inicio do sec. XVII a cidade tinha pouco mais de 4000 pessoas residentes
em um sítio localizado entre os morros do Castelo e o de São Bento. O
mercado ficava na praia em frente ao porto dos padres. Os cariocas
compravam pescado, hortaliças, mandioca, leite e “azeite de peixe “( óleo de
baleia para uso nos lampiões). Os habitantes dormiam em redes , herança
cultural dos indígenas locais. A cidade contava com poucas ruas na planície,
entre a praia e o sertão / interior onde ficavam as fazendas ou engenhos de
cana de açúcar. A Direita era a principal rua, cheia de agradáveis sobrados
onde os mais ricos viviam.
As janelas das casas voltadas para a
rua guardavam a privacidade da
Sertão
Cerca/fim da cidade
família através do uso de gelosias.
Morro do
castelo
Praia de Manuel brito
Morro de
são bento
21. A primeira rua,
a ladeira da Misericórdia, dava acesso a planície e a praia
de Manuel Brito
Início século XX
Após a destruição do Morro do Castelo já no inicio
do séc. XX sobrou apenas este pequeno trecho da
ladeira da Misericórdia que dava acesso ao morro
Hoje
22. A rua Direita ...
Morro do castelo
A rua Direita, atual 1º de março, foi a primeira e
principal artéria da cidade. Começava ao pé da ladeira
da Misericórdia e ligava o Morro do Castelo ao Morro
de São Bento pela praia Manuel Brito hoje aterrada.
SéculoXVIII
Em cima 1887 ( tendo ainda o Morro
do castelo ao fundo ) Abaixo 2003
Rua 1º no início do século XX
23. A cidade cresce...
Sec XVIII
O lento crescimento da malha urbana só
foi possível pela realização de aterros,
prática que se tornaria comum em toda
história da cidade.
No local da lagoa do Boqueirão (acima)
aterrada no século XVIII hoje se
encontra o Passeio Público ( Abaixo)
Em 1763 a cidade se
torna
capital
da
colônia e passa a ser
administrada por um
vice-rei. Possuía então
51mil habitantes
24. O Aqueduto da Lapa ...
1853
Em 1720 um aqueduto (depois conhecido
como Arcos da Lapa) foi construído para
resolver o problema de água, que captada
da nascente em Santa Teresa, abastecia o
Chafariz da carioca.
Arcos da lapa - Hoje
25. A rua da vala...
No início do século XVII, foi aberta, pelos
religiosos franciscanos do Convento de
Santo Antônio, uma vala que servisse de
escoadouro, por onde, em ocasiões de
cheias as águas que transbordavam da
Lagoa de Santo Antônio, pudessem chegar
até ao mar pela abertura da Prainha entre os
Morros de São Bento e da Conceição.
Rua da vala em 1907 atual Uruguaiana
"Transportados à
cabeça por negros
escravos, eram os
barris levados para
os terrenos baldios
ou para o mar, onde
a imundície era
despejada..."
Esta vala durante muito tempo estabeleceu o limite
da zona urbana da cidade através de uma muralha.
Além dela era o campo, onde se erguiam as
chácaras. Era usada como despejo de dejetos
doméstico de cozinha e banheiro, trabalho este
feito pelos escravos Tigres . Este esgoto a céu
aberto foi fechado e canalizado tempos depois. Em
1865 recebe o nome de Uruguaiana. Durante a
reforma de Pereira passos é alargada e recebe a
denominação de avenida.
26. A corte portuguesa chega ao Rio... Sec. XIX
Em 1808 a família real portuguesa se
instala no Rio com toda sua corte. A
transferência trouxe inúmeros
benefícios como: consentimento
para a instalação de indústrias e
autorização para comercializar com
outros países além de Portugal.
Causou também inúmeros transtornos...
A cidade de pouco mais de 50 mil
habitantes recebe de uma vez só mais
15 mil pessoas, inflaciona o preço das
moradias e transforma radicalmente a
pequena cidade nos trópicos
27. A cidade Imperial do século XIX ganha
com...
a instalação da primeira
linha regular de navios
transatlânticos entre Brasil e
Europa.
Fundação do Banco do Brasil e
construção da Casa da Moeda.
Rede de esgotos e iluminação a
gás, linhas de telégrafos e bondes Criação do Jardim Botânico
puxados a burro.
Por D. J ão VI
Circulação
do
primeiro jornal:
A Gazeta do Rio
de Janeiro
Movimento de navios na Praça XV
antigo Porto da cidade
28. O cais Pharaoux..
O cais Pharaoux ( Praça XV)
assistiu ao desembarque da
família real em terras
brasileiras.
Nesta pintura de Jean Baptiste Debret pode-se ver o chafariz do Mestre
Valentim em primeiro plano e o Paço imperial ao fundo (ambos ainda presentes
na região).
A mesma região hoje após sofrer
inúmeros aterros
Início do séc. XX
29. A missão francesa no Rio....
Em 1815 desembarca do navio Calpe, arquitetos,
urbanistas e artistas franceses. O mais famoso
destes, Jean- Baptista Debret retratou com maestria o
cotidiano da cidade na época.
Uma Família aristocrata indo a missa
O comercio na época
Vendedor de
secos e molhados
Escravo” do ganho “
31. Com a independência do Brasil em 1822 o Rio passa a Bonde puxado a burro
ser ...
A capital do Império brasileiro
Iluminação à gás
Quinta da Boa vista :
residência da família real
Passeio Público
No censo de 1872 o Rio contava
com 275 mil habitantes sendo
25% de estrangeiros. Os bairros
do Catete, Flamengo e Botafogo
eram os mais valorizados na
época.
32. O Rio Machadiano...
Segunda metade do séc. XIX
Machado de Assis retrata em seus
romances, contos e crônicas, a
cidade do Rio de Janeiro do Segundo
Reinado. Seus personagens,
caminham pelo Centro da Cidade,
Gamboa, Tijuca, Santa Teresa, Catete
em ruas com nomes já modificados.
Através das páginas de Machado de Assis
pode-se percorrer ruas como a dos
Barbonos, hoje Evaristo da Veiga, e a Rua da
Vala, atual Uruguaiana, ambas no centro da
Cidade. Pode-se ainda andar de bondes e
tílburis ou caminhar pelo bairro da Tijuca
com suas chácaras e engenhos.
A Rua do Ouvidor era o endereço chic da época.
33. A capital dos trópicos ...
Panorâmica do centro da cidade / Marc Ferrez 1885
Foto tirada do morro do castelo tendo a rua 1º de Março ao centro.
A direita: Praça XV ainda com o antigo mercado, o porto do Rio e o Morro do
são Bento com o mosteiro ao fundo. Pode-se ver ainda a esquerda quase ao fim
da rua, a Igreja da Candelária e a direita o Paço Imperial e o chafariz do Mestre
Valentin.
34. A República ( 1889), a modernidade, o século XX e ...
a reforma urbana de Pereira Passos
Entre 1902 e
1906 a cidade
passa pela
maior reforma
urbana de todos
os tempos
Praça Mauá e o novo Porto em 1906
A Avenida Central (atual Rio Branco) é aberta ligando a beira-mar à Praça
Mauá para onde foi construído e transferido o Porto do Rio de janeiro.
Porto do Rio -Hoje
Rio Branco -Hoje
35. A reforma urbana de Pereira Passos, período conhecido popularmente como
“Bota-abaixo”, foi marcado pela modernização acelerada do Rio de Janeiro,
demolindo morros, velhos casarões transformados em cortiços e reorganizando
o espaço urbano da cidade, tornando a cidade do Rio uma “ Paris dos
trópicos”.
Obras av. central
Abertura rua
Uruguaiana
Obras na Praça Floriano Peixoto
36. O Rio da “ Belle Époque „...
Confeita
ria
colombo
Teatro
municip
al
Confeitaria Colombo
Hoje
Em 1900 a cidade do
Rio contava com 811
mil habitantes
O Teatro municipal e o comércio
elegante na rua do Ouvidor
37. Século XX, uma cidade cosmopolita e moderna ....
Luz elétrica
Automóveis na Av. Rio branco
Quiosques (os
pagodes) onde os
homens se reuniam
para beber cachaça
e fazer samba
Bondes elétricos
38. O Desmonte do morro do castelo
No inicio do século XX com a cidade já espraiada pelas planícies e o comércio
marítimo desenvolvido em torno da praça XV, o morro do castelo perde de
importância. O casario colonial e as estreitas e tortuosas ruelas do morro
passaram a ser ocupadas por uma população pobre e marginalizada. No início
deste século , defensores de sua destruição diziam que o morro impedia a
circulação dos ventos que vinham da Baía de Guanabara. Médicos sanitaristas
acrescentavam que o morro contribuía para a disseminação de doenças e
epidemias que atacavam a população da cidade. Os defensores de sua destruição
ressaltavam como benefício adicional o uso do entulho da demolição para aterrar
as áreas de charco e mangues que cercavam o morro. Em 1920 começa o
desmonte do morro com técnicas sofisticadas para a época com uso de
engenharia de jatos d‟água. No lugar do morro surge a Esplanada do Castelo.
Parte de seu aterro foi utilizado para ampliar a região do centro da cidade
incluindo a atual avenida Beira-Mar e aterrar porções do bairro da Urca
41. Crescimento da cidade em direção a zona Norte e Subúrbio
final século XIX / meados do século XX
O crescimento da cidade, já então capital da República, em direção aos
subúrbios da zona norte se deu ao longo do século XIX, inicialmente sob a
forma de chácaras e se intensifica quando da construção da Estrada de Ferro
Dom Pedro II. A venda de lotes e terrenos ao longo da linha férrea dá origem
a bairros hoje populosos como Madureira, Meier e Cascadura.
Estação
de
Marechal
Hermes
Mais tarde, a expansão do sistema de bondes
elétricos em direção ao subúrbio dá novo impulso
a ocupação desse espaço..
42. O crescimento industrial da época faz surgir novos bairros ( vilas operárias)
como Bangu, Vila Isabel e Del Castilho em torno de importantes fabricas de
tecidos, hoje transformadas em shoppings
Shopping
Bangu /2007
Cia Progresso Industrial do Brasil 1893
Fábrica Bangu
Vila operária e Cia de tecidos
Confiança /1885
Cia tecidos Nova
América
Shopping desde 1991
Shopping Boulevard /1993
43. O crescimento em direção a zona sul... década 30/40
Abertura do túnel do
Pasmado dando fácil
acesso a zona sul
Ocupação de Copacabana anos 30/50
Ocupação de Ipanema anos 40/60
Pier de Ipanema/anos 70
44. Em 1944 foi aberta a maior e mais extensa avenida, a Presidente Vargas.
45. O processo de favelização se espalha...
As favelas ate então concentradas no centro da cidade se espalham e tomam
conta dos morros da zona norte e subúrbio. Surgem como exemplos as
favelas da Mangueira e do Salgueiro. A partir da década de 30/40 o processo
de industrialização brasileira concentrado nas grandes metrópoles ( Rio e São
Paulo) atrai grande leva migrantes nordestino que vão residir nesses locais.
surgem assim na zona sul da cidade: Rocinha, vidigal, Cantagalo e chapéu
Mangueira e as já removidas : Catacumba e Praia do Pinto.
salgueiro
Rocinha
Vidigal
Rio das pedras
Borel
A partir dos anos 80/90 crescem
na zona oeste as favelas de Rio
das Pedras e Terreirão.
Hoje, a maioria das favelas cariocas ,transformadas em
comunidades, recebem projetos de urbanização e
apoio dos governo municipais e estaduais
Rio das Pedras
46. “Os anos dourados””
O Maracanã é construído no
antigo terreno do Derbyclube, tradicional local de
corridas de cavalos na zona
Norte da cidade. O novo
estádio fica pronto em 1950
para receber os jogos da
copa do mundo.
Fabrica
tecido
confiança
Derby-clube
Museu do
Indio
O movimento musical conhecido como “BossaNova” emerge das areias de Copacabana
47. Aterro do Flamengo
O projeto de urbanização
da área aterrada (com
material proveniente do
desmonte do morro de
Santo Antônio) foi
concluído em 1965 envolve amplas pistas
para o escoamento do
tráfego e diversas áreas
de lazer, com três
passagens subterrâneas e
cinco passarelas de
acesso a praias e parques.
O Aeroporto Santos
Dumont foi
construído em uma
área aterrada com o
desmonte do Morro
do Castelo, entre
1935 e 1944.
Morro do
castelo
48. A cidade durante a segunda metade do século XX...
O intenso crescimento populacional , consequência imediata dos processos de
industrialização e urbanização verificados do país a partir de 1930, traz a
necessita urgente de adaptar o apertado sítio da cidade do Rio de janeiro às
demandas da moderna Metrópole que emerge. Grandes obras são então
executadas , incluindo aterros, remoção de morros ou abertura de túneis para por
em contato bairros vizinhos separados por obstáculos montanhosos
Túnel Rebolças inaugurado em 1967
Túnel Dois Irmãos / Zuzu Angel inaugurado em 1971
Ponte RioNiterói/1974
Metro/1979
Elevado do Joá/1971
49. Anos 80/2000 O Rio cresce em direção a zona Oeste
...
Barra da Tijuca
Anos 50/60
Anos 90/2000
50. A Grande Metrópole do século XXI ...
No início do séc. XXI a
cidade somava cerca de 6
milhões de habitantes em
sua área municipal e 10
milhões em sua Região
Metropolitana. Exerce
inúmeras funções ...
Polo empresarial e financeiro
Polo turístico
Polo cultural
Polo comercial
Museu de Arte Moderna
51. Problemas urbanos
Ao mesmo tempo que as cidades são locais onde irradiam
progressos tecnológicos e bem estar social, necessitam
vigilância e gestão permanente pois exigem soluções
imediatas para problemas que surgem a todo momento.
Os problemas urbanos são vários e bem diversificados, O
rio de janeiro sofre principalmente com: as poluições ( ar,
solo, água, sonora), enchentes, engarrafamentos, violência,
desemprego, custo de vida elevado, desigualdade social,
locais inadequados para moradia, saúde, educação e
problemas de infraestrutura como os transportes públicos,
coleta de lixo, abastecimento de água , etc.
52. A infraestrutura ...
Os transportes que fazem a cidade funcionar
Estação das Barcas
Aeroporto
Internacional Tom
Jobin ( Galeão )
Rede ferroviária
Metrô
Porto do Rio
Aeroporto Santos
Dumont
53. As artérias que entram e saem da cidade...
Ponte Rio-Niterói
Linha vermelha
Linha amarela
Av. Brasil
54. As veias internas...
Av. Nossa Senhora de Copacabana
Zona Sul
Av. Presidente
Vargas (centro)
com parte da
estrada de ferro
já desativada á
esquerda.
Ponte RioNiterói ao fundo
Av.suburbana ( zona Norte)
Av. das Américas ( zona oeste)
55. O futuro em construção ...
Porto Maravilha
Transcarioca
57. O passado ainda presente...
Chafariz do
Mestre Valentim
1783
Estação das
barcas Praça XV
Paço Imperial, Palácio Tiradentes
e Igreja de São José
Casario da
Lapa
Casas casadas-Laranjeiras
Entrada da Quinta
da Boa Vista
58. A Igreja de Santa Luzia ...
A igreja foi construída em 1572
Igreja de santa luzia
1865
Em 1817, D. João mandou
alargar o caminho até o
Convento da Ajuda, de
forma a permitir a
passagem de sua
carruagem, já que deveria
ir à igreja pagar uma
promessa, feita à Santa,
por curar o neto D.
Sebastião de uma doença
nos olhos.
Vista do alto do
castelo durante o
aterro para
abertura da av.
Beira mar /inicio
séc. XX
destruição do morro do castelo -1922/24
1930
A igrejinha sobrevive...
Hoje
59. O homem transformando a paisagem/ A história do morro do castelo ...
Era uma vez um morro a beira-mar...
Litografia Vitor Frond/1835
local de moradias
durante os séculos foi totalmente demolido
XVII, XVIII e XIX... a partir de 1922...
Hoje é uma área do
centro da cidade
com movimentadas
avenidas, prédios
públicos, centros
culturais e intenso
comércio...
Surge no lugar uma esplanada 1920/30...
Igreja de Santa luzia
60. Um jeito carioca de ser....
Domingo de futebol
Virada do ano em Copacabana
Shoppings e
consumo
Carnaval em
Fevereiro
Praia, esporte e saúde