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PROVA DE QUESTÕES DISCURSIVAS


INSTRUÇÕES

 • Você tem à disposição seis questões, das quais você deve escolher quatro para responder no Caderno
   de Respostas.
 • Use este Caderno de Questões como rascunho e transcreva as respostas, com cuidado, a caneta, para o
   Caderno de Respostas.
 • A resposta deve ser discursiva (em forma de texto). Não é suficiente apenas elencar tópicos ou dar uma
   opinião (a não ser que isso seja solicitado). É preciso responder à questão.
 • Quando for o caso, os cálculos devem ser desenvolvidos no Caderno de Respostas, e não apenas ser
   transcrito o resultado final.
 • Atenda bem ao que se pede em cada questão e responda de forma clara, sintética e fundamentada, des-
   tacando o desdobramento da resposta, quando a questão assim o solicitar (a, b, c).
 • No Caderno de Respostas, você tem uma página à disposição para responder a cada questão que você
   escolher. No alto da página, dentro do retângulo, escreva, por extenso, o número da questão que
   você está respondendo nessa página.
 • Cada questão vale 2,5 (dois pontos e meio) sobre 10 (dez).
 • Não é permitido o uso de calculadora ou de qualquer outro instrumento de cálculo.
 • Ao entregar as questões, assine a ata de comparecimento.
 • A duração da prova é de 3 horas.
 • Ao terminar, levante o braço e aguarde para entregar o Caderno de Respostas.
 • Ao sinal para o término da prova, o Professor Chefe de Sala recolhe o Caderno de Respostas dos candi-
   datos que, porventura, ainda se encontrarem na sala.
 • Este Caderno de Questões você pode levar consigo.




           Boa Prova !
UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO   1




QUESTÃO N.    UM




                       Texto extraído de reportagem do jornal Zero Hora de 15 de outubro de 2009.



                         O primeiro dia de um bom vendedor
           Um rapaz consegue um emprego de vendedor numa loja que vende grande variedade de
    coisas, desde material para pesca até barcos, carros e outros equipamentos.
           Terminado o primeiro dia de trabalho, uma sexta-feira, o gerente da loja pergunta:
           – Como foi teu primeiro dia? Quantas vendas fizeste?
           – Fiz apenas uma. – responde o vendedor.
           – Uma só?! – diz o gerente, espantado. – Mas todos os outros vendedores fazem uma
    média de 30 a 40 vendas por dia. E qual foi o valor dessa venda?
           – R$ 261.359,00. – responde o rapaz.
           – Como é que tu conseguiste isto? – diz o gerente, incrédulo.
           – Bem, vendi a este cliente um anzol pequeno, um médio e um grande. Depois, vendi os
    três tipos de linha para cada tipo de anzol e também todos os apetrechos para a pesca. Ao per-
    guntar onde ele iria pescar, disse que seria num rio. Informei-lhe de que seria necessário um
    barco. Então, ele comprou um barco e, como o carro dele não seria capaz de rebocá-lo, ven-
    di-lhe uma caminhonete...
           O gerente interrompe:
           – Tu fizeste essa venda para um cliente que entrou aqui pedindo um anzol?!
           – Não, ele na realidade veio me perguntar onde havia uma farmácia. Perguntei-lhe o que
    ele iria comprar lá e disse que seriam comprimidos para a esposa, que estava com uma forte
    enxaqueca. Aproveitei e comentei: “Já que seu fim de semana foi pro espaço mesmo, que tal
    uma pescaria?”

          (Disponível em http://www.piadasonline.com.br/MostraPiadas.asp?O-MELHOR-VENDEDOR
          Acesso em 22 out. 2009. Texto adaptado.)
2     UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO



Informação 1
          Numa loja de departamentos, o salário mensal de cada vendedor é composto por um valor fixo
          de R$ 830,00, mais uma comissão que corresponde a 1% sobre as vendas realizadas pelo fun-
          cionário durante o mês.

Informação 2
          A tabela abaixo apresenta algumas informações sobre quatro vendedores dessa loja num deter-
          minado mês do ano. Os valores são dados em reais.

    Nome do vendedor      Salário fixo   Vendas realizadas   Comissão sobre as vendas Salário Final

Alberto                      830,00          45.670,00                  456,70              1.286,70
Bruna                                        51.790,00
Carlos                                                                  540,00
Eduarda                                                                                     1.240,00



    TAREFA

    Com base nas informações fornecidas e em seus conhecimentos, responda às questões abaixo:

    a) [valor: 0,8] Calcule a comissão sobre as vendas de Bruna e seu salário final.

    b) [valor: 0,8] Obtenha o valor das vendas realizadas por Carlos e seu salário final.

    c) [valor: 0,9] Encontre a comissão sobre as vendas de Eduarda e o valor vendido por ela.




                                                 Rascunho
UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO     3




QUESTÃO N.       DOIS




                    Pneus: problema de saúde pública e ambiental!

          Montanha de pneus abandonados preocupa prefeitura de Palhoça
      Vigilância Sanitária teme que o local se torne foco de proliferação do mosquito da dengue
     Milhares de pneus de um depósito clandestino em Palhoça, na Grande Florianópolis, estão
     propiciando o aparecimento de focos do mosquito da dengue. A Vigilância Sanitária esteve no
     local na manhã desta quarta-feira.
     A montanha de pneus atinge quase a altura da casa localizada na frente; são cerca de 2,5 mil
     pneus. O responsável pelo material foi notificado pela Vigilância no dia 13 deste mês. Mas o
     prazo para retirada dos pneus venceu terça-feira, e ele não tomou uma providência.
     Moradores contam que no local funcionava uma borracharia, e os pneus ocupam a área há
     mais de um ano. O responsável conta que não há outra solução senão levar os pneus para a
     reciclagem.
     – Me disseram que tinha um depósito na Praia de Fora, esse depósito não está recebendo. O
     que é que a gente faz? Queimar eu não posso. O que posso fazer? – questiona o borracheiro.
     O diretor da Vigilância Sanitária de Palhoça diz que será estudada a maneira como agir. A pre-
     feitura de Palhoça divulgou que deve fazer uma parceria com a iniciativa privada para levar os
     pneus para uma empresa de reciclagem em Curitiba.
     (Diário Catarinense, 21/10/2009. Texto adaptado.)




                      www.ecodebate.com.br
                      Acesso em 25 jul. 2009.
                                                               http://criandoarteempneus.blogspot.com
                                                                         Acesso em 2 set. 2008.




           Existem pneus para automóveis, caminhões, ônibus, utilitários leves, motocicletas e bi-
    cicletas. Também existem pneus especiais para aviões, veículos de competição esportiva, tra-
    tores agrícolas, equipamentos de construção e de movimentação de materiais.
4   UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO



         A maior parte dos pneus contém borracha natural, borracha sintética, negro-de-fumo, enxofre,
         óxido de zinco, fibras orgânicas, arames de aço.


* BORRACHA:

                                      A borracha é a principal matéria-prima do pneu, representando 40% do seu peso.
                                      Essa borracha pode ser classificada em dois tipos:

                                      Borracha Natural: é obtida por coagulação do látex de árvores do gênero Hevea
                                      Brasiliensis. A produção de pneus representa 1/3 do consumo mundial de
                                      borracha.

                                      Ela é constituída por unidades repetidas do seguinte monômero:

                                                                   CH2 = C – CH = CH2
                                               monômero 1:               |
                                                                        CH3



                                      ATKINS, Peter. Princípios de Química. Porto Alegre: Bookman, 2001, p. 892.
Coleta de látex de uma seringueira.


    Borracha Sintética: é derivada do petróleo ou do gás natural. Seu consumo para a fabricação de pneus
    representa 2/3 do total de borracha sintética no mundo. Podem ser de vários tipos, destacando-se a SBR,
    que é formada pela reação dos seguintes monômeros:


          monômero 2:                       CH = CH2           monômero 3: CH = CH – CH = CH
                                                                             2               2




               Reciclar é preciso!

    Para diminuir o impacto ambiental, mui-
tas empresas têm investido em tecnologias
para a reutilização de pneus. Atualmente, os
pneus velhos são utilizados como pavimen-
tos para estradas; combustível de fornos para
produção de cimento, cal, papel e celulose;
contenção de erosão do solo; produção de
equipamentos para playground, de pisos in-
dustriais, de solas de sapato, de tapetes de au-
tomóveis, de tapetes para banheiros, de bor-
racha de vedação e de objetos de decoração.
UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO    5



TAREFA:


a) [valor 0,5] De acordo com as regras de nomenclatura das substâncias orgânicas, dê os nomes
   dos monômeros 1, 2 e 3, formadores das borrachas naturais e sintéticas, cujas estruturas foram
   mostradas nas páginas anteriores.

b) Os pneus queimados a céu aberto produzem fumaça negra de forte odor, liberando SO2, que, no
   ar, oxida-se parcialmente a SO3, que se dissolve na água da chuva produzindo H2SO4. As equa-
   ções que representam a formação de SO3 e do H2SO4 são dadas abaixo.

                                 a SO2 + b O2 ® c SO3 (reação 1)

                                 d SO3 + e H2O ® f H2SO4 (reação 2)


Responda:

   „ [valor 0,5] De acordo com as regras de nomenclatura das substâncias inorgânicas, dê os no-
     mes para as substâncias SO2, SO3 e H2SO4.

   „ [valor 0,5] As substâncias SO2, SO3 e H2SO4 pertencem a que funções químicas inorgânicas?

   „ [valor 0,5] As substâncias SO2, SO3 e H2SO4 são formadas por ligações químicas iônicas, cova-
     lentes polares ou covalentes apolares?

   „ [valor 0,5] Utilizando os menores coeficientes inteiros possíveis, determine a soma dos coefici-
     entes estequiométricos para a reação 1 e para a reação 2.

Dados: Eletronegatividades:

   O = 3,5   S = 2,5   H = 2,2




                                            RASCUNHO
6     UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO




QUESTÃO N.              TRÊS



Texto 1

                                                                                O esforço da vida humana, desde
                                                                           o vagido1 do berço até o movimento do
                                                                           enfermo, no leito de agonia, buscando
                                                                           uma posição mais cômoda para mor-
                                                                           rer, é a seleção do agradável. Os senti-
                                                                           dos são como as antenas salvadoras
                                                                           do inseto titubeante; vão ao encontro
                                                                           das impressões, avisadores, oportu-
                                                                           nos e cautelosos.
                                                                                A cada mundo de sensações notá-
                                                                           veis corresponde um sentido. Os senti-
                                                                           dos, teoricamente delimitados, são
                                                                           cinco, múltipla transformação de pro-
                                                                           cesso de um único – o tato, exatamen-
                                                                           te o sentido rudimentar das antenas.
                                                                                Faz-se tateando instintivamente a
                                                                           procura dos agradáveis: agradável vi-
                                                                           sual, agradável auditivo, agradável ol-
                                                                           fativo, agradável gustativo, agradável
                                                                           tangível, em suma. O agradável é es-
                                                                           sencialmente vital; se é às vezes fu-
                                                                           nesto, é porque o instinto pode ser
                                                                           atraiçoado pelas ilusões.
                                                                                A perfectibilidade evolutiva dos or-
                                                                           ganismos em função, manifestando-se
                                                                           prodigiosamente complexa, no tipo hu-
                                                                           mano, corresponde à revelação, na or-
                                                                           dem animal, do misterioso fenômeno
                                                                           personalidade, capaz de fazer a crítica
                                                                           do instinto, como o instinto faz a crítica
                                                                           da sensação.
                   http://ateneuhq.blogspot.com/2009_06_01_archive.html         A informação de reportagem de
                                   Acesso em 21 set. 2009.
                                                                           cada sentido não desperta, portanto,
                                                                           no homem a atividade cerebral dos im-
    pulsos de preferência, de repugnância, simplesmente, como nos outros animais; mas ampliada pela psicolo-
    gia inteira dos fenômenos espirituais, a variedade infinita das comparações, permutadas de mil modos na uni-
    dade do espírito como as peças de um jogo maravilhoso sobre o mesmo pano.
    (POMPÉIA, Raul. O Ateneu. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. pp. 155-6. Publicado pela primeira vez em 1888.)




1 grito.
UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO           7



Texto 2                                                                                Texto 3

A dança da psiquê                                             Imagem: “Impressão, nascer do sol” (1872).
                                                              Quadro de Claude Monet, pintor francês (1840-1926).

A dança dos encéfalos2 acesos
Começa. A carne é fogo. A alma arde. A espaços
As cabeças, as mãos, os pés e os braços
Tombam, cedendo à ação de ignotos3 pesos!

É então que a vaga4 dos instintos presos
– Mãe de esterilidades e cansaços –
Atira os pensamentos mais devassos
Contra os ossos cranianos indefesos.

Subitamente a cerebral coreia5
Para. O cosmos sintético da Ideia
                                                                      http://meninalori.files.wordpress.com/2008/11/monet01.jpg
Surge. Emoções extraordinárias sinto...                                                  Acesso em 21 set. 2009.


Arranco do meu crânio as nebulosas.
E acho um feixe de forças prodigiosas
Sustentando dois monstros: a alma e o instinto.

      (http://www.revista.agulha.nom.br/augusto01.html#psique. Acesso em 23 set. 2009.
      Publicado pela primeira vez em 1912.)




      O final do século XIX é marcado, na literatura e nas artes plásticas, por uma necessidade de re-
ferendar a linguagem cientificista que dominava o cenário mundial. A partir dessa concepção,
pode-se observar a menção às impressões, aos órgãos dos sentidos e aos instintos como sendo ca-
racterísticos da percepção que o ser humano tem do mundo.




    TAREFA

    Com base nos textos, nas imagens e em seus conhecimentos prévios, responda:

    a) [valor: 0,5] Qual o objetivo da arte ao incorporar a linguagem cientificista do final do século XIX?

    b) [valor: 1,0] Cite duas características, presentes nos textos de Raul Pompéia e Augusto dos Anjos
       e na pintura de Claude Monet, que exemplifiquem a relação entre os sentidos e a linguagem
       artística.

    c) [valor: 1,0] Nos textos literários transcritos acima, é feita uma comparação entre dois tipos de
       comportamento. Que comportamentos são esses? Como eles são relacionados?




2   cérebros.
3   desconhecidos.
4   onda.
5   dança.
8   UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO



                                     RASCUNHO
UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO   9




QUESTÃO N.      QUATRO




                                  História Viva. São Paulo: Ediouro. Ano VI, n. 73, p. 31.



           “Ao longo do período 1870-1937, assistimos ao desenvolvimento de várias estratégias de
    construção de um novo ordenamento político-cultural nacional, de uma República capaz de
    romper com o esquema das oligarquias regionais, consagrando assim, definitivamente, a emer-
    gência de uma sociedade urbano-industrial. A partir da promulgação da Constituição republica-
    na de 1891, evidenciam-se ondas de institucionalização que visavam à implantação de um uni-
    verso cognitivo modernizante que, em última instância, libertaria o Brasil de seus resquícios ru-
    rais- coloniais.”
    (HERSCHMANN, M. M. e PEREIRA, C. A. M. O imaginário moderno no Brasil. In: A invenção do Brasil moderno. Rio de
    Janeiro: Rocco, 1994, p. 12.)
10   UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO




                                      História Viva. São Paulo: Ediouro. Ano VI, n. 73, p. 55.



               O estabelecimento da República no Brasil, no final do século XIX, trouxe, na sequência da
       virada do oitocentos e nas primeiras décadas do século XX, uma série de alterações na vida po-
       lítica, econômica e social do país. Aquela que ficou conhecida, posteriormente, como “Primeira
       República” ou “República Velha” foi portadora, na sua gestação, ainda durante o Império e no
       seu nascimento, de uma série de promessas que faziam a sociedade enxergar um futuro auspi-
       cioso. No entanto, soube-se depois, as intenções não eram fiéis às práticas que, desde então,
       foram estabelecidas.




 TAREFA

 Tendo em vista os textos e as imagens acima e seus conhecimentos sobre a história do Brasil no que
 diz respeito ao período referido, responda às questões abaixo:

 a) [valor: 1,25] A República instituída no Brasil, no final do século XIX, nasce sob a promessa da mo-
    dernização. Várias reformas urbanas foram implementadas na então capital do País, o Rio de
    Janeiro, tendo em vista essa lógica da modernização. Cite algumas das ações concretas de go-
    verno para a realização dessas reformas, associando a elas os males que visavam a sanar.

 b) [valor: 1,25] Cite pelo menos três motivos que justificam, no discurso de suas lideranças, a “Re-
    volução de 1930” e o decorrente rompimento com a República de 1889.
UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO   11



RASCUNHO
12   UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO




QUESTÃO N.            CINCO



                   Lula dá início às obras da BR-448 em Sapucaia do Sul




            Figura1: Discurso de Lula
       Disponível em zerohora.clicrbs.com.br
              Acesso em 8 out. 2009.




ZERO HORA – 18/9/2009: Com a presen-
ça do presidente da República, Luiz Inácio
Lula da Silva; da ministra-chefe da Casa
Civil, Dilma Rousseff; do ministro dos
Transportes, Alfredo Nascimento; do mi-
nistro da Justiça, Tarso Genro; de prefei-              Figura 2: esquema mostrando as rodovias BR-448 e BR-116
tos da região, políticos, empresários e ou-                      Disponível em www.zerohora.clirbs.com.br
                                                                    Acesso em 26 set. 2009 – Adaptado.
tras autoridades, ocorreu, na sexta-feira,
18/09/09, o lançamento das obras da
BR-448, a Rodovia do Parque.

O presidente da FIERGS, Paulo Tigre, participou da cerimônia, realizada em um palanque montado no entron-
camento da BR-116 com a RS-118, no quilômetro zero da estrada, em Sapucaia do Sul. Obra do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC), a Rodovia do Parque deverá desafogar em 40% o fluxo diário de veículos
da BR-116, e a previsão é de que esteja concluída em dois anos e meio. Serão 22,3 quilômetros, com R$ 824
milhões no total de investimento. “A BR-448 é uma obra reivindicada e prometida há décadas para a região. Irá
desafogar o trânsito e diminuirá as mortes no local”, afirmou Lula.



O TRENSURB
   Uma alternativa à BR-116 é, atualmente, o Trem Metropolita-
no de Porto Alegre – o TRENSURB, cuja construção foi iniciada
em 1980 e inaugurada em 1985. Em dezembro de 1997, foi es-
tendida à Unisinos e, finalmente, em 2000, foi finalizada até São
Leopoldo.
   O Metrô de Porto Alegre é operado em conjunto pelo gover-
no federal, pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul e pela
prefeitura de Porto Alegre por meio da empresa TRENSURB.
Possui 17 estações, totaliza 33,8 km de extensão e transporta
cerca de 300 mil usuários por dia.
   A Linha do Metrô liga o centro da cidade de Porto Alegre às
cidades ao norte da área metropolitana, como Canoas, Esteio,                 Figura 3: Trem metropolitano de Porto Alegre
                                                                               www.cralmeida.com.br/pro_ferrovias.htm
Sapucaia do Sul e São Leopoldo.                                                         Acesso em 8 out. 2009.
UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO   13



Dados do TRENSURB

Velocidade máxima                            90 km/h
Comprimento de cada carro                    22 m
Aceleração                                   0,8 m/s²
Comprimento total do trem                    90 m
Desaceleração serviço                        0,77 m/s²
                                                             http://www.trensurb.gov.br/php/trensurb/trem.php
Desaceleração emergência                     1,1 m/s²        Acesso em 8 out. 2009 (adaptado)



A poluição ambiental
                                               No trânsito, muitas vezes, automóveis, ônibus, caminhões e motos
                                           consomem, inutilmente, muito combustível. Em se tratando de combustível
                                           fóssil, oriundo do petróleo, a situação é ainda mais complicada por dois moti-
                                           vos: os combustíveis fósseis são não renováveis e são altamente poluentes.
                                               Para reduzir a poluição ambiental e ter um melhor rendimento do carro,
                                           com economia de combustível e redução de manutenção preventiva, se-
                                           guem algumas dicas: manter o motor regulado; fazer revisão preventiva;
                                           nunca remover o catalisador; manter o sistema do escapamento em ordem;
 Figura 4: Congestionamento na BR 116      abastecer o veículo com combustível de boa qualidade; prestar atenção na
 http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/
         Acesso em 8 out. 2009.            pressão dos pneus e evitar o excesso de carga; desligar o motor do veículo
                                           sempre que estiver estacionado; fazer a regulagem do motor e a troca de fil-
                                           tros de acordo com as especificações do fabricante.




TAREFA


Com base nas informações fornecidas pelos textos, responda às questões abaixo.

a) [valor: 0,8] Um carro desloca-se pela BR 116, paralelamente aos trilhos do TRENSURB (conforme
   ilustrado na figura 3). O carro e o trem viajam no mesmo sentido. Sabe-se que o comprimento do
   trem é de 90 m e, naquele momento, sua velocidade é de 72 km/h. A velocidade do carro é de 90
   km/h. Quanto tempo o carro leva para ultrapassar completamente o trem?

b) [valor: 0,8] Um carro A viaja do Vale do Sinos para Porto Alegre, seguindo pela BR 116 (veja ilus-
   tração na figura 2). Nos 18 km que vão da RS 118, em Sapucaia do Sul, até a BR-290, o carro per-
   corre os 8 km iniciais com velocidade média de 80 km/h. Nesse momento, encontra um congestio-
   namento e fica parado por 6 min (0,1 h). Nos últimos 10 km, a velocidade média é de 100 km/h (aci-
   ma da velocidade permitida no trecho!).
   Com que velocidade média um carro B poderá viajar, percorrendo os 22,3 km entre a RS 118 e a
   BR-290, pela BR 448 (quando estiver concluída), no mesmo intervalo de tempo do carro A?

c) [valor: 0,9] Cite e comente uma consequência, para o meio ambiente, resultante da queima de
   combustíveis fósseis.
14   UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO



                                      RASCUNHO
UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO                 15




QUESTÃO N.        SEIS



                                   Uma teoria que mudou o mundo
          A teoria da evolução segundo Charles Darwin e Alfred Russel Wallace está, em 2009, com-
    pletando 150 anos. Seu principal autor, Darwin, nessa mesma data, completa 200 anos de
    nascimento.




                  Charles Darwin
                                                                              Alfred Russel Wallace
         http://maniadehistoria.files.word-
                                                                http://www.ucl.ac.uk/taxome/jim/Mim/Wallace.JPG
    press.com/2009/03/charles_darwin_011.jpg
                                                                            Acesso em 28 out. 2009.
             Acesso em 28 out. 2009.




          A teoria da evolução, desenvolvida pelos dois autores, foi popularizada a partir da publi-
    cação, em 1859, do livro “Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural”, escrito por
    Darwin. Nesse livro, o autor expõe as bases de sua teoria, afirmando que a evolução das espé-
    cies ocorria a partir do surgimento de caracteres ou características novas que seriam posterior-
    mente selecionadas pelo meio, de acordo com o grau de adaptação ou com a vantagem que elas
    fornecessem aos organismos que as possuíssem.

          A evolução dos cavalos pode ser utilizada como um belo exemplo para se compreender
    os princípios da teoria da evolução proposta por Darwin e Wallace.

          O mais antigo ancestral conhecido dos cavalos foi Eohippus, que viveu há cerca de 60 mi-
    lhões de anos. Esse organismo possuía cerca de 40cm de altura, tinha patas com 4 dedos e ha-
    bitava locais com vegetação alta. Pela reprodução, alguns descendentes do Eohippus, maiores
    e com com número menor de dedos nas patas, foram gerados; como tinham capacidade de cor-
    rer mais, obtiveram vantagem na fuga de predadores. Em razão dessa vantagem, esses animais
    sobreviveram, ou seja, foram selecionados e acabaram por se reproduzir, gerando, da mesma
    forma, alguns descendentes maiores, que tinham número de dedos nas patas ainda menor e
    que corriam mais. Novamente, esses organismos, que tinham clara vantagem sobre os demais,
    se reproduziram e geraram alguns descendentes ainda maiores e com um número de dedos nas
    patas ainda menor, e assim aconteceu até que, há aproximadamente 1 milhão de anos, surgi-
    ram, pela primeira vez, os cavalos modernos.
16   UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO




                                                  Evolução dos cavalos
                                 http://www.darwinday.org/images/alllangimages/horses.gif
                                                 Acesso em 31 out. 2009.


              A teoria da evolução de Darwin e Wallace mudou completamente a concepção de mundo
       vigente até então. Apesar da existência, na época, de outras teorias sobre a evolução (como o
       criacionismo, por exemplo) foi a teoria proposta por esses dois autores e brilhantemente expos-
       ta no livro “Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural” que trouxe uma explica-
       ção bastante simples e cientificamente aceitável sobre como a evolução das espécies, inclusive
       a nossa, poderia ocorrer. Essa teoria tão simples, mas extremamente robusta, resiste, em es-
       sência, inalterada desde sua formulação inicial há 150 anos, mostrando ser ela uma das gran-
       des conquistas do intelecto humano.




 TAREFA

 Com base nos elementos fornecidos e no conhecimento sobre a biologia, responda:

 a) [valor: 0,5] Lamarck acreditava que as espécies modificavam sua forma, portanto evoluíam, pela
    lei do uso ou desuso. Por que a teoria de Lamarck não é mais aceita como uma forma de explicar a
    evolução das espécies de forma geral?

 b) [valor: 1,0] A teoria da evolução de Darwin-Wallace, descrita, tem aplicação em várias áreas da
    biologia. Utilizando os princípios dessa teoria, como poderíamos explicar o fato de os mamíferos
    aquáticos apresentarem membros com forma semelhante a nadadeiras?

 c) [valor: 1,0] Segundo a teoria da evolução modernamente aceita, características genéticas de dife-
    rentes organismos são transmitidas de pai para filho por meio do cruzamento. Utilizando o here-
    dograma abaixo, diga se a característica é autossômica ou ligada ao sexo e se é dominante ou
    recessiva.




                                                               http://geneticaluliotti.pbworks.com/f/1237146018/hered1.jpg
                                                               Acesso em 23 out. 2009.
UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO



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UNISINOS 2010 discursivas

  • 1. PROVA DE QUESTÕES DISCURSIVAS INSTRUÇÕES • Você tem à disposição seis questões, das quais você deve escolher quatro para responder no Caderno de Respostas. • Use este Caderno de Questões como rascunho e transcreva as respostas, com cuidado, a caneta, para o Caderno de Respostas. • A resposta deve ser discursiva (em forma de texto). Não é suficiente apenas elencar tópicos ou dar uma opinião (a não ser que isso seja solicitado). É preciso responder à questão. • Quando for o caso, os cálculos devem ser desenvolvidos no Caderno de Respostas, e não apenas ser transcrito o resultado final. • Atenda bem ao que se pede em cada questão e responda de forma clara, sintética e fundamentada, des- tacando o desdobramento da resposta, quando a questão assim o solicitar (a, b, c). • No Caderno de Respostas, você tem uma página à disposição para responder a cada questão que você escolher. No alto da página, dentro do retângulo, escreva, por extenso, o número da questão que você está respondendo nessa página. • Cada questão vale 2,5 (dois pontos e meio) sobre 10 (dez). • Não é permitido o uso de calculadora ou de qualquer outro instrumento de cálculo. • Ao entregar as questões, assine a ata de comparecimento. • A duração da prova é de 3 horas. • Ao terminar, levante o braço e aguarde para entregar o Caderno de Respostas. • Ao sinal para o término da prova, o Professor Chefe de Sala recolhe o Caderno de Respostas dos candi- datos que, porventura, ainda se encontrarem na sala. • Este Caderno de Questões você pode levar consigo. Boa Prova !
  • 2. UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO 1 QUESTÃO N. UM Texto extraído de reportagem do jornal Zero Hora de 15 de outubro de 2009. O primeiro dia de um bom vendedor Um rapaz consegue um emprego de vendedor numa loja que vende grande variedade de coisas, desde material para pesca até barcos, carros e outros equipamentos. Terminado o primeiro dia de trabalho, uma sexta-feira, o gerente da loja pergunta: – Como foi teu primeiro dia? Quantas vendas fizeste? – Fiz apenas uma. – responde o vendedor. – Uma só?! – diz o gerente, espantado. – Mas todos os outros vendedores fazem uma média de 30 a 40 vendas por dia. E qual foi o valor dessa venda? – R$ 261.359,00. – responde o rapaz. – Como é que tu conseguiste isto? – diz o gerente, incrédulo. – Bem, vendi a este cliente um anzol pequeno, um médio e um grande. Depois, vendi os três tipos de linha para cada tipo de anzol e também todos os apetrechos para a pesca. Ao per- guntar onde ele iria pescar, disse que seria num rio. Informei-lhe de que seria necessário um barco. Então, ele comprou um barco e, como o carro dele não seria capaz de rebocá-lo, ven- di-lhe uma caminhonete... O gerente interrompe: – Tu fizeste essa venda para um cliente que entrou aqui pedindo um anzol?! – Não, ele na realidade veio me perguntar onde havia uma farmácia. Perguntei-lhe o que ele iria comprar lá e disse que seriam comprimidos para a esposa, que estava com uma forte enxaqueca. Aproveitei e comentei: “Já que seu fim de semana foi pro espaço mesmo, que tal uma pescaria?” (Disponível em http://www.piadasonline.com.br/MostraPiadas.asp?O-MELHOR-VENDEDOR Acesso em 22 out. 2009. Texto adaptado.)
  • 3. 2 UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO Informação 1 Numa loja de departamentos, o salário mensal de cada vendedor é composto por um valor fixo de R$ 830,00, mais uma comissão que corresponde a 1% sobre as vendas realizadas pelo fun- cionário durante o mês. Informação 2 A tabela abaixo apresenta algumas informações sobre quatro vendedores dessa loja num deter- minado mês do ano. Os valores são dados em reais. Nome do vendedor Salário fixo Vendas realizadas Comissão sobre as vendas Salário Final Alberto 830,00 45.670,00 456,70 1.286,70 Bruna 51.790,00 Carlos 540,00 Eduarda 1.240,00 TAREFA Com base nas informações fornecidas e em seus conhecimentos, responda às questões abaixo: a) [valor: 0,8] Calcule a comissão sobre as vendas de Bruna e seu salário final. b) [valor: 0,8] Obtenha o valor das vendas realizadas por Carlos e seu salário final. c) [valor: 0,9] Encontre a comissão sobre as vendas de Eduarda e o valor vendido por ela. Rascunho
  • 4. UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO 3 QUESTÃO N. DOIS Pneus: problema de saúde pública e ambiental! Montanha de pneus abandonados preocupa prefeitura de Palhoça Vigilância Sanitária teme que o local se torne foco de proliferação do mosquito da dengue Milhares de pneus de um depósito clandestino em Palhoça, na Grande Florianópolis, estão propiciando o aparecimento de focos do mosquito da dengue. A Vigilância Sanitária esteve no local na manhã desta quarta-feira. A montanha de pneus atinge quase a altura da casa localizada na frente; são cerca de 2,5 mil pneus. O responsável pelo material foi notificado pela Vigilância no dia 13 deste mês. Mas o prazo para retirada dos pneus venceu terça-feira, e ele não tomou uma providência. Moradores contam que no local funcionava uma borracharia, e os pneus ocupam a área há mais de um ano. O responsável conta que não há outra solução senão levar os pneus para a reciclagem. – Me disseram que tinha um depósito na Praia de Fora, esse depósito não está recebendo. O que é que a gente faz? Queimar eu não posso. O que posso fazer? – questiona o borracheiro. O diretor da Vigilância Sanitária de Palhoça diz que será estudada a maneira como agir. A pre- feitura de Palhoça divulgou que deve fazer uma parceria com a iniciativa privada para levar os pneus para uma empresa de reciclagem em Curitiba. (Diário Catarinense, 21/10/2009. Texto adaptado.) www.ecodebate.com.br Acesso em 25 jul. 2009. http://criandoarteempneus.blogspot.com Acesso em 2 set. 2008. Existem pneus para automóveis, caminhões, ônibus, utilitários leves, motocicletas e bi- cicletas. Também existem pneus especiais para aviões, veículos de competição esportiva, tra- tores agrícolas, equipamentos de construção e de movimentação de materiais.
  • 5. 4 UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO A maior parte dos pneus contém borracha natural, borracha sintética, negro-de-fumo, enxofre, óxido de zinco, fibras orgânicas, arames de aço. * BORRACHA: A borracha é a principal matéria-prima do pneu, representando 40% do seu peso. Essa borracha pode ser classificada em dois tipos: Borracha Natural: é obtida por coagulação do látex de árvores do gênero Hevea Brasiliensis. A produção de pneus representa 1/3 do consumo mundial de borracha. Ela é constituída por unidades repetidas do seguinte monômero: CH2 = C – CH = CH2 monômero 1: | CH3 ATKINS, Peter. Princípios de Química. Porto Alegre: Bookman, 2001, p. 892. Coleta de látex de uma seringueira. Borracha Sintética: é derivada do petróleo ou do gás natural. Seu consumo para a fabricação de pneus representa 2/3 do total de borracha sintética no mundo. Podem ser de vários tipos, destacando-se a SBR, que é formada pela reação dos seguintes monômeros: monômero 2: CH = CH2 monômero 3: CH = CH – CH = CH 2 2 Reciclar é preciso! Para diminuir o impacto ambiental, mui- tas empresas têm investido em tecnologias para a reutilização de pneus. Atualmente, os pneus velhos são utilizados como pavimen- tos para estradas; combustível de fornos para produção de cimento, cal, papel e celulose; contenção de erosão do solo; produção de equipamentos para playground, de pisos in- dustriais, de solas de sapato, de tapetes de au- tomóveis, de tapetes para banheiros, de bor- racha de vedação e de objetos de decoração.
  • 6. UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO 5 TAREFA: a) [valor 0,5] De acordo com as regras de nomenclatura das substâncias orgânicas, dê os nomes dos monômeros 1, 2 e 3, formadores das borrachas naturais e sintéticas, cujas estruturas foram mostradas nas páginas anteriores. b) Os pneus queimados a céu aberto produzem fumaça negra de forte odor, liberando SO2, que, no ar, oxida-se parcialmente a SO3, que se dissolve na água da chuva produzindo H2SO4. As equa- ções que representam a formação de SO3 e do H2SO4 são dadas abaixo. a SO2 + b O2 ® c SO3 (reação 1) d SO3 + e H2O ® f H2SO4 (reação 2) Responda: „ [valor 0,5] De acordo com as regras de nomenclatura das substâncias inorgânicas, dê os no- mes para as substâncias SO2, SO3 e H2SO4. „ [valor 0,5] As substâncias SO2, SO3 e H2SO4 pertencem a que funções químicas inorgânicas? „ [valor 0,5] As substâncias SO2, SO3 e H2SO4 são formadas por ligações químicas iônicas, cova- lentes polares ou covalentes apolares? „ [valor 0,5] Utilizando os menores coeficientes inteiros possíveis, determine a soma dos coefici- entes estequiométricos para a reação 1 e para a reação 2. Dados: Eletronegatividades: O = 3,5 S = 2,5 H = 2,2 RASCUNHO
  • 7. 6 UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO QUESTÃO N. TRÊS Texto 1 O esforço da vida humana, desde o vagido1 do berço até o movimento do enfermo, no leito de agonia, buscando uma posição mais cômoda para mor- rer, é a seleção do agradável. Os senti- dos são como as antenas salvadoras do inseto titubeante; vão ao encontro das impressões, avisadores, oportu- nos e cautelosos. A cada mundo de sensações notá- veis corresponde um sentido. Os senti- dos, teoricamente delimitados, são cinco, múltipla transformação de pro- cesso de um único – o tato, exatamen- te o sentido rudimentar das antenas. Faz-se tateando instintivamente a procura dos agradáveis: agradável vi- sual, agradável auditivo, agradável ol- fativo, agradável gustativo, agradável tangível, em suma. O agradável é es- sencialmente vital; se é às vezes fu- nesto, é porque o instinto pode ser atraiçoado pelas ilusões. A perfectibilidade evolutiva dos or- ganismos em função, manifestando-se prodigiosamente complexa, no tipo hu- mano, corresponde à revelação, na or- dem animal, do misterioso fenômeno personalidade, capaz de fazer a crítica do instinto, como o instinto faz a crítica da sensação. http://ateneuhq.blogspot.com/2009_06_01_archive.html A informação de reportagem de Acesso em 21 set. 2009. cada sentido não desperta, portanto, no homem a atividade cerebral dos im- pulsos de preferência, de repugnância, simplesmente, como nos outros animais; mas ampliada pela psicolo- gia inteira dos fenômenos espirituais, a variedade infinita das comparações, permutadas de mil modos na uni- dade do espírito como as peças de um jogo maravilhoso sobre o mesmo pano. (POMPÉIA, Raul. O Ateneu. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1981. pp. 155-6. Publicado pela primeira vez em 1888.) 1 grito.
  • 8. UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO 7 Texto 2 Texto 3 A dança da psiquê Imagem: “Impressão, nascer do sol” (1872). Quadro de Claude Monet, pintor francês (1840-1926). A dança dos encéfalos2 acesos Começa. A carne é fogo. A alma arde. A espaços As cabeças, as mãos, os pés e os braços Tombam, cedendo à ação de ignotos3 pesos! É então que a vaga4 dos instintos presos – Mãe de esterilidades e cansaços – Atira os pensamentos mais devassos Contra os ossos cranianos indefesos. Subitamente a cerebral coreia5 Para. O cosmos sintético da Ideia http://meninalori.files.wordpress.com/2008/11/monet01.jpg Surge. Emoções extraordinárias sinto... Acesso em 21 set. 2009. Arranco do meu crânio as nebulosas. E acho um feixe de forças prodigiosas Sustentando dois monstros: a alma e o instinto. (http://www.revista.agulha.nom.br/augusto01.html#psique. Acesso em 23 set. 2009. Publicado pela primeira vez em 1912.) O final do século XIX é marcado, na literatura e nas artes plásticas, por uma necessidade de re- ferendar a linguagem cientificista que dominava o cenário mundial. A partir dessa concepção, pode-se observar a menção às impressões, aos órgãos dos sentidos e aos instintos como sendo ca- racterísticos da percepção que o ser humano tem do mundo. TAREFA Com base nos textos, nas imagens e em seus conhecimentos prévios, responda: a) [valor: 0,5] Qual o objetivo da arte ao incorporar a linguagem cientificista do final do século XIX? b) [valor: 1,0] Cite duas características, presentes nos textos de Raul Pompéia e Augusto dos Anjos e na pintura de Claude Monet, que exemplifiquem a relação entre os sentidos e a linguagem artística. c) [valor: 1,0] Nos textos literários transcritos acima, é feita uma comparação entre dois tipos de comportamento. Que comportamentos são esses? Como eles são relacionados? 2 cérebros. 3 desconhecidos. 4 onda. 5 dança.
  • 9. 8 UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO RASCUNHO
  • 10. UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO 9 QUESTÃO N. QUATRO História Viva. São Paulo: Ediouro. Ano VI, n. 73, p. 31. “Ao longo do período 1870-1937, assistimos ao desenvolvimento de várias estratégias de construção de um novo ordenamento político-cultural nacional, de uma República capaz de romper com o esquema das oligarquias regionais, consagrando assim, definitivamente, a emer- gência de uma sociedade urbano-industrial. A partir da promulgação da Constituição republica- na de 1891, evidenciam-se ondas de institucionalização que visavam à implantação de um uni- verso cognitivo modernizante que, em última instância, libertaria o Brasil de seus resquícios ru- rais- coloniais.” (HERSCHMANN, M. M. e PEREIRA, C. A. M. O imaginário moderno no Brasil. In: A invenção do Brasil moderno. Rio de Janeiro: Rocco, 1994, p. 12.)
  • 11. 10 UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO História Viva. São Paulo: Ediouro. Ano VI, n. 73, p. 55. O estabelecimento da República no Brasil, no final do século XIX, trouxe, na sequência da virada do oitocentos e nas primeiras décadas do século XX, uma série de alterações na vida po- lítica, econômica e social do país. Aquela que ficou conhecida, posteriormente, como “Primeira República” ou “República Velha” foi portadora, na sua gestação, ainda durante o Império e no seu nascimento, de uma série de promessas que faziam a sociedade enxergar um futuro auspi- cioso. No entanto, soube-se depois, as intenções não eram fiéis às práticas que, desde então, foram estabelecidas. TAREFA Tendo em vista os textos e as imagens acima e seus conhecimentos sobre a história do Brasil no que diz respeito ao período referido, responda às questões abaixo: a) [valor: 1,25] A República instituída no Brasil, no final do século XIX, nasce sob a promessa da mo- dernização. Várias reformas urbanas foram implementadas na então capital do País, o Rio de Janeiro, tendo em vista essa lógica da modernização. Cite algumas das ações concretas de go- verno para a realização dessas reformas, associando a elas os males que visavam a sanar. b) [valor: 1,25] Cite pelo menos três motivos que justificam, no discurso de suas lideranças, a “Re- volução de 1930” e o decorrente rompimento com a República de 1889.
  • 12. UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO 11 RASCUNHO
  • 13. 12 UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO QUESTÃO N. CINCO Lula dá início às obras da BR-448 em Sapucaia do Sul Figura1: Discurso de Lula Disponível em zerohora.clicrbs.com.br Acesso em 8 out. 2009. ZERO HORA – 18/9/2009: Com a presen- ça do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva; da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff; do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento; do mi- nistro da Justiça, Tarso Genro; de prefei- Figura 2: esquema mostrando as rodovias BR-448 e BR-116 tos da região, políticos, empresários e ou- Disponível em www.zerohora.clirbs.com.br Acesso em 26 set. 2009 – Adaptado. tras autoridades, ocorreu, na sexta-feira, 18/09/09, o lançamento das obras da BR-448, a Rodovia do Parque. O presidente da FIERGS, Paulo Tigre, participou da cerimônia, realizada em um palanque montado no entron- camento da BR-116 com a RS-118, no quilômetro zero da estrada, em Sapucaia do Sul. Obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Rodovia do Parque deverá desafogar em 40% o fluxo diário de veículos da BR-116, e a previsão é de que esteja concluída em dois anos e meio. Serão 22,3 quilômetros, com R$ 824 milhões no total de investimento. “A BR-448 é uma obra reivindicada e prometida há décadas para a região. Irá desafogar o trânsito e diminuirá as mortes no local”, afirmou Lula. O TRENSURB Uma alternativa à BR-116 é, atualmente, o Trem Metropolita- no de Porto Alegre – o TRENSURB, cuja construção foi iniciada em 1980 e inaugurada em 1985. Em dezembro de 1997, foi es- tendida à Unisinos e, finalmente, em 2000, foi finalizada até São Leopoldo. O Metrô de Porto Alegre é operado em conjunto pelo gover- no federal, pelo governo do Estado do Rio Grande do Sul e pela prefeitura de Porto Alegre por meio da empresa TRENSURB. Possui 17 estações, totaliza 33,8 km de extensão e transporta cerca de 300 mil usuários por dia. A Linha do Metrô liga o centro da cidade de Porto Alegre às cidades ao norte da área metropolitana, como Canoas, Esteio, Figura 3: Trem metropolitano de Porto Alegre www.cralmeida.com.br/pro_ferrovias.htm Sapucaia do Sul e São Leopoldo. Acesso em 8 out. 2009.
  • 14. UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO 13 Dados do TRENSURB Velocidade máxima 90 km/h Comprimento de cada carro 22 m Aceleração 0,8 m/s² Comprimento total do trem 90 m Desaceleração serviço 0,77 m/s² http://www.trensurb.gov.br/php/trensurb/trem.php Desaceleração emergência 1,1 m/s² Acesso em 8 out. 2009 (adaptado) A poluição ambiental No trânsito, muitas vezes, automóveis, ônibus, caminhões e motos consomem, inutilmente, muito combustível. Em se tratando de combustível fóssil, oriundo do petróleo, a situação é ainda mais complicada por dois moti- vos: os combustíveis fósseis são não renováveis e são altamente poluentes. Para reduzir a poluição ambiental e ter um melhor rendimento do carro, com economia de combustível e redução de manutenção preventiva, se- guem algumas dicas: manter o motor regulado; fazer revisão preventiva; nunca remover o catalisador; manter o sistema do escapamento em ordem; Figura 4: Congestionamento na BR 116 abastecer o veículo com combustível de boa qualidade; prestar atenção na http://www.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/ Acesso em 8 out. 2009. pressão dos pneus e evitar o excesso de carga; desligar o motor do veículo sempre que estiver estacionado; fazer a regulagem do motor e a troca de fil- tros de acordo com as especificações do fabricante. TAREFA Com base nas informações fornecidas pelos textos, responda às questões abaixo. a) [valor: 0,8] Um carro desloca-se pela BR 116, paralelamente aos trilhos do TRENSURB (conforme ilustrado na figura 3). O carro e o trem viajam no mesmo sentido. Sabe-se que o comprimento do trem é de 90 m e, naquele momento, sua velocidade é de 72 km/h. A velocidade do carro é de 90 km/h. Quanto tempo o carro leva para ultrapassar completamente o trem? b) [valor: 0,8] Um carro A viaja do Vale do Sinos para Porto Alegre, seguindo pela BR 116 (veja ilus- tração na figura 2). Nos 18 km que vão da RS 118, em Sapucaia do Sul, até a BR-290, o carro per- corre os 8 km iniciais com velocidade média de 80 km/h. Nesse momento, encontra um congestio- namento e fica parado por 6 min (0,1 h). Nos últimos 10 km, a velocidade média é de 100 km/h (aci- ma da velocidade permitida no trecho!). Com que velocidade média um carro B poderá viajar, percorrendo os 22,3 km entre a RS 118 e a BR-290, pela BR 448 (quando estiver concluída), no mesmo intervalo de tempo do carro A? c) [valor: 0,9] Cite e comente uma consequência, para o meio ambiente, resultante da queima de combustíveis fósseis.
  • 15. 14 UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO RASCUNHO
  • 16. UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO 15 QUESTÃO N. SEIS Uma teoria que mudou o mundo A teoria da evolução segundo Charles Darwin e Alfred Russel Wallace está, em 2009, com- pletando 150 anos. Seu principal autor, Darwin, nessa mesma data, completa 200 anos de nascimento. Charles Darwin Alfred Russel Wallace http://maniadehistoria.files.word- http://www.ucl.ac.uk/taxome/jim/Mim/Wallace.JPG press.com/2009/03/charles_darwin_011.jpg Acesso em 28 out. 2009. Acesso em 28 out. 2009. A teoria da evolução, desenvolvida pelos dois autores, foi popularizada a partir da publi- cação, em 1859, do livro “Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural”, escrito por Darwin. Nesse livro, o autor expõe as bases de sua teoria, afirmando que a evolução das espé- cies ocorria a partir do surgimento de caracteres ou características novas que seriam posterior- mente selecionadas pelo meio, de acordo com o grau de adaptação ou com a vantagem que elas fornecessem aos organismos que as possuíssem. A evolução dos cavalos pode ser utilizada como um belo exemplo para se compreender os princípios da teoria da evolução proposta por Darwin e Wallace. O mais antigo ancestral conhecido dos cavalos foi Eohippus, que viveu há cerca de 60 mi- lhões de anos. Esse organismo possuía cerca de 40cm de altura, tinha patas com 4 dedos e ha- bitava locais com vegetação alta. Pela reprodução, alguns descendentes do Eohippus, maiores e com com número menor de dedos nas patas, foram gerados; como tinham capacidade de cor- rer mais, obtiveram vantagem na fuga de predadores. Em razão dessa vantagem, esses animais sobreviveram, ou seja, foram selecionados e acabaram por se reproduzir, gerando, da mesma forma, alguns descendentes maiores, que tinham número de dedos nas patas ainda menor e que corriam mais. Novamente, esses organismos, que tinham clara vantagem sobre os demais, se reproduziram e geraram alguns descendentes ainda maiores e com um número de dedos nas patas ainda menor, e assim aconteceu até que, há aproximadamente 1 milhão de anos, surgi- ram, pela primeira vez, os cavalos modernos.
  • 17. 16 UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO Evolução dos cavalos http://www.darwinday.org/images/alllangimages/horses.gif Acesso em 31 out. 2009. A teoria da evolução de Darwin e Wallace mudou completamente a concepção de mundo vigente até então. Apesar da existência, na época, de outras teorias sobre a evolução (como o criacionismo, por exemplo) foi a teoria proposta por esses dois autores e brilhantemente expos- ta no livro “Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural” que trouxe uma explica- ção bastante simples e cientificamente aceitável sobre como a evolução das espécies, inclusive a nossa, poderia ocorrer. Essa teoria tão simples, mas extremamente robusta, resiste, em es- sência, inalterada desde sua formulação inicial há 150 anos, mostrando ser ela uma das gran- des conquistas do intelecto humano. TAREFA Com base nos elementos fornecidos e no conhecimento sobre a biologia, responda: a) [valor: 0,5] Lamarck acreditava que as espécies modificavam sua forma, portanto evoluíam, pela lei do uso ou desuso. Por que a teoria de Lamarck não é mais aceita como uma forma de explicar a evolução das espécies de forma geral? b) [valor: 1,0] A teoria da evolução de Darwin-Wallace, descrita, tem aplicação em várias áreas da biologia. Utilizando os princípios dessa teoria, como poderíamos explicar o fato de os mamíferos aquáticos apresentarem membros com forma semelhante a nadadeiras? c) [valor: 1,0] Segundo a teoria da evolução modernamente aceita, características genéticas de dife- rentes organismos são transmitidas de pai para filho por meio do cruzamento. Utilizando o here- dograma abaixo, diga se a característica é autossômica ou ligada ao sexo e se é dominante ou recessiva. http://geneticaluliotti.pbworks.com/f/1237146018/hered1.jpg Acesso em 23 out. 2009.
  • 18. UNISINOS – VESTIBULAR DE VERÃO RASCUNHO