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GESTÃO DE CUSTOS - Principais Métodos de Custeio

                            PRINCIPAIS MÉTODOS DE CUSTEIO

A seguir, os métodos de custeio mais usualmente utilizados.

Cada método tem suas vantagens e desvantagens, mas, para efeitos contábeis, somente o custeio
por absorção é admissível.

O custo padrão pode ser adotado na contabilidade, desde que as variações ocorridas sejam
ajustadas em períodos mínimos trimestrais.

                        CUSTEIO POR ABSORÇÃO (OU INTEGRAL)

O Custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área
de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis,
de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa particularidade, ou
seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou serviço)absorva parcela dos
custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação.

Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos (rateados) para todos os
produtos feitos.

Na legislação tributária brasileira do imposto de renda, esse método é o recomendado, sendo
vetado o método direto ou variável.

Custeio por Absorção (também chamado “custeio integral”) é o método derivado da aplicação
dos Princípios Fundamentais de Contabilidade.

Consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo
uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto dentro do ciclo
operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para
todos os produtos feitos.

O CRC-SP / IBRACON (2000) diz que, “Custeio por absorção é o sistema de custeio realizado
sob a ótica da contabilidade de custos tradicional. Nele todos os custos de produção (fixos e
variáveis) são incluídos no custo do produto para fins de custeio dos estoques e, por sua vez,
todas as despesas administrativas, financeiras e de vendas, fixas ou variáveis são excluídas do
custo do produto.”

As principais características do custeio por absorção:
1. Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e/ou indiretos.
2. Necessita de critério de rateios, no caso de apropriação dos custos indiretos (gastos gerais de
produção) quando houver dois ou mais produtos ou serviços.
3. É o critério legal exigido no Brasil. Entretanto, nem sempre é útil como ferramenta de gestão
(análise) de custos, por possibilitar distorções ao distribuir custos entre diversos produtos e
serviços, possibilitando mascarar desperdícios e outras ineficiências produtivas.
4. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção.
                              CUSTEIO DIRETO (OU VARIÁVEL)
Os métodos de Custeio atribuem para cada custo uma classificação específica, na forma de
custos fixos ou custos variáveis.

O custeio variável ( direto) é um tipo de custeamento que consiste em considerar como custo de
produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de
existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção e sim
como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período. Desse modo, o
custo dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados
só conterão custos variáveis.

O sistema de custeio variável fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e fixos,
isto é, em gasto que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se
mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites. Esse
sistema produz informações importantissimas como a margem de contribuição (contribuição
marginal) e é o sistema que proporciona os subsídios necessários para a tomada de decisões nas
empresas. Porém esse método de custeio não é aceito para demonstrativos externos, pois fere um
os princípios contábeis aceito no Brasil e também não é aceito perante a legislação do imposto de
renda.

O CRC-SP / IBRACON (2000) afirma que, “O sistema de custeio direto ou variável prevê uma
apropriação de caráter gerencial, considerando apenas os custos variáveis aos produtos
vendidos; os custos fixos ficam separados e considerados como despesa do período, indo
diretamente para o resultado; dessa forma, possibilita a apuração da margem de contribuição,
quando confrontados os custos variáveis aos valores de receita líquida ao período objeto de
análise.”

Gerencialmente, é um método muito utilizado, mas, por sua restrição fiscal e legal, sua utilização
implica na exigência de 2 sistemas de custos:

   1. O sistema de custo contábil (absorção ou integral) e
   2. Uma sistemática de apuração paralela, segregando-se custos fixos e variáveis.

Algumas características essenciais do método de custeio variável são:

1. Divisão dos custos em 2 grupos principais: fixos e variáveis;
2. Atribuir ao custo final dos produtos somente os custos variáveis, obtendo-se, assim, um custo
final variável dos produtos.
3. Gerencialmente, os custos fixos são considerados integralmente como redutores do resultado,
não se ativando os mesmos em estoques.

Desta forma, no custeio direto ou variável, o cálculo dos custos finais por produto são
computados somente os custos variáveis. Os custos fixos são considerados como despesas,
levadas integralmente ao resultado do período, por não serem considerados como elementos
componentes do custo dos produtos. Obtém-se assim, o custo final variável dos produtos.




                           CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES
Custeio ABC (Activity Based Costing) é um médodo de custeio que está baseado nas atividades
que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos.


Segundo Nakagawa (1994), “O ABC é uma metodologia desenvolvida para facilitar a análise
estratégica de custos relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos
de uma empresa. A quantidade, a relação de causa e efeito e a eficiência e eficácia com que os
recursos são consumidos nas atividades mais relevantes de uma empresa constituem o objetivo
da análise estratégica de custos do ABC.”

O sistema de custeio baseado em atividades (ABC – Activity Based Costing) procura,
igualmente, amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio, necessários aos sistemas
tratados anteriormente, principalmente no que tange ao sistema de custeio por absorção. Poderia
ser tratado como uma evolução dos sistemas já discutidos, mas sua relação direta com as
atividades envolvidas no processo configura mero aprofundamento do sistema de custeio por
absorção.

Martins (2003, p. 87), informa que o Custeio Baseado em Atividades “é uma metodologia de
custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos
custos indiretos”. Este sistema tem como fundamento básico a busca do princípio da causa, ou
seja, procura identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo,
para lhe imputar o valor.

A idéia básica é atribuir primeiramente os custos às atividades e posteriormente atribuir custos
das atividades aos produtos. Sendo assim, primeiramente faz-se o rastreamento dos custos que
cada atividade causou, atribuindo-lhes estes custos, e posteriormente verificam-se como os
portadores finais de custos consumiram serviços das atividades, atribuindo-lhes os custos
definidos.

Conforme Eller (2000, p.82), “o Custeio Baseado em Atividades parte da premissa de que as
diversas atividades desenvolvidas geram custos e que os produtos consomem essas atividades”.
Segundo Martins (2003, p.96) para atribuir custos às atividades e aos produtos utilizam-se de
direcionadores.

Martins (2003, p.96) ensina ainda que “há que se distinguir dois tipos de direcionador: ...
direcionador de custos de recursos, e os ...direcionadores de custos de atividades”. O citado autor
continua afirmando que “o primeiro identifica a maneira como as Atividades consomem recursos
e serve para custear as atividades”. Afirma ainda que “o segundo identifica a maneira como os
produtos consomem atividades e serve para custear produtos”.

Nakagawa (2001, p.42), conceitua atividade “como um processo que combina, de forma
adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a
produção de produtos”. Assim para o estudo do método ABC deve-se ponderar sobre as
atividades envolvidas em cada processo de produção, seja de uma mercadoria ou um serviço.

Importância e utilização do ABC

A importância que se dá à utilização do sistema de custeio ABC é em virtude do mesmo não ser
apenas um sistema que dá valor aos estoques, mas também proporciona informações gerenciais
que auxiliam os tomadores de decisão, como por exemplo, os custos das atividades, que
proporcionam aos gestores atribuírem responsabilidades aos responsáveis pelas mesmas. Um
diferencial do sistema de custeio ABC, é que a sua utilização, por exigir controles
pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos processos internos da
empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou aperfeiçoamento dos controles
internos da entidade.


Implementação do ABC

A implementação do ABC requer uma cuidadosa análise do sistema de controle interno da
entidade. Sem este procedimento que contemple funções bem definidas e fluxo dos processos,
torna-se inviável a aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz. O ABC, por ser também um
sistema de gestão de custos, pode ser implantado com maior ou menor grau de detalhamento,
dependendo das necessidades de informações gerenciais para o gestor, o que está intimamente

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  • 1. GESTÃO DE CUSTOS - Principais Métodos de Custeio PRINCIPAIS MÉTODOS DE CUSTEIO A seguir, os métodos de custeio mais usualmente utilizados. Cada método tem suas vantagens e desvantagens, mas, para efeitos contábeis, somente o custeio por absorção é admissível. O custo padrão pode ser adotado na contabilidade, desde que as variações ocorridas sejam ajustadas em períodos mínimos trimestrais. CUSTEIO POR ABSORÇÃO (OU INTEGRAL) O Custeio por absorção é aquele que faz debitar ao custo dos produtos todos os custos da área de fabricação, sejam esses custos definidos como custos diretos ou indiretos, fixos ou variáveis, de estrutura ou operacionais. O próprio nome do critério é revelador dessa particularidade, ou seja, o procedimento é fazer com que cada produto ou produção (ou serviço)absorva parcela dos custos diretos e indiretos, relacionados à fabricação. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos (rateados) para todos os produtos feitos. Na legislação tributária brasileira do imposto de renda, esse método é o recomendado, sendo vetado o método direto ou variável. Custeio por Absorção (também chamado “custeio integral”) é o método derivado da aplicação dos Princípios Fundamentais de Contabilidade. Consiste na apropriação de todos os custos (diretos e indiretos, fixos e variáveis) causados pelo uso de recursos da produção aos bens elaborados, e só os de produção, isto dentro do ciclo operacional interno. Todos os gastos relativos ao esforço de fabricação são distribuídos para todos os produtos feitos. O CRC-SP / IBRACON (2000) diz que, “Custeio por absorção é o sistema de custeio realizado sob a ótica da contabilidade de custos tradicional. Nele todos os custos de produção (fixos e variáveis) são incluídos no custo do produto para fins de custeio dos estoques e, por sua vez, todas as despesas administrativas, financeiras e de vendas, fixas ou variáveis são excluídas do custo do produto.” As principais características do custeio por absorção: 1. Engloba os custos totais: fixos, variáveis, diretos e/ou indiretos. 2. Necessita de critério de rateios, no caso de apropriação dos custos indiretos (gastos gerais de produção) quando houver dois ou mais produtos ou serviços. 3. É o critério legal exigido no Brasil. Entretanto, nem sempre é útil como ferramenta de gestão (análise) de custos, por possibilitar distorções ao distribuir custos entre diversos produtos e serviços, possibilitando mascarar desperdícios e outras ineficiências produtivas. 4. Os resultados apresentados sofrem influência direta do volume de produção. CUSTEIO DIRETO (OU VARIÁVEL)
  • 2. Os métodos de Custeio atribuem para cada custo uma classificação específica, na forma de custos fixos ou custos variáveis. O custeio variável ( direto) é um tipo de custeamento que consiste em considerar como custo de produção do período apenas os custos variáveis incorridos. Os custos fixos, pelo fato de existirem mesmo que não haja produção, não são considerados como custo de produção e sim como despesas, sendo encerrados diretamente contra o resultado do período. Desse modo, o custo dos produtos vendidos e os estoques finais de produtos em elaboração e produtos acabados só conterão custos variáveis. O sistema de custeio variável fundamenta-se na separação dos gastos em gastos variáveis e fixos, isto é, em gasto que oscilam proporcionalmente ao volume da produção/venda e gastos que se mantêm estáveis perante volumes de produção/venda oscilantes dentro de certos limites. Esse sistema produz informações importantissimas como a margem de contribuição (contribuição marginal) e é o sistema que proporciona os subsídios necessários para a tomada de decisões nas empresas. Porém esse método de custeio não é aceito para demonstrativos externos, pois fere um os princípios contábeis aceito no Brasil e também não é aceito perante a legislação do imposto de renda. O CRC-SP / IBRACON (2000) afirma que, “O sistema de custeio direto ou variável prevê uma apropriação de caráter gerencial, considerando apenas os custos variáveis aos produtos vendidos; os custos fixos ficam separados e considerados como despesa do período, indo diretamente para o resultado; dessa forma, possibilita a apuração da margem de contribuição, quando confrontados os custos variáveis aos valores de receita líquida ao período objeto de análise.” Gerencialmente, é um método muito utilizado, mas, por sua restrição fiscal e legal, sua utilização implica na exigência de 2 sistemas de custos: 1. O sistema de custo contábil (absorção ou integral) e 2. Uma sistemática de apuração paralela, segregando-se custos fixos e variáveis. Algumas características essenciais do método de custeio variável são: 1. Divisão dos custos em 2 grupos principais: fixos e variáveis; 2. Atribuir ao custo final dos produtos somente os custos variáveis, obtendo-se, assim, um custo final variável dos produtos. 3. Gerencialmente, os custos fixos são considerados integralmente como redutores do resultado, não se ativando os mesmos em estoques. Desta forma, no custeio direto ou variável, o cálculo dos custos finais por produto são computados somente os custos variáveis. Os custos fixos são considerados como despesas, levadas integralmente ao resultado do período, por não serem considerados como elementos componentes do custo dos produtos. Obtém-se assim, o custo final variável dos produtos. CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES
  • 3. Custeio ABC (Activity Based Costing) é um médodo de custeio que está baseado nas atividades que a empresa efetua no processo de fabricação de seus produtos. Segundo Nakagawa (1994), “O ABC é uma metodologia desenvolvida para facilitar a análise estratégica de custos relacionados com as atividades que mais impactam o consumo de recursos de uma empresa. A quantidade, a relação de causa e efeito e a eficiência e eficácia com que os recursos são consumidos nas atividades mais relevantes de uma empresa constituem o objetivo da análise estratégica de custos do ABC.” O sistema de custeio baseado em atividades (ABC – Activity Based Costing) procura, igualmente, amenizar as distorções provocadas pelo uso do rateio, necessários aos sistemas tratados anteriormente, principalmente no que tange ao sistema de custeio por absorção. Poderia ser tratado como uma evolução dos sistemas já discutidos, mas sua relação direta com as atividades envolvidas no processo configura mero aprofundamento do sistema de custeio por absorção. Martins (2003, p. 87), informa que o Custeio Baseado em Atividades “é uma metodologia de custeio que procura reduzir sensivelmente as distorções provocadas pelo rateio arbitrário dos custos indiretos”. Este sistema tem como fundamento básico a busca do princípio da causa, ou seja, procura identificar de forma clara, por meio de rastreamento, o agente causador do custo, para lhe imputar o valor. A idéia básica é atribuir primeiramente os custos às atividades e posteriormente atribuir custos das atividades aos produtos. Sendo assim, primeiramente faz-se o rastreamento dos custos que cada atividade causou, atribuindo-lhes estes custos, e posteriormente verificam-se como os portadores finais de custos consumiram serviços das atividades, atribuindo-lhes os custos definidos. Conforme Eller (2000, p.82), “o Custeio Baseado em Atividades parte da premissa de que as diversas atividades desenvolvidas geram custos e que os produtos consomem essas atividades”. Segundo Martins (2003, p.96) para atribuir custos às atividades e aos produtos utilizam-se de direcionadores. Martins (2003, p.96) ensina ainda que “há que se distinguir dois tipos de direcionador: ... direcionador de custos de recursos, e os ...direcionadores de custos de atividades”. O citado autor continua afirmando que “o primeiro identifica a maneira como as Atividades consomem recursos e serve para custear as atividades”. Afirma ainda que “o segundo identifica a maneira como os produtos consomem atividades e serve para custear produtos”. Nakagawa (2001, p.42), conceitua atividade “como um processo que combina, de forma adequada, pessoas, tecnologias, materiais, métodos e seu ambiente, tendo como objetivo a produção de produtos”. Assim para o estudo do método ABC deve-se ponderar sobre as atividades envolvidas em cada processo de produção, seja de uma mercadoria ou um serviço. Importância e utilização do ABC A importância que se dá à utilização do sistema de custeio ABC é em virtude do mesmo não ser apenas um sistema que dá valor aos estoques, mas também proporciona informações gerenciais que auxiliam os tomadores de decisão, como por exemplo, os custos das atividades, que proporcionam aos gestores atribuírem responsabilidades aos responsáveis pelas mesmas. Um
  • 4. diferencial do sistema de custeio ABC, é que a sua utilização, por exigir controles pormenorizados, proporciona o acompanhamento e correções devidas nos processos internos da empresa, ao mesmo tempo em que possibilita a implantação e/ou aperfeiçoamento dos controles internos da entidade. Implementação do ABC A implementação do ABC requer uma cuidadosa análise do sistema de controle interno da entidade. Sem este procedimento que contemple funções bem definidas e fluxo dos processos, torna-se inviável a aplicação do ABC de forma eficiente e eficaz. O ABC, por ser também um sistema de gestão de custos, pode ser implantado com maior ou menor grau de detalhamento, dependendo das necessidades de informações gerenciais para o gestor, o que está intimamente