5. LLIIMMIITTEESS
● 2.414 Km de
fronteiras
terrestres:
– 1.913 km de
fronteiras
interestaduais;
– 50 km de
fronteiras
internacionais.
● 98 km de
fronteiras
marítimas.
6. PPOONNTTOOSS EEXXTTRREEMMOOSS EE
EEXXTTEENNSSÃÃOO
● 15º em
extensão
territorial.
● ÁREA
ABSOLUTA:
199.323
Km²
● ÁREA
RELATIVA:
2,34%
11. SSUURRGGIIMMEENNTTOO EE CCOONNSSOOLLIIDDAAÇÇÃÃOO
● Território não
estava definido,
pois Santa
Catarina
reivindicava uma
área de
48.000km
quadrados, num
episódio
conhecido como
Guerra do
Contestado.
12. ““GGuueerrrraa ddoo CCoonntteessttaaddoo””
● A Guerra do Contestado foi um conflito que
aconteceu em uma área territorial de disputa
de terras entre os estados do Paraná e
Santa Catarina entre outubro de 1912 e
agosto de 1916, e envolveu cerca de 20 mil
camponeses, que se viram tendo que
enfrentar as forças militares dos poderes
estadual e federal.
13. ““GGuueerrrraa ddoo CCoonntteessttaaddoo””
● De acordo com Fraga (2012), a Guerra do
Contestado foi um conflito armado entre a
população de posseiros e pequenos agricultores
que viviam na divisa dos atuais estados do
Paraná e Santa Catarina, e o exército brasileiro. A
guerra teve ainda um importante conteúdo
religioso, na forma de um líder messiânico, José
Maria de Santo Agostinho
14.
15. CCaauussaass ddoo ccoonnfflliittoo
● As causas da Guerra do Contestado são
muitas e complexas, originando-se
principalmente na intervenção na economia e
na distribuição de terras locais por parte dos
poderes federais, frequentemente a serviço do
empresariado internacional.
● As causas se dividem em três principais
categorias: econômicas, sociais e religiosas.
16. CCaauussaass eeccoonnôômmiiccaass
● As concessões de terras disputadas e
ricas em recursos naturais à Santa
Catarina;
● A desapropriação maciça de mais de
6.000km² de terras de pequenos
agricultores locais para a construção da
Ferrovia do Contestado, e as
subsequentes tentativas de desalojamento
forçado dos posseiros locais.
17. CCaauussaass ssoocciiaaiiss
● Consequência das intervenções
mencionadas: são a profunda
desconfiança no governo, que só
intervia de modo prejudicial na região,
em nome de grandes financistas e
especuladores, e o consequente
surgimento de movimentos pró-monarquia.
18. CCaauussaass rreelliiggiioossaass
● População abandonada pela igreja,
praticava o “catolicismo” rudimentar,
liderados por curandeiros – Os “monges”;
● Movimentos messiânicos, que mais tarde
culminaram na fundação do Contestado,
uma comunidade de "monarquias
celestes", cada uma com seus reis e
ordens de cavaleiros.
20. AASSPPEECCTTOOSS FFÍÍSSIICCOOSS
● O relevo e as macro estruturas geológicas
paranaenses podem ser enquadradas em cinco
grandes compartimentos (de leste à oeste):
– PLANÍCIE LITORÂNEA;
– SERRA DO MAR;
– PRIMEIRO PLANALTO;
– SEGUNDO PLANALTO;
– TERCEIRO PLANALTO.
21. AASSPPEECCTTOOSS FFÍÍSSIICCOOSS
Tipicamente de Planalto, com degraus numa disposição de
verdadeiros arcos, apresenta basicamente duas estruturas
geológicas: Escudos cristalinos e Bacias Sedimentares.
24. PPllaanníícciiee LLiittoorrâânneeaa
● Composta basicamente de rochas sedimentares
recentes (Cenozóica) e relevo bastante plano.
● Formada por mangues e praias, recortada pelas baías
de Paranaguá e Guaratuba.
25. SSeerrrraa ddoo MMaarr
● Composta por rochas ígneas e
metamórficas, que correspondem ao
escudo cristalino paranaense (Pré-cambriano);
● Porção mais elevada do relevo paranaense
– divisor de águas de duas bacias
hidrográficas: Bacia do Atlântico (rios que
correm em direção leste) e Bacia do
Paraná (rios que correm em direção a
oeste).
26. SSeerrrraa ddoo MMaarr
● Ponto mais alto do estado: Pico Paraná, com
mais de 1900 m. de altitude.
27. PPrriimmeeiirroo PPllaannaallttoo
● Limitado a leste pela Serra do Mar e a
oeste pela escarpa devoniana;
● Altitudes médias de 850 a 950 metros;
● Composto pelas mesmas unidades
encontradas na Serra do Mar, podendo
ser encontradas ainda, estruturas
cársticas;
● Relevos ondulados a planos.
29. SSeegguunnddoo PPllaannaallttoo
● O segundo planalto, planalto de Ponta Grossa
ou dos Campos Gerais, é um compartimento de
rochas sedimentares como os arenitos, que se
depositaram ainda quando a América fazia parte
do supercontinente Gondwana.
● Neste planalto encontramos a formação Vila
Velha e o Cayon Guartelá.
● Limita-se a leste com a Escarpa Devoniana e a
oeste com a Escarpa da Esperança.
31. TTeerrcceeiirroo PPllaannaallttoo
● Planalto de Guarapuava se estende a oeste da
Escarpa da Esperança, apresentando um grande
plano inclinado para a oeste (1.250 metros na
Escarpa da Esperança – 100 metros no vale do
Rio Paraná)
● Composto por rochas ígneas extrusivas como o
basalto, que veio a superfície quando o
Gondwana se separou, abrindo inúmeras fendas
na litosfera, por onde o magma conseguiu
extravasar, criando portanto uma macro estrutura
de derrames vulcânicos que se "esparramaram"
por cima das estruturas sedimentares que
compõe o Terceiro Planalto.
33. CCLLIIMMAASS
● Existem diversas classificações climáticas. No geral,
se diz que o Paraná tem um clima subtropical úmido,
com chuvas bem distribuídas ao longo do ano.
34. CCLLIIMMAASS
● De acordo com Wladimir Koppen, é possível identificar três
tipos de climas no Paraná;
● Af → A = Tropical Úmido, f = sempre úmido
clima tropical superúmido, sem estação seca e isento de geadas. Média de
temperaturas acima dos 18° no inverno e acima dos 22° no verão;
● Cfa → C = Mesotérmico (Temperado ou Subtropical), f = sempre
úmido, b = verão quente
clima subtropical úmido mesotérmico, com verões quentes, sem
estação seca e com poucas geadas. Média de temperaturas superior a
22° no verão e inferior a 18° no inverno;
● Cfb → C = Mesotérmico (Temperado ou Subtropical), f = sempre
úmido, b = verão brando
clima subtropical úmido mesotérmico, sem estação seca, com verão
brando e geadas severas. Média de temperaturas superior a 22° no
verão e inferior a 18° no inverno.
39. CCLLIIMMAASS
● O Paraná sofre grandes influências de
massas de ar:
40.
41. HHIIDDRROOGGRRAAFFIIAA
● Devido ao relevo podemos encontrar no
Paraná dois tipos de bacias hidrográficas:
– Bacia do Atlântico: rios do litoral que
correm do oeste para o leste e
deságuam no Oceano Atlântico;
– Rios de Planalto: correm de leste para o
oeste e a maioria deságua no rio
Paraná, abrangendo uma área de
185.560 km².
60. OOCCUUPPAAÇÇÃÃOO
● 1640-1853: ocupação do litoral de do primeiro planalto.
Fundação de vilas e povoados que deram origem a cidades
como Morretes, Antonina e Curitiba.
● 1854-1900: colonização do Norte do estado. Essa colonização
contou com a participação e imigrantes europeus e parceria
entre governo e iniciativa privada para colonizar a área.
● 1901-1940: incentivo a colonização por companhias
colonizadoras japonesas. Surge a agropecuária gaúcha no
sudoeste. Os Campos gerais são ocupados por imigrantes
europeus.
● 1941-1960: a concentração de projetos de colonização no
oeste, norte, noroeste e sudoeste.
61. EETTNNIIAASS
A população paranaense é composta por diversas
etnias, são principalmente imigrantes alemães,
poloneses, ucranianos, italianos, portugueses,
holandeses, espanhóis, árabes, argentinos e
japoneses, além dos indígenas que já habitavam o
território. Ao todo são 28 etnias, contribuindo para
a pluralidade cultural do Estado.
62. UURRBBAANNIIZZAAÇÇÃÃOO
● Ocorre de forma lenta entre 1950 e 1970 – a
população se concentrava em pequenas
propriedades rurais – característica do
imigrante europeu;
● Padrão se altera com o desenvolvimento da
agricultura comercial a partir de 1970 – plantio
da soja e mecanização levam os pequenos
proprietários a venderem suas terras e comprar
propriedade maiores nas frentes pioneiras
(norte e centro-oeste do estado);
● Mecanização = perda de emprego = exôdo
rural.
64. CCiicclloo ddaa EErrvvaa MMaattee
● Atividade industrial paranaense inicia em 1820 com a
extração da erva-mate no litoral;
● Durante muito tempo foi a principal atividade do
estado e possibilitou a formação de cidades no
primeiro planalto, em especial na região de Curitiba e
também o surgimento da classe média urbana;
● Na década de 20 devido à medidas protecionistas da
Argentina, principal consumidor, a erva mate entra em
crise.
● O ciclo possibilitou a aumento do número de estradas
e a instalação de novas indústrias.
65. CCiicclloo ddoo CCaafféé
● O Ciclo do Café iniciou-se em 1920, mas foi
somente com a descoberta da terra roxa, no norte do
estado, que a lavoura recebeu impulso significativo
despertando o interesse de mineiros e paulistas.
● O ciclo do café foi importante pois além de ter sido
responsável pelo pela colonização do norte
paranaense, gerou recursos financeiros para o
financiamento da urbanização e da criação da
infraestrutura de transporte, comunicação e energia
no Paraná.
66. CCiicclloo ddaa SSoojjaa
● Á partir valorização da cultura da soja no mercado
internacional e a “ geada negra” de 1975 que
praticamente dizimou as plantações, a produção
do café foi gradativamente substituída pela soja
deixando de liderar a produção no mercado
nacional;
● A partir da década de 1970, as atividades agrícolas
receberam o reforço de uma modernização
tecnológica que proporcionou melhorias
consideráveis na qualidade e na elevação do
volume de produção.
67. MMooddeerrnniizzaaççããoo ddaa AAggrriiccuullttuurraa
A agricultura do Paraná passa a se tornar uma
“agricultura moderna” que tem como características:
● Grande uso de tecnologias;
● Maquinário e sementes geneticamente modificadas
● Monocultura, principalmente soja, trigo e milho;
● Produção destinada para exportação;
● Pouca mão de obra e mão de obra especializada.
68.
69. IINNDDUUSSTTRRIIAALLIIZZAAÇÇÃÃOO
● Há no Paraná sede de importantes cooperativas agropecuárias, entre as
quais a COAMO de Campo Mourão, e a COCAMAR de Maringá;
● Apesar de na década de 60 o Brasil recuperar o crescimento no setor, é São
Paulo que vê o seu parque industrial crescer, enquanto o Paraná passa a ser
fornecedor de matéria-prima agrícola
● Em 1962, com a instituição do Banco de Desenvolvimento do Paraná
(BADEP), o governo passa a financiar a estrutura de qualquer empresa que
tivesse vantagem competitiva;
● Em 1971 é criada a CIC (Cidade Industrial de Curitiba), cinco anos depois
o Paraná passa a ser um estado industrial e não mais agrícola.
● No começo da década de 90 chegam as industrias automobilísticas ao
estado, graças a incentivos fiscais dadas as empresas pelo governo.
71. REFERÊNCIAS
CAMARGO, J. B. de. Geografia física, humana e econômica do Paraná. 3 ed. Maringá:
Boaventura, 1999.
CIGOLINI, A.; MELLO, L. de; LOPES, N. Paraná: quadro natural, transformações
territoriais e economia.
FRAGA, N. C.; LUDKA, V. M. 100 anos da Guerra do Contestado, a maior guerra
camponesa na América do Sul (1912/2012): uma análise dos efeitos sobre o território
brasileiro. In: XII Colóquio Internacional de Geocrítica, 2012, Universidad nacional de
Colombia, Bogotá, Colômbia. Disponível em:
<http://www.ub.edu/geocrit/coloquio2012/actas/09-N-Fraga.pdf> Acesso em: 20 jan. 2013.
OLHAR Contestado: desvendando os códigos de um conflito. Direção: Fabianne Batista
Balvedi (15 min.) Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=FYSXN5YhHqA> .
Acesso em: 23 ago.2014.