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Ricardo Reis
- o disciplinado

«A arte de saber viver»
Ricardo Reis
– o disciplinado

 Reis

experimenta a dor da nossa miséria
estrutural, sofre com as ameaças
inelutáveis e permanentes do Fatum, da
Velhice e da Morte. Vai à conquista do
prazer relativo, sempre toldado pela
tristeza de saber que o é. O seu fito é
iludir a dor construindo o próprio destino
no restrito âmbito de liberdade que lhe é
dado…
Ricardo Reis
- o disciplinado


Acima de nós e dos deuses, Reis pressente
uma força maior, uma entidade implacável
a que todos obedecemos: o Fado.



Assim angustiado perante um Destino mudo
que o arrasta na voragem, procura na
sabedoria dos antigos um remédio para os
seus males.
Jacinto do Prado Coelho, Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa, Verbo, 1980
(Texto adaptado)
Linhas temáticas da poesia de
Ricardo Reis


Discípulo de Caeiro, como o Mestre
aconselha a aceitação calma da ordem das
coisas e faz o elogio da vida campestre,
indiferente ao social (aurea mediocritas).



Faz dos gregos o modelo da sabedoria
(aceitação fatalista do destino de uma forma
resignada, mas digna e altiva).
Linhas temáticas da poesia de
Ricardo Reis


Reflete sobre o fluir do tempo; tem
consciência da dor provocada pela
natureza precária do homem; manifesta
medo da velhice e da morte.



Faz o elogio do epicurismo – a sabedoria
consiste em gozar o presente (carpe diem).
Linhas temáticas da poesia de
Ricardo Reis



Faz o elogio do estoicismo – a sabedoria
consiste na aceitação da condição humana,
através da disciplina e da razão.



Paganista assumido.
Estilo de Ricardo Reis


Estilo neoclássico, com utilização preferencial
da ode (composição de origem grega).



Presença
frequente
mitológicos.



Uso preferencial do decassílabo combinado
com o hexassílabo; verso branco.



Linguagem culta, rebuscada, sentenciosa
(uso recorrente do imperativo).



Frequente utilização do hipérbato e de
latinismos.

Ii
i

de

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Ricardo reis

  • 1. Ricardo Reis - o disciplinado «A arte de saber viver»
  • 2. Ricardo Reis – o disciplinado  Reis experimenta a dor da nossa miséria estrutural, sofre com as ameaças inelutáveis e permanentes do Fatum, da Velhice e da Morte. Vai à conquista do prazer relativo, sempre toldado pela tristeza de saber que o é. O seu fito é iludir a dor construindo o próprio destino no restrito âmbito de liberdade que lhe é dado…
  • 3. Ricardo Reis - o disciplinado  Acima de nós e dos deuses, Reis pressente uma força maior, uma entidade implacável a que todos obedecemos: o Fado.  Assim angustiado perante um Destino mudo que o arrasta na voragem, procura na sabedoria dos antigos um remédio para os seus males. Jacinto do Prado Coelho, Diversidade e Unidade em Fernando Pessoa, Verbo, 1980 (Texto adaptado)
  • 4. Linhas temáticas da poesia de Ricardo Reis  Discípulo de Caeiro, como o Mestre aconselha a aceitação calma da ordem das coisas e faz o elogio da vida campestre, indiferente ao social (aurea mediocritas).  Faz dos gregos o modelo da sabedoria (aceitação fatalista do destino de uma forma resignada, mas digna e altiva).
  • 5. Linhas temáticas da poesia de Ricardo Reis  Reflete sobre o fluir do tempo; tem consciência da dor provocada pela natureza precária do homem; manifesta medo da velhice e da morte.  Faz o elogio do epicurismo – a sabedoria consiste em gozar o presente (carpe diem).
  • 6. Linhas temáticas da poesia de Ricardo Reis  Faz o elogio do estoicismo – a sabedoria consiste na aceitação da condição humana, através da disciplina e da razão.  Paganista assumido.
  • 7. Estilo de Ricardo Reis  Estilo neoclássico, com utilização preferencial da ode (composição de origem grega).  Presença frequente mitológicos.  Uso preferencial do decassílabo combinado com o hexassílabo; verso branco.  Linguagem culta, rebuscada, sentenciosa (uso recorrente do imperativo).  Frequente utilização do hipérbato e de latinismos. Ii i de elementos