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INTRODUÇÃO
A construção de subestações de energia no Brasil é cada vez maior uma vez que o país
experimenta um grande crescimento industrial e tecnológico necessitando assim de uma
expansão nos sistemas de abastecimento de energia elétrica, e essas subestações fazem
parte desse sistema assim como novas usinas de geração e linhas de transmissão.
As novas subestações construídas são dotadas de muitos equipamentos de alta
tecnologia, e essa tecnologia está sendo também implantada em subestações mais
antigas garantindo uma melhor qualidade, assim pode-se destacar a importância do
sistema de pára-raios que vem a atuar como um dispositivo de proteção do sistema em
geral, garantindo que este funcione de forma confiável e eficaz.
Os pára-raios também possibilitam a redução do isolamento dos dispositivos que
compõem uma subestação, estes pára-raios são constituídos de blocos resistores não
lineares que dissipam a energia de descargas atmosféricas quando a tensão nos seus
terminais excede o valor para qual ele foi projetado. Os pára-raios são também
responsáveis pela proteção da subestação dos surtos de tensão, que também podem ter
origem durante manobras de chaves seccionadoras e disjuntores.
O trabalho irá abordar dois tipos comuns de pára-raios comuns em subestações sendo
eles do tipo Franklin e outro do tipo resistor não-linear que por sua vez possui também
dois diferentes tipos sendo eles o carbonato de silício e o oxido de zinco, o
funcionamento de cada um bem como suas vantagens e desvantagens serão expostos a
seguir.
6
1. CONTEXTO DO TRABALHO.
O trabalho visa mostrar os principais aspectos de um sistema de pára-raios bem
como suas características construtivas e seu dimensionamento, que são fatores
determinantes para o bom funcionamento do mesmo e de todos os equipamentos
relacionados a este.
2. PÁRA-RAIOS.
Os pára-raios surgiram no século 18, quando o famoso cientista da época Benjamin
Franklin criou um dispositivo de proteção visando amenizar os efeitos causados pelos
raios.
Desde então este dispositivo nunca deixou de ser utilizado, pelo contrário, ele é cada
vez mais importante e assim pode se observar um avanço nas tecnologias ligadas a ele
que possibilitaram com que esses dispositivos se tornassem cada vez mais eficientes e
confiáveis.
Os pára-raios podem ser utilizados na proteção de vários equipamentos presentes em
uma subestação de potencia ou em um transformador de distribuição que é instalado em
um poste, eles são responsáveis por limitar a sobre tensão em um valor Maximo
especificado. Sendo o valor de proteção que o pára-raios oferece ao sistema.
2.1 PARA RAIOS EM SUBESTAÇÕES
Os pára-raios em subestações merecem uma atenção especial por serem
responsáveis por proteger uma gama maior de equipamentos, assim no seu projeto deve
se respeitar diversos aspectos para aumentar sua eficiência e assim funcionar o mais
próximo possível do formato ideal, que seria ter condução somente com valores de
tensão maiores que a tensão nominal, capacidade de manter a tensão nominal com
variações pequenas durante todo o tempo que permanecer o surto de tensão na rede e ter
a capacidade de parar de conduzir com valor de tensão muito próxima àquela que
começou a conduzir.
7
A vida útil dos pára-raios gira em torno de 20 a 25 anos porem nos últimos anos
foram feitas analises nesses dispositivos que comprovaram a presença de algumas
alterações significativas nesses dispositivos afetando assim o seu desempenho
representando assim uma operação ineficaz de acordo com os valores pré-estabelecidos
de funcionamento e podem ocorrer falhas nesses dispositivos com menos de 15 anos de
operação pondo a prova sua confiabilidade.
Esse problema ocorre nos pára-raios devido à exposição desse dispositivo a
sobretensões temporárias, descargas elétricas de alta intensidade mesmo que por curta
duração, contaminação externa do invólucro por agentes químicos do ambiente,
circulação permanente de corrente de fuga e as variações climáticas como os raios
ultravioleta umidades elevadas.
3. CARACTERISTICAS CONSTRUTIVAS PÁRA-RAIOS A BASE DE
RESISTORES NÃO LINEARES.
Hoje em dia podem-se encontrar dois tipos diferentes de pára-raios no mercado,
construídos a base de resistores não lineares, possuindo cada um deles características
bem definidas, baseado no material em que são construídos, que são os pára-raios de
carboneto de silício que surgiram na década de 1930 e que depois de diversas
adaptações podem ser encontrados até os dias de hoje o outro tipo é o para-raio de oxido
metálico que surgiu na década de 70 e que hoje em dia após vários avanços em cima
deste produto representa a opção mais eficaz no quesito eficácia de confiabilidade.
3.1 PÁRA-RAIOS DE CARBONETO DE SÍLICIO
São pára-raios constituídos de carboneto de silício (SiC) que funciona como o
resistor não-linear do dispositivo, ele possui também outro dispositivo em série
chamado de centelha dor que é formado por vários GAPS (pequenos espaços), a
seguir serão apresentadas partes desse dispositivo com suas respectivas explicações
8
Corpo de porcelana
No corpo de porcelana encontram-se os principais elementos ativos do pára-
raios, ele é constituído de uma porcelana vitrificada que de alta resistência
mecânica e dielétrica.
Resistores não lineares
Estes são blocos cerâmicos construídos a partir de uma mistura especifica da
matéria prima SiC, submetida a uma temperatura de 2000ºC. Assim são
formados cristais multicolores que são posteriormente triturados e
transformados em pó, a partir desse pó e a presença de um aglutinante
especifico os blocos de carboneto de silício são formados e empilhados no
interior do corpo de porcelana, sendo assim o resistor não linear.
Centelhador em série
Dispositivo constituído de um ou mais espaçadores (gaps) entre eletrodos,
que se ligam em série com os resistores não lineares e tem função de
assegurar sob quaisquer condições uma característica de disrupção regular e
extinguir rapidamente a corrente subseqüente.
Desligador automático
O desligador automático é constituído de um elemento resistivo em série
com uma cápsula explosiva protegida por um corpo de baquilete. Sua
principal utilidade é desligar o pára-raios defeituoso da rede através da sua
auto-explosão. Adicionalmente, serve como indicador visual de defeito do
próprio pára-raios.
Protetor contra sobrepressão
É um dispositivo destinado a aliviar a pressão interna devido a falhas
ocasionais do pára-raios e cuja ação permite o escape dos gases antes que
haja o rompimento da porcelana e provoque danos à vida e ao patrimônio.
9
Figura 1 – pára-raios de carboneto de silício
3.2 PARA-RAIOS DE OXIDO DE ZINCO (ZnO)
São pára-raios que possuem como resistor não linear o oxido de zinco, estes não
possuem centelhadores em série.
Os resistores não lineares desse dispositivo são compostos por blocos cerâmicos
feitos a partir da mistura de diversos elementos como óxido de zinco, em maior
proporção, e outros óxidos metálicos, como o antimônio, o manganês, o bismuto e o
cobalto. O resultado dessa mistura é um pó que vem a ser prensado nas dimensões
desejadas e que posteriormente ira sofrer um tratamento térmico, o qual será submetido
a uma temperatura de 1.300ºC no intuito de tornar o bloco prensado em um elemento
cerâmico, e que por final terá suas superfícies planas cobertas por um elemento metálico
para ser testado.
Estes podem ter seu invólucro constituído de um material de porcelana ou
polimérico, e para os dois tipos de invólucros há diferentes concepções de projeto e
montagem, que são especificados no catalogo de seus fabricantes.
10
Pára-raios com invólucro de porcelana
Foram os primeiros para-raios de oxido de zinco, como dito anteriormente
surgiu na década de 70, e já em 80 muitas empresas estrangeiras como as
européias americanas e japonesas já dominavam a fabricação desse
dispositivo para aplicação em subestações.
Figura 2- Pára-raios com invólucro de porcelana
Pára-raios com invólucro polimérico
Representam uma grande evolução dos sistemas de pára-raios, e são
encontrados no com presença ou não de espaçamentos de ar.
Pára-raios com espaços internos de ar
Os projetos são equivalentes aos projetos de pára-raios com invólucro de
porcelana. O invólucro polimérico é moldado e posteriormente o conjunto de
blocos de ZnO é inserido dentro do invólucro. De modo a garantir uma boa
sustentação mecânica para o pára-raios, o invólucro é composto de um tubo
de fibra de vidro de alta resistência mecânica sobre o qual o polímero é
injetado. Este tipo de projeto apresenta um espaçamento interno de ar entre a
parte interna do polímero e os blocos de ZnO, sendo necessária a utilização
de dispositivos de alívio de sobrepressão.
11
Figura 3 – pára-raios com espaço interno de ar
Pára-raios sem espaços internos de ar.
Na maioria dos projetos sem espaços internos de ar, os elementos de ZnO
são envoltos em um tubo de fibra de vidro impregnado em resina epoxi. O
invólucro polimérico é geralmente aplicado sobre o tubo pelo processo de
injeção da borracha ou de moldagem.
Figura 4- pára-raios sem espaço interno de ar
12
4. PÁRA-RAIOS TIPO FRANKLIN
É o aparelho utilizado para proteção de instalações elétricas contra o efeito de cargas
excessivas (sobretensões) fazendo que elas sejam descarregadas na terra e em
subestações é utilizado no topo de estruturas altas.
Esse dispositivo é dotado de um princípio conhecido como poder das pontas, segundo
este princípio, o “excesso de carga elétrica em um corpo condutor é distribuído por sua
superfície externa e se concentra nas regiões pontiagudas ou de menor raio. É nas
pontas que a energia é descarregada. Isso ocorre porque as extremidades são regiões
muito curvas e, como a eletricidade se acumula mais nessas áreas, um corpo eletrizado
dotado de pontas acumula nelas sua energia. A densidade elétrica de um corpo será
sempre maior nas regiões pontudas em comparação com as planas” [1].
Figura 5 – Para raio tipo Franklin Fonte:[ http://www.tel.com.br/product/captores-tipo-franklin-2-descidas/]
5. LOCALIZAÇÃO DE PÁRA-RAIOS
Para uma melhor localização dos pára-raios em relação a transformadores podemos
calcular a distancia através da seguinte formula, que oferece uma aproximação razoável
da distância correta a ser implantado esse para-raio em relação ao transformador, hoje
em dia é possível contar com a ajuda de softwares de computadores que fazem esse
13
calculo levando em considerações outros aspectos garantindo maior eficiência do
sistema.
Onde:
Vm - tensão máxima que se permite nos terminais do transformador, em kV, que
corresponde à tensão suportável de impulso;
Vd - tensão resultante da descarga do pára-raios, isto é, tensão residual mais a queda de
tensão nos condutores de aterramento do pára-raios;
C - constante que representa a natureza do cabo entre o pára-raios e o transformador:
Para cabos subterrâneos: C = 75
Para cabos aéreos: C = 150
K - taxa de crescimento da frente de onda, em kV/s.
6. CARACTERISTICAS PARA DIMENSIONAMENTO
Um dimensionamento levando em conta as características do sistema produz
condições mais apropriadas para a proteção dos equipamentos envolvidos e uma
melhora na relação do custo benefício.
Para uma seleção adequada do pára-raios deve se levar em considerar algumas
condições para seu dimensionamento:
A característica do pára-raios em relação às características do sistema.
A determinação do suporte de isolação.
Avaliação da coordenação de isolamento.
Atualmente os pára-raios de oxido de zinco (ZnO) são os mais utilizados na
proteção dos equipamentos, sendo que os de carboneto de silício (SiC) esta caindo em
desuso e sendo trocado pelo de oxido de zinco (ZnO).
Determinação da Tensão nominal
14
A determinação da tensão nominal do pára-raios depende do tipo utilizado. Em
pára-raios com centelha a seleção da tensão nominal esta relacionada com a não
disrupção dos centelhadores para a máxima sobretensão temporária no ponto de
aplicação do pára raio e nos pára-raios de ZnO a tensão nominal escolhida é de acordo
com as características de suporte dos pára-raios a essas sobretensões.
Em pára-raios com centelhadoras a tensão nominal é calculada da seguinte
forma:
Vn: tensão nominal;
TOV: sobretensão temporária;
E em pára-raios sem centelhadoras a tensão nominal é calculada da seguinte
forma:
MCOV: Máxima tensão continua de operação.
Umax.sist.: Máxima tensão operativa do sistema.
Os pára-raios sem centelhadora apresentam um valor limite da tensão eficaz de
freqüência fundamental que pode ser aplicada de forma continua nos seus terminais sem
que haja alterações no seu desempenho, assim este valor é definido como Máxima
Tensão Continua de Operação (MCOV). Devido à capacidade de absorção dos
varistores é possível que tenha um acumulo de energia devido à sobretensões
temporárias e tenha capacidade de dissipar sem afetar seu desempenho. Para esta
característica tem definida uma curva denominada “Tensão de freqüência nominal x
tempo” que depende das propriedades dos varistores envolvidos.
15
Gráfico 6 – Tensão de freqüência nominal x tempo
Assim ao utilizar um pára-raios sem centelhas é preciso garantir que a Máxima
Tensão Continua de Operação (MCOV) seja igual ou superior a máxima tensão
operativa do sistema no ponto de aplicação do pára-raios, também garantir que a tensão
de freqüência nominal x tempo tem que exceder a característica da amplitude da
sobretensão temporária versus duração para o sistema.
Corrente de descarga nominal
Em subestações conectadas a linhas blindadas:
Imax: corrente de descarga que flui pelo pára-raios, em amperes.
Ic: corrente de coordenação do pára-raio.
U: tensao de disruptiva crítica de polaridade negativa
Vr: tensão residual do pára-raios para impulso atmosfericos
Z: Impedância do surto monofásica da linha, em ohms.
16
Esta formula leva em consideração que a descarga disruptiva da linha aconteceu
de uma distância substancial da subestação, ou que os condutores fase são afetados sem
que haja uma descarga disruptiva na cadeia de isoladores.
Quando há uma extensão de linha sem blindagem provavelmente acontecera
uma maior corrente circulando na direção dos pára-raios, podemos levar em conta os
seguintes critérios:
A densidade de descargas para a terra da região;
Descarga que pode exceder o valor determinado;
O percentual da corrente total que descarrega nos pára-raios;
Linhas sem qualquer blindagem são geralmente limitadas a linhas com tensões
nominais mais baixas (69 kV e abaixo), e/ou linhas localizadas em áreas de baixa
densidade de descargas atmosféricas para a terra. A probabilidade dos pára-raios
instalados em subestações de baixa tensão estarem sujeitos a altas correntes e taxas de
crescimento pode ser elevada em áreas da alta densidade de descarga atmosférica para a
terra. Nestes casos, a corrente de coordenação não deve ser inferior a 20.000 A. Para
linhas localizadas em áreas de baixa densidade de descarga atmosférica para terra, as
correntes de coordenação podem ser similares àquelas para linhas completamente
blindadas em áreas de alta densidade de descargas para terra. A experiência prática tem
demonstrado que pára-raios com corrente de descarga nominal de 10 kA têm sido
freqüentemente utilizados pelas empresas concessionárias de energia em sistemas com
tensão operativa até 362 kV. Acima desse nível de tensão, tem-se utilizado somente
pára-raios de 20 kA. No caso de sobretensões de manobra, a corrente conduzida por um
pára-raios é uma função complexa das características do pára-raios e do sistema.
A impedância efetiva vista pelo pára-raios durante um surto de manobra pode
variar desde algumas centenas de ohms para uma linha aérea, até dezenas de ohms para
pára-raios conectados próximos a cabos isolados e grandes bancos de capacitores.
Nestes dois casos, a corrente do pára-raios e a energia resultante variam
significativamente para uma dada amplitude e duração de surto de manobra.
17
Capacidade de absorção de energia dos pára-raios
Além de suportarem as energias provenientes das sobretensões temporárias, os
pára-raios instalados nos sistemas elétricos devem ser capazes de absorver as energias
provenientes das sobretensões transitórias que ocorrem nos sistemas, causadas por:
Energização ou religamento de linhas longas;
Abertura de bancos de capacitores ou cabos, através de disjuntores que
permitam o reacendimento (restrike);
Descargas atmosféricas diretas sobre os condutores fase das linhas aéreas de
transmissão ou de descargas sobre as estruturas próximas às subestações ou
sobre os cabos pára-raios, provocando descargas de retorno “backflashover”
Nas cadeias de isoladores.
Um fator importante que deve ser considerado quando do estudo da absorção de
energia devido a manobras de bancos de capacitores, é a relação entre a capacidade de
absorção de energia e a corrente de descarga que flui pelo pára-raios, pois a partir de
uma dada corrente de descarga (definida pelos fabricantes) há uma redução na
capacidade de absorção de energia dos pára-raios.
Pára-raios instalados na entrada das subestações podem ser submetidos a
maiores níveis de energia quando do aumento da isolação das linhas. O nível de
proteção do pára-raios é normalmente avaliado pelo nível de proteção contra impulso
atmosférico. Sua avaliação é feita de acordo com a tensão residual enquanto a corrente
nominal de descarga esta fluindo.
Com um fator de segurança (Ks) para que o pára-raios atue de forma eficaz é
necessário que atue com no mínimo 1,15 entre o padrão de tensão suportável de impulso
atmosférico do equipamento a ser protegido e a maior sobretensão proveniente de
descargas atmosféricas previstas que ocorra nos seus terminais.
Quando o pára-raios está próximo de dispositivos que serão protegidos, um nível
adequado de tensão residual é calculado através da razão entre o padrão de tensão
suportável de impulso atmosférico do equipamento a ser protegido é 1,4.
A tensão residual proveniente do impulso de manobra normalmente é um valor
de 75% a 90% da tensão residual do impulso atmosférico de 10kA.
18
As características de proteção dos pára-raios devem ser definidas em função dos
níveis de suportabilidade dos equipamentos a serem protegidos; do grau de importância
dos equipamentos e das linhas onde os pára-raios serão aplicados e do tipo de instalação
do pára-raios em relação ao equipamento a ser protegido. Isto visa garantir uma
proteção adequada aos equipamentos contra surtos atmosféricos e de manobra. Os
níveis de proteção oferecidos pelos pára-raios são apresentados nos catálogos dos
fabricantes. Pode-se dizer que praticamente todos os pára-raios de ZnO, sejam de
invólucro polimérico ou de porcelana, apresentam seus níveis de proteção dentro da
faixa de valores máximos sugerida pela IEC 60099.4/01. Estes níveis garantem, via de
regra, uma proteção adequada aos equipamentos protegidos tomando-se os cuidados
necessários com os efeitos dos cabos de ligação entre os pára-raios e os equipamentos
protegidos, principalmente em regiões onde há a possibilidade da incidência de
correntes de elevadas amplitudes e/ou elevadas taxas de crescimento. Quanto aos pára-
raios com centelhadores ainda hoje em operação e comercializados, não se tem uma
garantia absoluta dos seus níveis de proteção, apesar dos limites definidos em norma.
Casos mais críticos são observados em pára-raios com tempos de instalação superiores
há 10 anos.
Condições ambientais
Devemos considerar as seguintes condições ambientais de níveis de poluição,
aplicados a invólucros de porcelana, são definidos pela norma técnica IEC 60.815,
abrangendo quatro níveis:
Nível de poluição leve: distância de escoamento de 16 mm / kVfase-fase
Nível de poluição moderado: distância de escoamento de 20 mm / kVfase-
fase
Nível de poluição alto: distância de escoamento de 25 mm / kVfase-fase
Nível de poluição muito alto: distância de escoamento de 31 mm / kVfase-
fase.
19
CONCLUSÃO
Após a apresentação do trabalho foi possível entender melhor o funcionamento
dos pára-raios em subestações e também sua importância para proteção dos
equipamentos ali presentes.
Através da analise de todos os componentes presentes no pára-raios foi possível
também observar que se trata de um dispositivo complexo e que merece bastante
atenção para seu dimensionamento em um projeto de subestação.
20
REFERÊNCIAS
[1] [http://para-raio.info/mos/view/O_Poder_das_Pontas/ Acesso dia 04/05/13]
ELETROBRAS - Norma técnica – Especificações técnicas de pára-raios de oxido de zinco
SUBESTAÇÃO – Gilmario dos A. Lima – Pesqueira PE Janeiro 2007
ENSAIOS E AVALIAÇÃO ELETRICA DE UM NOVO PROJETO DE PÁRA-RAIOS PARA SISTEMA DE
DISTRIBUIÇÃO EM MÉDIA TENSÃO – Programa de pós-graduação em engenharia Elétrica
Universidade Federal de Itajubá – Aellfclêniton M. M. Diniz.
CELG D -Norma técnica – Pára-raios a Óxido Metálico sem Centelhadores – Especificação
NTC13 – Revisão 4
NBR 5309 – Pára-raios de resistor não linear a carboneto de silício (SiC) para circuitos de
potência de corrente alternada
COLETÂNEA SOBRE DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES DE UMA SUBESTAÇÃO E ESTUDO
DE CASO – Universidade Federal de Goiás - Igor Lopes Mota – Goiânia 2010

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Pára-raios em subestações

  • 1. INTRODUÇÃO A construção de subestações de energia no Brasil é cada vez maior uma vez que o país experimenta um grande crescimento industrial e tecnológico necessitando assim de uma expansão nos sistemas de abastecimento de energia elétrica, e essas subestações fazem parte desse sistema assim como novas usinas de geração e linhas de transmissão. As novas subestações construídas são dotadas de muitos equipamentos de alta tecnologia, e essa tecnologia está sendo também implantada em subestações mais antigas garantindo uma melhor qualidade, assim pode-se destacar a importância do sistema de pára-raios que vem a atuar como um dispositivo de proteção do sistema em geral, garantindo que este funcione de forma confiável e eficaz. Os pára-raios também possibilitam a redução do isolamento dos dispositivos que compõem uma subestação, estes pára-raios são constituídos de blocos resistores não lineares que dissipam a energia de descargas atmosféricas quando a tensão nos seus terminais excede o valor para qual ele foi projetado. Os pára-raios são também responsáveis pela proteção da subestação dos surtos de tensão, que também podem ter origem durante manobras de chaves seccionadoras e disjuntores. O trabalho irá abordar dois tipos comuns de pára-raios comuns em subestações sendo eles do tipo Franklin e outro do tipo resistor não-linear que por sua vez possui também dois diferentes tipos sendo eles o carbonato de silício e o oxido de zinco, o funcionamento de cada um bem como suas vantagens e desvantagens serão expostos a seguir.
  • 2. 6 1. CONTEXTO DO TRABALHO. O trabalho visa mostrar os principais aspectos de um sistema de pára-raios bem como suas características construtivas e seu dimensionamento, que são fatores determinantes para o bom funcionamento do mesmo e de todos os equipamentos relacionados a este. 2. PÁRA-RAIOS. Os pára-raios surgiram no século 18, quando o famoso cientista da época Benjamin Franklin criou um dispositivo de proteção visando amenizar os efeitos causados pelos raios. Desde então este dispositivo nunca deixou de ser utilizado, pelo contrário, ele é cada vez mais importante e assim pode se observar um avanço nas tecnologias ligadas a ele que possibilitaram com que esses dispositivos se tornassem cada vez mais eficientes e confiáveis. Os pára-raios podem ser utilizados na proteção de vários equipamentos presentes em uma subestação de potencia ou em um transformador de distribuição que é instalado em um poste, eles são responsáveis por limitar a sobre tensão em um valor Maximo especificado. Sendo o valor de proteção que o pára-raios oferece ao sistema. 2.1 PARA RAIOS EM SUBESTAÇÕES Os pára-raios em subestações merecem uma atenção especial por serem responsáveis por proteger uma gama maior de equipamentos, assim no seu projeto deve se respeitar diversos aspectos para aumentar sua eficiência e assim funcionar o mais próximo possível do formato ideal, que seria ter condução somente com valores de tensão maiores que a tensão nominal, capacidade de manter a tensão nominal com variações pequenas durante todo o tempo que permanecer o surto de tensão na rede e ter a capacidade de parar de conduzir com valor de tensão muito próxima àquela que começou a conduzir.
  • 3. 7 A vida útil dos pára-raios gira em torno de 20 a 25 anos porem nos últimos anos foram feitas analises nesses dispositivos que comprovaram a presença de algumas alterações significativas nesses dispositivos afetando assim o seu desempenho representando assim uma operação ineficaz de acordo com os valores pré-estabelecidos de funcionamento e podem ocorrer falhas nesses dispositivos com menos de 15 anos de operação pondo a prova sua confiabilidade. Esse problema ocorre nos pára-raios devido à exposição desse dispositivo a sobretensões temporárias, descargas elétricas de alta intensidade mesmo que por curta duração, contaminação externa do invólucro por agentes químicos do ambiente, circulação permanente de corrente de fuga e as variações climáticas como os raios ultravioleta umidades elevadas. 3. CARACTERISTICAS CONSTRUTIVAS PÁRA-RAIOS A BASE DE RESISTORES NÃO LINEARES. Hoje em dia podem-se encontrar dois tipos diferentes de pára-raios no mercado, construídos a base de resistores não lineares, possuindo cada um deles características bem definidas, baseado no material em que são construídos, que são os pára-raios de carboneto de silício que surgiram na década de 1930 e que depois de diversas adaptações podem ser encontrados até os dias de hoje o outro tipo é o para-raio de oxido metálico que surgiu na década de 70 e que hoje em dia após vários avanços em cima deste produto representa a opção mais eficaz no quesito eficácia de confiabilidade. 3.1 PÁRA-RAIOS DE CARBONETO DE SÍLICIO São pára-raios constituídos de carboneto de silício (SiC) que funciona como o resistor não-linear do dispositivo, ele possui também outro dispositivo em série chamado de centelha dor que é formado por vários GAPS (pequenos espaços), a seguir serão apresentadas partes desse dispositivo com suas respectivas explicações
  • 4. 8 Corpo de porcelana No corpo de porcelana encontram-se os principais elementos ativos do pára- raios, ele é constituído de uma porcelana vitrificada que de alta resistência mecânica e dielétrica. Resistores não lineares Estes são blocos cerâmicos construídos a partir de uma mistura especifica da matéria prima SiC, submetida a uma temperatura de 2000ºC. Assim são formados cristais multicolores que são posteriormente triturados e transformados em pó, a partir desse pó e a presença de um aglutinante especifico os blocos de carboneto de silício são formados e empilhados no interior do corpo de porcelana, sendo assim o resistor não linear. Centelhador em série Dispositivo constituído de um ou mais espaçadores (gaps) entre eletrodos, que se ligam em série com os resistores não lineares e tem função de assegurar sob quaisquer condições uma característica de disrupção regular e extinguir rapidamente a corrente subseqüente. Desligador automático O desligador automático é constituído de um elemento resistivo em série com uma cápsula explosiva protegida por um corpo de baquilete. Sua principal utilidade é desligar o pára-raios defeituoso da rede através da sua auto-explosão. Adicionalmente, serve como indicador visual de defeito do próprio pára-raios. Protetor contra sobrepressão É um dispositivo destinado a aliviar a pressão interna devido a falhas ocasionais do pára-raios e cuja ação permite o escape dos gases antes que haja o rompimento da porcelana e provoque danos à vida e ao patrimônio.
  • 5. 9 Figura 1 – pára-raios de carboneto de silício 3.2 PARA-RAIOS DE OXIDO DE ZINCO (ZnO) São pára-raios que possuem como resistor não linear o oxido de zinco, estes não possuem centelhadores em série. Os resistores não lineares desse dispositivo são compostos por blocos cerâmicos feitos a partir da mistura de diversos elementos como óxido de zinco, em maior proporção, e outros óxidos metálicos, como o antimônio, o manganês, o bismuto e o cobalto. O resultado dessa mistura é um pó que vem a ser prensado nas dimensões desejadas e que posteriormente ira sofrer um tratamento térmico, o qual será submetido a uma temperatura de 1.300ºC no intuito de tornar o bloco prensado em um elemento cerâmico, e que por final terá suas superfícies planas cobertas por um elemento metálico para ser testado. Estes podem ter seu invólucro constituído de um material de porcelana ou polimérico, e para os dois tipos de invólucros há diferentes concepções de projeto e montagem, que são especificados no catalogo de seus fabricantes.
  • 6. 10 Pára-raios com invólucro de porcelana Foram os primeiros para-raios de oxido de zinco, como dito anteriormente surgiu na década de 70, e já em 80 muitas empresas estrangeiras como as européias americanas e japonesas já dominavam a fabricação desse dispositivo para aplicação em subestações. Figura 2- Pára-raios com invólucro de porcelana Pára-raios com invólucro polimérico Representam uma grande evolução dos sistemas de pára-raios, e são encontrados no com presença ou não de espaçamentos de ar. Pára-raios com espaços internos de ar Os projetos são equivalentes aos projetos de pára-raios com invólucro de porcelana. O invólucro polimérico é moldado e posteriormente o conjunto de blocos de ZnO é inserido dentro do invólucro. De modo a garantir uma boa sustentação mecânica para o pára-raios, o invólucro é composto de um tubo de fibra de vidro de alta resistência mecânica sobre o qual o polímero é injetado. Este tipo de projeto apresenta um espaçamento interno de ar entre a parte interna do polímero e os blocos de ZnO, sendo necessária a utilização de dispositivos de alívio de sobrepressão.
  • 7. 11 Figura 3 – pára-raios com espaço interno de ar Pára-raios sem espaços internos de ar. Na maioria dos projetos sem espaços internos de ar, os elementos de ZnO são envoltos em um tubo de fibra de vidro impregnado em resina epoxi. O invólucro polimérico é geralmente aplicado sobre o tubo pelo processo de injeção da borracha ou de moldagem. Figura 4- pára-raios sem espaço interno de ar
  • 8. 12 4. PÁRA-RAIOS TIPO FRANKLIN É o aparelho utilizado para proteção de instalações elétricas contra o efeito de cargas excessivas (sobretensões) fazendo que elas sejam descarregadas na terra e em subestações é utilizado no topo de estruturas altas. Esse dispositivo é dotado de um princípio conhecido como poder das pontas, segundo este princípio, o “excesso de carga elétrica em um corpo condutor é distribuído por sua superfície externa e se concentra nas regiões pontiagudas ou de menor raio. É nas pontas que a energia é descarregada. Isso ocorre porque as extremidades são regiões muito curvas e, como a eletricidade se acumula mais nessas áreas, um corpo eletrizado dotado de pontas acumula nelas sua energia. A densidade elétrica de um corpo será sempre maior nas regiões pontudas em comparação com as planas” [1]. Figura 5 – Para raio tipo Franklin Fonte:[ http://www.tel.com.br/product/captores-tipo-franklin-2-descidas/] 5. LOCALIZAÇÃO DE PÁRA-RAIOS Para uma melhor localização dos pára-raios em relação a transformadores podemos calcular a distancia através da seguinte formula, que oferece uma aproximação razoável da distância correta a ser implantado esse para-raio em relação ao transformador, hoje em dia é possível contar com a ajuda de softwares de computadores que fazem esse
  • 9. 13 calculo levando em considerações outros aspectos garantindo maior eficiência do sistema. Onde: Vm - tensão máxima que se permite nos terminais do transformador, em kV, que corresponde à tensão suportável de impulso; Vd - tensão resultante da descarga do pára-raios, isto é, tensão residual mais a queda de tensão nos condutores de aterramento do pára-raios; C - constante que representa a natureza do cabo entre o pára-raios e o transformador: Para cabos subterrâneos: C = 75 Para cabos aéreos: C = 150 K - taxa de crescimento da frente de onda, em kV/s. 6. CARACTERISTICAS PARA DIMENSIONAMENTO Um dimensionamento levando em conta as características do sistema produz condições mais apropriadas para a proteção dos equipamentos envolvidos e uma melhora na relação do custo benefício. Para uma seleção adequada do pára-raios deve se levar em considerar algumas condições para seu dimensionamento: A característica do pára-raios em relação às características do sistema. A determinação do suporte de isolação. Avaliação da coordenação de isolamento. Atualmente os pára-raios de oxido de zinco (ZnO) são os mais utilizados na proteção dos equipamentos, sendo que os de carboneto de silício (SiC) esta caindo em desuso e sendo trocado pelo de oxido de zinco (ZnO). Determinação da Tensão nominal
  • 10. 14 A determinação da tensão nominal do pára-raios depende do tipo utilizado. Em pára-raios com centelha a seleção da tensão nominal esta relacionada com a não disrupção dos centelhadores para a máxima sobretensão temporária no ponto de aplicação do pára raio e nos pára-raios de ZnO a tensão nominal escolhida é de acordo com as características de suporte dos pára-raios a essas sobretensões. Em pára-raios com centelhadoras a tensão nominal é calculada da seguinte forma: Vn: tensão nominal; TOV: sobretensão temporária; E em pára-raios sem centelhadoras a tensão nominal é calculada da seguinte forma: MCOV: Máxima tensão continua de operação. Umax.sist.: Máxima tensão operativa do sistema. Os pára-raios sem centelhadora apresentam um valor limite da tensão eficaz de freqüência fundamental que pode ser aplicada de forma continua nos seus terminais sem que haja alterações no seu desempenho, assim este valor é definido como Máxima Tensão Continua de Operação (MCOV). Devido à capacidade de absorção dos varistores é possível que tenha um acumulo de energia devido à sobretensões temporárias e tenha capacidade de dissipar sem afetar seu desempenho. Para esta característica tem definida uma curva denominada “Tensão de freqüência nominal x tempo” que depende das propriedades dos varistores envolvidos.
  • 11. 15 Gráfico 6 – Tensão de freqüência nominal x tempo Assim ao utilizar um pára-raios sem centelhas é preciso garantir que a Máxima Tensão Continua de Operação (MCOV) seja igual ou superior a máxima tensão operativa do sistema no ponto de aplicação do pára-raios, também garantir que a tensão de freqüência nominal x tempo tem que exceder a característica da amplitude da sobretensão temporária versus duração para o sistema. Corrente de descarga nominal Em subestações conectadas a linhas blindadas: Imax: corrente de descarga que flui pelo pára-raios, em amperes. Ic: corrente de coordenação do pára-raio. U: tensao de disruptiva crítica de polaridade negativa Vr: tensão residual do pára-raios para impulso atmosfericos Z: Impedância do surto monofásica da linha, em ohms.
  • 12. 16 Esta formula leva em consideração que a descarga disruptiva da linha aconteceu de uma distância substancial da subestação, ou que os condutores fase são afetados sem que haja uma descarga disruptiva na cadeia de isoladores. Quando há uma extensão de linha sem blindagem provavelmente acontecera uma maior corrente circulando na direção dos pára-raios, podemos levar em conta os seguintes critérios: A densidade de descargas para a terra da região; Descarga que pode exceder o valor determinado; O percentual da corrente total que descarrega nos pára-raios; Linhas sem qualquer blindagem são geralmente limitadas a linhas com tensões nominais mais baixas (69 kV e abaixo), e/ou linhas localizadas em áreas de baixa densidade de descargas atmosféricas para a terra. A probabilidade dos pára-raios instalados em subestações de baixa tensão estarem sujeitos a altas correntes e taxas de crescimento pode ser elevada em áreas da alta densidade de descarga atmosférica para a terra. Nestes casos, a corrente de coordenação não deve ser inferior a 20.000 A. Para linhas localizadas em áreas de baixa densidade de descarga atmosférica para terra, as correntes de coordenação podem ser similares àquelas para linhas completamente blindadas em áreas de alta densidade de descargas para terra. A experiência prática tem demonstrado que pára-raios com corrente de descarga nominal de 10 kA têm sido freqüentemente utilizados pelas empresas concessionárias de energia em sistemas com tensão operativa até 362 kV. Acima desse nível de tensão, tem-se utilizado somente pára-raios de 20 kA. No caso de sobretensões de manobra, a corrente conduzida por um pára-raios é uma função complexa das características do pára-raios e do sistema. A impedância efetiva vista pelo pára-raios durante um surto de manobra pode variar desde algumas centenas de ohms para uma linha aérea, até dezenas de ohms para pára-raios conectados próximos a cabos isolados e grandes bancos de capacitores. Nestes dois casos, a corrente do pára-raios e a energia resultante variam significativamente para uma dada amplitude e duração de surto de manobra.
  • 13. 17 Capacidade de absorção de energia dos pára-raios Além de suportarem as energias provenientes das sobretensões temporárias, os pára-raios instalados nos sistemas elétricos devem ser capazes de absorver as energias provenientes das sobretensões transitórias que ocorrem nos sistemas, causadas por: Energização ou religamento de linhas longas; Abertura de bancos de capacitores ou cabos, através de disjuntores que permitam o reacendimento (restrike); Descargas atmosféricas diretas sobre os condutores fase das linhas aéreas de transmissão ou de descargas sobre as estruturas próximas às subestações ou sobre os cabos pára-raios, provocando descargas de retorno “backflashover” Nas cadeias de isoladores. Um fator importante que deve ser considerado quando do estudo da absorção de energia devido a manobras de bancos de capacitores, é a relação entre a capacidade de absorção de energia e a corrente de descarga que flui pelo pára-raios, pois a partir de uma dada corrente de descarga (definida pelos fabricantes) há uma redução na capacidade de absorção de energia dos pára-raios. Pára-raios instalados na entrada das subestações podem ser submetidos a maiores níveis de energia quando do aumento da isolação das linhas. O nível de proteção do pára-raios é normalmente avaliado pelo nível de proteção contra impulso atmosférico. Sua avaliação é feita de acordo com a tensão residual enquanto a corrente nominal de descarga esta fluindo. Com um fator de segurança (Ks) para que o pára-raios atue de forma eficaz é necessário que atue com no mínimo 1,15 entre o padrão de tensão suportável de impulso atmosférico do equipamento a ser protegido e a maior sobretensão proveniente de descargas atmosféricas previstas que ocorra nos seus terminais. Quando o pára-raios está próximo de dispositivos que serão protegidos, um nível adequado de tensão residual é calculado através da razão entre o padrão de tensão suportável de impulso atmosférico do equipamento a ser protegido é 1,4. A tensão residual proveniente do impulso de manobra normalmente é um valor de 75% a 90% da tensão residual do impulso atmosférico de 10kA.
  • 14. 18 As características de proteção dos pára-raios devem ser definidas em função dos níveis de suportabilidade dos equipamentos a serem protegidos; do grau de importância dos equipamentos e das linhas onde os pára-raios serão aplicados e do tipo de instalação do pára-raios em relação ao equipamento a ser protegido. Isto visa garantir uma proteção adequada aos equipamentos contra surtos atmosféricos e de manobra. Os níveis de proteção oferecidos pelos pára-raios são apresentados nos catálogos dos fabricantes. Pode-se dizer que praticamente todos os pára-raios de ZnO, sejam de invólucro polimérico ou de porcelana, apresentam seus níveis de proteção dentro da faixa de valores máximos sugerida pela IEC 60099.4/01. Estes níveis garantem, via de regra, uma proteção adequada aos equipamentos protegidos tomando-se os cuidados necessários com os efeitos dos cabos de ligação entre os pára-raios e os equipamentos protegidos, principalmente em regiões onde há a possibilidade da incidência de correntes de elevadas amplitudes e/ou elevadas taxas de crescimento. Quanto aos pára- raios com centelhadores ainda hoje em operação e comercializados, não se tem uma garantia absoluta dos seus níveis de proteção, apesar dos limites definidos em norma. Casos mais críticos são observados em pára-raios com tempos de instalação superiores há 10 anos. Condições ambientais Devemos considerar as seguintes condições ambientais de níveis de poluição, aplicados a invólucros de porcelana, são definidos pela norma técnica IEC 60.815, abrangendo quatro níveis: Nível de poluição leve: distância de escoamento de 16 mm / kVfase-fase Nível de poluição moderado: distância de escoamento de 20 mm / kVfase- fase Nível de poluição alto: distância de escoamento de 25 mm / kVfase-fase Nível de poluição muito alto: distância de escoamento de 31 mm / kVfase- fase.
  • 15. 19 CONCLUSÃO Após a apresentação do trabalho foi possível entender melhor o funcionamento dos pára-raios em subestações e também sua importância para proteção dos equipamentos ali presentes. Através da analise de todos os componentes presentes no pára-raios foi possível também observar que se trata de um dispositivo complexo e que merece bastante atenção para seu dimensionamento em um projeto de subestação.
  • 16. 20 REFERÊNCIAS [1] [http://para-raio.info/mos/view/O_Poder_das_Pontas/ Acesso dia 04/05/13] ELETROBRAS - Norma técnica – Especificações técnicas de pára-raios de oxido de zinco SUBESTAÇÃO – Gilmario dos A. Lima – Pesqueira PE Janeiro 2007 ENSAIOS E AVALIAÇÃO ELETRICA DE UM NOVO PROJETO DE PÁRA-RAIOS PARA SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO EM MÉDIA TENSÃO – Programa de pós-graduação em engenharia Elétrica Universidade Federal de Itajubá – Aellfclêniton M. M. Diniz. CELG D -Norma técnica – Pára-raios a Óxido Metálico sem Centelhadores – Especificação NTC13 – Revisão 4 NBR 5309 – Pára-raios de resistor não linear a carboneto de silício (SiC) para circuitos de potência de corrente alternada COLETÂNEA SOBRE DIMENSIONAMENTO DE COMPONENTES DE UMA SUBESTAÇÃO E ESTUDO DE CASO – Universidade Federal de Goiás - Igor Lopes Mota – Goiânia 2010