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O CONTEXTO DO CUIDADO HUMANIZADO DE ENFERMAGEM EM
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI): uma revisão integrativa de
literarura.

Daniela Gonçalves Andrade*
Gilvan Bezerra Soares**
Karina Vilhena Filizzola
Clarice Geórgia Monteiro Dias e Silva

RESUMO
Este estudo, o qual tratou-se de uma revisão integrativa de literatura, teve como
objetivo identificar o contexto de conhecimentos existentes acerca do cuidado
humanizado de Enfermagem em unidades de terapia intensiva. Foram selecionados
dez artigos para análise, através das bases de dados LILACS e SciELO,
considerando o período de 2009 a 2013, os quais tinham como o enfoque principal
a humanização em unidade de terapia intensiva e seu processo. Através da
metodologia de análise de conteúdo, pudemos eleger quatro categorias de
resultados: relação profissional e família, relação profissional, ambiente e fatores
geradores de estresse, relação profissional e paciente e relação profissional e
humanização. A humanização foi destacada sob vários aspectos de seu processo,
tais como a concepção de um “processo humanizado” pelos profissionais, o
acolhimento aos familiares e os fatores geradores de estresse, os quais são
intrínsecos ao atuar em terapia intensiva. Concluiu-se que o processo de
humanização, pautado em protocolos e rotinas, é possível de ser implantando,
porém há de trabalhar a cultura organizacional para que cada vez mais profissionais
e instituições possam atuar de forma humanizada no contexto da gravidade de
pacientes.

Palavra-chave: Enfermagem; Humanização; Unidade de Terapia Intensiva.
2

INTRODUÇÃO
Segundo Costa et al, (2009) a humanização tem se constituído em uma
temática central na atualidade, configurando um dos elementos que podem permitir
o resgate do cuidado humanístico ao indivíduo – que vivencia o estar saudável e o
estar doente – e a sua família. Isso porque, ao longo dos tempos, a formação de
profissionais e a organização dos serviços de saúde têm privilegiado e priorizado, o
conhecimento parcial e especializado, a supremacia do poder médico, a valorização
da técnica e da destreza manual e a visão do ser humano como máquina.
Segundo Costa et al, (2009), um hospital humanizado é aquele que sua
estrutura física, tecnológica, humana e administrativa valoriza e respeita a pessoa,
colocando-se a serviço dela, garantindo-lhe um atendimento de elevada qualidade.
É diante de vários aspectos presentes nos contextos hospitalares que se conseguirá
implantar e implementar a política de humanização como estratégia eficaz para um
atendimento resolutivo e acolhedor ao usuário, e garantir educação permanente aos
profissionais, bem como sua participação nos modelos de gestão, para alcançar
melhorias na produção de cuidados de saúde.
Segundo (Ferreira et al, 2012), o cenário da terapia intensiva é repleto de
tecnologias, preocupações sobre a humanização acabam surgindo sempre. Quando
vêm à tona as discussões sobre práticas de desumanização na assistência de
enfermagem, quase que em associação, surgem as alusões ao desenvolvimento
das tecnologias. Um dos elementos envolvidos neste debate, acerca da relação
entre a tecnologia e a desumanização do cuidado, articula-se às situações de
assistência em que, à primeira vista, ocorre predominância da máquina e dos dados
objetivos que ela mostra, em detrimento de outros procedimentos mais ligados ao
cuidado direto aos usuários e da subjetividade implicada na relação entre humanos.
Segundo Cota et al, (2009) Acredita-se que manter a dignidade do ser
humano e o respeito por seus direitos sendo importante dar voz aos profissionais
para compreender como eles se percebem em meio a esta política e prática em
saúde seja o principal objetivo da humanização em unidades de alta complexidade,
como as Unidades de Terapia Intensiva (UTI‟s). Sendo assim, humanizar pressupõe
o resgate e a revelação das características humanas, como partes constitutivas do
3

funcionamento hospitalar e como forma de valorizar o paciente, a família e a equipe
de saúde, com vistas à mudança paradigmática e ao cuidado humanístico.
O objetivo desse estudo foi identificar o contexto de conhecimentos existentes
acerca do cuidado humanizado de Enfermagem em unidades de terapia intensiva.

MATERIAIS E MÉTODOS
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura onde foram consultadas as
bases eletrônicas de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS
(Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde)

através da

Biblioteca Virtual em Saúde - BVS (PRODANOV; FREITAS, 2013).
Foram levantados, dentre a produção nacional, artigos com o tema central
voltado à humanização em unidades de terapia intensiva, publicados no período de
2009 a 2013. “Nas buscas eletrônicas, foram utilizados os seguintes descritores:
“humanização” e “UTI”; “humanização” e enfermagem”; e “UTI” e “humanização” e
“enfermagem”.
Foram “encontrados na 1° forma de pesquisa: „„humanização” and “UTI”, 101
artigos na base LILACS, sendo selecionados 3 destes e descartados 98 pois, o ano
de publicação e assunto não se adequavam aos critérios de inclusão . Ainda na 1°
forma não foram encontrados nenhum artigo que se adequasse à pesquisa na base
SciELo.
Na 2° forma: “humanização” e “enfermagem” foram encontrados 574 artigos
na base LILACS e 4 selecionados. Pela base SciELo foram encontrados 181 artigos
e apenas 1 selecionado, os outros artigos tinham ano de publicação inferior ao ano
de 2009.
Na 3° forma “humanização” e “enfermagem” e “UTI” foram encontrados 87
artigos na base SciElo e 2 foram selecionados os outros artigos não se adequavam
ao critério de inclusão.
4

Tabela 1 – Descriminação dos artigos utilizados para a análise de estudo.
Título do artigo

Autores

Assistência em enfermagem
na perspectiva da clinica
ampliada em UTI

Campos L.F
Melo M.R.C

Humanização em unidade de
UTI

Costa S.C
Figueiredo M.R.B
Schaurich D.

O cuidador de enfermagem e
o cuidar em uma UTI

Alves E.F

A visita de familiares em UTI
na ótica da equipe de
enfermagem.

Discursos de enfermagem
sobre humanização na UTI
O cuidado intensivo oferecido
ao paciente no ambiente de
UTI
Expectativas de familiares de
clientes em UTI sobre o
atendimento em saúde.
Fatores geradores de
estresse em enfermeiros de
UTI
Estratégias para o
acolhimento dos familiares
dos pacientes na UTI
Fatores estressores para a
equipe de enfermagem da
unidade de terapia intensiva

Predebon G.R
Beuter M.
Flores R.G
Perlini N.M.O
Brondani C.M
Santos N.O
Silva F.D
Chernicharo I.M
Silva R.C
Ferreira M.A
Backes M.T.S
Edrmann A.L
Buscher A.

Descritores

Ano de
publicação

Base de dados

2011
“Enfermagem”
e “UTI”

LILACS
2009

2012

2011
LILACS

“Humanização
”e
“enfermagem”
2012

Silva F.S
Santos I.

2010

SCIELO

Rodrigues V.M.C
Frerreira A.S.S

2011

SCIELO

2012

SCIELO

2012

LILACS

MaestrI E.
Nascimento E.R.P
Bertoncello K.C.G
Martins J.J

“UTI” e
Humanização”
e
“enfermagem

Rodrigues T.D.F

A coleta de dados foi concebida a partir de matérias já publicadas, onde foram
selecionados dez artigos e extraídos recortes de autores que fundamentassem a
ideologia de nossa pesquisa. Dessa forma fizemos comparação entre os dados
oriundos de diferentes fontes no intuito de tornar mais convincente e precisa as
informações obtidas (PRODANOV; FREITAS, 2013).

RESULTADOS E DISCUSSÃO
Partindo da leitura flutuante do material, foram elencadas quatro categorias de
análise, as quais estão dispostas em sequência:
5

Categoria 1 – Relação profissional e Família
Segundo Campos; Melo (2011), as equipes multidisciplinares de UTI aos
poucos está considerando o cidadão em sua plenitude, visando minimizar os
aspectos negativos de uma internação, o distanciamento familiar, o medo da morte.
Ainda segundo os mesmos autores, os profissionais tentam estreitar as
relações interpessoais nos âmbitos laboral e paciente – família, diminuindo as
barreiras hostis que possam impedir a aproximação das relações cidadão – família –
profissional.
A presença do enfermeiro e da equipe interagindo com a família, que se sente
alheia e insegura nesse contexto, facilita a vivência da hospitalização. A família
sente necessidade de atenção de um profissional para obter informações sobre
como seu familiar passou o dia, as intercorrências e as da unidade. (MAESTRI et al,
2012).

Segundo Predebon et al., (2011) os familiares desconhecem as condições
clínica do paciente, gerando uma necessidade maior para a equipe de enfermagem
manter a família informada sobre as condições do paciente e o ambiente que o
cerca. A equipe de enfermagem está mais voltada para as condições clínicas do
doente e o diagnóstico. Durante as visitas, a família ainda não é percebida como
uma prática do cuidar para a equipe de enfermagem. Isso significa que assistência
de enfermagem deve ser ampliada, inserindo a família como parte no cuidar ao
paciente.
A valorização da presença da família na unidade é precisa, pois é ela quem
resgata a ideia de individualidade do ser e traz aspectos positivos na recuperação da
pessoa enferma, além do que a família informa à equipe coisas que serão
necessárias para a articulação de um plano de cuidado.
Segundo Maestri et al., (2012) o acolhimento é uma das diretrizes da Política
Nacional de Humanização PNH, tendo por sua vez a busca incessante a uma maior
relevância, no reconhecimento do outro com suas diferenças, suas dores, seu modo
de viver. Em compromissos coletivos devendo o acolhimento ser inserido em todos
os ambientes, principalmente onde existir o risco iminente de morte, devendo a
família também ser valorizada.
6

Percebemos inicialmente que o “processo de humanizar” a assistência é algo
que exige mudança, no sentido de transpor a relação doença-tecnologia e adequar
ambiente e subjetividade igualitariamente como parâmetros na assistência.
Há de se considerar na família um ponto relevante na condução e
recuperação do paciente internado, fato este que os profissionais de UTI‟s
encontram entraves.
Diversos fatores dificultam a interação da equipe de enfermagem durante a
visita dos familiares nas UTI‟s, entre eles podemos citar o receio de que os familiares
não compreendam as informações transmitidas, o que gera insegurança na equipe.
Para Prebedon et al, (2011), o trabalho dos profissionais em UTI‟s continua
centrado na execução de ações assistenciais dirigidas diretamente ao paciente,
permanecendo a família à margem de uma atenção mais específica. Por vezes o
contato direto com pacientes em estado crítico e seus familiares é penoso para o
enfermeiro, levando-o ao desenvolvimento de estratégias defensivas como a fuga e
o afastamento, para diminuir o próprio sofrimento. A estrutura física da UTI,
associada às condições dos pacientes e à intensa atividade da equipe de saúde, faz
dessa unidade um ambiente hostil e pouco receptivo.
Segundo silva el al, (2012) diante disso, deve-se fazer valer o direito do
cidadão expresso na Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde onde diz que os
cidadãos devem receber informações claras do seu estado de saúde se estendendo
a seus familiares.
Ainda considerando o mesmo autor, na especificidade da assistência de
enfermagem, refletir sobre a invisibilidade dos profissionais de enfermagem diante
dos familiares é mister. Isso porque a equipe de enfermagem está em tempo integral
prestando cuidados intensivos ao usuário, e em grande parte corresponde ao maior
quantitativo de profissionais neste setor. Nesta perspectiva, é deveras relevante
salientar que um dos conceitos fundamentais para o cuidado de enfermagem
humanizado é a relação interpessoal, que deve se fazer presente independente do
cenário de atuação.
Identifica-se o impacto da relação interpessoal entre profissionais e familiares.
Estes últimos possuem dúvidas, temores e questionamentos associados ao
desconhecimento do estado clínico e, sobretudo, ao distanciamento do paciente
7

internado. Todavia, nota-se que a prática profissional tem tendência maior a
esquivar-se do contato direto com familiares, priorizando ajustes à assistência,
porém que não contribuem para uma boa percepção familiar do processo.
O familiar quando vai fazer sua visita ao paciente na UTI, depara-se com o
impacto de ver seu ente querido com aspectos físicos totalmente diferentes
daqueles que ele está acostumado a ver e conviver, tais aspectos geram na cabeça
do familiar, pensamentos duvidosos, questionamentos que ele não consegue
responder a si mesmo como: será que ele vai sobreviver? Será que vai morrer? Será
que vai demorar a sair deste estado e voltar para nosso convívio? Essas
especulações acabam gerando nos familiares sentimentos de medo, angustia,
tristeza, desespero entre outros.
Neste contexto, o familiar necessita de uma orientação, e já que a equipe é
quem está diretamente em contato com o paciente, é nela que o familiar deposita
sua esperança e é dela também que ele espera informações que possam confortar
seu coração.
Com isso faz-se necessário que o profissional tenha atitudes mais humanas,
que se coloque um pouco no lugar do outro, com isso o ideal seria que ele se
aproximasse mais dos familiares interagindo com estes, ouvindo-os, entendendo
suas aflições para enfim amenizar suas dores, dando informações esclarecidas que
estes necessitam e assim prestar uma assistência de forma humanizada e de
qualidade.

Categoria 2 – Relação Profissional, ambiente e fatores
geradores de estresse.
Segundo Rodrigues; Ferreira (2011), o estresse ocupacional é muito
presente, acometendo principalmente os enfermeiros, devido ao fato de que a UTI é
um ambiente estressante que atende a doente em estado crítico que requerem um
cuidado permanente e especializado, além de terem equipamentos sofisticados e
barulhentos, ainda tem rotinas exigentes e muitas das vezes não tem luz natural e a
possibilidades de morte é muito maior que em outros ambientes.
8

O estresse é muito presente no dia-a-dia dos profissionais de enfermagem
das UTIs, eles devem lidar com pacientes críticos, equipamentos sofisticados e
barulhentos, falta de luz natural e tem exercer rotinas muito exigentes em seu
ambiente laboral.
Para Silva et al, (2012), a humanização também envolve cuidado com a
equipe de saúde, pois o profissional deve criar maneiras para enfrentar as tensões e
sentimentos dele, do usuário e do familiar. Uma das formas seria a possível criação
de um espaço onde possa ter oportunidade de trabalhar conflitos, lidar com a
profissão e refletir sobre as assistências aos usuários com o objetivo de melhorar os
serviços prestados no ambiente hospitalar.
Ainda segundo os mesmos autores, as estratégias devem ser adotadas
visando diminuir as tensões que os profissionais de enfermagem de UTI vivem,
garantindo não só a saúde do paciente, mas também as dos profissionais. Tendo em
vista o desgaste emocional e físico que os trabalhadores sofrem, desta forma
repercute na qualidade da assistência prestada em saúde.
As UTIs proporcionam um ambiente desgastante para os enfermeiros que lá
atuam, tendo que lidar com seus sentimentos, pacientes e familiares. As novas UTIs
estão sendo projetadas para dar maior conforto para os profissionais, pacientes e
família.
Segundo Alves (2013) Isso porque a UTI tem seu ambiente bastante instável,
com dias tranquilos e agitados, assim como pacientes que requerem de toda equipe,
atenção e cuidado rigoroso. A enfermagem além de se deparar todos os dias com a
morte, dores e perdas, também cria oportunidades para o desenvolvimento humano
para cada cuidador.
Na análise do nível de estresse para cada domínio, o que apresentou o maior
nível de estresse foi o de administração de pessoal, seguido das condições de
trabalho, a coordenação das atividades, com a assistência de enfermagem, o
funcionamento da unidade e o relacionamento interpessoal.
Segundo Rodrigues; Ferreira (2011), a presença de luz natural no serviço não
influencia os níveis de estresse dos enfermeiros. Já a relação existente entre a
interferência de ruído nas atividades e o índice de estresse nos enfermeiros, verificase que o ruído leva a níveis de estresse mais elevados, entretanto as diferenças não
9

são significativas, sendo certo que os enfermeiros com nível de estresse mais
elevado podem ter maior sensibilidade ao ruído. Em relação estrutura física e os
níveis de estresse nos enfermeiros, observou-se que aqueles que trabalham numa
estrutura física desadequada têm níveis de estresse mais elevados.
Os ruídos contínuos e intermitentes dentro de uma UTI são um dos fatores
determinantes para o aumento do estresse em profissionais de enfermagem,
sofrendo ainda mais os que têm maior sensibilidade, não ficando também atrás as
unidades de terapia intensivas que não apresentam condições físicas, ambientais e
humanas para que possa ser desenvolvido um trabalho melhor em concordância
com as tecnologias que cada vez mais estão presentes para auxiliar um melhor
cuidar do paciente.
Segundo Silva et al, (2012) As tecnologias no cuidar são de grande
importância nas UTIs, auxiliando na recuperação do doente, levando o enfermeiro a
buscar o conhecimento dos equipamentos, onde o profissional deve atentar-se para
efetivação nas práticas da PNH, assim colocando em atendimento mais humanizado
ao invés de preocupação com a tecnologia. Desta forma deve-se observar o
paciente.
Segundo Ferreira et al (2012), as equipes de enfermagem se atem tanto aos
equipamentos tecnológicos, que parecem ser a alma das unidades. Isso acontece
porque as UTIs possuem uma especificidade própria, pois os recursos tecnológicos
exigem da equipe de enfermagem um cuidar diferenciado em relação às outras
unidades. Ressalta-se que tal cuidar deve ser embasado de acordo com as
necessidades humanas, a partir da tecnologia e também sob a visão dos outros
fatores ambientais que poderão interferir na restauração da saúde. Neste sentido
observa-se em diversas circunstancias, aspectos que acabam as atenções para a
tecnologia como principal responsável. Com isso é necessário refletir em que
medida a tecnologia contribui como problemas nas unidades de terapia intensiva.
Para Campos; Melo (2011), a tecnologia tem distanciado os profissionais da
relação com a teoria e a prática, formando profissionais incoerentes, mantendo um
discurso mecanicista, sem observar a diferença individual dos pacientes, furtando-se
as discursões de modelos que compreendam o cidadão e a essência da vida.
O paciente é “deixado de lado”, muitas vezes por seu estado ser grave, nem
sempre se consegue ter diálogo com aquele paciente então os profissionais passam
10

a ter suas atitudes de forma mecânica e deixando o “trabalho” para os
equipamentos. Dialogar, interagir com uma pessoa que não responde, onde o único
lugar que se pode vê seus estímulos e seus parâmetros de vida são em um monitor
acaba dificultando essa interação e neste sentido não se tem cuidado humanizado.

Categoria 3 – Relação profissional e Paciente
Segundo Silva et al,(2012) Entende-se que os usuários enfrentam um desgaste
emocional por presenciarem situações críticas, somando-se ao constante barulho
dos aparelhos e conversas dos profissionais, sendo indicada a necessidade de
cuidado pelo enfermeiro também neste contexto. Um ponto interessante nesta
discursão refere-se à visão que o usuário tem sobre a UTI. O medo do desconhecido
gera estigma sobre ela. Quando um usuário entra na UTI, acredita que esteja entre a
vida e a morte, o que causa insegurança, já que no seu ponto de vista entende como
um lugar sinônimo de morte.
Segundo os mesmos autores, os pacientes internados na unidade de terapia
intensiva têm uma percepção insatisfatória que se relacionam a duvida quanto à vida
e a morte, impotência e dependência. O paciente só passa a ter percepção
satisfatória quando tem certeza que sua vida vai continuar. É de grande importância
que a equipe de saúde dê atenção e tenha dedicação a essas situações criticas,
demonstrando carinho e apoio emocional. Para ter uma percepção satisfatória dos
usuários, busca-se que a equipe se faça presente e que tenham preparo técnico,
isso contribui para a humanização.
Ainda segundo os mesmos autores, uma das causas que emerge no contexto
da prática de cuidar dos enfermeiros na TI, em relação á humanização, é a interação
que tais profissionais mantem com os usuários nas suas ações de cuidar. O
cotidiano traz rotinas mecanizadas para facilitar a dinâmica que o enfermeiro
estabelece ao seu trabalho diário, priorizando assim, suas atividades. O usuário
capaz de interagir com esse profissional muitas vezes sente-se isolado, pois a
atenção do enfermeiro está apenas focada nas suas atividades, e sendo ele posto
em segundo plano.
11

O fato de o profissional ter excesso de trabalho e lidar com uma complexidade
implicada nesse tipo de assistência culmina com sobrecarga física e psíquica ao
profissional, fazendo com que ele cuide e aplique um cuidar de forma mecanicista.
A equipe de saúde é para o usuário um eixo de ligação com a vida fora do
ambiente de terapia intensiva, por isso é de grande importância que ela se
apresente e explique os procedimentos, que converse e interaja com os usuários,
principalmente a equipe que presta cuidado integral.
Os profissionais devem prestar uma assistência integral tanto no papel do
cuidador como no do educador, valorizando o ser humano em sua diversidade e
experiência de vida, transformando a solidariedade como uma prática dinâmica e
participativa.
Segundo Campos, Melo (2012) Conforme o paciente agrava diminui o dialogo
e vem à tona apenas a preocupação com as condições de saúde que o mesmo está
apresentando, e passa a ser visto não mais humanisticamente e sim mais um
paciente crítico. O estado de saúde do paciente faz com que o profissional crie
mecanismos de distanciamento tornando-se frio diante das situações.
O cuidar em uma UTI significa equilíbrio entre a técnica e o cuidado humano
que deve constituir cada profissional. Para mudar a realidade tecnicista da UTI, o
melhor caminho seria alcançar este equilíbrio, a presença do cuidador se tornaria o
elo entre paciente, o mundo técnico-cientifico e humano.
Necessita-se que o profissional de enfermagem se atente aos estímulos que
ele recebe do ambiente ao seu redor, deixando aflorar sua sensibilidade para que
assim ele possa ser capaz de ouvir, sentir e promover um atendimento digno de
maneira mais humana, ou seja, o cuidador deve levar ao paciente todo o cuidado e
assistência de forma humanitária.

Categoria 4 – Relação Profissional e Humanização
Segundo Costa et al, (2009) Para os profissionais da equipe de enfermagem
a humanização em saúde propicia o resgate de características humanas durante o
12

ato de cuidar, como a empatia, a responsabilidade, a ética e a sensibilidade, os
profissionais acreditam que humanizar é a oportunidade de ver o paciente de forma
integral, ou seja, “como um todo”, além de que é uma forma de escutar, dialogar e
cuidar. Assim sendo, humanizar é valorizar o paciente, a família e a equipe de saúde
visando mudanças paradigmáticas e o cuidado humanístico.
Ainda segundo mesmos autores, afirmam que a humanização em hospitais
trazem muitos benefícios tais como: a redução do tempo de internação, o aumento
da sensação de bem estar entre pacientes, familiares e funcionários, a diminuição
das faltas de trabalho e redução dos gastos em saúde.
Algumas medidas para humanizar o serviço são importantes, como: diminuir o
tempo de espera, melhorar os espaços destinados à equipe e aos pacientes e
familiares, rever certas normas e rotinas e fornecer informações compreensíveis e
adequadas.
Para Maestri (2012), para que se estabeleça a humanização da assistência, a
postura acolhedora dos profissionais é primordial. Uma das possibilidades para que
essas famílias sintam-se ouvidas e compreendidas pelos profissionais é que se
estabeleça um vinculo de confiança nessa relação.
Segundo mesmo autor, acolher significa receber, recepcionar e, também,
aceitar o outro como sujeito de direitos e desejos, e como corresponsável pela
produção da saúde, tanto na perspectiva individual como do ponto de vista coletivo.
Ainda segundo o mesmo autor, visando o acolhimento dos usuários do
Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde do Brasil lançou a Política
Nacional de Humanização (PNH) que tem como objetivo principal aprimorar as
relações dos profissionais da saúde, com os usuários, na busca do atendimento às
suas necessidades.
Para Alves (2012) Porém a humanização muitas vezes é negligenciada pelos
cuidadores devido à falta de tempo, desmotivação, acúmulo de atividades e ate falta
de conscientização mesmo que seja realizado um procedimento técnico de
qualidade.
A partir desses discursos anteriormente apresentados é necessário não só
melhorar o acesso, o acolhimento e cuidado prestado, mas também o modo de gerir
e administrar as práticas de saúde com vistas a qualificar o serviço. É imprescindível
13

a reorganização estrutural do cuidado, fornecendo maior recurso humano e
melhores condições de trabalho.
“É possível cuidar do paciente de forma integral independente de toda a sua
complexidade relacionada a determinantes biológicos, sociais, psicológicos,
familiares, culturais a ambientais, pois o essencial o trabalho de enfermagem não
deve ser apenas o corpo biológico, mas também o ser humano em todos os seus
aspectos” (GUARANHANI, 2008 apud ALVES 2012).
Acredita-se que para se prestar uma assistência humanizada é necessário
não só a mudança por parte dos profissionais, mas sim também dos vários fatores
que rodeiam este profissional. Se o ambiente não é favorável a assistência não é
integral, este pode contribuir para a evolução dos sintomas de estresse, o que
influencia no trabalho dos profissionais de forma negativa, a reorganização entre a
equipe e a família também é um ponto relevante, colocar-se no lugar do outro para
entender seu sentimentos e pensamentos é um ponto fundamental pois só assim
pode-se de certa forma compreender a realidade dos fatos para poder prestar uma
assistência de qualidade.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os achados indicam que os profissionais de enfermagem conceituam
humanização como forma de respeito e valorização do paciente, que estratégias de
acolhimento devam ser implantadas no ambiente de UTI, assim como se faz
necessário que se melhore as relações interpessoais para que sejam amenizados os
fatores estressantes para que não afetem na assistência humanizada de qualidade
que deve ser prestada.
Para que haja controle dos fatores estressantes em unidades de terapia
intensiva de adulto, e assim reduzir o estresse nos profissionais de enfermagem,
sugere-se a realização de reuniões de equipe, planejamento das atividades e a
valorização dos distintos saberes com ênfase nas experiências dos profissionais, em
prol da saúde dos trabalhadores e da qualidade do trabalho. Deve-se buscar a
autonomia, ter participação ativa nas decisões da equipe multiprofissional e, acima
14

de tudo, obter melhorias para evitar a sobrecarga de trabalho, tendo assim uma
tríade de: bom ambiente de trabalho, trabalhador sadio e assistência de qualidade.
Acredita-se que as técnicas rotineiras e mecanicistas devem ser abolidas,
fazendo com que sejam adotadas medidas humanísticas, e os profissionais de
enfermagem devam passar a tratar seus pacientes com empatia, respeito e
dignidade, devem ter um cuidado comprometido com a ética. Assim como dar
possibilidade para que a família tenha maior participação no cuidado do paciente.
Sugere-se que se invista em educação permanente dos profissionais de TI
com objetivo de compreender como essa realidade vem interferindo e criando
obstáculos para o cuidado humanizado.

CAUTION HUMANIZED IN INTENSIVE CARE UNIT (ICU)

ABSTRACT
This study, which treated an integrative review of the literature, aimed to identify the
context of existing knowledge about the humanized care nursing in intensive care
units. Ten articles were selected for analysis, through the databases LILACS and
SciELO, considering the period from 2009 to 2013, which had as its primary focus
the humanization in intensive care unit and its process. Through the methodology of
content analysis, we were able to elect four categories of results: professional
relationship and family, professional relationships, and environment as stressful,
professional relationship and patient and professional relationship and humanization.
Humanization was highlighted in several aspects of your process, such as the design
of a "process humanized” by professionals, family members and host factors that
generate stress, which are intrinsic to act in intensive care. It was concluded that the
process of humanization, based on protocols and routines, it is possible to be
deployed, however there working organizational culture that increasingly
professionals and institutions can act in a humane way in the context of the severity
of patients.

Keyword: Professional Nursing; humanization; Intensive Care Unit.
15

REFERÊNCIAS
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intensiva.the nursing caregiver and the caring in intensive care units. Unopar
cient ciênc biol saúde 2013;15(2):115-22

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  • 1. 1 O CONTEXTO DO CUIDADO HUMANIZADO DE ENFERMAGEM EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA (UTI): uma revisão integrativa de literarura. Daniela Gonçalves Andrade* Gilvan Bezerra Soares** Karina Vilhena Filizzola Clarice Geórgia Monteiro Dias e Silva RESUMO Este estudo, o qual tratou-se de uma revisão integrativa de literatura, teve como objetivo identificar o contexto de conhecimentos existentes acerca do cuidado humanizado de Enfermagem em unidades de terapia intensiva. Foram selecionados dez artigos para análise, através das bases de dados LILACS e SciELO, considerando o período de 2009 a 2013, os quais tinham como o enfoque principal a humanização em unidade de terapia intensiva e seu processo. Através da metodologia de análise de conteúdo, pudemos eleger quatro categorias de resultados: relação profissional e família, relação profissional, ambiente e fatores geradores de estresse, relação profissional e paciente e relação profissional e humanização. A humanização foi destacada sob vários aspectos de seu processo, tais como a concepção de um “processo humanizado” pelos profissionais, o acolhimento aos familiares e os fatores geradores de estresse, os quais são intrínsecos ao atuar em terapia intensiva. Concluiu-se que o processo de humanização, pautado em protocolos e rotinas, é possível de ser implantando, porém há de trabalhar a cultura organizacional para que cada vez mais profissionais e instituições possam atuar de forma humanizada no contexto da gravidade de pacientes. Palavra-chave: Enfermagem; Humanização; Unidade de Terapia Intensiva.
  • 2. 2 INTRODUÇÃO Segundo Costa et al, (2009) a humanização tem se constituído em uma temática central na atualidade, configurando um dos elementos que podem permitir o resgate do cuidado humanístico ao indivíduo – que vivencia o estar saudável e o estar doente – e a sua família. Isso porque, ao longo dos tempos, a formação de profissionais e a organização dos serviços de saúde têm privilegiado e priorizado, o conhecimento parcial e especializado, a supremacia do poder médico, a valorização da técnica e da destreza manual e a visão do ser humano como máquina. Segundo Costa et al, (2009), um hospital humanizado é aquele que sua estrutura física, tecnológica, humana e administrativa valoriza e respeita a pessoa, colocando-se a serviço dela, garantindo-lhe um atendimento de elevada qualidade. É diante de vários aspectos presentes nos contextos hospitalares que se conseguirá implantar e implementar a política de humanização como estratégia eficaz para um atendimento resolutivo e acolhedor ao usuário, e garantir educação permanente aos profissionais, bem como sua participação nos modelos de gestão, para alcançar melhorias na produção de cuidados de saúde. Segundo (Ferreira et al, 2012), o cenário da terapia intensiva é repleto de tecnologias, preocupações sobre a humanização acabam surgindo sempre. Quando vêm à tona as discussões sobre práticas de desumanização na assistência de enfermagem, quase que em associação, surgem as alusões ao desenvolvimento das tecnologias. Um dos elementos envolvidos neste debate, acerca da relação entre a tecnologia e a desumanização do cuidado, articula-se às situações de assistência em que, à primeira vista, ocorre predominância da máquina e dos dados objetivos que ela mostra, em detrimento de outros procedimentos mais ligados ao cuidado direto aos usuários e da subjetividade implicada na relação entre humanos. Segundo Cota et al, (2009) Acredita-se que manter a dignidade do ser humano e o respeito por seus direitos sendo importante dar voz aos profissionais para compreender como eles se percebem em meio a esta política e prática em saúde seja o principal objetivo da humanização em unidades de alta complexidade, como as Unidades de Terapia Intensiva (UTI‟s). Sendo assim, humanizar pressupõe o resgate e a revelação das características humanas, como partes constitutivas do
  • 3. 3 funcionamento hospitalar e como forma de valorizar o paciente, a família e a equipe de saúde, com vistas à mudança paradigmática e ao cuidado humanístico. O objetivo desse estudo foi identificar o contexto de conhecimentos existentes acerca do cuidado humanizado de Enfermagem em unidades de terapia intensiva. MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de uma revisão integrativa de literatura onde foram consultadas as bases eletrônicas de dados SciELO (Scientific Electronic Library Online), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) através da Biblioteca Virtual em Saúde - BVS (PRODANOV; FREITAS, 2013). Foram levantados, dentre a produção nacional, artigos com o tema central voltado à humanização em unidades de terapia intensiva, publicados no período de 2009 a 2013. “Nas buscas eletrônicas, foram utilizados os seguintes descritores: “humanização” e “UTI”; “humanização” e enfermagem”; e “UTI” e “humanização” e “enfermagem”. Foram “encontrados na 1° forma de pesquisa: „„humanização” and “UTI”, 101 artigos na base LILACS, sendo selecionados 3 destes e descartados 98 pois, o ano de publicação e assunto não se adequavam aos critérios de inclusão . Ainda na 1° forma não foram encontrados nenhum artigo que se adequasse à pesquisa na base SciELo. Na 2° forma: “humanização” e “enfermagem” foram encontrados 574 artigos na base LILACS e 4 selecionados. Pela base SciELo foram encontrados 181 artigos e apenas 1 selecionado, os outros artigos tinham ano de publicação inferior ao ano de 2009. Na 3° forma “humanização” e “enfermagem” e “UTI” foram encontrados 87 artigos na base SciElo e 2 foram selecionados os outros artigos não se adequavam ao critério de inclusão.
  • 4. 4 Tabela 1 – Descriminação dos artigos utilizados para a análise de estudo. Título do artigo Autores Assistência em enfermagem na perspectiva da clinica ampliada em UTI Campos L.F Melo M.R.C Humanização em unidade de UTI Costa S.C Figueiredo M.R.B Schaurich D. O cuidador de enfermagem e o cuidar em uma UTI Alves E.F A visita de familiares em UTI na ótica da equipe de enfermagem. Discursos de enfermagem sobre humanização na UTI O cuidado intensivo oferecido ao paciente no ambiente de UTI Expectativas de familiares de clientes em UTI sobre o atendimento em saúde. Fatores geradores de estresse em enfermeiros de UTI Estratégias para o acolhimento dos familiares dos pacientes na UTI Fatores estressores para a equipe de enfermagem da unidade de terapia intensiva Predebon G.R Beuter M. Flores R.G Perlini N.M.O Brondani C.M Santos N.O Silva F.D Chernicharo I.M Silva R.C Ferreira M.A Backes M.T.S Edrmann A.L Buscher A. Descritores Ano de publicação Base de dados 2011 “Enfermagem” e “UTI” LILACS 2009 2012 2011 LILACS “Humanização ”e “enfermagem” 2012 Silva F.S Santos I. 2010 SCIELO Rodrigues V.M.C Frerreira A.S.S 2011 SCIELO 2012 SCIELO 2012 LILACS MaestrI E. Nascimento E.R.P Bertoncello K.C.G Martins J.J “UTI” e Humanização” e “enfermagem Rodrigues T.D.F A coleta de dados foi concebida a partir de matérias já publicadas, onde foram selecionados dez artigos e extraídos recortes de autores que fundamentassem a ideologia de nossa pesquisa. Dessa forma fizemos comparação entre os dados oriundos de diferentes fontes no intuito de tornar mais convincente e precisa as informações obtidas (PRODANOV; FREITAS, 2013). RESULTADOS E DISCUSSÃO Partindo da leitura flutuante do material, foram elencadas quatro categorias de análise, as quais estão dispostas em sequência:
  • 5. 5 Categoria 1 – Relação profissional e Família Segundo Campos; Melo (2011), as equipes multidisciplinares de UTI aos poucos está considerando o cidadão em sua plenitude, visando minimizar os aspectos negativos de uma internação, o distanciamento familiar, o medo da morte. Ainda segundo os mesmos autores, os profissionais tentam estreitar as relações interpessoais nos âmbitos laboral e paciente – família, diminuindo as barreiras hostis que possam impedir a aproximação das relações cidadão – família – profissional. A presença do enfermeiro e da equipe interagindo com a família, que se sente alheia e insegura nesse contexto, facilita a vivência da hospitalização. A família sente necessidade de atenção de um profissional para obter informações sobre como seu familiar passou o dia, as intercorrências e as da unidade. (MAESTRI et al, 2012). Segundo Predebon et al., (2011) os familiares desconhecem as condições clínica do paciente, gerando uma necessidade maior para a equipe de enfermagem manter a família informada sobre as condições do paciente e o ambiente que o cerca. A equipe de enfermagem está mais voltada para as condições clínicas do doente e o diagnóstico. Durante as visitas, a família ainda não é percebida como uma prática do cuidar para a equipe de enfermagem. Isso significa que assistência de enfermagem deve ser ampliada, inserindo a família como parte no cuidar ao paciente. A valorização da presença da família na unidade é precisa, pois é ela quem resgata a ideia de individualidade do ser e traz aspectos positivos na recuperação da pessoa enferma, além do que a família informa à equipe coisas que serão necessárias para a articulação de um plano de cuidado. Segundo Maestri et al., (2012) o acolhimento é uma das diretrizes da Política Nacional de Humanização PNH, tendo por sua vez a busca incessante a uma maior relevância, no reconhecimento do outro com suas diferenças, suas dores, seu modo de viver. Em compromissos coletivos devendo o acolhimento ser inserido em todos os ambientes, principalmente onde existir o risco iminente de morte, devendo a família também ser valorizada.
  • 6. 6 Percebemos inicialmente que o “processo de humanizar” a assistência é algo que exige mudança, no sentido de transpor a relação doença-tecnologia e adequar ambiente e subjetividade igualitariamente como parâmetros na assistência. Há de se considerar na família um ponto relevante na condução e recuperação do paciente internado, fato este que os profissionais de UTI‟s encontram entraves. Diversos fatores dificultam a interação da equipe de enfermagem durante a visita dos familiares nas UTI‟s, entre eles podemos citar o receio de que os familiares não compreendam as informações transmitidas, o que gera insegurança na equipe. Para Prebedon et al, (2011), o trabalho dos profissionais em UTI‟s continua centrado na execução de ações assistenciais dirigidas diretamente ao paciente, permanecendo a família à margem de uma atenção mais específica. Por vezes o contato direto com pacientes em estado crítico e seus familiares é penoso para o enfermeiro, levando-o ao desenvolvimento de estratégias defensivas como a fuga e o afastamento, para diminuir o próprio sofrimento. A estrutura física da UTI, associada às condições dos pacientes e à intensa atividade da equipe de saúde, faz dessa unidade um ambiente hostil e pouco receptivo. Segundo silva el al, (2012) diante disso, deve-se fazer valer o direito do cidadão expresso na Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde onde diz que os cidadãos devem receber informações claras do seu estado de saúde se estendendo a seus familiares. Ainda considerando o mesmo autor, na especificidade da assistência de enfermagem, refletir sobre a invisibilidade dos profissionais de enfermagem diante dos familiares é mister. Isso porque a equipe de enfermagem está em tempo integral prestando cuidados intensivos ao usuário, e em grande parte corresponde ao maior quantitativo de profissionais neste setor. Nesta perspectiva, é deveras relevante salientar que um dos conceitos fundamentais para o cuidado de enfermagem humanizado é a relação interpessoal, que deve se fazer presente independente do cenário de atuação. Identifica-se o impacto da relação interpessoal entre profissionais e familiares. Estes últimos possuem dúvidas, temores e questionamentos associados ao desconhecimento do estado clínico e, sobretudo, ao distanciamento do paciente
  • 7. 7 internado. Todavia, nota-se que a prática profissional tem tendência maior a esquivar-se do contato direto com familiares, priorizando ajustes à assistência, porém que não contribuem para uma boa percepção familiar do processo. O familiar quando vai fazer sua visita ao paciente na UTI, depara-se com o impacto de ver seu ente querido com aspectos físicos totalmente diferentes daqueles que ele está acostumado a ver e conviver, tais aspectos geram na cabeça do familiar, pensamentos duvidosos, questionamentos que ele não consegue responder a si mesmo como: será que ele vai sobreviver? Será que vai morrer? Será que vai demorar a sair deste estado e voltar para nosso convívio? Essas especulações acabam gerando nos familiares sentimentos de medo, angustia, tristeza, desespero entre outros. Neste contexto, o familiar necessita de uma orientação, e já que a equipe é quem está diretamente em contato com o paciente, é nela que o familiar deposita sua esperança e é dela também que ele espera informações que possam confortar seu coração. Com isso faz-se necessário que o profissional tenha atitudes mais humanas, que se coloque um pouco no lugar do outro, com isso o ideal seria que ele se aproximasse mais dos familiares interagindo com estes, ouvindo-os, entendendo suas aflições para enfim amenizar suas dores, dando informações esclarecidas que estes necessitam e assim prestar uma assistência de forma humanizada e de qualidade. Categoria 2 – Relação Profissional, ambiente e fatores geradores de estresse. Segundo Rodrigues; Ferreira (2011), o estresse ocupacional é muito presente, acometendo principalmente os enfermeiros, devido ao fato de que a UTI é um ambiente estressante que atende a doente em estado crítico que requerem um cuidado permanente e especializado, além de terem equipamentos sofisticados e barulhentos, ainda tem rotinas exigentes e muitas das vezes não tem luz natural e a possibilidades de morte é muito maior que em outros ambientes.
  • 8. 8 O estresse é muito presente no dia-a-dia dos profissionais de enfermagem das UTIs, eles devem lidar com pacientes críticos, equipamentos sofisticados e barulhentos, falta de luz natural e tem exercer rotinas muito exigentes em seu ambiente laboral. Para Silva et al, (2012), a humanização também envolve cuidado com a equipe de saúde, pois o profissional deve criar maneiras para enfrentar as tensões e sentimentos dele, do usuário e do familiar. Uma das formas seria a possível criação de um espaço onde possa ter oportunidade de trabalhar conflitos, lidar com a profissão e refletir sobre as assistências aos usuários com o objetivo de melhorar os serviços prestados no ambiente hospitalar. Ainda segundo os mesmos autores, as estratégias devem ser adotadas visando diminuir as tensões que os profissionais de enfermagem de UTI vivem, garantindo não só a saúde do paciente, mas também as dos profissionais. Tendo em vista o desgaste emocional e físico que os trabalhadores sofrem, desta forma repercute na qualidade da assistência prestada em saúde. As UTIs proporcionam um ambiente desgastante para os enfermeiros que lá atuam, tendo que lidar com seus sentimentos, pacientes e familiares. As novas UTIs estão sendo projetadas para dar maior conforto para os profissionais, pacientes e família. Segundo Alves (2013) Isso porque a UTI tem seu ambiente bastante instável, com dias tranquilos e agitados, assim como pacientes que requerem de toda equipe, atenção e cuidado rigoroso. A enfermagem além de se deparar todos os dias com a morte, dores e perdas, também cria oportunidades para o desenvolvimento humano para cada cuidador. Na análise do nível de estresse para cada domínio, o que apresentou o maior nível de estresse foi o de administração de pessoal, seguido das condições de trabalho, a coordenação das atividades, com a assistência de enfermagem, o funcionamento da unidade e o relacionamento interpessoal. Segundo Rodrigues; Ferreira (2011), a presença de luz natural no serviço não influencia os níveis de estresse dos enfermeiros. Já a relação existente entre a interferência de ruído nas atividades e o índice de estresse nos enfermeiros, verificase que o ruído leva a níveis de estresse mais elevados, entretanto as diferenças não
  • 9. 9 são significativas, sendo certo que os enfermeiros com nível de estresse mais elevado podem ter maior sensibilidade ao ruído. Em relação estrutura física e os níveis de estresse nos enfermeiros, observou-se que aqueles que trabalham numa estrutura física desadequada têm níveis de estresse mais elevados. Os ruídos contínuos e intermitentes dentro de uma UTI são um dos fatores determinantes para o aumento do estresse em profissionais de enfermagem, sofrendo ainda mais os que têm maior sensibilidade, não ficando também atrás as unidades de terapia intensivas que não apresentam condições físicas, ambientais e humanas para que possa ser desenvolvido um trabalho melhor em concordância com as tecnologias que cada vez mais estão presentes para auxiliar um melhor cuidar do paciente. Segundo Silva et al, (2012) As tecnologias no cuidar são de grande importância nas UTIs, auxiliando na recuperação do doente, levando o enfermeiro a buscar o conhecimento dos equipamentos, onde o profissional deve atentar-se para efetivação nas práticas da PNH, assim colocando em atendimento mais humanizado ao invés de preocupação com a tecnologia. Desta forma deve-se observar o paciente. Segundo Ferreira et al (2012), as equipes de enfermagem se atem tanto aos equipamentos tecnológicos, que parecem ser a alma das unidades. Isso acontece porque as UTIs possuem uma especificidade própria, pois os recursos tecnológicos exigem da equipe de enfermagem um cuidar diferenciado em relação às outras unidades. Ressalta-se que tal cuidar deve ser embasado de acordo com as necessidades humanas, a partir da tecnologia e também sob a visão dos outros fatores ambientais que poderão interferir na restauração da saúde. Neste sentido observa-se em diversas circunstancias, aspectos que acabam as atenções para a tecnologia como principal responsável. Com isso é necessário refletir em que medida a tecnologia contribui como problemas nas unidades de terapia intensiva. Para Campos; Melo (2011), a tecnologia tem distanciado os profissionais da relação com a teoria e a prática, formando profissionais incoerentes, mantendo um discurso mecanicista, sem observar a diferença individual dos pacientes, furtando-se as discursões de modelos que compreendam o cidadão e a essência da vida. O paciente é “deixado de lado”, muitas vezes por seu estado ser grave, nem sempre se consegue ter diálogo com aquele paciente então os profissionais passam
  • 10. 10 a ter suas atitudes de forma mecânica e deixando o “trabalho” para os equipamentos. Dialogar, interagir com uma pessoa que não responde, onde o único lugar que se pode vê seus estímulos e seus parâmetros de vida são em um monitor acaba dificultando essa interação e neste sentido não se tem cuidado humanizado. Categoria 3 – Relação profissional e Paciente Segundo Silva et al,(2012) Entende-se que os usuários enfrentam um desgaste emocional por presenciarem situações críticas, somando-se ao constante barulho dos aparelhos e conversas dos profissionais, sendo indicada a necessidade de cuidado pelo enfermeiro também neste contexto. Um ponto interessante nesta discursão refere-se à visão que o usuário tem sobre a UTI. O medo do desconhecido gera estigma sobre ela. Quando um usuário entra na UTI, acredita que esteja entre a vida e a morte, o que causa insegurança, já que no seu ponto de vista entende como um lugar sinônimo de morte. Segundo os mesmos autores, os pacientes internados na unidade de terapia intensiva têm uma percepção insatisfatória que se relacionam a duvida quanto à vida e a morte, impotência e dependência. O paciente só passa a ter percepção satisfatória quando tem certeza que sua vida vai continuar. É de grande importância que a equipe de saúde dê atenção e tenha dedicação a essas situações criticas, demonstrando carinho e apoio emocional. Para ter uma percepção satisfatória dos usuários, busca-se que a equipe se faça presente e que tenham preparo técnico, isso contribui para a humanização. Ainda segundo os mesmos autores, uma das causas que emerge no contexto da prática de cuidar dos enfermeiros na TI, em relação á humanização, é a interação que tais profissionais mantem com os usuários nas suas ações de cuidar. O cotidiano traz rotinas mecanizadas para facilitar a dinâmica que o enfermeiro estabelece ao seu trabalho diário, priorizando assim, suas atividades. O usuário capaz de interagir com esse profissional muitas vezes sente-se isolado, pois a atenção do enfermeiro está apenas focada nas suas atividades, e sendo ele posto em segundo plano.
  • 11. 11 O fato de o profissional ter excesso de trabalho e lidar com uma complexidade implicada nesse tipo de assistência culmina com sobrecarga física e psíquica ao profissional, fazendo com que ele cuide e aplique um cuidar de forma mecanicista. A equipe de saúde é para o usuário um eixo de ligação com a vida fora do ambiente de terapia intensiva, por isso é de grande importância que ela se apresente e explique os procedimentos, que converse e interaja com os usuários, principalmente a equipe que presta cuidado integral. Os profissionais devem prestar uma assistência integral tanto no papel do cuidador como no do educador, valorizando o ser humano em sua diversidade e experiência de vida, transformando a solidariedade como uma prática dinâmica e participativa. Segundo Campos, Melo (2012) Conforme o paciente agrava diminui o dialogo e vem à tona apenas a preocupação com as condições de saúde que o mesmo está apresentando, e passa a ser visto não mais humanisticamente e sim mais um paciente crítico. O estado de saúde do paciente faz com que o profissional crie mecanismos de distanciamento tornando-se frio diante das situações. O cuidar em uma UTI significa equilíbrio entre a técnica e o cuidado humano que deve constituir cada profissional. Para mudar a realidade tecnicista da UTI, o melhor caminho seria alcançar este equilíbrio, a presença do cuidador se tornaria o elo entre paciente, o mundo técnico-cientifico e humano. Necessita-se que o profissional de enfermagem se atente aos estímulos que ele recebe do ambiente ao seu redor, deixando aflorar sua sensibilidade para que assim ele possa ser capaz de ouvir, sentir e promover um atendimento digno de maneira mais humana, ou seja, o cuidador deve levar ao paciente todo o cuidado e assistência de forma humanitária. Categoria 4 – Relação Profissional e Humanização Segundo Costa et al, (2009) Para os profissionais da equipe de enfermagem a humanização em saúde propicia o resgate de características humanas durante o
  • 12. 12 ato de cuidar, como a empatia, a responsabilidade, a ética e a sensibilidade, os profissionais acreditam que humanizar é a oportunidade de ver o paciente de forma integral, ou seja, “como um todo”, além de que é uma forma de escutar, dialogar e cuidar. Assim sendo, humanizar é valorizar o paciente, a família e a equipe de saúde visando mudanças paradigmáticas e o cuidado humanístico. Ainda segundo mesmos autores, afirmam que a humanização em hospitais trazem muitos benefícios tais como: a redução do tempo de internação, o aumento da sensação de bem estar entre pacientes, familiares e funcionários, a diminuição das faltas de trabalho e redução dos gastos em saúde. Algumas medidas para humanizar o serviço são importantes, como: diminuir o tempo de espera, melhorar os espaços destinados à equipe e aos pacientes e familiares, rever certas normas e rotinas e fornecer informações compreensíveis e adequadas. Para Maestri (2012), para que se estabeleça a humanização da assistência, a postura acolhedora dos profissionais é primordial. Uma das possibilidades para que essas famílias sintam-se ouvidas e compreendidas pelos profissionais é que se estabeleça um vinculo de confiança nessa relação. Segundo mesmo autor, acolher significa receber, recepcionar e, também, aceitar o outro como sujeito de direitos e desejos, e como corresponsável pela produção da saúde, tanto na perspectiva individual como do ponto de vista coletivo. Ainda segundo o mesmo autor, visando o acolhimento dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), o Ministério da Saúde do Brasil lançou a Política Nacional de Humanização (PNH) que tem como objetivo principal aprimorar as relações dos profissionais da saúde, com os usuários, na busca do atendimento às suas necessidades. Para Alves (2012) Porém a humanização muitas vezes é negligenciada pelos cuidadores devido à falta de tempo, desmotivação, acúmulo de atividades e ate falta de conscientização mesmo que seja realizado um procedimento técnico de qualidade. A partir desses discursos anteriormente apresentados é necessário não só melhorar o acesso, o acolhimento e cuidado prestado, mas também o modo de gerir e administrar as práticas de saúde com vistas a qualificar o serviço. É imprescindível
  • 13. 13 a reorganização estrutural do cuidado, fornecendo maior recurso humano e melhores condições de trabalho. “É possível cuidar do paciente de forma integral independente de toda a sua complexidade relacionada a determinantes biológicos, sociais, psicológicos, familiares, culturais a ambientais, pois o essencial o trabalho de enfermagem não deve ser apenas o corpo biológico, mas também o ser humano em todos os seus aspectos” (GUARANHANI, 2008 apud ALVES 2012). Acredita-se que para se prestar uma assistência humanizada é necessário não só a mudança por parte dos profissionais, mas sim também dos vários fatores que rodeiam este profissional. Se o ambiente não é favorável a assistência não é integral, este pode contribuir para a evolução dos sintomas de estresse, o que influencia no trabalho dos profissionais de forma negativa, a reorganização entre a equipe e a família também é um ponto relevante, colocar-se no lugar do outro para entender seu sentimentos e pensamentos é um ponto fundamental pois só assim pode-se de certa forma compreender a realidade dos fatos para poder prestar uma assistência de qualidade. CONSIDERAÇÕES FINAIS Os achados indicam que os profissionais de enfermagem conceituam humanização como forma de respeito e valorização do paciente, que estratégias de acolhimento devam ser implantadas no ambiente de UTI, assim como se faz necessário que se melhore as relações interpessoais para que sejam amenizados os fatores estressantes para que não afetem na assistência humanizada de qualidade que deve ser prestada. Para que haja controle dos fatores estressantes em unidades de terapia intensiva de adulto, e assim reduzir o estresse nos profissionais de enfermagem, sugere-se a realização de reuniões de equipe, planejamento das atividades e a valorização dos distintos saberes com ênfase nas experiências dos profissionais, em prol da saúde dos trabalhadores e da qualidade do trabalho. Deve-se buscar a autonomia, ter participação ativa nas decisões da equipe multiprofissional e, acima
  • 14. 14 de tudo, obter melhorias para evitar a sobrecarga de trabalho, tendo assim uma tríade de: bom ambiente de trabalho, trabalhador sadio e assistência de qualidade. Acredita-se que as técnicas rotineiras e mecanicistas devem ser abolidas, fazendo com que sejam adotadas medidas humanísticas, e os profissionais de enfermagem devam passar a tratar seus pacientes com empatia, respeito e dignidade, devem ter um cuidado comprometido com a ética. Assim como dar possibilidade para que a família tenha maior participação no cuidado do paciente. Sugere-se que se invista em educação permanente dos profissionais de TI com objetivo de compreender como essa realidade vem interferindo e criando obstáculos para o cuidado humanizado. CAUTION HUMANIZED IN INTENSIVE CARE UNIT (ICU) ABSTRACT This study, which treated an integrative review of the literature, aimed to identify the context of existing knowledge about the humanized care nursing in intensive care units. Ten articles were selected for analysis, through the databases LILACS and SciELO, considering the period from 2009 to 2013, which had as its primary focus the humanization in intensive care unit and its process. Through the methodology of content analysis, we were able to elect four categories of results: professional relationship and family, professional relationships, and environment as stressful, professional relationship and patient and professional relationship and humanization. Humanization was highlighted in several aspects of your process, such as the design of a "process humanized” by professionals, family members and host factors that generate stress, which are intrinsic to act in intensive care. It was concluded that the process of humanization, based on protocols and routines, it is possible to be deployed, however there working organizational culture that increasingly professionals and institutions can act in a humane way in the context of the severity of patients. Keyword: Professional Nursing; humanization; Intensive Care Unit.
  • 15. 15 REFERÊNCIAS CAMPOS L.F, MELO M.R.Assistencia em enfermagem na perspectiva da clínica amplianda em unidade de tarapia intensiva. Unidade de terapia intensiva. Rev gaúcha enferm., porto alegre (rs) 2011 mar;32(1):189-93. PREDEBON G.R, BEUTER M, FLORES R.G, PERLINI N.M, BRONDANI C.M, SANTOS N.O. A visita de familiares em unidades intensivas na ótica da equipe de enfermagem. Cienc cuid saude 2011; 10(4):705-712. SILVA F.D, CHERNICHARO I.M, SILVA R.C, FERREIRA M.A. Discursos de enfermeiros sobre humanização na unidade de terapia intensiva. Fd, chernicharo im, silva rc, ferreira ma esc anna nery (impr.)2012 out - dez; 16 (4):719727. ELEINE MAESTRI E,NASCIMENTO E.R, BERTONCELLO K.C.G, NARTINS J.J, Estratégias para o acolhimento dos familiares dos pacientes na unidade de terapia intensiva. Rev. Enferm. Uerj, rio de janeiro, 2012 jan/mar; 20(1):73-8. SANTOS I, SILVA F.S, Expectativas de familiares de clientes em uti sobre o atendimento em saúde: estudo sociopoético. Esc anna nery rev enferm 2010 abrjun; 14 (2):230 -235 RODRIGUES V.M, FERREIRA A.S.S, Fatores geradores de estresse em enfermeiros de unidades de terapia intensiva. Rev. Latino-am. Enfermagem 19(4):[09 telas] jul.-ago. 2011. COSTA S.C, FIGUEIREDO M.R.B, SCHAURICH D, Humanização em unidade de terapia intensiva adulto (uti):compreensões da equipe de enfermagem. V.13, supl.1, p.571-80, 2009. BACKES M.T.S, BACKES D.S, EDRMANN A.L, BUSCHER A, O cuidado intensivo oferecido ao paciente no ambiente de unidade de terapia intensiva. Esc anna nery (impr.)2012 out - dez; 16 (4):689 – 696. ALVES F.E, O cuidador de enfermagem e o cuidar em uma unidade de terapia intensiva.the nursing caregiver and the caring in intensive care units. Unopar cient ciênc biol saúde 2013;15(2):115-22